A Ajuda de Dumbledore



Malfoy não tinha outra escolha a não ser carregar a garotinha nos seus braços enquanto que os seus capangas tinham uma cara de completa descrença e surpresa.
-Não me olhem desse modo. –ordenou Malfoy.
A menininha apenas assentiu sorrindo e deu língua para os sonserinos.
-Mione por que você nunca me contou que tinha um caso com o Malfoy? –perguntou Rony com um sorriso brincalhão.
-Guarde essas suas gracinhas para outra pessoa Rony, eu nunca iria ter nada com o Malfoy. –declarou Hermione vermelha de raiva.
-Nossa! Bem que a mamãe sempre me disse que você não levava nada a sério. –comentou a ruiva ao lado deles.
-A sua mãe me conhece? –perguntou Rony surpreso.
-É bom saber disso, pelo menos no futuro não vou ser corno. –disse Zambine descontraído.
-Você nunca vai mudar, né papai? Se você acha que a mamãe teria um caso com o próprio irmão... Realmente a coisa piorou consideravelmente.
-O QUUUUUUUUUUUUUUEEEEE? Minha irmãzinha vai se casar com esse sonserino? –perguntou Rony furioso.
-ECCCCCCCCCCCAAAAAAAAAA! Eu não quero me casar com uma Weasley. –se lamentou Zambine. –Se bem que a Virgínia Weasley é uma gostosinha.
Rony olhou para Zambine com os punhos cerrados e iria da um murro nele se não fosse pelo Harry que segurou o amigo.
-Calma Rony! –pediu Harry.
Rony se acalmou e logo balançou a cabeça tentando afastar da mente a sua irmãzinha e o sonserino.



-Vamos gente, eu quero acabar com isso logo. –disse Hermione com a voz autoritária.
Eles chegaram na sala de poções que estava fechada. Malfoy mandou os seus capangas baterem na porta, afinal ele estava com a menina no seu braço que agora dormia profundamente.



Snape estava andando pela sua sala depois que os alunos tinham ido embora. Ele passava pelas mesas usando feitiços de limpeza nos caldeirões que ainda contiam a amostra da poção dos herdeiros.
Ele chegou no caldeirão de Rony Weasley e deu uma risada sem vida. A poção deveria ficar com cor de ameixa e a dele estava rosa pink.
“Dessa vez até o Longbottom chegou mais perto” –pensou o professor.
Foi então que ele viu um caldeirão e nele tinha a poção dos herdeiros na cor exata.
“A poção da Granger, essa garota é realmente ótima com poções” –pensou o professor se aproximando do caldeirão. Ele já ia usar o feitiço de limpeza nele quando sentiu um cheiro estranho.
O seu olfato era muito bom, principalmente para com as poções e logo ele percebeu que a poção tinha algo errado. Snape se sentou na cadeira onde mais cedo estava Zambine e com uma concha colocou a poção dentro de um cálice para poder examinar melhor. Ele estava interessado em saber qual o problema na poção por que normalmente quando a poção dos herdeiros saia errada, esse erro era notado por causa da cor, dificilmente o cheiro mudava mesmo quando estava errada.
A consistência estava certa, a cor também mais o cheiro... Tinha alguma coisa errada e ele ia descobrir! O professor de poções se levantou e pegou um pesado livro de poções da prateleira. Ele colocou o livro na sua mesa e passou a mão pela capa fazendo com que uma espessa camada de poeira caísse no chão.
O livro era negro com o título em prateado.
Poções mal feitas e as suas causas dizia o título.
Snape estava dando uma olhada no índice quando ouviu uma batida na porta da sala. Com um aceno de varinha a porta se abriu deixando ver quatro dos seus alunos da sonserina, três grifinórios e uma garota que Snape nunca tinha visto na vida.
-O que vocês querem? –perguntou Snape visivelmente irritado.
Malfoy conhecia bem o professor para saber que ele odiava quando estava fazendo alguma pesquisa e era interrompido e pelo jeito era o que ele deveria estar fazendo.

-Sabe, eu realmente não sei o que estou fazendo aqui, quer dizer isso não é problema meu –disse Malfoy olhando para a garotinha que dormia nos seus braços. –Quem fez a poção errada foi você Granger, eu não tenho nada haver com isso! –terminou Malfoy com uma tonalidade vermelha ao olhar nos olhos de Hermione.
-Poderia fazer o favor de mim explicar o por quê dessa invasão a minha sala de aula? –perguntou Snape se levantando e encarando os alunos.
Todos se encararam mais nenhum se manifestou.
Hermione se irritou com o silêncio e explicou o que aconteceu detalhadamente.
-Hum... eu achava que esse tipo de coisa pudesse acontecer... –murmurou o professor para si mesmo.
-Mas tem um jeito de mandar elas para o seu tempo, né? –perguntou Zambine desesperado.
-Tem, não tem professor? –perguntou a ruiva da mesma forma.
-Claro que sim mais eu preciso saber o que foi que vocês fizeram para ela ficar assim. –explicou Snape com um sorriso malvado, na verdade ele estava achando um tanto que engraçada a situação.
-Mas eu tenho certeza de que fizermos tudo o que tinha no livro, não foi Zambine? Você colocou os ingredientes que pedi, não foi? –perguntou Hermione se recusando a acreditar que tinha feito algo errado.
Zambine ficou um momento calado, pensando em como havia ajudado Hermione com a poção até que levantou o rosto um pouco sem graça.
-Droga! Quando você me disse que era para mexer a poção em sentido horário, eu passei alguns minutos no sentido anti-horário, depois que eu coloquei no sentido certo!- falou Zambine com cara de culpado. –Me desculpe, eu não sabia que isso era tão importante. –defendeu-se Zambine dando de ombros.
-É por isso que elas desapareceram, mas logo depois retornaram em outro local! –deduziu Rony com grande esforço.
-Isso mesmo Weasley. –concordou Snape friamente. –Não há nenhum relato desse acontecimento na história das poções. Pelo menos não por causa desse erro. –continuou o professor.
-O que vai acontecer agora? –perguntou Harry curioso.
-Vou comunicar o ocorrido para o diretor e preparar uma nova poção, provavelmente vai demorar um mês para ficar pronta.
-Um mês?! –perguntou Hermione surpresa. –E o que eu vou fazer com ela? –disse Hermione apontando para a menininha que estava dormindo no colo de Draco Malfoy.
-Esse não é meu problema Granger. –respondeu o professor friamente. –Agora saiam todos.

Malfoy não sabia o que fazer, ele não queria passar por toda hogwarts segurando uma criança. O que os sonserinos diriam se soubessem que no futuro ele iria se casar com Hermione Granger e construir uma família com ela? Tá certo que Zambine sabia e não disse nenhuma gracinha, mas aquele garoto não era o que digamos um perfeito sonserino.
-Vocês dois fiquem calados, e saiam da minha frente! Não comentem nada do que houve com ninguém. –comandou Malfoy friamente.
Crabbe e Goyle balançaram a cabeça sonsamente e sumiram pelos corredores.
-Hum... Toma Granger, eu já disse e vou repetir, eu não tenho nada haver com isso... A filha é sua. –disse Malfoy nervosamente. –Pega ela.
Hermione se virou para Malfoy, por ela não tinha nenhum problema pegar a garotinha, mas ela ficou com pena, pois a pequena dormia tranqüilamente.
Malfoy talvez tivesse tido o mesmo pensamento, pois quando Hermione se aproximou ele fez um gesto negativo com a cabeça.
Os dois se aproximaram dos outros que estavam tendo uma discussão.
-Eu posso ficar no meu Salão Comunal! –disse a ruiva.
-Você é de que casa? –perguntou Rony curioso.
-Sonserina, é claro. –respondeu a garota com orgulho. –E o meu nome é Phoebe Lindsen Zambine Weasley, se bem que eu não gosto de usar o Phoebe, os meus amigos me chamam de Lind.
Rony fez uma careta.
-Acho que deveríamos falar com Dumbledore, ele vai saber o que fazer. –disse Harry.
Diante do acordo de todos, eles foram para a sala do diretor de Hogwarts.

Como Harry era o único dentre todos que já havia entrado na sala de Dumbledore, foi ele quem ficou na frente. Ao chegarem no gárgula ficaram parados olhando para Harry.
-E agora Potter? Talvez você não tenha nada a fazer mais eu tenho. –reclamou Malfoy batendo o pé no chão impaciente.
-Hum... É que eu não sei qual é a senha! –confessou o garoto que sobreviveu com as bochechas rosadas.
-E agora?! –perguntou Zambine meio que desesperado.
-O jeito é a gente tentar acertar, hum o professor gosta de picolé de limão... Vamos tentar alguma coisa que tenha haver com limão. –disse Harry dando de ombros.
-Limão azedo. –tentou Lindsen pensativa.
-Limão verde! –disse Zambine rindo.
Eles começaram a falar, mais nada estava dando certo.
-Ah, eu me cansei de limão. –reclamou Malfoy.
O gárgula se moveu deixando passagem para todos subirem.
-Valeu Malfoy! –disse Zambine bagunçando o cabelo do loiro, Malfoy apenas o olhou de modo ameaçador.
Eles ficaram de frente com a porta que dava para a sala do diretor, Harry bateu na porta mais ninguém respondeu, ele olhou para os outros dando de ombros.
-Nós já chegamos até aqui! Não vamos desistir. –disse Hermione abrindo a porta. –Professor, podemos entrar?


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