Um passeio pelo Beco

Cap 1 – Um passei pelo Beco

No largo Grimmauld, 12, residia uma família muito tradicional, para eles. Não tinham uma vida social com os vizinhos, vivam isolados do mundo. A família Black era realmente diferente, vizinhos costumavam dizer que explosões ocorriam de dentro da casa que as vezes parecia ser um barraco e depois parecia um castelo medieval. Ninguém era visto saindo nem entrando. Era uma antiga casa senhorial, uma mansão bruxa.
Os Black, família bruxa tradicional, sangues-puros, muito orgulho vindo de seus ancestrais. Orgulhavam-se de não terem convívio com os trouxas e também de sua riqueza. Para ser sincero a própria família estava em guerra, por causa do seu penúltimo herdeiro, o jovem Sirius Black.
Um garoto que não ligava para os mesmos valores que seus familiares, riqueza ou poder do sangue. Ele apenas queria ser livre.
Sirius era alto, um pouco forte, com as feições do rosto duras e bronzeado, além de ser muito charmoso com seus cabelos pouco cumpridos, pouco acima dos ombros com uma franja que tampava seus olhos o enchendo de mistério e força. Aos seus 11 anos Sirius recebeu sua convocação para ingressar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts onde aprenderia tudo sobre magia, uma fuga até mesmo de sua casa.
Alguns dias antes de ir para Hogwarts, Sirius Black resolveu se aventurar pelas ruas de Londres dos trouxas saiu bem cedo de sua casa as escondidas. Estava apreciando o modo estranho que os trouxas viviam lhe trazendo até mesmo algumas lembranças que machucavam.
O garoto estava sentado num banco de praça tomando um picolé de limão, seu favorito, e avistou uma linda menina. Levantou-se e percebeu que ela estava meio perdida.
- Olá! – o garoto disse sorridente.
- Oi, nossa desculpa me assustei – riu-se a menina – posso te ajudar?
- Será que eu posso? Você parece estar perdida – Sirius disse cortesmente.
- Ahh é que eu recebi uma carta de uma escola, você não entenderia. Mas a questão é que preciso comprar meus materiais e não sei onde eu compraria aqui em Londres.
- É de Hogwarts certo? – Sirius disse dando risada da cara que a menina fez de surpresa – Calma eu também vou para lá este ano, meu primeiro sabe? O problema é que por aqui você nunca encontraria os materiais, venha comigo que eu tenho que comprar o meu e vamos juntos.
- Ai que bom. Espera um pouco que vou chamar meus pais – a garota saiu correndo. Tinha um rosto sereno, olhos extremamente verdes e cabelos acajuzados que balançavam as suas costas conforme ela corria.
A garota voltou tempos depois com seus pais, altos e também muito simpáticos, apertaram a mão do garoto.
- Vocês são trouxas? – perguntou distintamente.
- O que? – a família inteira respondeu um tanto agressiva.
- Não, não. Trouxa para nós bruxos são pessoas que não tem talentos mágicos.
- Ahh sim – disse Lílian corando – eu recebi a carta, li tudo sobre Hogwarts num livro chamado Hogwarts: uma história e recebi agora uma carta me convocando para estudar lá.
Sirius admirou a moça com seu sorriso encantador e após alguns minutos de puro torpor levou-os até o Caldeirão Furado.
Os pais de Lílian disseram nunca ter reparado no bar em questão e se admiraram por ser tão movimentado. Atravessaram o bar e foram até os fundos, Sirius bateu no terceiro tijolo acima do lixo e um portal enorme se abriu para eles. A rua mágica, centenas de lojas para magia e bruxaria.
- Precisamos trocar seu dinheiro por dinheiro bruxo, pois aqui ele não vale nada. Então me acompanhem até Gringotes, o banco dos bruxos. – o garoto disse encaminhando os três trouxas encantados com o Beco Diagonal. – Vocês terão muito tempo para admirar tudo isso!
Entraram em um grande prédio branco onde estavam nada mais nada menos que duendes tomando conta do banco. Lílian ficou impressionada e ao mesmo tempo com medo pois os rostos daqueles seres eram assustadoras.
O jovem Black trocou o dinheiro dos trouxas e pegou um pouco de ouro em seu cofre, sua família era muito rica.
Voltando ao Beco eles foram a loja de vestimentas da Madame Malkin, enquanto olhava Lílian ser medida Sirius se lembrou, com uma dor muito forte no peito.
Estava ali no Beco alegre como há um certo tempo não se sentia, era jovem e não conversava há meses com ninguém, desde quando Clarice Beans, uma menina trouxa que residia perto de sua casa fora assassinada brutalmente com sua família. O jovem garoto brincava sem sua mão saber, vivia feliz até o momento que viu a casa toda destruída de Clarice. Correu para lá e encontrou seus pais mortos com os corpos em ângulos estranhamente posicionado e os olhos arregalados. Saiu correndo pelos corredores da casa e viu ali o que não queria, o suor frio escorrendo pelo rosto e os olhos vermelhos com as lágrimas que caiam. Clarice estava sobre escombros da casa e os olhos também arregalados. Não havia sinal de luta corporal. Sirius segurou a mão gelada da menina e chorou. Sentiu um pedaço de papel entre os dedos de Clarice e retirou. Leu o bilhete que era para ele.
Sirius querido, hoje acordei com um pressentimento que não o veria mais, e estou com medo, muito medo. Estou escrevendo este bilhete para lhe entregar e para você ter certeza de que mesmo nova não sei o porque mas não vejo minha vida mais sem você. Será eterno este amor no meu peito. Longe ou perto você será meu e eu tua. Amo-te como nunca
Sua Clary”.
Um aperto enorme tomou seu coração e seus olhos lacrimejaram repentinamente.
- O que houve? – a garota com cabelos acajuzados perguntou trazendo Sirius de volta de seu torpor.
- - Ah nada não, apenas uma felicidade de entrar em Hogwarts. A propósito, qual seu nome? – Sirius perguntou enxugando os olhos na blusa.
- Ahhhh é verdade, conversamos sobre o mundo bruxo e nem me apresentei. Perdão. Eu sou Lílian. Lílian Evans e você?
- Black. Sirius Black – e apertaram as mãos sorridentes.
Andaram por todo o Beco Diagonal, compraram os livros de feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração e Poções. Ingredientes para as aulas, Luvas de couro de dragão e até mesmo caldeirões.
Então chegou a hora que tanto Sirius quanto Lílian aguardavam. Comprar suas varinhas. Indicaram-lhes a loja do Olivaras, o melhor artesão de varinhas do mundo bruxo.
- Boa tarde senhores – disse um velho um pouco corcunda
- Boa tarde – disseram Sirius e Lílian juntos.
- Ohh sim esperava pelos senhores. Srta. Evans e Sr. Black- os garotos ficaram impressionados mas nem tiveram tempo para perguntar pois o Sr. Olivaras já tirava caixas das estantes e apresentava varinhas para eles.
Sirius pegou uma varinha e logo de cara uma torrente de água saiu da ponta dela seguida por fogos de artifícios. Trinta de dois centímetros, feita de azevinho e com uma lágrima de fênix. Ótima para feitiços e duelos inclusive.
Lílian aplaudiu e ficou impressionada com a primeira demonstração de magia a sua frente. Estava ansiosa.
- Agora a senhorita. Venha, venha pegue esta aqui. – Sr. Olivaras deu uma varinha a jovem moça e logo milhares de vidraças da loja explodiram
- Não, nem pensar! – Sr. Olivaras saiu pelos fundo e trouxe mais uma. – Tente esta, Vinte e seis centímetros, farfalhante feita de salgueiro. Ótima para encantamentos.
E estava feito. Milhares de correntes prateadas como se fossem fumaça saíram da ponta da varinha.
Aplausos pelo estabelecimento completo. Pagaram 7 galeões por cada varinha e saíram, foram para o Empório das Corujas e Black comprou duas pequenas corujas.
- Bom Lílian fique com uma e assim poderemos nos comunicar sempre que necessário tudo bem?
- Com certeza. Estou tão feliz. Muito obrigada! Bom Sirius agora tenho que voltar, está tarde já. Espero vê-lo em breve. Quem sabe não ficamos na mesma casa em Hogwarts.
- Ah então você conhece muito sobre nosso mundo posso ver. – Sirius disse sorridente.
Com um abraço de despedida Lílian partiu e Sirius foi para sua casa, encantado. Sonhador.
Chegou em casa, já se passava das nove e ele logo percebeu que algo aconteceria.
- Ora, ora. Envergonhando mais uma vez nossa família Sirius? – era Régulo seu irmão mais novo. – Saindo com trouxas de novo?
- Isto não é da sua conta é Régulo? Vá tomar conta de suas coisas e me deixe em paz – Sirius bradou contra seu irmão.
- Você é que deve tomar cuidado Sirius – era sua mão a Sra. Black – Você foi visto em companhia de trouxas pelo Beco Diagonal. Quer sujar o nome da nossa família? – Gritou a Sra. Black e sacou a varinha. Dela se materializou um chicote em brasas e ela brandiu nas costas do filho.
Sirius já estava acostumado a isto, sempre fora contra os princípios familiares e assim, mesmo com as costas ardendo e cortadas pelo chicote ele se virou ofegante.
- Meu nome pode ser o mesmo que o seu. Mas meu coração é independente – Levantou-se com esforço.
- Você não sujará o nome de nossa família. Esta trouxa com certeza em breve terá o mesmo triste fim que Clarice – Com um sorriso demente no rosto a Sra. Black se retirou.
Sirius foi para o quarto, ofegante e com uma dor terrível nas costas. Tirou a blusa cortada e se deitou de bruços. Não se importava mais com a dor, estava feliz, voltara a sorrir depois de muito tempo. Estava quase pegando no sono e ouviu uma batida de leve na janela. Viu que era a coruja que havia dado para Lílian.
Olá Sirius. Nem tive tempo de lhe agradecer por ter me ajudado. Estou tão ansiosa e nervosa ao mesmo tempo! Será que vou ser um fracasso? Bom meus pais estão muito felizes e maravilhados menos minha irmã, a Petúnia, acho que é inveja. Bom espero Vê-lo dia 1º de Setembro para embarcarmos. Vou precisar de uma ajuda afinal não conheço como embarcar no Expresso de Hogwarts. Poderia me encontrar?
Agradeço mais uma vez e tenha uma ótima noite.
Afetuosamente, Lilly”
Sirius em seu quarto sorria mais que nunca, mandou uma resposta para Lílian informando que a encontraria na bilheteria da estação King´s Cross às 10:30.
Sirius ria demais, estava se sentindo tão bem como nunca antes. Em Surrey Lílian também sorria, mas será que pelo mesmo motivo que Sirius?
O jovem Black adormeceu, um sonho estranho era acusado de um crime que não cometeu, de algo que ele não era culpado, foi injustiçado. Clarice...morta...Lílian...
- CLAAARIIICEEEEEEEEEEEE – Acordou com o suor pelo rosto, frio.


TENÇÃO PESSOAL: AGRADEÇO A TODOS OS QUE LEREM, COMENTAREM POIS É MUITO IMPORTANTE PARA MIM ISSO. ESTOU VOLTANDO A ESCREVER. AGRADEÇO DESDE JÁ A TODOS.
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