Como tudo começou

A chuva caia gélida e devagar devido a mudança de tempo. Os flocos sedosamente dançavam de acordo com o vento frio. Já havia virado costume o vai e vem em Hogsmeade de encontros marcados pelos antigos e novos alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, que em eventuais datas ficavam em seus inúmeros points, conhecidos em toda Londres Bruxa.
No Três Vassouras, um dos estabelecimentos ponto de encontro para beber cerveja amanteigada, embora sirva também Agua de Gilly, Rum de Groselha, Abobarás Espumante e o Velho Uísque de Fogo Ogden (Possui mesas, cadeiras e um grande espelho sobre o bar. É também responsável pelo melhor hidromel envelhecido em barris de carvalho), encontrava-se um grupo de quatros jovens que conversavam animadamente entre goles prolongados de cerveja amanteigada. O grupo, os marotos - como eram conhecidos devido a seus comportamentos “excepcionais” em Hogwarts, de onde haviam saído fazia nesse momento um ano. Os amigos faziam um enorme esforço para se encontrarem, devido ao cuidado para manter a amizade em dia.
Um consultava o relógio a cada dez segundos e olhava esperançoso para a porta de entrada. Este era alto, forte, tinha cabelos negros e compridos que caiam elegantemente sobre seu rosto, dando a ele uma aparência um tanto quanto divina, sem tirar seus olhos azuis e se chamava Sirius Black. Outro parecia estar realmente em seus melhores devaneios. Olhava fixamente para o nada com um sorriso galante nos lábios. Este era alto, meio magro, tinha cabelos castanhos e despenteados e olhos castanhos-esverdeados e se chamava Tiago Potter. Outro conversava animadamente com Sirius sobre os novos argumentos exigidos pelo Ministério da Magia em relação a nova escolha do Ministro. Este possuía o cabelo castanho claro baixo e arrepiado, possuía uma estatura mediana, os olhos castanho esverdeados e se chamava Remo Lupin. O ultimo era Pedro Pettigrew (N/A: Vou ser mesmo obrigada a descrever essa miséria??). Este era baixo, gordo e possuía cabelos ralos e castanhos, assim como seus olhos.

-... afinal o ministério não tem nada para fazer! –retrucou Sirius de mal vontade. –A mais de anos o assunto é o mesmo e ninguém com competência suficiente toma alguma iniciativa!

- Quem você indicaria? – perguntou Remo - Os Duendes voltaram a protestar devido a sua exclusão indireta do mundo bruxo, e isso significa mais problemas para o mistério, afinal eles podem voltar a entrar em greve e o Banco Internacional de Grigontes ir de mal a pior!

- Será que não é obvio? –perguntou Sirius –Eu!

- Que grande indicação! – ainda rouco devido ao tempo calado, Tiago falou num tom sarcástico!

- Shh... Silêncio! A conversa ainda não chegou no celeiro ou qualquer lugar onde guardam os veados!

- É cervo! CERVO, seu cachorro pulguento! – respondeu ele alterando um pouco da voz.
- Tanto faz –retrucou o moreno dando de ombros. – Para mim é tudo a mesma coisa!

- Oqagrtasfrmfermsmo? –perguntou Pedro num dialeto inexistente com um enorme pedaço de pernil na boca.

- Traduza Rabicho –falaram os outros em uníssono revirando os olhos.

Pedro engoliu o pedaço com a ajuda de um enorme gole de cerveja amanteigada (N/A: Que nojo! Por esse motivo entendemos a grande enorme pança).Se engasgou a principio, mas com a “delicada” ajuda de Remo - este deu-lhe fortes murros nas costas - recuperou o fôlego ainda corado.

- O que as garotas foram fazer mesmo? –perguntou ele olhando gordo para um bandeja farta que passou na mão de um garçom ao lado da mesa. Pedro não esperou nem a resposta e foi atras do garçom.

- Bem lembrado Rabicho! – respondeu Sirius passando a mão nervosamente nos cabelos. – Faz mas de três horas que elas não voltam! E a Carla sabe que não pode ficar andando num frio desses por ai!

- Não adianta impaciência Almofadas... – sibilou Tiago – Minha flor de Lírio vai demorar o tempo que for preciso para, se bem que não precisa, ficar assim como eu, perfeita.

- Ta ok Dr.Ego – falou Remo dando risada – Creio que elas não demoraram mais. Como sempre a Gabrielle vai por um freio nas duas!

- Duvido muito! – disse Pedro voltando a sentar na mesa com uma bandeja idêntica a que passou a pouco tempo do lado do grupo. –Esse negocio de provar vestido de noiva acaba com o juízo de qualquer mulher, mesmo ela sendo a certinha da sua mulher Aluado!

- O que estão servindo nessa comida? – perguntou Sirius desconfiado – Sabia que esse negocio de servir aperitivos no Três Vassouras não ia dar certo! Me dá só um momentinho por que vou perguntar o feitiço que jogaram ali! –ele apontou para o porco com uma maçã na boca na bandeja – Ele realmente fez o Rabicho pensar e falar uma coisa útil!

Remo e Tiago se entreolharam e caíram numa explosão de gargalhadas ao ver a expressão de cara-de-tacho de Pedro ao escutar a ironia de Sirius, que fez questão de chamar o garçom numa tentativa de constranger o amigo (N/A: Amigo??? o.O ... Era só o que me faltava) dizendo que iria realmente perguntar o feitiço!

- ...Eu realmente estou surpreso com os resultados –falou ele rindo – Deixemos de enrolação! Eu quero duas garrafas de Hidromel! – O garçom anotou num pedaço de pergaminho que saiu flutuando rapidamente em direção ao que parecia ser a cozinha ou coisa similar, pois era de lá onde vinha o cheiro convidativo das delicias agora servidas. Rapidamente as duas garrafas apareceram do nada na mesa e as garrafas vazias de cerveja amanteigada sumiam.

- A cada dia isso aqui melhora! – disse Tiago servindo-se rapidamente de um copo.

- Almofadinhas – falou Remo depois de tentar inutilmente retirar um da azeitonas que enfeitavam a bandeja de Pedro, que deu-lhe um grande e forte tapa na mão. –Seu motivo de preocupação chegou. – ele apontou para a janela do outro lado do estabelecimento.

- Já não era sem tempo! – reclamou ele.

O já conhecido badalar do sino a entrada de uma pessoa no Três Vassouras, voltou a chamar a atenção dos presentes no local. Um trio de garotas entraram no bar abafando todo o ambiente devido a beleza ofuscante. Uma possuía os cabelos vermelhos que desciam até a cintura, os olhos verde esmeralda que combinavam perfeitamente com seu rosto de delicadas sardas. Era alta, seu corpo era muito bonito e se chamava Lilian Evans. Outra tinha os cabelos um pouco maior que o de Lilian, loiros bem claros, os olhos mel que lhe davam um ar místico e misterioso. Possuía uma estatura media, seu corpo era bonito e se chamava Gabrielle Britoh. (N/A: Só uma coisa... Depois de Gabrielle se casar com Remo o sobrenome mudou. Tá eu sei... Que observação idiota) A ultima possuía os cabelos sedosamente cacheados que lhe caiam até a cintura, os olhos azuis acizentados que lhe lembrava os de um gato. Assim como Gabrielle, possuía a altura mediana, seu corpo era realmente bonito, a única coisa que lhe causava um pouco de raiva era a barriga que já estava grande, estava grávida de oito meses e se chamava Carla Bittencourt.

- Demoramos? – perguntou Carla sentando-se no colo de Sirius e beijando-lhe carinhosamente os lábios

- Não...’Magina – retrucou ele olhando-a de rabo de olho.

- O vestido ficou realmente ... –começou Lilian sentando ao lado de Tiago e aconchegando a cabeça em seu ombro depois de um rápido beijo.

- ... LINDO – completaram as garotas em uníssono.

- A Lilly tem razão – falou Gabrielle depois de beijar amorosamente a boca de Remo e sentar-se a seu lado envolvida pelos braços do maroto a sua cintura. – O vestido... – ela interrompeu sua fala para olhar desgostosa para Pedro.
- ...realmente ficou lindo.

- Porque demoraram tanto? – perguntou Tiago.

- Bem... – começou Lilian – Depois de aparatarmos em Paris... Não dava apenas provar o vestido e ir embora! Nem se fossemos loucas!
- Alem do mais... A Carla achou uma loja perfeita – falou a Gabrielle servindo-se de um gole de Hidromel.

- Mas que perfeita, querida! – sibilou ela revelando três sacos rosa em que tinha escrito “Bébé de mode” . – Olhem só isso! – Ela ia tirando delicadamente roupinhas rosa, laranja, amarela, que se variavam em saias, blusas, sandálias, presilhas etc.

- O que significa isso, Carla? – perguntou Sirius medindo as palavras. – Você não está achando que meu filho vai usar sainhas cor-de-rosa, né?

Ela por um momento o fitou severamente e disse : - E quem te garante que vai ser um menino? – ela tinha a sobrancelha esquerda levantada, saiu do colo do moreno e continuou – Eu tenho certeza que vai ser uma garota...

- Mais é claro que vai ser um menino – disse ele como se fosse a opinião mais normal do mundo -... Lindo e maravilhoso, igual ao pai! – nesse momento todos na mesa reviraram os olhos. Estavam preste a presenciar mais uma das brigas Carla Bittencourt X Sirius Black e se sentirem sufocados pelo abtual egocentrismo de Sirius.

- Você não passa de um Egomaniaco, Black – disse ela fingindo desprezo na palavra de ênfase.

- Vocês vão começar de novo? –perguntaram Gabrielle e Remo em uníssono.

- Vocês deviam estar comemorando a chegada dess...

- ...Me-ni-no! – sibilou Sirius sério.

- ...Me-ni-na! – corrigiu Carla. Lilian lançou aos dois um olhar agressivo. Carla, como uma criança mimada, cruzou os braços e afundou na cadeira.

Todos permaneceram, por alguns momentos, calados. A única coisa que se escutava na mesa era o chato barulho de talher batendo nos pratos absurdos de Pedro, que levantou os olhos para o grupo que o encarava. Este corou e falou:

- A sensação de comer sendo observado não me agrada!

- Então coma sem chamar atenção! – disse Carla.

- Sinceramente... – falou Tiago pela primeira vez depois de um longo tempo calado. -...porque vocês dois não vão no St.Mungus e terminam logo com isso?

- Por que eu tenho certeza que é um menino!

- E eu uma menina!

- Eu não agn....

Lilian foi enterrompida por um estampido forte na porta. Um grupo em grande quantidade de alunos de Hogwarts adentraram no estabelecimento. Todos bem agasalhados como precavia o aviso de inverno que era colocado em cada quadro de avisos das casas.

- Bons momentos os de Hogwarts, não? –perguntou Gabrielle alisando delicadamente os cabelos de Remo.

- Bons? – sibilaram os outros.

- Inesquecíveis! – falou Carla recostando a cabeça no ombro de Sirius.

- Gente... – começou Pedro -...a conversa tá muito agradável, mas eu tenho que ir. Viajarei hoje para o Canada. – ao falar isso as garotas se entreolharam e soltaram sorrisos discretos e comemorativos. – Vai haver o 3° Festival de Comidas Internacionais.

- O que? – perguntou Tiago num tom incrédulo – Você não vai no meu casamento com a Lilly?

- Infelizmente não! – respondeu o gordo e Lilly pareceu estar radiante ao ouvir a resposta de Pedro.

- Olha Pedro... – começou ela – Não se preocupe... Se você não tiver como ir... –ela por um momento fingiu estar enxugando lagrimas nos olhos fazendo arrancar risos de Carla e Gabrielle -...Nós vamos entender. Não é, Ti?

- Ah... Claro – respondeu ele sorrindo amarelo.

- Eu realmente gostaria de ir, Pontas. Não estou indo pela comida que vai ser distribuída... – as garotas soltaram discretos : Imagina! - Não, claro que não! Prometi a minha avó que iria com ela visitar alguns parentes de lá. – Ele olhou para o prato vazio a sua frente – Bom... Já vou indo! Até algum dia! – ele se despediu de Sirius e Remo com um curto aceno e após isso saiu.

-Yes!!!! –gritaram as garotas juntas.

- O que é isso? –perguntou Remo – Conspiração em trio? O que vocês tem contra o Rabicho?

- Queria realmente voltar ao tempo! – falou Carla cortando o assunto.

- Vamos fazer assim – Tiago segurava em suas mãos uma garrafa vazia de Hidromel. –Eu girarei a garrafa; quando a garrafa parar a pessoa escolhida terá que contar nos mínimos detalhes o que recorda.

- Sugiro que os mínimos detalhes não deverão ser revelados. – disse Sirius que brincava com os cachos nos cabelos de Carla.

- Você entendeu Almofadas! – sibilou Tiago e Remo em uníssono.

- Ok... Vamos lá – Tiago colocou a garrafa na mesa e girou-a. A garrafa girou, girou, girou, girou, girou e ...

- A primeira é você Gabrielle. – disse Tiago olhando para a garrafa. Gabrielle passou os olhos pelos presentes na mesa e disse:

- Bom... Andei pensando...

- Estava demorando – disse Sirius num tom entediado. – Lá vem você com está história, hem hem – ele clareou a garganta - “Andei pensando” – ele imitou a voz de Gabrielle.

- Almofadas... Você quer para de implicar com a Gabby ? –perguntou Remo num tom irritado.

- É por que você não sabe o que ela “andei pensando” no dia em que Carla e eu f... UAU!! – nesse momento Carla beliscou fortemente seu braço – Tá ficou louca?

- Sirius ... – falou Tiago desconfiado – O que é que você estava falando? – Lilian olhou de Gabrielle para Carla rapidamente. Sabendo que ia começar mas uns dos excessos de ciúmes de Tiago se pronunciou logo :

- Será que a Gabby pode dizer o que ela estava pensado? – ela batia os dedos na mesa em sinal já conhecido de impaciência.

- Obrigada Lilly – Gabrielle um pouco corada. –And... – ela olhou para Sirius que acenou sorrindo – Bom... Acho que a brincadeira não via fluir bem.

- Você está julgando minha capacidade?! – retrucou Tiago fitando-a.

- Vai começar! – reclamou Remo revirando os olhos. – A Gabby em nenhum momento falou em duvidar de sua “capacidade” – ele fez as aspas nos ar – Pontas! Será que vocês dois... – ele olhou de Tiago para Sirius, que arregalou os olhos e resmungou algo que parecia “Eu estou aqui quieto e colocam meu nome no meio. Só quero ver a idéia de Girico que a Gabrielle vai Ter” - ...poderiam deixar ela terminar?

- Obrigada – respondeu ela retirando da bolsa um pergaminho. – Isto é um pergaminho de auto resumo de lembranças. A medida em que eu colocar nosso nomes aqui – ela escreveu os nomes no começo e no rodapé do pergaminho. Em poucos minutos as letras se absorveram no pergaminho, como se o mesmo tivesse as devorado. –... Teremos que pensar em alguma coisa que nos lembre do assunto que escolhermos para lembrarmos em conjunto.

- Só tem um problema – disse Carla – O Sirius não pensa!

- Não sei do que você estar reclamando – disse ele calmamente – Afinal – ele abaixou o tom de voz para que apenas ela escutasse -...no que eu penso causa satisfação, alto grau de excitação e você sempre será a vítima.

- Quê isso?! – perguntou ela corando e levando as duas mãos a boca. – O pior de tudo é que eu gostei!

- Ou,ou... Olha a baixaria aqui do meu lado! Eu posso não Ter escutado, mas já imagino o que tenha saído da boca desse cachorro sarnento!

- Pontas... – começou Remo - Você tem que começar a se acostumar com a fato de Sirius ser noivo de sua prima e ainda por cima vai ser o pai do neném que a Carla está a carregar na barriga.

- Com certeza, Ti! – falou Lilian – Esse ciúme não vai adiantar nada. Afinal, por menos que pareça, os dois já são maiores de idade.

- Será que poderíamos voltar ao ponto “Recordando o Passado” ? – retrucaram Sirius e Carla em uníssono.

- Ah... Posso continuar agora? – perguntou Gabrielle um pouco entediada, em que todos assentiram. – Ok! No três! – ela encostou a varinha no pergaminho e começou: - Um, dois, TRÊS.

Por uma fração de dois minutos o mundo ao redor se congelou e as únicas coisas que pareciam se movimentar eram as vestes e madeixas do grupo. Quando todos abriram os olhos tudo voltou ao normal e o som abtual de pessoas conversando e o piano encantado, que tocava uma musica que mais parecia de enterro, voltaram a funcionar. Gabrielle permanecia com a varinha por cima do pergaminho. Todo o grupo se inclinou para olhar para o papel envelhecido que agora estava nas mãos do loira. Nele havia escrito:

Primeiro dia em Hogwarts

As letras pareciam ser impressas, como as do jornal O Profeta, em que Gabrielle era uma das redatoras na coluna dedicada aos assuntos femininos. Gabrielle ao notar todos se inclinando para melhor lerem o pergaminho, o dobrou rapidamente. Lilian levantou a sobrancelha e reclamou:

- Quê isso Gabby? Você não está pensando que não vamos ler, não é?

- Ela não esta nem doida! – foi a vez de Sirius se pronunciar retirando bruscamente o pergaminho das mãos da loira.

- Estava pensando em só lermos no dia do casamento da Lilly e do Tiago! –defendeu-se Gabrielle.

- Ah Tá! Até parece que eu vou esperar até lá! – retrucou Carla. – To até estranhando essa sua atitude... Você sempre foi a mais curiosa que todos nós juntos.

- Nisso eu tenho que concordar – falou Remo cruzando os braços. –O nome Gabrielle Lupin com “espera” na mesma frase não me expressa confiança. Alguma coisa de errado tem! – Todos começaram a rir devido a careta de repreensão que a loira lançou para Remo.

- Bom... – pronunciou-se Tiago – Façamos assim! – ele retirou o pergaminho das mãos de Sirius e abri-o no meio da mesa e abriu um sorriso maroto. – Cada um ler e tira suas conclusões.

Falando isso todos assentiram. O grupo mais uma vez voltou a se inclinar para melhor ler o papel envelhecido. Gabrielle por um momento permaneceu afundada na cadeira, mas depois foi se chegando devagar.

Primeiro dia em Hogwarts

A imponente estrutura da conhecida Estação de King Cros’s crispava entre o sol sedoso e brilhante. O número aglomerado de pessoas impressionava a qualquer um que passava. Mas uma vez os filhos de bruxos ou os nascidos trouxas selecionados preparavam-se para entrar na Plataforma nove ¾, que era desconhecida pelos trouxas londrinos.

Um pouco mais adiante, olhares apreensivos eram expostos de maneiras variadas. Alguns com lágrimas discretas nos olhos, outros com uma verdadeira luminosidade e outros de real marotice, como de um garoto de cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros que encontrava-se sentado em cima de seu malão a escutar claramente cada palavra da mãe que possuía os olhos lacrimejados.

- ... Não esqueça! – dizia enquanto tentava inutilmente abaixar os cabelos do filho acariciando-o carinhosamente. – Escolha bem as suas amizades. Sei que não tem aptidão para isso, mas tente, Tiago.

- Mãe... Eu já entendi! – ele balançava os pés e olhava fixamente para a parede entre as plataformas nove e dez. – Vamos logo! Daqui a pouco o Expresso vai embora e ficarei a ver hipogrifos.

- Cheguei!! – falou um senhor aparentemente muito parecido com o garoto sentado no malão. Ele passou a mão nos cabelos no mesmo instante que o filho e olhou-o sorrindo. – Acredito que sua mãe já tenha falado tudo. – ele inclinou-se para perto do filho e sussurrou: - E até o que não precisava. – ele voltou a sua posição antiga e pegou o malão do filho assim que este se levantou. – A única coisa que tenho a dizer é que sei que você será da Grifinória e tenho muito orgulho disso.

- Michael... Não vá colocar idéias na cabeça desse menino! –sibilou a Sr.ª Potter. – E se ele não entrar na Grifinória? Você não vai estar orgulhoso?
- Ora, Sarah! Você ainda tem duvida de que o nosso filho vai para a Grifinória? –perguntou ele depois de passar pela plataforma nove ¾.

O numero de jovens aumentou rapidamente. Uns encontravam-se juntos a conversar. Outros olhavam a cada instante para o relógio no pulso, positivamente loucos para a entrar no grande trem vermelho e preto que possuía um grande emblema em cada vagão com a escritas : Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts - Draco Dormiens Nunquam Titilandus.

- Michael... – pergunto a Sr.ª Potter apreensiva. – Onde está o Tiago? – O Sr. Potter girou rapidamente os calcanhares e olhou ao redor. Tiago encontrava-se abraçado com uma garota dos cabelos castanhos claros perfeitamente cacheados que caiam um pouco abaixo dos ombros, e conversava animadamente com uma outra menina. O Sr. Potter ao ver o filho apontou : - Ele achou a Carla!

- ...Estou quase enlouquecendo. – pronunciou a menina de cabelos loiros que desciam elegantemente pelas costas e olhos mel. – Li quase todos os livros. Meus pais estão super animados. Sou a única que vou estudar em Hogwarts. Minha mãe estudou em Beauxbatons e meu pai em Fawkerts.

- Minha mãe também estudou em Beauxbatons – Carla abriu um sorriso. – Meu irmão que estuda em Fawkerts. Tenho a maior vontade de conhecer o Brasil!

- Você ainda não me disse seu nome! – falou Tiago fitando a loira.

- Ahh... Desculpa. Gabrielle. Gabrielle Britoh.

- Tiago Potter. – ele estendeu a mão direita, que Gabrielle apertou, e beijou a mão da menina cordialmente.

- Eu sou Carla Bittencourt. – está abraçou rapidamente a loira e voltou ao aconchego dos braços do primo.

O barulho que já estava presente na plataforma nove ¾ aumentou ao apitar do expresso. Ouviu-se uma voz suave e feminina, que lembrava de um comercial de uma caixa preta trouxa, distante de todos presentes. – DESEJAMOS AS BOAS VINDAS AOS NOVOS E AOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS. INFORMAMOS QUE O EXPRESSO HOGWARTS PARTIRA EM EXATOS VINTE MINUTOS. SUGERIMOS A ENTRADA ANTECIPADA NO TREM PARA GARANTIR UM ACENTO. DESEJAMOS UMA BOA VIAGEM. MUITO OBRIGADO! Os garotos já iam de encontro ao trem quando foram interrompidos por um puxão.

- Não acredito que vocês iam embora se despedir de nós – falaram a Sr ª. Potter e uma mulher dos cabelos negros e olhos verdes.

- Olha... Eu vou entrando e procurando um lugar para nós. – falou Gabrielle de uma das uma das janelas no trem.

Tiago e Carla assentiram e voltaram a atenção para o grupo de adultos. O Sr. Potter conversava com o pai de Carla, um senhor, assim como o pai de Tiago, tinha uma aparência jovem. Possuía os olhos acinzentados assim como os da filha, e os cabelos extremamente loiros; A Sr ª. Potter conversava com a mãe de Carla, irmã de seu marido, e ao notarem as crianças seus olhos se encheram de lágrimas e abriram os braços à espera de uma abraço.

- Sentirei tanta saudade – falou a Sr ª Potter ao receber o abraço caloroso do filho.

“CRASH”

A concentração de todos na mesa no Três Vassoura se quebrou pela batida forte na mesa feita por Sirius. Este soltou uma gargalhada ao ver as expressões de susto nas faces dos amigos.

- É impressão minha... Ou este pergaminho idiota só resumiu os pensamentos do Pontas? – perguntou ele depois de conter a risada.

- Nunca pensei que iria dizer isso... – começou Lilian – mas, concordo com o Sirius.

- Seu veado descarado! O que é que você estava fazendo abraçado com a Carla? – Sirius perguntou fuzilando Tiago com o olhar.

- É C-E-R-V-O, seu cachorro vira-caldeirão. Para sua informação a Carla é minha prima! Eu tenho todo o direito de abraçar, beijar quando eu quiser!

- TINHA! – sibilaram Lilian e Sirius rispidamente.

- Será que poderíamos continuar? –perguntaram Gabrielle, Carla em uníssono.

- Pontas... – Remo olhou para Tiago. – Você não é nada da Gabby e mesmo assim adiantou-se demais.

- Sou a favor do costume de se beijar as mãos de uma mulher quando somos apresentados. Afinal, é preciso começar por algum lado. Essa foi a educação que recebi de meus pais! Se você e o Sirius não sabem ser cavalheiros, eu por ser perfeito e por possuir essa qualidade e muitas outras, ensino assim que quiserem! – retrucou ele.

- Ah... Parem com isso! Sirius... – Gabrielle virou para encarar o moreno – Quando a lembrança é em conjunto o pergaminho se esforça ao máximo para coloca-los em ordem de sentimentos, expressões e em relação ao tempo ocorrido.

- Agora podemos continuar? – perguntou Carla inclinando-se novamente para perto do pergaminho. Todos assentiram e imitaram seu gesto.

“FILLL”

- Também sentirei mãe – respondeu o garoto fitando o olhar âmbar maternal. Carla falava chorando coisas no ouvido da mãe e correu para abraçar o pai. A Sr ª Bittencourt abraçou calorosamente Tiago e falou:

- Sentirei bastante saudades suas. Cuide bem de sua prima.

- Pode deixar. – falou ele depois de receber o beijo estralado nas bochechas e sair em direção ao pai. O Sr. Potter passou as mãos novamente sobre os cabelos e abraçou fortemente o filho.

- Não vá aprontar, pelas barbas de Merlim. – O Sr Potter fitava os olhos amendoados do filho. Tiago soltou o pai e apertou fortemente a mão do Sr. Bittencourt, que carregava Carla nos braços.

- Boa sorte! Acredito que entraram na Grifinória não é Michael?!

- Com certeza! – respondeu o outro. As senhoras lançaram um olhar de desaprovação para os maridos. E ao perceber os senhores acrescentaram rapidamente:

- Claro... Que não importa em que casas vocês saírem... Claro que não – falaram em uníssono. O Sr. Bittencourt colocou a filha no chão.

- Ah pai... Não esquece de mandar lembranças pro abusado do An. – sibilou a garota quando sentiu os pés no chão.

A voz feminina voltou a se espalhar por toda a plataforma: DESEJAMOS AS BOAS VINDAS AOS NOVOS E AOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS. INFORMAMOS QUE O EXPRESSO HOGWARTS PARTIRA EM CINCO MINUTOS. SUGERIMOS A ENTRADA ANTECIPADA NO TREM PARA GARANTIR UM ACENTO. DESEJAMOS UMA BOA VIAGEM. MUITO OBRIGADO! – ouve um beep e a voz voltou a ecoar: INFORMAMOS QUE AO FINALMENTE CHEGARMOS NA ESTAÇÃO DE HOGSMEADE OS NOVOS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR OS CONSELHOS DE ALGUM GUIA ENCARREGADO DA TAREFA OU DOS MONITORES CHEFES QUE ESTARAM LIJONGEADOS EM AJUDA-LOS. PEDIMOS A COMPREENÇÃO DOS PAIS PARA O DESLOCAMENTO DE SEUS FILHOS PARA DENTRO DO EXPRESSO, POIS O MESMO JÁ SE PREPARA PARA A SAÍDA.
Tiago olhou para o lado e imaginou que a voz falava indiretamente para uma mulher ajoelhada no chão, que soluçava comicamente e segurava nas vestes de seu filho impedindo-o de entrar no expresso. Tiago despediu-se rapidamente dos familiares e acompanhou a prima para a entrada no trem.
No trem o numero de murmúrios parecia ser infinitos. Tiago e Carla ao entrarem logo repararam os escandalosos e indiscretos acenos de Gabrielle para mostrar a cabine que havia encontrado para eles.

- Os pais de vocês ainda estão lá embaixo – falou Gabrielle fitando a janela pensativa. Tiago e Carla lançaram um rápido aceno até que a locomotiva começou a andar e os vultos paternos e maternos sumiram.

- Seus pais não vieram te deixar? – perguntou Carla, sempre inconveniente, sentando-se acompanhada de Tiago.

- Eu vim com a minha avó! – respondeu loira sorrindo forçado. – Meus pais são meio que at... – a garota foi enterrompida quando a porta da cabine abriu levemente revelando um garoto de cabelos castanhos claros arrepiados e seus olhos castanhos esverdeados estavam arregalados.

- Oh... Desculpa... – apressou-se ele a dizer – Pensei que estava vazia. – ele girou os calcanhares e ia saindo da cabine no momento em que Tiago puxou seu braço.

- Quê isso! Pode entrar.... – ele possuía um sorriso solidário. – Acho que a esta altura você não vai encontrar uma cabine vazia. – o garoto sorriu em agradecimento e sentou ao lado de Gabrielle.

- Carla Bittencourt – apressou-se a garota a dizer, esticando a mão.

- Remo Lupin, prazer. –ele apertou a mão exibindo um sorriso lindo.

- Bom...Esta ao seu lado é a Gabrielle Britoh – a loira lançou um curto aceno para o garoto - e este é meu primo, Tiago Potter. – o moreno sorriu e acenou e voltou a abraçar a prima pela cintura.

A porta da cabine voltou a abrir, mas desta vez foi de um jeito desajeitado. Todos voltaram sua atenção para a porta onde se encontrava um garoto baixo, gordo e que segurava fortemente uma barra de chocolate nas mãos. Este nem pediu licença e sentou-se calado ao lado da janela.

- Oi para você também – falaram Carla e Gabrielle em uníssono enquanto seguiam o gordo com o olhar.

- Oi! – falou o menino sem tirar a atenção para a janela.

- Mas, é cada uma! – reclamou Carla revirando os olhos. – Será que você poderia sair... – a garota foi enterrompida por uma garota ruiva que entrou na cabine ofegante. Esta passou os olhos verde esmeralda por todos e sorriu.

- Gente desculpa... Posso entrar? – perguntou ela já entrando e sentando ao lado de Carla. – Lilian Evans.

- Prazer – falaram todos os outros em uníssono.

- Ai meu DEUS... Eu nem acredito que estou entrando em Hogwarts!!!! – a ruiva parecia mesmo ansiosa por isso. Seus olhos brilharam num intensidade imensa. – Sabe... Não sou de família bruxa. Isso tudo é demais para mim!

- Nem me fala... – falou Remo pensativo. – Pensei que não seria chamado para Hogwarts... Minha carta chegou a pouco tempo.

O trem pareceu dar uma grande freada, fazendo todos na cabine caírem de todas as formas. A ruiva levantou totalmente descabelada e com uma expressão de ódio abriu ferozmente a porta cabine – a força foi tanta, que a garota conseguiu quebrar o trinco da porta - , fazendo uma fumaça preta – que possuía um cheiro horrível - ecoar para dentro da cabine, quase sufocando a todos.
Em meio a tossidas e engasgues – o garoto gordo precisou de uma ajuda de Remo – um menino adentrou na cabine abanando toda a fumaça que vinha em direção a seu rosto. Este era alto para sua idade, tinha cabelos negros e compridos que caiam elegantemente sobre seu rosto, e os olhos ferozmente azuis.

- Você está esperando o quê para fechar essa porta? – perguntou ele num tom rude dirigindo-se a Lilian. A garota “obedeceu” a ordem fazendo um pouco da fumaça e se desfragmentando no ar. Ouviu-se uma voz gasguita passar ao lado da porta que dizia: Quando eu pegar esse moleque! O moreno que acabara de entrar arregalou os olhos e pareceu empalidecer.

- Foi você que fez isso, não? – perguntou Tiago enquanto batia em sua jeans.

- Quem? Eu? Nunca! – falou lançando um sorriso cínico para todos e afundou numa das cadeiras. Todos reviraram os olhos em descrença. – Ok. Sim, fui eu. Nada muito grave, eu só soltei uma bomba de bosta na casa de maquinas da locomotiva e não sei por que motivo todos se irritaram - disse fazendo a cara mais santa que seu sorriso maroto podia permitir.

- Cara... Você é louco! – retrucou Tiago rindo. – Quem é você?

- Sirius Black! Bom... Não sei se já comecei o ano mal, ou bem, depende do ponto de vista. – ele mantinha um sorriso no rosto que, todos achavam, não poderia ser tirado tão cedo. Olhou a cabine a sua volta jogando um rápido aceno para todos os presentes que o olhavam aborrecidos, o único que parecia Ter gostado da idéia era Tiago, e se sentou. – Gente, qualé? Estamos em HOGSWARTS!

- Eu sou Tiago Potter! - o garoto sorria. Na sua cabeça a única coisa de que se lembrava era da frase da mãe: "Escolha bem as suas amizades!" Mãe me desculpe... mas não acho que acharei amizade melhor! Pensou ele vagamente. Sirius apertou fortemente a mão do garoto e repetiu o gesto para com Remo.

Houve um momento de silencio, no qual o recém-chegado se dedicara a olhar a cabine.

- Ainda não sei os nomes de vocês! – disse indicando as garotas com um gesto na cabeça.

- Se depender de mim... Você não vai saber! – retrucou Lilian fuzilando-o com o olhar (ainda não havia esquecido o "equivoco" causado pelo moreno)

- Bom... Eu sou Gabrielle Britoh – adiantou-se a loira – Essa – ela apontou para a ruiva ainda descabelada – É Lilian Ecans....

- É Evans – corrigiu a ruiva rispidamente.

- Sabia que se incomodaria e iria dizer a esse garoto seu nome! – a loira colocou um sorriso triunfante no lábios. Lilian cruzou os braços e afundou no banco. O Expresso nesse momento voltou a andar como anteriormente. – Esta – ela indicou Carla – é Carla Bittencourt.

- Minha prima – adiantou-se Tiago rapidamente.

- Eu sou Remo Lupin! - o garoto falou voltando a se sentar.

- Pedro – o menino gordo falou ainda rouco devido ao bastante tempo que permanecera calado, fitando a janela. – Pedro Pettigrew.

- Cara... Lembrei! Você é da família Black, não é? – começou Carla enquanto arrumava os cabelos. – Aquela de puro-sangue que odeia nascidos trouxas e mestiços?

- Pronto... – disse Lilian depois de escutar o comentário de Carla – Temo uma coisa em comum: Também odeio puros sangues arrogantes e sem o mínimo de senso.

- É sou! – respondeu o moreno firmemente. Sua expressão havia mudado instantaneamente, e ele parecia estar odiando o rumo que a conversa tomou. – Mas nem todos são da forma que você disse! Inclusive EU! – os seus olhos intensamente azuis pareciam que iam penetrar a garota e seu tom de voz parecia mostrar que havia dado um ponto final para a conversa.

O trinco na porta, quebrado por Lilian, começou a se mexer avisando que mas uma vez a porta iria ser aberta. E assim uma senhora de aspecto maternal e cabelos grisalhos apareceu. Ela revelou um carrinho de doces, sonhado por todos.

- Desejam alguma coisa?

- Eu pago! – anunciaram Tiago e Sirius em uníssono. Os dois retiraram dos bolsos dos, cada um, um saco com bastante galeões ( o suficiente para acabar com o estoque do carrinho). A senhora deu os doces pedidos e saiu. Nesse momento Pedro logo pareceu se chegar mais para o grupo.

Todos comiam. Carla, Gabrielle e Lilian, que agora haviam se apresentado melhor, conversavam animadamente. Tiago e Sirius jogavam penosamente Xadrez bruxo, enquanto Remo lia um livro entitulado de "O Segredo das Runas Antigas Gregas" . Pedro comia ferozmente um saquinho de Feijõezinhos mágicos.

- Torre direita, dois passos para a esquerda. – disse Tiago apreensivo. A torre olhou-o com uma expressão de duvida, mas fez o mandando por seu “comandante”.

- Cara... Você vai perder – disse Sirius sorrindo marotamente.

- Eu estou apenas me aquecendo.

- Ahh tá. Sei... – respondeu o outro num tom de descrença – Bispo esquerdo cinco passos na sua diagonal esquerda! – ele emboçou um sorriso vitorioso ao ver sua peça obedecendo-o. Tiago só percebeu a jogada quando seu ultimo cavalo havia sido despedaçado. Ele olhou para Sirius, que estava com a sobrancelha esquerda erguida, e suspirou pesadamente.

A locomotiva voltou a parar. Ouve um irritante barulho enquanto muitos arrastavam seus pertences para fora das cabines.

- Poxa... Que pena – disse rapidamente Tiago na sua melhor cara de pena. – Chegamos! Agora que eu queria terminar o jogo. – acrescentou o garoto cinicamente.

- Quê isso! – disse Sirius ajudando Tiago a guardar o xadrez. – Teremos tempo suficiente para terminar nossa partida. – Tiago o encarou e sorriu amarelo.

O grupo saiu do expresso junto dos demais. O cheiro das folhas dos pinheiros vinham invadindo suas narinas. Os murmúrios pareciam agora mais intensos. Logo o motivo foi revelado: Um homem! Ou melhor, ele mostrava possuir a altura duas vezes ou três vezes maior que qualquer homem normal.
As garotas arregalaram os olhos e encararam o gigante a suas frentes.

- OS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, POR FAVOR... JUNTAN-SE A MIM! – Anunciou ele sorrindo cordialmente. Muitos dos novos alunos permaneceram parados observando o enorme o homem. – SOU RUBÉO HAGRID! GUARDA-COSTAS DE HOGWARTS. MUITO PRAZER! – ele se apresentou e se inclinou numa reverencia engraçada fazendo todos rirem. – BOM... VAMOS ENTÃO! O QUE ESTÃO ESPERANDO PARA ENTRAREM EM HOGWARTS?

Finalmente os novatos puseram-se a acompanhar o homem, que parecia ser inofensivo. Os murmúrios pareciam não se findar. Os novos alunos foram levados para um enorme lago onde uma fresca da noite era refletida. Havia inúmeros barquinhos, onde Hagrid aconselhou os alunos entrarem em trios. Sirius ia acompanhando um garoto baixo para sua idade e de cabelos nojamente oleosos e de um loiro que possuía uma pose detestável. Tiago acompanhou Remo e Pedro em um dos barquinhos e as garotas foram juntas.
Quando todos entraram nas “embarcações” Hagrid soltou um forte assobio e todas se mexeram em direção ao enorme castelo.

- SEJAM BEM VINDOS A ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS! – Anunciou uma senhora com um vestido roxo e preto, que tinha em sua cabeça um chapéu com alguns retalhes bordados que se mexiam devagarinho. – SOU A PROFESSORA MC.GONAGALL E IREI ACOMPANHAR VOCÊS ATÉ A SALA DE SELEÇÃO DE CASAS. HOGWARTS SERÁ ASSIM COMO SUA CASA E PARA MELHOR SE SENTIR A VONTADE, A ESCOLA DIVIDI-SE EM QUATRO CASAS! ESTAS SÃO : CORVINAL, GRIFINÓRIA, LUFA-LUFA E SONSERINA. PARA CADA UMA DELAS SÃO EXIGIDAS QUALIDADES E VIRTUDES. TENHO CERTEZA DE QUE ADORARAM A ESCOLHA DE NOSSO ILUSTRE JURADO. BOM... SAIAM DEVAGAR DOS BARCOS E ME ACOMPANHEM NOS SEUS RESPECTIVOS TRIOS. OBRIGADA!
Todos saíram vagarosamente, como recomendando e novamente o assobio de Hagrid foi escutado, fazendo todas as embarcações voltarem para seu lugar de origem. Lilian preocupada perguntou para Carla e Gabrielle:

- Quê tipo de seleção será essa?

- Ouvi dizer – disse Tiago chegando e abraçando a prima pela cintura. – Que teremos que fazer uma escarpa levantar a cabeça e dar comida na boca de um dragão. – Lilian arregalou os olhos, mostrando seu nervosismo.

- AI MEU DEUS! – a ruiva empacou, mas Remo empurrou-a devagar para que a mesma continuasse a acompanhar os novatos.

Eles foram conduzidos para dentro de uma saleta que ficava de um lado esterno do castelo. Esta parecia ser bastante aconchegante. Possuía algumas almofadas no chão, onde muitos sentaram, e um cheiro agradável.

- O NOME DE VOCÊS SERAM CHAMADOS POR MIM! – disse a Profª. Mc.Gonagall se dirigindo para a porta – QUERO QUE O CHAMADO NÃO DEMORE MUITO PARA PASSAR POR ESTA PORTA; AO PASSAR PEÇO PARA QUE SENTE NO BANCO EM QUE ESTAREI DO LADO E ESPERA A SUA SELEÇÃO. – e com isso a Profª. saiu da saleta.

Todos começaram a falar. Mas logo foram calados por um pigarro que parecia ser ecoado de dentro da sala.

- AGNUS, BRENDA! – anunciou a voz da Profª. Mc.Gonagall. Uma garota com algumas mexas verdes nos cabelos negros e olhos da mesma cor levantou-se tremendo levemente e passou pela porta. Todos calaram-se para escutar o que iria acontecer lá fora, demorou uns dois minutos e a única coisa escutada foi uma explosão de aplausos.

- ARION, THOMAS! – um garoto alto de olhos mel, levantou-se e passou pisando firme no solo em direção a porta, que foi fechada e mais uma vez ouviu-se apenas uma explosão de aplausos.

- BLACK, BELATRIX!

- BLACK, NARCISA!
- BLACK, SIRIUS! – o moreno passou rapidamente pela porta. Não se ouviu a explosão de palmas como de costume, mas sim um som abafado de palmas batidas devagar. E todos conseguiram ouvir o garoto gritar: MINHA MÃE VAI ME MATAR! – e desta vez os aplausos foram feitos, acompanhados de risadas.

- BRITOH, GABRIELLE! – a loira lançou um olhar apreensivo para os colegas que acabara de conhecer e passou rapidamente pela porta e mas uma vez ouviu-se uma explosão de aplausos.

- BITTENCOURT, CARLA! – a garota beijou o rosto do primo e acenou rápido para os colegas e passou pela porta e ouviu-se uma explosão de aplausos.

- CARLTON, CLARK – um garoto de cabelos levemente cacheados e olhos mel levantou-se e passou apressadamente pela porta e mas uma vez o que se escutou foi uma explosão de aplausos.

- EVANS, LILIAN! – a ruiva demorou um bom tempo para levantar-se. Lançou um olhar furioso para Tiago e Remo como se eles fossem os culpados por seu nome ser chamado e enfim passou pela porta rapidamente. Ouviu-se mais uma vez o som de palmas. E tudo foi se repetindo momentaneamente. Tiago já bufava de cansaço. Remo contava hipogrifos e Pedro, para variar, comia um dos doces do trem que havia guardado nos bolsos.

- LONGBOTTON, FRANK.

- LUPIN, REMO! – o garoto acenou para Tiago e Pedro e passou pela porta. E mais uma vez foi escutado o som de aplausos.

- MALFOY, LUCIO! – o garoto loiro que acompanhava Sirius passou pela porta e os aplausos foram escutados.

- PETTIGREW, PEDRO – Pedro passou rapidamente pela porta e os aplausos foram escutados.

- POTTER, TIAGO – o garoto soltou um aleluia. Ele passou pela porta e deparou-se com o banco citado pela Profª. Ele estava encima de uma espécie de palco e viu em uma das quatros mesas seus colegas acenando freneticamente. Ele sentou-se. Mc.Gonagall colocou um chapéu em sua cabeça que ao começar a falar assustou Tiago.

- Uma mente engenhosa. Teimosa... Corajoso. Até demais. Controle seu senso de achar que você quer, você terá. GRIFINÓRIA. – o chapéu foi tirado de sua cabeça e Tiago entendeu de onde vinha o som dos aplausos. Ele correu para o lado dos colegas.

- Você demorou pacas! – reclamou Carla.

- Por algum motivo... A chamada foi feita por ordem alfabética! – retrucou Sirius olhando-a de rabo de olho.

- E por algum motivo não dirigir a palavra a você! Então CALA A BOCA! – falou ela o encarando. Tiago olhou para Lilian, escutando a briga de Carla e Sirius, que estava olhando ferozmente.

- VOCÊ É UM IDIOTA!

- Ora, por que?

- Como que você me põe um medo daquele jeito?

- Idiota é você que acreditou! - retrucou ele dando-lhe as costa, assim como Carla a Sirius, e concentrou sua atenção no garoto de cabelos oleosos que estava no palco de onde havia acabado de sair.

- Eu estou ferrado! – reclamou Sirius empalidecendo. Ele olhava de vez em quando para a mesa da Sonserina, a casa em que deveria pertencer, e suspirava fundo, como se desejasse a cada suspiro um alerta de que tudo não passava de um sonho, ou melhor pesadelo! Um Black! Um Black na Grifinória! Como isso poderia Ter acontecido! Ainda mais com ele... “Eu joguei bomba de bosta no casamento de Merlim e Morgana em vez de arroz!” pensava ele.

- BOAS VINDAS AOS NOVOS E ANTIGOS ALUNOS DE HOGWARTS – anunciou um senhor de chapéu-coco que se levantara após o ultimo, Paul Zabine, aluno ir para a casa escolhida, Sonserina. – BOM... ANTES DE NOS DELICIARMOS COM O NOSSO BANQUETE, GOSTARIA DE AVISAR QUE A FLORESTA É EXTREMAMENTE PROIBIDA. E QUE NOSSO QUERIDO ZELADOR, ARGUS FILCH – um homem magricela de aspecto horrendo apareceu dentre as cortinas atrás da mesa onde, acreditava todos, as maiores autoridades estavam sentadas. – AVISA QUE OS ALUNOS QUE SE ATREVEREM A ULTRAPASSAR O HORARIO EXIGIDO, TERAM UMA AGRADÁVEL CONVERSA COM ELE! AVISO QUE MESMO PELAS INFLUENCIAS PATERNAS – seu olhar caiu em cima de Carla, Gabrielle e Tiago – TENTEM AO MAXIMO SEGUIR TODAS AS REGRAS DA INSTITIÇÃO. BOM... NÃO SEI QUANTO A VOCÊS, MAS EU ESTOU MORRENDO DE FOME! – falou ele voltando a sentar. Encima das mesas apareceram uma enorme quantidade de comida, de aspectos realmente chamativos e atraentes.

- GRANDE DUMBLEDORE! – gritou um dos monitores chefes da Lufa-Lufa, que mergulhou num pedaço de pernil. Os olhos de Pedro pareciam brilhar com uma enorme intensidade e logo, ele, Tiago, Sirius e Remo, pareciam que nunca haviam visto comida por toda a vida, e puseram-se a comer desesperadamente.

- Quê isso, Ti? Ta ficando louco? – repreendeu Carla olhando-o enojada.

- Louca esta você que não está comendo! – disseram Lilian e Gabrielle que comiam muito, mas educadamente. Tiago ao ver que a resposta tinha sido respondida deu de ombros e recomeçou a comer.



O jantar de Boas Vindas não poderiam Ter sido melhor. Todos estavam realmente estufados. Pedro teve que ser levado para a enfermaria, pelo excesso de comida ingerido, mas mesmo assim, levou consigo uma garrafa de suco de abóbora e um enorme pedaço de torta de chocolate servida na sobremesa.
Agora todos iam seguindo o Monitor-Chefe da Grifinória para o que chamavam de Sala Comunal. Eles subiram escadas que se mudavam momentaneamente. Passaram por diversos quadros – alguns olhavam para Tiago e soltavam uma exclamação e comentavam alguma coisa sobre seu pai – que falavam e finalmente chegaram na frente de uma quadro de uma Mulher Gorda que mantinha um sorriso sem muita definições e as mãos estavam um pouco abaixo do colo.

- O que foi desta vez? – perguntou o Monitor encarando-a num tom de riso.

- Estive pensando em seguir os conselhos da minha amiga Monalisa. Ela tornou-se famosa devido sua postura e elegância! – respondeu o quadro, fazendo a maioria rir.

- Occus Poccus! – disse o monitor. O quadro girou, mantendo a mesma pose, revelando uma aconchegando e grande sala decorada em vermelho e tons dourados. Todos foram entrando e se aconchegando na sala. – A lista dos grupos para dividirem os quartos estão pregados no quadro de avisos! – informou o monitor ao entrar na sala comunal - Os dormitórios femininos ficam a esquerda e os masculinos a direita. Bom... Qualquer duvida, curiosidade vocês podem me procurar ou a qualquer outro monitor. Não se sintam intimidados. Nós, monitores, temos todos os direitos para punir, repreender e apurar pontos de qualquer um de vocês, tudo para melhor zelarmos a honra de nossa casa, que é a melhor de toda a Hogwarts. – a maioria sorriu e assentiu com o comentário do garoto - A Profª. Mc.Gonagall é nosso diretora, então respeitem-na acima de tudo! Bom... É só isso! Tenham uma boa noite! – e nisso ele subiu as escadas para o dormitório masculino.

- Bom... – Remo analisava o quadro de avisos. – Eu, Tiago, Sirius e Pedro ficaremos no mesmo dormitório! Que coincidência, não?

- Nós também – falou Gabrielle num tom sonhador. – Também tem uma Alice Downt. Quem é?

- Não sei... - falou Lilian olhando ao redor.

- QUEM É ALICE DOWNT? – perguntou Carla subindo num dos bancos, no seu modo sempre discreto.

- Sou eu! – disse uma garota corando rapidamente. Esta possuía um rosto redondo os cabelos negros levemente ondulados e olhos delicadamente claros.

- Ai... – Carla desceu do banco – Prazer! Sou Carla Bittencourt! Está é Lilian Evans e esta aqui é Gabrielle Britoh! Vamos dividir o dormitório com você.

- Nossa... Será um prazer! – disse ela olhando para as garotas. – Você é filha de Silvester Britoh?

- Sou... De onde você conhece meu pai? – perguntou a loira curiosa.

- Quem não conhece o Conde Britoh? – respondeu a garota fitando-a. – Ele é amigo do meu pai!

- Nossa... Que legal! – Gabrielle corou ferozmente. – Bom... Vamos conhecer nosso quarto meninas?

- Claro... Vamos lá! – respondeu Lilian subindo as escadas em direção ao dormitório, acompanhada por Alice. Carla deu um beijo no rosto do primo e disse juntamente com Gabrielle:

- Boa noite meninos! Até amanhã! – e subiram as escadas rapidamente.

- Até que enfim... Hogwarts – anunciou Sirius sentando no parapeito da janela perto da lareira e olhando para o céu. Os outros dois assentiram e sentaram-se nas poltronas e fitavam a lareira pensativos.



***

Oi gente!
Boa noite!
o.O Nossa primeira fic! =D
Esperamos que gostem, assim como
gostamos de ter escrito!
Aceitamos criticas, elogios, tudo que vcs acharem que precisamos
para melhorar!
Bejioss
T-mais!
xD~

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