Lembranças antes de um adeus
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Ele abriu os olhos devagar, ainda era noite, a lua no céu, estava no ápice de sua beleza.
Contemplou a jovem que estava em seus braços, deu um pesado suspiro, virou o rosto tentando conter a vontade de acordá-la dizendo que iria ficar, mas não poderia fazer aquilo, lutava por ela, para que vivesse em paz. Precisavam dele, era um sacrifício pequeno o risco que corria, perto de tantos que outros fizeram antes dele, em nome daquela guerra.
Lembrou-se das historias que sua mãe contava sobre seu pai, e de como era um grande auror.
Pai... Algum tempo atrás sentia nojo ao lembrar de que era filho de um traidor, que havia entregado seus amigos para você-sabe-quem. Mas agora depois de saber a verdade, sentia vergonha do mal juízo que fez no pai, ele foi injustiçado, e nem por um minuto deixou de ser leal, mesmo quando todos o crucificaram.
Lagrimas rolaram dos olhos claros do jovem, ao pensar no pai, que havia morrido, enfrentando Voldemort. Demorara tanto tempo para que soubesse da verdade, para que o conhecesse, e quando finalmente ele fica sabendo da existência do filho, morria, pelas mãos daqueles seres detestáveis que eram os comensais.
Mais um motivo para levar aquilo adiante, tinha que vingar o pai, e o sofrimento que aqueles malditos lhe infringiram, a ele e a si próprio.
Pegou uma caixa que havia recebido do pai, no dia em que foram apresentados por Dumbledore. Continha as cartas de amor que ele e sua mãe trocavam, incluindo a de adeus que ela deixara quando fugira carregando no ventre uma criança.
Um Black, ou melhor, mais um traidor do sangue Black, riu com o pensamento. No final ele e o pai eram mesmo traidores. Foram contra a própria família.
Família algo que provavelmente não poderia formar, a menos que voltasse vivo daquela batalha e de muitas outras. Coisa muito difícil.
Pensou por um momento se não estaria sendo tolo, ao caminhar em direção a morte. E chegou a conclusão de que não, tolo seria se a deixasse vir até ele, levando consigo aqueles que amava.
Lembrou-se de uma carta do pai para a sua mãe, uma das poucas em que ele se declarava para ela, já que na maioria das vezes era o contrário.
Pegou ela, e ficou por um tempo fitando o envelope envelhecido em sua mãe. Abriu-o com exagerada delicadeza. E releu aquelas palavras que o auxiliaram tanto na hora da sua decisão.
Na desleixada escrita de seu pai estava escrita uma das mais românticas e intimas declarações dos pais:
“Querida, não se preocupe comigo, sei o que estou fazendo. Você deve se perguntar como entro cada vez mais em batalhas perdidas, e inúteis?
Acontece meu doce anjo, que nenhuma batalha para defender a paz, que nós tantos necessitamos, é inútil, e nenhuma está perdida. Estamos sim em desvantagem, mas nunca perdidos, nosso espírito prevalece, mesmo o daqueles que já partiram.
Além do mas como posso não lutar? Se essa guerra nos atinge tão brutamente, você tem que ficar em casa, sem poder sair para comprar pão sem temer o pior, e toda vez que nos separamos você passa dias rezando pára que nada aconteça, deixamos de viver, para não morrer. E esse não é o mundo que eu quero para você, e para minha família, que um dia espero ter, e de preferência bem numerosa.
Além do mais, não vou estar seguro nunca enquanto essa guerra não acabar, já que sou um traidor do sangue.
Me perseguirão e a todos que me cercam. Então não tenho escolha se não lutar, se eu não for até eles, eles virão até mim, e conseqüentemente até você.
Não me perdoaria se algo lhe acontecesse, seria uma dor imensa. Maior até que a rejeição da minha família, e as chibatadas que levava da minha mãe pelas minhas companhias e insolência.
Por isso luto, e peço que não perca as esperanças, pos enquanto acreditares em mim, eu conseguirei seguir em frente.
Espera-me esta noite, voltarei inteiro para você.
Amo você. Beijos do seu perfeito amor.”
Lendo aquilo nem parecia o pai te que tanto lhe contavam historias marotas.
Fechou a carta, e olhou uma estrela cadente riscar o céu. Desejou com todas as forças poder voltar para a sua amada.
Foi assustado pelo movimento desta em seu peito, ela remexeu-se um pouco, e por fim virou para o outro lado. E ele aproveitou para sair de baixo dela.
Vestiu rapidamente a calça jeans e a camiseta preta. Foi até cabeceira, e riscou algumas palavras no pergaminho, desejando ter a inspiração de seu pai.
Colocou junto com as coisas dos seus pais, algumas cartas trocadas entre ele próprio, e a namorada, que agora dormia, sobe os finos lençóis. E deixando por cima a de adeus.
Agora o papel se invertia, era ele quem fugia, e não era porque estava grávido, e sim porque precisava protegê-la.
Deu um beijo terno na testa da namorada e saiu pela janela, já que pela porta já que esta faria muito barulho e provavelmente a acordaria.
Não levou nada consigo exceto a varinha, que verificou três vezes, para certificasse que na havia caído.
Olhou para a janela mais uma vez, e partiu de uma vez.
Torcendo para que a estrela lhe atendesse ao seu pedido. Mas isso não dependia dela, já que estrelas cadentes não mudam o destino.
N/B -> só uma coisa a comentar : PERFEITO *-*~~ ;-;
N/A: Eu sei ta meio mel, mas fazer o que? Eu gostei, e se tiver comentario eu faço continuação.
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