A volta à Grimmauld Place



memories consume

(memórias consumem)

like opening the wound

(como que abrindo a ferida)

I´m picking me apart again

(Eu estou me despedaçando novamente)

you all assume

(vocês todos acham)

I´m safe here in my room

(que eu estou a salvo em meu quarto)

unless I try to start again

(a menos que eu comece de novo)

I don’t want to be the one

(eu não quero ser aquele)

the battles always choose

(que as batalhas sempre escolhem)

cause inside I realize

(por que aqui dentro eu percebi)

that I’m the one confused

(que eu sou o confuso)


i don’t know what’s worth fighting for

(Eu não sei pelo que vale a pena lutar)

or why i have to scream

(Ou por que eu tenho que gritar)

i don’t know why i instigate

(Eu não sei por que eu instigo)

and say what i don’t mean

(E digo coisas que na verdade não quero)

i don’t know how i got this way

(Eu não sei como fiquei assim.)

i know it’s not alright

(Eu sei que não é certo)

so i´m breaking the habit tonight

(Então eu estou saindo da rotina esta noite)


clutching my cure

(apertando minha cura)

i tightly lock the door

(Eu fecho bem a porta)

i try to catch my breath again

(Eu tento recuperar a respiração)

i hurt much more

(Eu me feri muito mais)

than anytime before

(que qualquer outra vez)

i had no options left again

(Não tenho opção novamente)

i don’t want to be the one

(Eu não ser aquele)

the battles always choose

(Que as batalhas sempre escolhem)

cause inside i realize

(Por que aqui dentro eu percebo)

that i´m the one confused

(Que eu é que estou confuso)


i don’t know what’s worth fighting for

(Eu não sei pelo o que vale a pena lutar)

or why i have to scream

(Ou por que eu tenho que gritar)

i don’t know why i instigate

(Eu não sei por que eu instigo)

and say what i don’t mean

(E digo coisas que não quero dizer)

i don’t know how i got this way

(Não sei como fiquei assim)

I’ll never be alright

(Eu nunca ficarei bem)

so i´m breaking the habit tonight

(Então eu estou saindo da rotina esta noite)


I’ll paint it on the walls

(Eu vou pintar nas paredes)

cause i´m the one at fault

(Por que o culpado sou eu)

I’ll never fight again

(Não vou lutar nunca mais)

and this is how it ends

(E é assim que isso termina)


i don’t know what’s worth fighting for

(Eu não sei pelo o que vale a pena lutar)

or why i have to scream

(Ou por que eu tenho que gritar)

but now i have some clarity

(mas agora eu tenho uma luz)

to show you what i mean

(pra te mostrar o que eu quero dizer)

i don’t know how i got this way

(Não sei como fiquei assim)

I’ll never be alright

(Eu nunca ficarei bem)

so i´m breaking the habit tonight

(Então eu estou saindo da rotina esta noite)



Harry estava em seu quarto na rua dos Alfeneiros, logo seria manhã de acordo com o relógio que piscava na escrivaninha. Ele olhava para um papel em sua mão, fazendo força para não dormir, caso contrário, aquelas imagens voltariam a atormentá-lo. Sirius rindo de Bellatrix, o raio vermelho o acertando, ele voando ainda sem desfazer o sorriso e atravessando o véu, uma última expressão meio assustada em seu rosto.

As memória todas doíam, por melhores que fossem, o simples fato de pensar no padrinho fazia Harry se sentir cada vez pior. E os amigos não ajudavam. Em toda carta que recebia, falavam sempre a mesma coisa: “Ah, Harry. Eu imagino como você se sente... mas não pense muito nisso. Tenho certeza de que de onde ele estiver, ele quer que você seja feliz. Não aja sem pensar, esse é o único lugar seguro para você. Logo nos veremos. Tenho saudades.” Cada carta que ele lia sentia uma raiva crescer dentro de si, mas logo pensava que não deveria sentir raiva, só estavam preocupados com ele, era só. Ele deveria estar feliz por isso, certo? Por ter gente se preocupando com ele.

“Isso até ele morrerem...” pensou amargamente mordendo o lábio e jogando a carta de Hermione para o lado. Ele se levantou até a janela e sentiu uma brisa morna bater em seu rosto. Não pôde evitar em pensar novamente no padrinho, não parava de pensar que fora sua culpa. Deu um longo suspiro e observou um vulto voando até ele vindo de longe. Piscou várias vezes pensando que era apenas o sono, mas a coisa ficava cada vez maior e se aproximava em alta velocidade.

Harry se abaixou quando um vassoura passou voando pela janela e se virou devagar para ver quem era. Não se lembrava de conhecer aquela pessoa, era um bruxo jovem alto e magro, os cabelos negros e lisos batendo no nariz e tampando boa parte dos olhos azuis. O garoto piscou várias vezes antes de perguntar quem era.

- Archibald Black. Mas pode me chamar de Archie. – respondeu jogando os cabelos para trás de um modo que fez Harry se lembrar de alguém.

- Black? – Harry arregalou os olhos. – Não me lembro de ter visto mais nenhum nome furado na árvore genealógica... nesse caso então... - Harry pegou a varinha.

- Meu avô estava furado. Alfardo Black. Conseqüentemente eu não apareço lá. – o rapaz disse como se fosse óbvio.

- Alfardo? O que mandava dinheiro para o Sirius? – Harry estava começando a sentir aquela dor novamente. Será que aquilo era alguma coisa que os outros achariam engraçado? Faze-lo lembrar de Sirius daquela maneira?

- É. Mas, escuta... vim te buscar. Dumbledore disse que nem mesmo aqui está sendo seguro. Pediu que eu te levasse até a sede. – Harry arregalou os olhos verdes.

- E por que eu deveria confiar em você? – perguntou desconfiado.

- E por que não? – o outro piscou várias vezes. – Eu não tenho nenhuma marca negra vê? – ele levantou as mangas da camisa e Harry pôde ver que realmente não havia nada. – Além do que eu trouxe isso... – ele estendeu um pergaminho para Harry que pegou desconfiado.

Era a letra rebuscada de Dumbledore, ele abriu devagar.

“Harry,

este é o Archie Black, ele veio da França para entrar na ordem. Sei que isso pode parecer estranho e até mesmo rápido para você, mas nem mesmo Little Whinging é segura para você e seus familiares no momento. Peço por favor que você receba esse bilhete e venha imediatamente para a sede. Não precisa vir com Archie, mas tome cuidado. Use sua capa e deixe suas coisas arrumadas. Um mensageiro irá buscá-las pela manhã.

Albus Dumbledore.”

Harry leu o bilhete mais de uma vez e olhou desconfiado para o outro a sua frente. Este por sua vez piscava os olhos inúmeras vezes esperando a resposta dele.

- E então? – Archie perguntou depois de algum tempo.

- Pode ir. Eu já vou, só tenho que arrumar minhas coisas.

- Certo. Mas Dumbledore pediu para você ir o mais rápido possível. – O rapaz montou novamente na vassoura, e saiu voando.

Harry o observou sair voando e correu para pegar alguma coisa. Um pergaminho que Hermione mandara em seu aniversário e que Harry soube imediatamente ser como aquelas moedas da AD, a amiga achara que seria uma maneira segura para o trio se comunicar, já que corujas poderiam ser interceptado. Pegou uma pena e escreveu.

“Mione... Rony... podem falar?”

Esperou alguns instantes e logo no pergaminho apareceu brilhante a letra miúda e caprichada de Hermione.
“Você está acordado uma hora dessas, Harry?”

“Não tenho dormido esses dias... mas não foi por isso que chamei... O Rony não vai falar? Eu queria que ele lesse isso também.”

“O Rony dorme como uma pedra. E você deu sorte que eu estava acordada. Mas o que foi?”

“Recebi uma visita, agora mesmo.

“Uma visita? De quem?

“Um tal de Archie Black. Ele disse que eu deveria ir para a sede, e me mostrou um bilhete de Dumbledore... mas é muito suspeito.”

“Seria bom mesmo que o Rony estivesse acordado. Os Weasley estão na sede, então ele saberia melhor. Mas eu realmente acho que a Gina já comentou sobre um novo integrante que não sai de lá.

“Você acha que eu devo ir?”

“Só um instante... eu vou acordar a Gina.

“Certo... Mione como eu faço para apagar o que está escrito?”

“Diga apagar... E você quer sua resposta ou não? Eu pedi um minuto...”

- Apagar. – Harry viu as letras se apagando do pergaminho e se largou na cadeira para esperar a resposta de Hermione.

***

Hermione leu ávida as palavras de Harry, estivera acordada pensando nele quando o pergaminho em sua escrivaninha brilhou indicando que alguém estava usando. Quando reconheceu a letra de Harry ela sentiu seu coração acelerar. Se espantou com o que ele tinha a dizer e pediu um minuto para chamar Gina com outra invenção útil que usava para se comunicar com a amiga.

Pegou um ursinho de pelúcia e apertou seu nariz. O ursinho brilhou e ela falou.

- Gina? – não ouviu resposta. – Gina! – falou mais alto e estava se preparando para gritar quando ouviu a voz de sono da amiga.

- Que foi Mione? – a resposta ao chamado veio mal humorada.

- Tem algum Archie Black na ordem? – perguntou exasperada sem se importar com o mal humor da amiga.

- Como você sabe? O primo da Tonks que eu te falei sabe?

- Eu imaginei. Você ouviu alguma coisa sobre o Harry ir para a sede?

- Não... – Gina bocejou. – Mas posso perguntar pro papai. Ele e mamãe falam qualquer coisa quando estão dormindo. Já volto. – Os olhos do ursinho se apagaram, sinal que Gina o havia “desligado”.

Hermione se sentou em sua poltrona ainda nervosa e mordendo o lábio inferior. Provavelmente estaria tudo bem com o Harry, mas ela também se sentia solitária e queria tanto quanto o amigo ir para a sede e se sentia tão isolada quanto ele. Quando os Weasley falaram que iriam para a sede ela alimentou esperanças de ir para lá pouco tempo depois, mas permaneceu recolhida em seu quarto e tendo apenas a companhia dos livros e do urso Gina.

No momento em que ela soltou um suspiro os olhos do ursinho se acenderam.

- Mione?

- Fala, Gina. E então?

- Papai resmungou algo que lembrava mais um sim que um não. E mamãe disse que ele provavelmente estaria aqui amanhã, se confiasse em... mas nesse momento ela quase acordou e eu tive que sair.

- Então o Harry vai. – Hermione se sentiu mal pela pontinha de inveja. – Obrigada Gina.

- Que foi Mione? – a amiga percebeu que algo estava errado.

- Bem, eu só espero que não resolvem me buscar no meio da noite também. – resmungou e “desligou” o urso.

Foi novamente até o pergaminho e escreveu.
“Parece que realmente tem um Archie Black e que estão esperando você lá amanhã de manhã.”

“Valeu Mione. Te vejo lá então?”

“ Levando-se em consideração que ninguém falou nada sobre mim nesses últimos minutos, acho que te vejo só no beco diagonal. Isso se te deixarem ir.”

Ela se espantou com a própria resposta e ignorou a voz de Gina que vinha de sua cama.
“Quer que eu te leve?” Ela se assustou com a proposta de Harry.

“ Não seria uma boa idéia, já que ninguém me chamou. Além do mais...”

“ Além do mais o que? Oxford não é tão longe de Londres. Posso muito bem te pegar aí e amanhã alguém pega suas coisas.”

“Não posso... meus pais vão ficar preocupados.”

“Nesse caso eu peço pra te buscarem amanhã.” A garota não entendia o por que de seu coração estar batendo tão rápido. Talvez porque Harry estivesse sendo a primeira pessoa naquelas férias que queria realmente vê-la.

“Não, Harry. Acho que se não me chamaram ainda, é porque não seria conveniente.”

“Com certeza não é conveniente eu estar lá também. Mas você precisa ir Mione. Eu já disse que não ligo de passar aí.”

“Está bem.” A garota não se conteve em escrever aquilo. “Mas peça para alguém vir me buscar amanhã. Não gosto muito de vassouras.”

“ Certo. Te vejo de manhã então. Até mais.”

Hermione suspirou fundo antes de cair deitada na cama. O urso já cansara de tentar falar com ela e a garota agradeceu por poder dormir um pouco antes de realmente poder esperar para ver se alguém realmente iria buscá-la. Não achava nada conveniente ir para a sede, mas... Bem, ela havia se cansado da monotonia do verão em casa.

***

Harry largou a pena e limpou o pergaminho. Havia convencido a amiga a ir, mas mesmo assim ela parecia estar relutante. Ele sabia o que a garota sentia, pois ele mesmo se sentia assim. Ficar longe da movimentação e sem saber o que realmente ocorre e ficar apenas lendo o profeta diário não era interessante. Além de querer ajudar a amiga ele sentia realmente muita falta dela. Sentia falta de Rony e Gina também, mas em todas as férias era Hermione que sempre fazia mais falta, fosse porque era a voz da consciência dele, que ele deveria ter aprendido a ouvir há muito tempo, fosse porque ela o ajudava com o dever, ou fosse porque ela era a única que sempre o fazia se sentir importante de verdade, como no alçapão da pedra filosofal há cinco anos.

Ele arrumou suas coisas devagar, arrumou apenas uma mochila e pegou a capa de invisibilidade e a Firebolt. Olhou para trás e antes de sair voando resolveu escrever novamente para os amigos.

“Eu vou passar aí, Mione. E Rony, avise que a Mione vai comigo. Vejo você mais daqui a pouco. Harry.”

Agora ele se sentia bem para sair de casa. Fez força para se lembrar do endereço que a amiga usava nas cartas e saiu voando. Era uma sorte a capa tampar tudo sem dificuldade, pois ele precisava voar baixo para acompanhar a estrada que levava para Oxford. Ele sentia sua mão escorregando da vassoura a cada bocejo que ele dava e o ar estava bastante frio para o verão.

Logo que avistou os primeiros indícios de cidade, o sol já estava nascendo e ele resolveu pousar em um beco que pareceu seguro o suficiente. Colocou a vassoura presa na mochila, depois de enrolá-la na capa de invisibilidade. Olhou para o relógio que havia ali perto. Eram quase oito horas da manhã e ele supôs que a amiga estivesse acordada. Se lembrou novamente do endereço. “Rua Tudor, nº 115.” Teria que perguntar, não conhecia nada da cidade.
Parou uma senhora que o olhou parecendo desconfiada, mas ele disse que sua tia morava lá e havia se esquecido de pegá-lo na estação de trem e que ele havia resolvido ir procurá-la e agora estava perdido e a senhora indicou o caminho. Não era muito longe, tinha que virar a direita na padaria em frente e a segunda rua transversal era a rua Tudor.

O bairro em que estava era um bairro de classe média alta e tinha casas bem grandes. As ruas eram bem arborizadas e uma brisa suave batia em seu rosto. Graças à capa de invisibilidade a vassoura não chamava atenção, mas ele quase se meteu em problemas quando a vassoura invisível bateu em um homem, que ficou muito nervoso com isso. Harry se desculpou várias vezes e o homem o deixou ir desconfiado.

Logo que avistou a rua, viu que a mesma dava em um bosque. Procurou o número 115 e se perguntou se seria uma boa idéia tocar a campainha, mas as janelas estavam todas fechadas menos uma que dava para o bosque e na qual uma garota de cabelos castanhos observava tudo aflita. Harry riu da aflição da amiga e pulou a cerca que dava para o bosque indo parar no quintal dos Granger.

Hermione olhava para cima parecendo realmente aflita. Ele a chamou baixinho, mas ela só olhou quando ele jogou uma pedra. Parecia dividida entre angustia e alegria e fez sinal para que ele subisse. Ele desembrulhou a vassoura e voou até a amiga.

- Harry Potter. Eu realmente não acredito que você fez isso. – Ela parecia seriamente querer brigar com ele, mas estava sorrindo.

- Eu entendo o que você deveria estar sentindo. Me senti assim uns três verões. É muito ruim não ter notícias e pior ainda é não poder enviá-las. Vamos? – ele estendeu a mão para que ela subisse na vassoura. Com ele.

- Eu preciso avisar meus pais. É melhor você entrar.

- Nesse caso eu espero aqui embaixo. – ele negou. – Deixei minhas coisas ali. Mas não demore viu?

- Pode deixar. Só vou pedir a minha mãe que arrume minhas coisas. Já volto. – ela correu para dentro do quarto e o garoto pôde observar que era um quarto extremamente arrumado e com muitas estantes de livros. – Já volto Harry. – ela disse e saiu do quarto. O garoto por sua vez desceu e pousou suavemente na grama se assentando no chão.
Passou a examinar a capa para ver se seria grande o suficiente para cobrir a ele e Hermione. Se tivesse sido há um mês ele diria sem pestanejar que era possível, mas assim como ele, Hermione parecera que aumentara vários centímetros de repente. Ele se pegou pensando em como ela estava diferente e mais bonita. Esse último pensamento o pegou desprevenido ainda mais porque a amiga veio correndo e acenando para ele. Ela trazia algo prateado nas mãos.
- Desculpe a demora Harry. – ela ofegou. – Mas minha mãe fez muitas perguntas.

- Ela pelo menos deixou você ir?

- Deixou. – ela agora estava estendendo um outra capa de invisibilidade. Harry arregalou os olhos e ela sorriu ao perceber. – Ganhei de aniversário adiantado. Estive imaginado que a sua capa não poderia cobrir nós três mais. Eu cresci um pouco além do esperado. E você aparentemente também.

- Ótima idéia Mione. – ele jogou a própria capa sobre si e pegou a vassoura.Montou na frente e fez um sinal para que ela ficasse atrás dele, o que ela fez hesitantemente.

- Está tudo coberto? – ele pôde ouvir ela dizer mas não a via.

- Acho que sim. É melhor irmos logo. – ele deu um impulso e sentiu a amiga apertar sua cintura com força. – Você está bem?

- Só um pouco assustada... não gosto muito de voar. – ela respondeu.

- Mas é a melhor coisa do mundo. – ele riu. Logo estava procurando a estrada que ia para Londres.

Hermione ainda não se acalmara e ele podia sentir a respiração acelerada dela em sua nuca. Era uma respiração quente, mas não o incomodava, pelo contrário. As mão dela em sua cintura se apertavam a cada curva. Não demoraram a chegar em Londres, mas a maior dificuldade foi achar Grimmauld Place. Haviam milhares de casarões naquela cidade e foi preciso Hermione resmungar com dificuldade estar vendo a casa para ele descer à frente dos números 11 e 13.

***

Mal eles tocaram os pés no chão o número doze se materializou diante deles. Harry hesitou em bater a campainha, mas o fez mesmo assim. Pôde ouvir os gritos da Senhora Black e a senhora Weasley abriu a porta arfando e sorriu ao vê-lo.

- Harry, querido. Estávamos te espe... – ela não terminou a frase pois viu hermione parada um pouco atrás do garoto e pareceu se assustar. – Hermione?
- Me desculpe senhora Weasley. – a garota começou, mas Harry a interrompeu.

- Eu a trouxe. Achei injustiça deixarem ela sozinha em Oxford. – ele disse ante o olhar atônito da matriarca ruiva. A senhora Weasley respirou fundo.
- Que bom que está aqui querida. Seus pais sabem que está aqui certo? – ela disse botando os dois para dentro.

- Sim, eu os avisei que viria.

- Então vamos mandar buscar suas coisas também. Mas mais tarde. Rony e Gina ainda estão dormindo, vou acordá-los. Enquanto isso vão para a cozinha, estamos tomando café.

Os dois se entreolharam enquanto a senhora Weasley subia com suas coisas para o segundo andar. Seguiram para a cozinha, aonde Gui, Moody, Mundungus, Tonks e Archie tomavam café conversando animadamente. Pararam ao ver os dois à porta, Tonks foi a primeira a falar, estava com os cabelos longos e verdes e uma aparência madura.

- Harry, Hermione... Não esperávamos os dois. – Ela disse sorrindo. – mas que bom que estão aqui, venham se assentar. – eles se aproximaram devagar observados pelas pessoas à mesa.

- Mas vocês esperavam o Harry, não? – Hermione disse disfarçando a pontada de raiva que sentiu.

- Ah, Hermione... o Harry não estava mais seguro em Little Whinging, e até onde sabemos, você estava muito segura em Oxford. – Gui respondeu. – Aliás, o que você está fazendo aqui?

- O Harry me trouxe. – ela disse e continuou sem deixar vazar a frustração. – E aliás parece ser o único que se importou com isso. – completou calmamente.
- Nós iríamos falar pra você vir, mais no fim das férias. Mas você já está aqui, então seja bem vinda. – Moody disse com sua voz rouca. – Não é hora para ressentimentos. Mesmo que tenha vindo fora de hora, você é sempre bem vinda.

- Eu te disse que seria inconveniente Harry. – disse calmamente ao amigo. – Eu vou ver se a Gina já acordou. – e com essas palavras se virou para sair da cozinha, sozinha. Foi o que achou até Harry segurar seu braço quando ela iria subir as escadas.

- Eu sei que é frustrante. Sei exatamente como você se sente mal. – Ele disse olhando bem nos olhos dela. Por uns instantes ela sentiu o estômago ir até o chão e voltar. Os olhos dele eram tão verdes. Mas eles foram interrompidos por alguém que gritou do andar de cima.

- Harry! Hermione! – Rony estava parado no corredor do andar de cima, os cabelos extremamente bagunçados. Obviamente ele havia colocado a roupa às pressas, pois as roupas estavam desalinhadas. – Mamãe disse que estavam aqui. Mas não imaginei que estivessem mesmo.

- Oi pra você também, Rony. – Os dois disseram uníssono, Harry soltando o braço dela.

- Bem, subam aqui. Gina está se vestindo também. Temos muito o que conversar. Vocês receberam os NOM’s?

- Recebi. – ela disse já subindo as escadas seguida pelo moreno. – Sabe Rony, as notas costumam ser entregues na mesma data para todos. Você recebeu também, certo Harry?

- Recebi, mas honestamente, ainda não abri. – ele respondeu sério.

- Por quê? – Mione e Rony perguntaram juntos.

- Não queria ter que fazer isso sozinho. Até onde eu me lembro, estarei surpreso se tirar aceitável em história da magia e Excede as Expectativas em Poções, e vamos admitir, eu preciso dessas notas. – ele deu de ombros.

- Está na sua mochila Harry? – ela perguntou se assentando na cama do quarto de Rony na qual a mochila de Harry estava.

- Sim. O que você vai fazer? – Ele arregalou os olhos quando ela começou a mexer na mochila dele e tirou o envelope. Abriu devagar e segurou o sorriso.

“Defesa contra as artes das trevas: Ótimo.

Herbologia: Aceitável.

Adivinhação: Excede as expectativas.

História da Magia: Aceitável.

Astronomia: Excede as Expectativas.

Trato das criaturas Mágicas: Ótimo.

Transfiguração: Excede as expectativas.

Poções: Excede as Expectativas.

Feitiços: Ótimo.

Cursos que poderá seguir em Hogwarts: Preparatório da Escola Bruxa de Feitiços Aplicados, Preparatório da Academia de Aurores e Preparatório para Burocrata do Ministério.”

Ela olhou sorrindo para o amigo quando terminou de ler. Este não parecia acreditar no que a amiga falara.

- Você vai fazer o preparatório da Academia de Aurores, certo Harry? – ela perguntou.

- Claro! – ele respondeu depois do choque. – E vocês vão fazer o quê? – ele perguntou.

- Bem... a minha nota em poções foi um mero Aceitável. Mas de qualquer maneira eu iria me candidatar ao Preparatório da Escola Bruxa de Feitiços Aplicados. Não levo jeito para Auror. Além do mais, eu bem que estava querendo trabalhar para Gringotes como desfazedor de feitiços, como o Gui. Estou no lucro graças à Defesa contra as Artes Das Trevas e Feitiços. E você Hermione? – Rony perguntou.

- Estou em dúvida entre Academia de Aurores e Escola de curandeirismo. – ela disse. – Mas tem também o Preparatório para Relações Bruxas e o sempre interessante Preparatório para a Escola de Transfiguração Aplicada.

- Em qual curso você não passou Hermione? – Rony perguntou boquiaberto.

- Acho que nenhum. Aliás, o de Magia Aplicada. Mas quero dizer, esse é o curso que eles indicam só para aqueles que tiram mais de cinco Passável e deplorável. – ela explicou.

- Então eu acho que já sabemos que curso Crabbe e Goyle vão fazer. – Gina disse entrando pela porta. – Olá, Mione. – ela disse secamente. – Oi Harry. – ela sorriu. – Como eu ia dizendo, já sabemos o que vai acontecer com os dois caras mais burros do ano de vocês.

- Hm... – Harry parecia pensativo. – Eu estava pensando no Neville. Quero dizer... ele não é bem ruim também?

- Mas eu não acho que ele tenha ido mal. Você viu o quanto melhorou com a AD, ele sempre foi bom em Herbologia, e foi muito bem no teste de poções sem o Snape bafejando no pescoço dele. – Hermione falou.

- Provavelmente você está certa Mione. Alguém sabe quando as corujas de Hogwarts chegam? – Rony parecia realmente interessado nas corujas. Pelo menos uma vez na vida.





N/a: A música do Linkin Park deu a idéia da fic, já que na minha opinião reflete bem o estado de espírito do Harry, mas não achem que a fic vai ser toda baseada nela viu? Ainda tem muito por vir...

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