O Primeiro Ministro



O Primeiro Ministro

Uma névoa grossa agora massacrava a janela da sala do Primeiro Ministro. Desde o ano passado quando ficara sabendo que essa névoa era formada pela rápida multiplicação dos ex-guardas de Azkaban, ele nunca mais a abrira com medo de que algum deles entrasse por ela. Ingenuidade? Talvez não, a névoa estava ao menos o dobro mais densa, um mau agouro de que havia muito mais deles do que antes. Quantos? Não fazia idéia, era trouxa e não podia vê-los.

Apesar de todas as fatalidades que ocorrera em seu país, ele havia sido reeleito, mas a oposição caía em cima dele ainda e muito pior agora com esses acontecimentos, pois a situação estava bem caótica e já estava dando sinais de que não era só em seu país. Catástrofes, mortes estranhíssimas, combustões espontâneas, infartos, acidentes de trânsito em números absurdos muitas vezes causados pela pouca visibilidade.
“200 mortes...” pensava ele.

Um artigo de jornal publicara um genocídio que ocorrera em um vilarejo em Helton. Naquela manhã, todos habitantes foram encontrados mortos, caídos no chão e sem nenhum ferimento, apenas parada cardíaca, segundo os médicos.

Mas o Primeiro Ministro já sabia o que estava acontecendo. Ele era um dos poucos trouxas que sabiam a existência de um mundo bruxo, um mundo de magias. Pior, ele sabia que uma guerra estava sendo travada, algo envolvendo Voldemort e Harry Potter. Aquele bruxo de chapéu esquisito nunca mais tinha aparecido lá no seu escritório, mas mesmo assim ele percebia que algo de grave tinha acontecido.

Sabia que mais cedo ou mais tarde ele viria, viria dar-lhe uma notícia trágica. Não demorou muito, alguns dias depois do começo das férias o quadro anunciou:

- Ele está vindo! – disse a estranha figura de peruca prateada por detrás do quadro.

O Primeiro Ministro apenas assentiu com a cabeça, sentado em sua poltrona.
Um estampido e Cornélio Fudge, o ex-ministro da Magia, aparecera ali, com um olhar vago e triste.

- Boa tarde... – disse vagamente enquanto se sentava junto ao Primeiro Ministro.

Este ficou apenas observando. E ambos ficaram sem dizer nada, até a hora em que o quadro deu uma tossida.

- Ah...claro. Como pode perceber, o Ministro da Magia não pode comparecer – disse Fudge.
- Ah, sim, ele tinha me avisado ano passado que você viria no lugar dele. E então, que notícias me trás?
- Hum...bem...por onde começar? Lembra-se de Dumbledore?

O Primeiro Ministro tentou lembrar da história. Franziu o cenho por um tempo.

- Ah sim! O único que Vold...
- Não diga o nome dele! – ralhou Fudge - Ainda mais agora!
- Ok, desculpe – disse ele nervoso por ser interrompido por alguém que mal conhecia – o único que Você-Sabe-Quem teme. Certo? Diretor de Hugorts se me parece.
- Hogwarts – corrigiu Fudge – Aliás não é mais diretor de lá...
- Como não?
- Ele morreu...

O Primeiro Ministro quase caiu da poltrona.

- Como assim, morreu?
- Morreu faz uma semana.
-Vold...Você-Sabe-Quem o matou?
- Não, foi um comensal da morte...
- Mas você disse que Dumbledore era o bruxo mais temido por Você-Sabe-Quem! Como que um empregado dele vai ser mais forte que ele?
- Ele estava encurralado...
- Mas...
- Em sua escola – cortou Fudge.
- Velho estúpido! – bradou o Primeiro Ministro dando um soco na mesa, achava que uma pessoa teria que ser muito burra para não colocar guardas protegendo a escola – Como foi deixar que os comensais invadissem sua própria casa? E os guardas?

Fudge levantou da cadeira apontando a varinha para o Primeiro Ministro nervoso.

- Velho estúpido? Guardas? Quando se tem magia a dificuldade de se proteger um lugar é muito maior que se entrar num gabinete político!

E nisso aparatou atrás do Primeiro Ministro, em seguida em cima de sua mesa e depois ao lado da cadeira em que estava sentado.

- E podemos passar pelos guardas assim, meu caro, aparatação. Você acha que estaria protegido com seus guardas? Não! Sua única proteção agora é Quim Shackebolt!
- Você está querendo insinuar que eu corro risco de vida?
- Todos nós estamos correndo, como pode ver, sejam bruxos ou trouxas e mais! O bruxo mais forte de todos os tempos morreu e com a morte dele a situação tende a piorar. Lembre-se, o único a quem Você-Sabe-Quem temia era ele, mas agora que ele morreu, Voldemort está desimpedido para recomeçar seu velho plano de eliminar os trouxas e todos aqueles que não se unirem a ele. Nada mais irá segurá-lo.
- O que você fez para brecá-lo quando era ministro? – perguntou em voz alta o primeiro Ministro.

Aquilo deixou Fudge furioso, o Primeiro Ministro havia tocado em sua ferida.. Respirou fundo e disse:

- Eu não fiz nada, a não ser negar que ele tinha voltado... – disse vagamente.
- E o que eu devo fazer? O que eu posso fazer? – gritou o Primeiro Ministro.
Fudge respirou fundo e decidiu não alterar a voz, já gritara demais hoje no ministério:
- Tome – entregou uma folha ao Primeiro Ministro – medidas emergenciais, triplique o número de seguranças, contate o ministério da magia se caso alguém avistar qualquer sinal estranho, qualquer um, nossos aurores...
- Aurores? – cortou o Primeiro Ministro.
- Bruxos especializados contra artes das trevas – disse Fudge – como ia dizendo, nossos aurores instalarão dispositivos mágicos que detectam sinais de maldições, azarações ou similares por área em algumas milhares de casas, em pontos estratégicos. Infelizmente não vamos ter bruxos suficientes para podermos monitorar mais locais.
- Espere aí, vocês irão nos monitorar agora?
- Sim, 10% de seu país somente. Como disse, não teremos suporte necessário para monitorar o país inteiro. Além de que o Ministério está um caos, dezenas de denúncias chegam a cada dia, estão todos assustados e preocupados, e muitos bruxos, ao invés de agirem civilizadamente, pioraram: saques e roubos estão mais freqüentes. Está muita correria, o Ministro até me pediu ajuda, pois está muito sobrecarregado.

Fudge parou para tomar fôlego. Colocou a mão por debaixo das vestes para pegar alguns itens.

- Bem, aqui está – disse ele colando um saco e uma luneta em cima da mesa – esse saco contém um pó, chama-se pó-de-flu, funciona assim – e nisso pegou um punhado nas mãos e atirou na nova lareira do Primeiro Ministro.

O pó explodiu em uma chama verde que subiu dois metros acima, iluminando seus rostos com um verde fúnebre e ameaçador. O Primeiro Ministro pulou de susto quando a chama explodiu.

- Claro, você terá que estar na lareira quando for fazer isso e dizer em voz alta o nome do lugar onde deseja ir, ou seja, Ministério da Magia, Ministro, o senhor está bem? – perguntou Fudge ao ver a cara pálida do Primeiro Ministro.

Este agora balançava a cabeça negativamente sem parar, era um absurdo para ele entra no meio daquele fogo todo.

- Não posso aceitar uma coisa dessas!
- Mas deve – Fudge disse com energia – é a sua vida que está em risco e precisamos de sua ajuda para capturar Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Ah! E esse bastão é uma chave portal, ao tocá-la você irá ser levado diretamente para uma cabine telefônica do Ministério, a nova senha é 587496 e será trocada periodicamente, você será avisado dela pessoalmente por mim.
- Mas para que tudo isso?!
- Cinco bruxos do ministério serão contratados para trabalhar com o senhor, eles que serão os responsáveis pelo recebimento dos avisos que os trouxas puderem nos informar e pelos pulsos de detecção de magia capturados por nossos futuros dispositivos mágicos. Os cinco bruxos serão trocados periodicamente para evitar qualquer infiltração por parte dos comensais da morte – o Primeiro Ministro segurou a respiração – e em caso de emergência você terá que usar esse bastão ou o pó-de-flu.
- Esses bruxos que irão trabalhar aqui podem ser comensais disfarçados?
- Muito remotamente, o mais provável é serem controlados pela maldição Imperius, por isso nunca dê total confiança e vá para o ministério se achar que algo de estranho está acontecendo.

O Primeiro-Ministro não fazia a mínima idéia do que seria a “maldição Imperius” mas fez-se de entendido..

- Alguma pergunta, Primeiro Ministro? – Fudge perguntou, o Primeiro Ministro abriu a boca para falar, mas Fudge disse logo em seguida – Excelente, tenha um bom dia!

E dando três passos para frente, sumiu dali num estampido que fez o Primeiro Ministro tremer levemente. O vento sussurrou batendo na janela do Primeiro Ministro, a névoa, continuava indiferente a ele, gelada e obscura.

- Céus! – exclamou o Primeiro Ministro.
E infelizmente teve a nítida impressão de que se veriam de novo...

Scrimgeour apareceu na sala principal do ministério por uma lareira. Quase ao mesmo tempo, três bruxos vieram a seu encontro estendendo papéis.

- Ministro, houve um ataque...
- Ministro, precisamos de sua autorização para...
- Ministro, precisamos de novas solicitações para Azk...

Mas ele interrompeu os três com um aceno e correu até o elevador. As pessoas abriram caminho imediatamente para o Ministro passar.

Bruxos corriam de um lado para o outro com papéis. Um senhor de cabelos pratas levava uma pilha de documentos junto a um grupo que parecia carregar mais deles. Uma fila de umas trinta pessoas esperavam para serem atendidas na recepção. Bancos foram postos em volta da fonte com as quatros estátuas, reconstruídas por Dumbledore há um ano e meio, para poder acomodar parte delas. O ministério teve que ser aumentado de tamanho, mas não conseguiram fazer muita coisa, ele iria colapsar se o aumentassem mais ainda.

O Ministério duplicou o número de empregados no geral, principalmente em se tratando de aurores, mais de cem vagas haviam sido abertas. Eram as medidas emergenciais tomadas por Scrimgeour, medidas essas muito criticadas e elogiadas ao mesmo tempo.

O Ministro entrou no elevador e todos tiveram que se apertar para ele caber. Num segundo depois, ele apertou um botão do painel.
“O último andar” lamentou ele pensando na possibilidade de fazer um outro elevador só para ele.

Um bruxo estava às suas costas com uma caixa nas mãos espremido contra a parede do elevador. Scrimgeour percebeu que ele se esforçava para respirar com todo aquele peso em cima dele.

- Sr. Ministro, e o caso Helton?
- Os aurores foram investigar o caso hoje às sete horas. Duzentas vítimas se me parece.
- Alguma pista Sr. Ministro?
- Talvez Cindros, algo entre 10 comensais... – disse o ministro vagamente.
- O Sr. sabe que pode contar com a minha ajuda, não é mesmo Sr. Ministro?
- Claro – disse ele olhando de escanteio – Por isso que está aqui no Ministério, não é mesmo?
- Oh, sim! Mas sabe, pode contar comigo para coisas mais importantes – disse ele dando uma piscadela, quase caindo com a caixa pressionando seu peito.

O Ministro apenas balançou a cabeça afirmativamente. Todos estavam super espremidos lá dentro e não viam a hora de sair dali.
“Puxa-sacos...” pensou o Ministro.

Para seu azar, o último andar estava longe ainda, agora sentia mais vontade que nunca de ter sua sala lá em baixo, abaixo de todos, o sacrifício de se rebaixar à altura dos funcionários valia a pena.

- É sério, conte comigo Sr. Ministro, para o que der e vier e....
Mas não pode continuar, a porta do elevador se abriu e todos se apressaram em sair de lá quase caindo para frente, com exceção de uma bruxa de vestes violetas que decididamente foi arremessada para frente. Cindros saiu com sua caixa com centenas de documentos e voltou a falar.

- ...e também tem o apoio de minha família e....
Mas não conseguiu termina pela segunda vez, o Ministro e os outros haviam entrado rapidamente no elevador, que já havia subido.

“Acho que consegui” pensou ele alegremente.

O elevador foi subindo com seu leve ruído. Faltavam mais quinze andares.

“Acho que dessa vez Harry virá”

BIM
O botão do décimo andar acendeu e a porta se abriu novamente, o número de pessoas dentro do elevador pareceu aumentar ainda mais.
“Dumbledore... quem diria”
BIM

O botão do vigésimo andar acendeu.. Era no vigésimo quinto o gabinete de Scrimgeour, faltava pouco.
“200 mortos...”
Mais dois bruxos entraram pela porta carregando umas gaiolas com gatos amarelos que faziam seus olhos saltarem.

BIM
Vigésimo terceiro andar. Todos saíram, exceto os outros dois que tinham entrado há pouco.
“Hogwarts...”
- Humpf – soltou o Ministro.
BIM

Vigésimo quarto andar, faltava um. Os dois bruxos saíram e o elevador subiu. Os dois estavam em um corredor.

- Rapidamente e silenciosamente. – disse o bruxo.
- Finite Incantatum – disse o outro apontando sua varinha para sua gaiola.

Automaticamente, as gaiolas se retorceram e os gatos inflaram e por um momento tomaram uma forma nebulosa. Um segundo depois, não eram mais gatos, e sim duas outras pessoas.

- Tiremos as máscaras – disse uma bruxa.

Os quatro colocaram as mãos sob as vestes e retiraram um frasco cada um. Tomaram o conteúdo inteiro do pequeno vidrinho e em seguida os destruíram com um aceno de varinha.

- O mestre não irá gostar se não cumprirmos a missão. – disse uma outra bruxa.
- Eles não conhecem as artes escuras, será fácil – disse um com um sorriso sarcástico.

Agora já não tinham a mesma aparência de antes, agora estavam adornados com capas negras, mas não encapuzados. Seus rostos pálidos contrastavam com inscrições de símbolos e formas geométricas em tinta negra em seus rostos. Cada um tinha consigo um colar com uma pedra transparente na ponta. Ambos a apertaram.

A janela no fundo do corredor mostrava que o Sol já havia sumido. Apenas uma fraca luz lunar entrava por ela, deixando uma grande sombra.

- Que a lua esconda os nossos negros anseios... – disse um deles.

E dizendo isso, partiu para frente, quase como se flutuasse, deslizando entre as sombras e desaparecendo na penumbra. Os outros três fizeram o mesmo.

No elevador, o Ministro ainda pensava consigo mesmo, mas parou com o último bip do elevador, finalmente havia chegado. Como de praxe, um corredor estava a sua frente. Aliás, todos andares do Ministério davam para um corredor. Aquele andar era unicamente e exclusivamente destinado ao Ministro da Magia, apenas uma porta a esquerda ao fundo, que dava para seu gabinete.

Um tom lúgubre invadia aquele corredor, um azul escuro, pouca claridade que vinha de uma única janela no final do corredor. O Ministro caminhou a passos largos até a porta. Ela se abriu magicamente quando o Ministro se aproximou. O ambiente mudou completamente.

Uma sala totalmente feita em alvenaria, seu piso de madeira de lei, claro, com um toque mágico, suas poltronas combinando com o marrom claro do piso e paredes, quadros que se estendiam por toda a extensão da sala, um degrau separava aquela área de uma mesa com uma fina tapeçaria por baixo. Estantes quase cobriam toda a parede, em muitas delas haviam vários troféus, a maioria de Serviços Prestados ao Ministério, e eram a maior cobiça dos bruxos que passavam por ali.

Uma estátua de um centauro ficava num canto do grande gabinete. Havia também documentos secretos e de segurança nacional escondidos magicamente, assim como poderosos feitiços de proteção. Em sua mesa, papéis espalhados mostravam que o Ministro não tinha a mínima intenção de cuidar das inúmeras notícias e denúncias trazidas até ele. Claro, um homem importante como ele tinha coisas mais “urgentes” para resolver. Harry Potter por exemplo...

Antes mesmo de o Ministro sentar em sua cadeira ao fundo, a porta se abriu. Percy entrou apressadamente, com seu olhar presunçoso de sempre.

- Senhor, me desculpe, eu tentei impedir mas...
- Mas eu disse que nosso encontro estava marcado para as vinte horas – disse Minerva McGonnagal entrando pela porta com um sorriso amarelo.
Scrimgeour sorriu animado:
- Boas notícias Minerva? O menino vem?
- Vamos nos sentar e conversar. – disse ela.

Percy parecia ter auto se convidado e também sentou-se em uma das cadeira na mesa do Ministro como se estivesse totalmente inteirado do assunto, apoiando os braços na mesa.

- Então, como íamos dizendo – disse Percy interrogativo.

Scrimgeour lançou um olhar a Minerva, depois virou-se para Percy e disse:

- Creio que a conversa é particular, Weasley.
- Ah, sim! Qualquer coisa me chame – disse Percy dando um olhar suspeito a McGonnagal.

O Ministro não respondeu, apenas ficou observando. Percy se tocou e foi em direção a porta, passou pelos troféus e parou.
“Quantos...”

Aqueles títulos, honrarias e prêmios eram o sonho de consumo de Percy. Era o que mais gostava no gabinete do Ministro, seus olhos brilhavam.

“Primeira Ordem de Merlim: honraria pela proteção de Moror Town em parceria a Alvo Dumbledore dos ataques dos Dragões Negros.”

Percy deu um pulinho de excitação ao ler a frase na base do troféu. Depois olhou para um segundo:

“Primeira Ordem de Combate Auror...”

- Percy – disse o Ministro dando ênfase no “y” – particular, lembra-se?
Percy acordou de vez e sumiu da sala, deixando os dois a sós.
- Minerva, o garoto não respondeu às minhas cartas, mandei cinco cartas a ele. Ofereci até seiscentos sicles para que viesse.
- Você ofereceu dinheiro a ele ?! – disse ela em tom alto.
- Todos nós precisamos, não é mesmo? – disse ele como se subornar as pessoas fosse a coisa mais normal do mundo.
- Você pretende comprá-lo, Scrimgeour? – perguntou ela.
Scrimgeour não era acostumado a ser chamado pelo nome, sempre ouvia “Sr. Ministro” e se sentiu ofendido por isso.
- Caso não saiba, sou Ministro da Magia há um ano! – disse ele irritado.
- Dumbledore não considerava isso – disse Minerva em tom zombeteiro.
- As opiniões de um velho falecido já não valem mais – retrucou ele.

Um fogo subiu pelo peito de Minerva. Ela respirou fundo e fechou os olhos.
“Calma Minerva, não queira ser expulsa do Ministério pela terceira vez”
Ela abriu os olhos e disse:

- E o que vale então? A opinião de um Ministro que resolve contratar metade do mundo bruxo para trabalhar no Ministério só para dizer que estão fazendo algo?
- Não generalize, Sra. Mcgonnagal, a senhora muito bem sabe que se não fosse pelo Ministério da Magia o mundo bruxo iria entrar em colapso. O equilíbrio ainda continua forte! – disse ele nervoso.
- Disse muito bem: ainda, Sr. Ministro, ainda! Você-Sabe-Quem está prestes a quebrá-lo.
- Não vamos entrar nesse mérito da questão, o que está em jogo agora é Harry Potter, estou convencido de que não tenho mais chances de trazê-lo para cá. Só você poderá fazê-lo e não está cumprindo com a promessa!
- Sr. Ministro eu...
- Fiz tudo o que pediu, confesso que foi difícil entrar em acordo com o Profeta Diário. Ninguém mais sabe que Hogwarts foi invadida, concedi a permissão de continuar com a escola, abafamos a morte de Dumbledore, o caso dos alunos licantropos infectados por Greyback não caiu na mão da população, tripliquei a segurança do povoado de Hogsmead e ao redor de Hogwarts também. E você? O que fez para nos ajudar? Nada!
- Ministro, acho que dessa vez dará certo, tenho uns planos, mas só preciso de mais uma coisa sua, só mais uma – pediu Minerva.
- O que exatamente?
- O segundo plano – disse ela lentamente.
- Não, ele é muito novo! – protestou Scrimgeour.
- Você sabe muito bem que ele tem capacidade! – Minerva bravejou.
- Não sei se ele iria agüentar – disse Scrimgeour indeciso.
- Podemos tentar ao menos – disse ela quase implorando.

O Ministro balançou a cabeça vagamente, seus dedos em sua boca, pensando...
A densa névoa parecia quase estar batendo nas janelas a frente da mesa em que estavam. A lua ainda era visível, triste e ao mesmo tempo encantadora. O ministro tirou uma carta do bolso da veste, por fim, e entregou a McGonnagal:

- Estará inteiramente em sua responsabilidade – disse ele.
Minerva quase pulou em cima de Scrimgeour de felicidade estendendo as mãos:
- Muito obrigada Sr. Ministro, muito obrigada mesmo – disse radiante.

O Ministro, agora, tinha dado a mão para Minerva, que chacoalhava seu braço freneticamente.

- Nada – disse ele livrando sua mão da dela – E se lembre, sem Harry, sem Hogwarts.

Minerva ia abrir a boca para falar, mas ficou apreensiva, o Ministro por sua vez levantou-se da cadeira num salto.

- Você também sentiu? – perguntou ele.

Minerva concordou com um aceno de cabeça. Ambos sacaram suas varinhas. A porta do gabinete abriu. Uma bruxa apareceu, parecia estar em estado de choque ainda mais quando viu duas varinhas apontadas a ela:

- Sr. Ministro, desculpe interrompê-lo – ela engoliu saliva e voltar a falar – Houve dois assassinatos no andar de baixo.

Scrimgeour arregalou os olhos.

- Quem trabalha lá? – perguntou Minerva
- Percy Weasley! – disse ele.



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se gostaram, comentem

se nao gostaram, comentem tambem^^

abraço

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