Uma outra realidade
Hogwarts estava em polvorosa. A Sonserina acabara de ganhar da Lufa-Lufa de 350 a 200. Isto significava que a final seria Grifinória versus Sonserina. O terceiro lugar seria decidido dali a alguns dias, ou os corvos ou os texugos ficariam com essa posição. Chega ser redundante dizer que tanto a Corvinal quanto a Lufa-Lufa torceriam pela casa do leão.
Os grifinórios estavam super ansiosos para a decisão do campeonato. Várias discussões calorosas sobre as táticas que deveriam ser usadas ou sobre como eles enfeitiçariam as bandeiras... A multidão vermelha e dourada fazia mais algazarra do que os vencedores da partida.
- Gininha, você não está entendendo...
- Rony, chega! Para mim chega! Não dá para conversar com você.
A ruiva saiu bufando e com uma cara que assustaria até uma bruxa de contos de fadas. Ela detestava quando o irmão a tratava como se ela fosse uma criança de dois anos de idade. Para Rony só existiam duas opções: ou a pessoa concordava ou não tinha entendido. Discordar não era uma opção.
- Ué, Mione! O que eu fiz?
- Nada, Ronald Weasley! Você nunca faz nada! – esbravejou a morena enquanto seguia para o castelo.
- Espera! – gritou enquanto tentava alcançar a amiga.
Gina andava sem rumo pelos corredores de Hogwarts, pouco se importando aonde estava indo. A palavra “raiva” estava estampada no seu rosto, talvez por isso nenhum de seus colegas tenha tentado falar com ela quando esta passou por um bando de grifinórios.
A garota não tinha consciência, mas sussurrava coisas desconexas.
- Rony... Que ódio! Com ele pode ser assim?- bufou.
Olhou em volta, contudo não reconheceu aquela parte do castelo. A sua frente, estava uma porta de madeira-de-lei decorada com símbolos estranhos. Sua intuição insistia que o melhor a fazer era sair dali. Mas desde quando Gina Weasley dava atenção à sua intuição bruxa?
Hesitou um pouco em entrar, pois suas experiências anteriores no mundo mágico haviam-lhe ensinado que não se deve abrir portas atrás das quais você não sabe o que há. Contudo sua curiosidade foi maior do que seu receio. Aqueles símbolos despertaram o seu interesse, ao mesmo tempo em que amedrontaram-na. Deu uma “checada” nos corredores próximos e concluiu que ninguém se encontrava lá. Voltou, respirou fundo e abriu a misteriosa porta.
- Que sala é essa?- indagou.
Branco, era essa a palavra que definia o lugar. Era uma sala relativamente pequena com uma janela na parede oposta a da porta.
Naquele cômodo só havia uma mobília, mais exatamente uma poltrona no canto direito da sala. A garota não resistiu, sentou-se ainda resmungado. Rony tinha uma capacidade absurda de irritá-la.
- Caramba! Ninguém merece! Meu irmão é uma mala! De vez em quando eu penso que deveria ter ficado em outra casa. Sonserina talvez. É, é isso. Eu deveria ter ido para a Sonserina para não ter que falar mais com ele.
Arrependeu-se automaticamente do que acabara de falar. Sentiu-se sugada. Parecia que seu corpo ia se despedaçar.
Passado esse primeiro susto, teve a sensação de cair sobre algo mole. Abriu os olhos, tonta, tornou a fechá-los. Dormiu profundamente.
Sua respiração era calma. Seu peito subia e descia fazendo com que o decote a camisola saísse um pouco do lugar. Seus longos cabelos ruivos faziam um contraste enorme com a fronha branca.
Uma claridade incômoda fez com que ela virasse o rosto alvo maculado por pequeninas sardas. Umas vozes estranhas conversavam entre si, ela não fora capaz e reconhece os donos delas, mas isso pouco importava. Gina continuava alheia a tudo até que um grito atravessou o cômodo.
- Gina! Você ainda não acordou? Assim vai se atrasar.
A ruiva levantou o rosto, fitou a dona da voz e perguntou sonolentamente:
- Pansy Parkinson?
-É Gina, sou eu, a Pansy. Agora, levanta dessa cama e vai se arrumar.
-Pansy, ainda são seis da manhã – disse entre bocejos – Faltam duas horas para a primeira aula e isso significa que eu tenho mais uma hora para dormir.
Weasley estava tão sonolenta que não notara a diferença na decoração o quarto. As cortinas eram verdes e pratas, as colchas e cobertores eram verdes... Tudo naquele quarto remetia a Sonserina. Outro fato a que a ruiva não atentou foi que Parkinson a tratava com se fossem melhores amigas, amigas de infância.
Como Gina não esboçava reação alguma, Pansy apelou para medidas drásticas: tirou o cobertor da outra, puxou-a para fora da cama e a conduziu ao banheiro. Sem dó nem piedade colocou a “amiga” embaixo do chuveiro e, sem se quer tirar-lhe a camisola, ligou-o.
Ao sentir aquela água gelada entrando em contato com a sua pele, Gina gritou.
- Acordou agora? – indagou entre risos – você tem vinte minutos para estar de banho tomado. Já volto.
Foi naquele instante que Gina notou que havia algo errado. Aquele não era o seu banheiro. Aquele lugar era tão... tão...tão... tão verde!
-Ai, meu Merlim! Eu estou na Sonserina! Eu não mereço... – choramingou agachada no Box.
Sua cabeça trabalhava rapidamente. Flashes dos seus últimos momentos como a “Weasley grifinória” a deixavam cada vez mais transtornada. Reviveu a partida de quadribol, a briga com Rony, a sua entrada na sala, o seu desejo de ser de outra casa...
Sim, a sala do lado direito do quarto andar era um portal. Hermione já comentara sobre isso várias vezes, no entanto Gina não acreditava até aquele momento. Era nessas horas que ela se odiava por não ter lido “Hogwarts, uma história”.
Puxando pela memória, lembrava-se vagamente da morena falando que a sala “branca” era proibida porque funcionava como uma chave de portal. Levava quem estivesse dentro dela a uma outra realidade, uma dimensão paralela, por isso os fundadores de Hogwarts haviam proibido os alunos de entrarem lá. Ela só não lembrava de um pequeno detalhe: como alguém poderia voltar para a sua dimensão.
“O que eu faço agora?”, pensou, “Como saio daqui?”.
Batidas na porta. “Droga de vida!”.
E mais batidas. “Era só o que me faltava. Por que ao invés de derrubarem a porta não usam o Alorromora?”.
Nada do barulho parar. Aquilo a tirava do sério. Primeiro, tivera um domingo péssimo, segundo, era uma sonserina e terceiro... Não a deixavam em paz! Nem para tomar um mísero banho.
- O que é?- perguntou de forma malcriada.
- Gina, - era a voz de Parkinson - você já está nesse banheiro há vinte e cinco minutos! Assim não dá tempo para eu maquiá-la – ao termino da frase, a ex-grifinória pôde ouvir o som de passos se afastando.
“Pára tudo! Ela vai me maquiar para ir à aula? Vai lambuzar o meu rosto com aqueles produtos que eu nem sei para que servem numa segunda-feira? Eu mereço!”, refletiu exasperada, “Espera aí! Que aula eu tenho agora?”.
A ruiva decidiu-se por se apressar para não perder a primeira aula, já que estava certa de que serviria de cobaia para a outra antes de conseguir descobrir qual seria o seu primeiro tempo.
Saiu do banheiro enrolada numa toalha verde e deu de cara com uma Pansy apressada. Seria engraçado se não fosse desesperador.
E, pela segunda vez naquela manhã, foi puxada pela sonserina que a fez sentar de frente para uma penteadeira.
Gina tremia, só não sabia se era de frio ou de medo do que estava por vir.
- Vamos começar pelos cabelos.
- Agora que já acordei, pode começar por onde quiser, Parkinson.
- Eba! Você me deixou mexer no seu cabelo! Você nunca deixa.
- Estou começando a me arrepender.
- Não! Não se arrependa!
Seus cabelos encharcados caíam até o meio de suas costas. Por serem ondulados, era necessário que fossem grandes para não ficarem com muito volume.
Weasley ficou entretida olhando para suas mãos. “Que milagre! Minhas unhas estão feitas!”, concluiu após observar o esmalte branco com purpurina prateada.
Ao olhar seu reflexo, empalideceu. Sua cabeleira ruiva estava uns vinte centímetros mais curta, mais ou menos na altura dos ombros, lisa e divida ao meio. Passou as mãos nos fios alisados, estavam macios. Provavelmente Parkinson passara algum creme para hidratá-los.
- Gostou?
A resposta foi um simples abano de cabeça da do por Gina.
Então a morena a encheu de um líquido que pelo que pôde ler era uma base, depois passou uns três pós diferentes, um corretor para olheiras, umas duas sombras,lápis, delineador, blush, batom e por fim um gloss.
Gina quase caiu para trás com o que viu. Seus olhos estavam valorizados pela sombra marrom-escura que vinha dos cílios até o meio das pálpebras e pela cbege que cobria o resto. O lápis e o delineador davam um toque sensual no olhar.Seus lábios levemente coados pelo batom gritavam “me beije” na opinião dela.
- Uau!- foi a única coisa que conseguiu dizer.
- Tive que dar uma ajeitada na sua sobrancelha, mas nada demais.
- Tudo bem, eu adorei - respondeu ao superar o seu estado imóvel.
- Vamos então?
- Eu ainda não me vesti.
- É mesmo -respondeu rindo-se – te encontro no Salão Principal.
- Certo.
Ao observar o seu uniforme sobre a cama, notou que não era tão gasto como o outro.
“Óbvio, afinal ninguém da minha família foi dessa casa. É de primeira-mão. Em brechós, não se encontram uniformes daqui”.
Deu uma última olhada no espelho antes de seguir, já arrumada, para o Salão Comunal.
Encontrou Pansy e Zabini conversando e resolveu interromper, aquela cena a irritava por algum motivo.
- Ainda aqui, Pansy?
- É... Eu estava con... – ela não terminou a frase.
Blaise se movia de uma forma quase felina em direção da ruiva, o que a assustou um pouco.
Seus corpos estavam colados, Ginny podia sentir o seu perfume masculino, o que a deixava mole. Sempre fora assim, apaixonada por esse tipo de perfume. Estavam tão próximos que ela pôde distinguir os diferentes tons de azul daquela íris.
Ele se inclinou e a beijou. Gina não resistiu, pôs suas mãos na nuca do rapaz despenteando levemente seu cabelo preto liso.
Quando se separaram, notou que Pansy não estava mais lá.
- Senti sua falta.
- Por quê?
- Por que um namorado sente falta da sua namorada? – indagou ligeiramente meloso.
Era isso mesmo que ela estava ouvindo? Ela namorava Blaise Zabini? Um dos garotos mais cobiçados de Hogwarts?
- Não sei – respondeu no mesmo tom.
Ele abriu um sorriso como resposta. Nossa! Que sorriso era aquele? Encantador era a palavra.
Um perfume peculiar invadiu o cômodo. Ainda abraçada a Zabini, virou-se para ver quem era o dono de tal fragrância. Por sorte estava agarrada ao namorado, caso contrário teria se estatelado no chão tamanha a brutalidade de seu movimento.
- Bom dia, Malfoy – pôde ouvir o moreno dizer enquanto encarava o outro.
- Vá à merda!- respondeu se jogando no sofá localizado à frente do casal.
- Bom humor, hein?
- Até parece que você não me conhece, Zabini – retrucou observando a garota que o fitava – O que foi, Weasley? Nunca viu o meu mau humor matinal?
- Na verdade, não. Nunca tinha reparado. Então você fica aí com o seu mau humor que eu fico com o meu bom – retorquiu virando-se para o moreno.
“Essa fragrância é mais forte, mais agressiva do que a do Blaise. Mas é boa. Gina, vamos ser sincera, ela é ótima. Estou tão viciada em perfumes que fico falando comigo mesma como se eu fosse duas pessoas diferentes. Estou louca.. ”
- Ginny?- a voz rouca de Zabini a acordou de seus devaneios.
-Quê?
- Você parou de repente, parecia dormir em pé...
-Era exatamente o que estava fazendo. Estou morrendo de sono, caindo pelas tabelas. A Pansy me acordou cedo demais.
- Melhor a gente ir tomar café da manhã logo, não?
-É
Ele depositou um beijo suave nos lábios da ruiva que sentiu seus joelhos fraquejarem novamente ao contato com a pele quente do garoto. O perfume dele a inebriava. Ela reconhecia o cheiro, era do Luxury, da grife bruxa Seven Sins. O aroma sedutor combinava perfeitamente com o dono.
Ao final do beijo, Gina foi invadida por uma sensação muito estranha, um misto de felicidade e decepção. Não foi possível segurar o sorriso.
- Eu adoro quando você sorri assim.
- E eu amo quando você usa esse perfume.
- Ah é? - usou um tom malicioso.
- É... – respondeu de um jeito atrevido.
Blaise já se aproximava de novo quando foi interrompido pela voz tediosa de Malfoy que continuava no sofá.
- Peguem um quarto! Eu não mereço assistir a uma ceninha de amor explícito às sete e meia da manhã numa segunda-feira.
- São sete e meia? – Draco assentiu – Blaise! O café da manhã!
Sem mais palavra alguma, puxou o namorado pela mão em direção da saída.
Correram como dois loucos até a porta o Salão Principal.
- Gina, - disse arfando - detesto... correr... de manhã... cedo. Estou todo suado!
- Que nada! – falou enquanto ajeitava uma mecha que caía sobre os olhos azuis dele – Vamos?
- Tem outro jeito?
- Hum... – fingiu-se pensativa – Não!
- Foi o que eu imaginei.
Seguiram para a mesa da Sonserina. Era estranho, afinal, sempre sentara à mesa dos leões.
Lançou um olhar para a mesa da sua “ex-casa”, não podia ter visto cena pior: Rony a olhava com desprezo, como se ela fosse um daqueles vermes nojentos que Hagrid teimava em criar. Hermione, por sua vez, lançava-lhe um olhar penalizado. E Harry... A ruivinha não o achara de imediato, não até ouvir a voz arrastada de Malfoy.
- Bom dia, Cicatriz.
- Vai se danar, Doninha.
- Que agressividade! Eu estava sendo educado, senhor Potter – Fede.
- Vá pro raio que o parta e não volte mais, seu loiro aguado.
- Quem é você para falar do meu cabelo? Senhor eu-não-uso-pente?
- Se o seu objetivo era me irritar, parabéns, você conseguiu de novo – Harry deu-se por vencido.
- Tenha um ótimo dia!- dizendo isso rumou para o lado de Zabini que estava sentado à direita de Gina.
A garota notara que Malfoy mudara de tática para irritar Harry há algum tempo, ela só não esperava que o mesmo acontecesse nessa dimensão. As provocações tinham se tornado mais discretas e freqüentes. Eles não chegavam a ponto de quase duelar como antigamente, só trocavam algumas farpas na hora do café, do almoço e do jantar. Gina tinha certeza de que se ela fosse o moreno já teria surtado há muito tempo.
- Bom dia.
- Malfoy, é incrível como só o fato de ter implicado com o Potter melhora o seu humor.
- Claro, Zabini. Quer saber mais? Eu não gostaria que Você-sabe-quem acabasse com a raça dele. Quem eu azucrinaria?
- Está vendo aquela mesa ali? – apontou par um grupo vermelho e dourado – Tem vários grifinórios. Você pode escolher.
- Um grifinório qualquer? Não... Tem que ser o trio do amor...
- Não completa essa frase, Malfoy, há pessoas comendo – interferiu Weasley pela primeira vez encarando-o profundamente.
- Como queira – fez uma reverência exagerada e se virou para conversar com outros companheiros de casa.
- Isso dá sempre ou só de vez em quando?
- O quê? O surto do Malfoy?
- É.
- Acontece religiosamente na hora das refeições ou em qualquer outro horário em que ele consiga torrar a paciência do Potter.
- Ele é louco – murmurou para si.
- Imagina, querida! Também levei alguns anos até me acostumar. Mas até que ele é uma pessoa equilibrada.
- Equilibrada?
Zabini se aproximou do ouvido da garota e sussurrou:
- Se você acha o Draco desequilibrado, não queira conhecer o Lúcio. Ele é um doido varrido.
- Por quê? – usou o mesmo tom.
- Imagine o Draco com algumas rugas.
- Tá – riu.
- Agora quadruplique o mau humor dele.
- Certo.
-Acrescente um pouco de paranóia.
- Isso está parecendo uma receita de bolo.
- É mais ou menos isso, quero dizer, uma receita. Adicione uma idolatria por você-sabe-quem. Misture tudo e pronto! Você acabou de fabricar o seu próprio Lúcio Malfoy. Agora nas versões mal humorado e supermal humorado.
Gina caiu na gargalhada. Seus olhos chegavam a lacrimejar. Tanto estardalhaço chamou a atenção de Draco.
- O que houve?
- Nada, Malfoy – respondeu Zabini, já que Weasley não parava de rir – Eu só estava ensinando-a como fabricar o Lúcio.
- Você se lembrou de falar que ele azucrina a esposa por estar acima o peso e o filho por não ser um comensal?
- Não – se fingiu desolado.
-Você sempre esquece essa parte! Que absurdo!
- Como você fala assim do seu próprio pai?
- Elementar, cara Weasley, - disse em tom zombeteiro – ele é completamente louco! Por mais que ele seja o meu pai e eu goste dele, não posso negar que ele é um surtado de marca maior.
- Definitivamente, eu tenho medo o seu pai.
- Eu também, Weasley.
- Mas, Draco, não só vocês dois têm medo da loucura dele. A Bretanha inteira tem, só não mais do que a da Bellatrix.
- Zabini, já chega. Daqui a pouco você vai citar todos os meus parentes
- Essa é a graça.
- E é aí que você se engana – retorquiu Malfoy com uma cara de poucos amigos.
- Mal..
- Querido, dessa vez ele tem razão, a graça acabou.
- Incrível, Gina! Você sempre fica do lado dele. Nem parece que é minha namorada.
- Não, Blaise. Eu estou sempre do meu lado. Quero o meu namorado por tempo integral e não metido numa detenção estúpida. “Que saída brilhante!”, pensou.
- Tem razão.
- Eu sempre tenho razão, Blaise.
- E sempre é tão metida.
- Claro. Caso contrário, eu não seria uma sonserina.
- Zabini, é impressionante como a Weasley consegue deixar você sem fala.
- Cala a sua boca, Malfoy.
- Ah não! De novo não!- reclamou Gina – Blaise! Malfoy! Vocês estão parecendo duas crianças.
No mesmo instante, os dois olharam para ela com raiva.
- Não me olhem desse jeito, estou falando a verdade. A propósito, Malfoy, qual é a próxima aula?
-Sua?
- É.
-Sexto ano é Adivinhação.
Automaticamente, a ruiva se levantou e foi segurada pelo moreno.
- Aonde você vai?
- Para a aula, já estamos atrasados – indicando com a cabeça o salão quase vazio.
Ela soltou-se e pôs-se a caminho da torre. Não se virou para falar “Boa aula”, disse de costas mesmo. Era bem provável se ela parasse para isso Blaise não a largasse mais. Optou por não arriscar.
Durante o horário de almoço, Gina consegui escapar de Blaise e Pansy. E, no lugar de almoçar, foi até a biblioteca para ver se havia algo nos livros que pudesse ajudá-la a voltar para a sua realidade.
Só encontrou um trecho que não foi de muita utilidade. Era mais ou menos assim:
“A Sala Branca é uma chave de Portal criada pelos fundadores de Hogwarts. Nunca foi usada, pois as viagens por dimensões paralelas são muito arriscadas tendo em vista que quem determina a volta de uma pessoa para a sua própria realidade é o portal. Há casos de pessoas que nunca voltaram para suas realidades”.
- Que animador! Ser da Sonserina para sempre... – murmurou fechando o livro - Pelo menos eu terei muito tempo para decorar o horário de aulas...
N/A: Comentem senão não há capítulo novo
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