Shhh...Eu te amo!



-Eu...eu não sei... Eu não sei se devemos...

-Se devemos?! Oras! Passamos por tantas coisas terríveis juntos que, se não pudermos fazer isso, será uma tremenda injustiça.

-Eu sei! Eu sei disso... Mas, eu não sei se...

-Você...Você não quer?!

-Quero! Quer dizer...eu acho que quero e...

-Eu sabia! Eu tinha certeza! Mas tudo bem... Eu vou dar a você todas as certezas que você precisa.

-Ron! Por favor... Do que você está falando? Não faça nenhuma besteira! Por favor!

-Besteira?! Não, não Mi, o que vou fazer. Tem outro nome... – e saiu do dormitório feminino, batendo a porta atrás de si, com os olhos cheios de lágrimas e deixando para trás uma Hermione triste e aflita.

Já havia passado alguns meses desde que Voldemort sequer era mais notícia para jornais ou qualquer outro meio de comunicação no mundo bruxo.
Ninguém mais se preocupava com o bruxo que um dia trouxe tanto desespero, dor e sofrimento para todos. Harry, Ron, Hermione e Gina o haviam derrotado num feitiço lançado a quatro mãos, que deixou Voldemort inconsciente, e logo depois, morto.
Harry e Gina decidiram que se casariam, e assim o fizeram, há mais ou menos dois meses já moravam juntos, numa bela casa adquirida por Harry, graças à herança que seus pais haviam deixado-lhe.
Com Hermione e Ron, não tardaria a acontecer o mesmo.
Pelo menos, era o que Ron pensava...

-Como assim ela não quer?!

-Ela não quer, não querendo! Que pergunta ridícula Harry!

-Olha, quem não quer é ela, e não eu... Portanto...

_Tá, eu sei, desculpe ok?! Mas eu não sei o que fazer... Eu não faço a mínima idéia de porque ela não quer! Nós nos damos bem, quer dizer, brigamos um pouco...

-Muito! – interrompeu Harry, abafando um riso.

-Sim, muito! Mas sempre foi assim! E foi assim que nos apaixonamos e passamos a nos amar... Harry... Será que a Mi não me ama?! – disse Ron segurando a cabeça entre as duas mãos e lançando um olhar de piedade ao amigo.

-Claro que quer Ron! Oras, ela quase deu a vida por você... Se Jorge – Harry engoliu seco antes de continuar, não era fácil falar de Jorge, que havia saltado em frente a Ron para defendê-lo durante a guerra, sacrificando-se em seu lugar – bem, se ele não tivesse...

-Sim! Eu sei... Eu sei que teria sido a Mione no lugar! Ah Harry, então porque ela não quer?

-Sabe o que eu acho? – perguntou Harry com um olhar maroto.

-Eu acho que você está sendo muito infantil!

-Como assim infantil?! Oras, eu não sei se quero! Não posso aceitar assim!

-É claro que pode Hermione Granger! Olhe pra você! Você fala 24 hrs por dia sobre meu irmão, quase deu sua própria vida para salvá-lo e agora vem dizer que não sabe se quer! – Gina já estava bastante irritada com a situação.

-É que... Ah, você não compreenderia! – disse Hermione dando de ombros e com os olhos cheios de lágrimas.

Gina a abraçou e permitiu que a amiga desabafasse tudo que sentia em forma de choro e soluços. Quando finalmente recuperou a calma, explicou...

-Eu tenho medo de não fazê-lo feliz entende? De ser sempre a mãezona que dá broncas, orienta o que fazer, diz sim e não como se fosse sua dona. Tenho medo que ele se canse disso, e me deixe. – Hermione dizia essas palavras em um tom audível pra quem estivesse do lado de fora da casa, do outro lado da rua.

-Ora! Largue de besteira! É claro que você a fará feliz! Você é o homem que ela ama! – Harry já não conseguia compreender os motivos do amigo.

-Eu...eu a amo mais que a minha própria vida! E se, ela for infeliz comigo?! Acho que é por isso que ela não me quer!

-Quer saber cara? Se você acha que ela pode chegar a ser infeliz com você... Prove a ela que isso jamais acontecerá! Case-se com ela!

-Mas...e se ela não quiser?! – Ron já não tinha sequer argumentos pra impedir Harry de fazer algo.

-Ela vai querer! – E Harry concluiu a conversa puxando Ron pelo pulso e arrastando-o para o Beco Diagonal.

-Vai Mione! Acorda! A gente tem aquela reunião com a McGonagall! – disse Gina apressando-se ao se vestir.

-Mas eu nem tenho roupa aqui pra tal reunião! Eu esqueci completamente! – disse Hermione lamentando-se.

-Hermione Granger esqueceu de alguma coisa!? Olha só meu irmãozinho é competente mesmo!

-Ah Gina, não enche!

-E por falar nele, quando vai parar de se esconder aqui em casa e ir falar com ele?! Já fazem 5 dias!

-Você está me expulsando?! – Hermione abafou um risinho no canto da boca, fazendo um olhar ameaçador à Gina.

-E se tiver?! – respondeu Gina com o mesmo tom ameaçador e pegando uma almofada como se fosse atirar em Hermione.

-Não se atreva! Nós estamos atrasadas! E você sempre perde nas guerrinhas...haha. – Hermione já não continha o riso.

-Ok! Então vamos! Pegue esse vestido e vamos logo! – e entregou um vestido verde claro, longo, com alças e num tecido muito leve, que lembrava os vestidos de umas deusas do Olimpo, que Hermione já havia visto num livro trouxa.

-E isso é roupa para uma reunião?! – disse Hermione analisando o vestido confusa.

-Na verdade, é uma reunião no lago, só estaremos eu, você e McGonagall, acho que ela quer conversar apenas. Sabe como é... – Gina deu de ombros.

-Hum...sim. Vamos então.

-Tem certeza?!

-Tenho cara... ela vai gostar!

-Merlim! Aquela ali é ela?! – Ron contorcia as mãos e estava gelado como o dia mais rigoroso do inverno.

-Sim... é ela! Mantenha-se calmo... E boa sorte Ron! – Harry deu um empurrãozinho nas costas de Ron, e foi para seu lugar, de padrinho.

Hermione chegou em Hogwarts, e deparou-se com flores brancas em todo o caminho, desde o portão até o lago, e não compreendia o porque de tanta decoração pra uma simples reunião... Até que...

-Merlim! Aquele ali é ele?! – Hermione contorcia as mãos e estava gelada como o dia mais rigoroso do inverno.

-Sim...é ele! Mantenha-se calma... E boa sorte Mi! – Gina deu um empurrãozinho nas costas de Hermione, e foi para seu lugar, de madrinha.

-Oh Merlim! Merlim! O que está... Oh Merlim! – Hermione não sabia o que fazer. À sua frente haviam flores brancas espalhadas pelo chão, bancos brancos, cheios de alunos de Hogwarts, sua família, todos os membros sobreviventes da Ordem, as gêmeas de cabelos rosa de Lupim e Tonks, os professores que haviam sobrevivido, Harry e Gina de braços dados mais à frente, McGonagall parada atrás de uma pequena mesa e ele... Ron.

-Como ela está linda! – Ron disse para si mesmo, mas permitindo que os demais também ouvissem.

-Como ele é lindo! – Hermione pensara consigo mesma.

-Vamos?! – Hagrid parou ao lado de Hermione, estendendo-lhe o braço, e vendo o sorriso enorme e os olhos cheios de lágrimas se direcionarem do altar para ele.

-Vamos! – disse Hermione mais emocionada do que poderia dizer.

Entraram então de braços dados, Hagrid e Hermione.
Ela já não podia conter as lágrimas. Ouvia ao fundo a voz de alguns alunos que McGonagall com certeza havia obrigado a cantar, via os olhos de cada um dos convidados, amigos, parentes, e se emocionava com cada “boa sorte” que lia nos lábios dos mais empolgados. Ia em direção ao altar, desacreditando que Ron teria sido capaz de tanto. Tanto por ela!

-Oh Ron! – foi só o que conseguiu dizer quando Hagrid “passou” seu braço para Ron.

-Shh... Eu te amo! – e respondendo assim, começou a cerimônia.

Hermione Granger e Ronald Weasley, nós, amigos, parentes, professores, parceiros de luta e de paz, sabemos o quanto vocês sofreram, o quanto choraram, o quanto lutaram para estarem aqui hoje...

-Sim! – disse Hermione entre um soluço e outro.

-Sim! – respondeu Ron, olhando com os olhos marejados para McGonagall.

-Sendo assim, eu vos declaro marido e mulher. Pode... Ah, Ron! Era pra esperar eu terminar a frase! – McGonagall dava a bronca abafando um sorriso orgulhoso.

-Meu menininho! – Molly era só lágrimas de felicidade e encanto.

-Minha princesinha! – os pais de Hermione diziam em uníssono.

-Por que tudo isso Ron?! – Hermione absolutamente emocionada.
-Porque era o único modo de te mostrar que eu poderia SIM te fazer feliz, que você não precisava ter medo! – Disse Ron encarando-a nos olhos.

-Mas esse medo era meu! Eu tinha medo de me tornar uma chata e não ser capaz de trazer-lhe felicidade meu amor! – Hermione dizia derramando lágrimas de alegria e alívio.

-Ora! Resolvido então! Eu te faço feliz e vice-versa! – Ron dizia muito animado.

-Combinado! – Hermione ria do jeito doce de Ron, e da felicidade imensa de tê-lo ao seu lado.

-Então fazemos uma aposta! Quem não fizer o outro feliz terá que... – e disse o resto da frase no ouvido de Hermione, ruborizando-a.

-Ronald Weasley! – Hermione o repreendera, deixando-o sem graça.

-Desculpa Mi, é que eu achei que...

-Shhh... Eu te amo! – disse selando seus lábios num beijo doce e apaixonado.




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[n/a:: Mh primeira short...rs... Gostaram?! Me dêem sugestões ou críticas pessoas!... Obrigadinha!]

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