Por detrás da cortina azul - n



Capítulo 6



Por detrás da cortina azul



Suas roupas estavam sujas e pareciam não ser lavadas a dias, a feição de medo e o corpo de Percy Weasley eram de um rapaz que parecia ter voltado da segunda guerra mundial, mesmo que o garoto só tivesse estado um dia e meio longe de casa, havia muito sangue no lugar onde o garoto se remexia no chão, a cena era pertubadora todos não sabiam o que fazer, a Sra. Weasley abraçou Percy e o levantou com ajuda de Lupin que havia acabado de chegar na cena.



— Percy querido, você está bem? Fale comigo, fale...



Percy estava branco como o gelo, sua pele tinha um ar cansado e castigado, o garoto fez menção de falar, mas sua voz morria no ar.



— Dumble... onde está?



— Aqui. - disse Alvo Dumbledore aparecendo no saguão de entrada.



Dumbledore passou por Percy e se dirigiu a porta, Harry e os outros que haviam acabado de chegar olharam Dumbledore conversando com alguém, mas eles notaram que não havia sequer uma sombra de alguém perto da porta aberta que dava na rua.



— Harr.. Harry. - sussurrou Percy e Harry se aproximou para ouvir o garoto de perto, ao chegar viu que as pernas de Percy só estavam sendo sustentadas por causa do apoio que Lupin dava, elas estavam rasgadas na carne viva, havia flores amarelas nelas que Harry reconheceu serem do parque perto da sede da ordem, constatou que Percy fora arrastado pela grama.



A Sra. Weasley chorava e tentava falar ao mesmo tempo sem nenhum sucesso.



— Ó querido, vai ficar tudo bem, vamos subir... você precisa descansar.



Lupin fez menção de carregar Percy no colo quando esse o parou levando o braço, todos olharam para ele.



— Me desculpe mamãe... - ele respirou fundo - mas preciso falar com Harry e Dumbledore antes de subir. - sua voz havia voltado e tomado um tom forte e decidido.



— Deixe Molly. - disse Dumbledore que havia voltado da porta que se fechou magicamente.



Dumbledore se prostou ao lado de Harry e os dois escutaram o que Percy tinha pra dizer.



— Perdão - o silêncio tomou conta do ar - perdão - repetiu o garoto - fui um completo idiota, me recusei a acreditar que Voldemort tinha voltado - arrepios perpassaram pelas pessoas ao ouvir aquele nome, será que a experiêcia com o bruxo das trevas mudara algo em Percy? - pois pensava que vocês dois estavam malucos...



— Não precisa... - disse Harry, mas Dumbledore fez um gesto para que Percy prosseguisse.



— Pensava que... - a Sra. Wasley chorava cada vez mais alto ao ouvir o filho e vê-lo daquele jeito - que Fudge estava acima de tudo e ele era o certo, mas me enganei, papai... mamãe me perdoem também, eu fui um tapado, um imbecil... - disse ele se virando para os pais.



— Não precisa se desculpar filho. - disse a Sra. Weasley aos soluços.



— É filho. - disse o pai do rapaz colocando a mão em seu ombro.



Percy vacilou se sentindo tonto.



— Percy Weasley vejo que finalmente enxergou a verdade... - Dumbledore abriu um sorriso - eu o nomeio o mais novo membro da Ordem da Fênix, agora levem ele para descansar. - disse Dumbledore a Lupin e o Sr. Weasley.



— Obrigado Dumbledore... Harry...



— Esquece Percy tá tudo bem. - respondeu Harry sorrindo de ver que Percy estava vivo, um pouco machucado, mas vivo e a salvo.



— Obrigado... - Percy caiu desmaiado em seguida e Lupin o pegou a tempo antes dele cair no chão, mas nesse momento todos os olhares se voltaram para outra pessoa que estava presente ali, Harry havia repentinamente caido de joelhos no chão, as mãos pressionavam a cicatriz que estava quase se rompendo de tanta dor, ele sabia que agora Voldemort finalmente descobrira a tão desejada profecia, desmaiou e mergulhou na escuridão.



-------->



Havia alguém sentado sobe uma murada de uma sacada em algum lugar distante, olhos azuis claros luziam diante de uma foto, o ocupante da foto se escondia, mas isso não era importante para o expectador, apenas olhar a foto lhe fazia muito bem, como também lhe fazia um imenso mal, pois ele sabia que era um sonho, um sonho bobo de adolescente ou talvez não, talvez fosse a coisa mais importante de toda a sua vida, mas sabia que nunca aconteceria, ele sabia.



Passos foram escutados pelo corredor a fora, ele ainda olhava para a foto quando alguém adentrou no quarto.



Ele estralou os dedos e a foto desapareceu, ouviu uma voz falha vir de trás da cortina.



— Querido ele quer te ver.



Ele atravessou a cortina rala azul clarinha brilhante que dava para seu quarto e olhou sua mãe, seus olhos claros estavam cansados e sua feição de quem estava com algo fedorento de baixo do nariz havia desaparecido, ela não tinha essa feição normalmente apenas quando estava nervosa ou algo do tipo, em geral ela era muito bonita, mas a preocupação e a tristeza lhe sombreavam os olhos nos últimos tempos, e ele sabia muito bem o por quê disso.



— Não se preocupe mamãe eu vou ficar bem. - disse o garoto abrindo um sorriso, era realmente raro vê-lo fazer isso, ele não gostava, não fazia parte dos sentimentos que vinham lhe afligindo ultimamente.



A mãe do garoto olhou-o, havia um sentimento de fúria dentro de seus olhos que só o garoto poderia enxergar e ninguém mais o faria, a mulher deu meia volta em direção a porta, mas o garoto a conteve inexplicavelmente.



— Nem tente fazer isso, você sabe que morreria tentando e eu não aguentaria, não suportaria, você é a única pessoa que me entende nesse mundo.



A mulher voltou e se jogou nos braços do filho apertando contra seu peito e chorou baixinho.



— Não quero que você morra.



— Eu sei disso, mas não há nada que possa ser feito, não há. - a voz do garoto era definitiva e cortante, encerrando qualquer saída que fosse ter para o que teria que enfrentar, ele levantou os olhos e olhou no fundo dos olhos de sua mãe.



— Quero que me prometa que não tentara fazer o que tem em mente e eu prometo não morrer.



A mãe com o rosto lavado de lágrimas retribuiu o olhar intenso para o filho relutando.



— Sim... eu prometo.



— Tudo vai ficar bem mamãe, ele não pode me matar, não ainda, por isso se preocupe em conseguir sua segurança não a minha, você corre bem mais perigo do que eu e você sabe disso, agora vamos.



-------->



Harry acordou horas depois do ocorrido daquela manhã, ele sabia disso pois a janela do quarto mostrava a noite brilhante, havia alguém ao seu lado sentiu o calor do corpo de alguém conhecido, sua cicatriz ainda latejava fracamente, nunca antes fora tão intenso a ponto de fazê-lo desmaiar, não fora tão doloroso quanto fora no Ministério, mas nunca antes ele havia desmaiado, Voldemort devia estar realmente exulsante de felicidade, a pessoa ao seu lado percebendo que ele havia acordado entregou os óculos para ele e ele ao coloca-lo viu mesmo com a luz do quarto apagada Hermione, se sentiu calmo e a dor na cicatriz quase sumiu.



— Você está melhor?



Ela chegou mais perto do garoto e ele sentiu os macios fios de cabelo dela encostarem em seu rosto, o cheiro dela era muito bom e o acalmava.



— Sim estou... Onde está Percy? Ele está bem? - disse Harry se sentando.



Hermione estava muito perto, ele se jogou um pouco para trás na esperança de não perder o controle e beija-la e acabar traindo seu amigo que gostava da garota, não podia fazer isso com Rony.



— Foi levado para o St. Mungus, Rony, Neville, Gina, Luna e alguns membros da ordem foram com os Weasley leva-lo, a ferida na perna dele piorou.



— Ahhhh. - disse Harry se jogando um pouco para trás, ele sem perceber havia se aproximado um pouco demais de Hermione e voltou novamente para seu lugar, a garota percebendo pela primeira vez um certo desconforto da parte do garoto resolveu arrumar o travesseiro dele para faze-lo se sentir melhor, mal sabendo ela a real situação.



— Deixa eu arrumar isso.



Ela se debruçou ao lado do garoto e arrumou o travesseiro delicadamente, Harry sentiu o perfume dos cabelos dela invadir suas narinas e devagar se aproximou dos fios e sentiu aquele perfume o acalmando novamente, Hermione levantou o rosto e deparou com o rosto de Harry em frente ao seu, corou violentamente, o que acontecera? Harry também corou, eles se olharam por quase vinte segundos, mas Hermione se levantou rapidamente ao ouvir passos no corredor, Harry sentiu que ela estava quente, seu calor chegava bem perto dele.



— Como está se sentindo Harry? - era Lupin que acendeu a luz do quarto.



— Bem. - respondeu Harry tentando não corar na frente de Lupin.



— Sabemos o que aconteceu, você estava bem e de repente sua cicatriz começa a doer. Ele já sabe da profecia não é? - perguntou Lupin preocupado.



— Sim... ele já sabe. - o silêncio tomou conta do quarto.



— Molly e Arthur acabaram de mandar uma carta, Percy vai ficar bem.



— Que bom. - disseram Hermione e Harry juntos, eles se olharam e sorriram.



Tudo estava novamente em paz, Percy estava a salvo e finalmente se tornara uma pessoa legal, os dias foram passando lentamente na sede da ordem todos estavam ansiosos pela volta de Percy e a volta as aulas, as semanas se passaram e o último dia antes de voltar para Hogwarts finalmente chegou.



— Harry... Harry. - era a voz de Hermione que entrava pela porta entreaberta.



A garota entrou eufórica pela porta uma carta em sua mão e os olhos brilhando de excitação.



— O que foi Mione?



— Os resultados dos meus N.O.M.s finalmente chegaram, junto com a carta de Hogwarts.



— Os N.O.M.s!!!! - disse Harry se lembrando da carta que havia chegado em julho e esquecida no malão - eu me esqueci dos meus resultados, a carta está no meu malão, com aquela história dos gigantes e do Percy eu me esqueci deles.



Harry correu para o malão e tirou a carta amarrotada do fundo dele.



— Hermione por que a sua carta só chegou agora?



— Ela só chegou agora por que as dos monitores chegam por último, por que elas ajudam na eleição dos eleitos para o cargo de monitores chefes do ano que vem.



— Nossa eleição! - disse Harry se aproximando de Hermione - e aí quanto você tirou?



Hermione mostrou a carta para Harry no topo dela havia um grande floreio escrito em linhas de ouro:



"Resultado dos Níveis Ordinários em Magia"



Transfiguração: Ótimo


Poções: Ótimo


Feitiços: Ótimo...





Abaixo seguiam os resultados dos N.O.M.s das outras matérias e o resultado total deles:



20 N.O.M.s



— Vinte N.O.M.s Hermione eu não acredito!! Isso equivale a um resultado de 95% de todos os exames, isso quer dizer que...



— Sim Harry, eu posso escolher quaisquer matérias para fazer os N.I.E.M.s e escolher qualquer carreira!!! - Hermione abria um sorriso de orelha a orelha - eu tirei nota baixa em Astronomia, mas também com aquela maldita da Umbrigde tentando pegar o Hagrid não tinha nem como se concentrar, senão fosse isso tinha tirado 100%, agora abre o seu, abre!!!



Harry se lembrou de Hagrid e também de Grope como será que eles estariam, será que Hagrid já conseguira civilizar um pouco o irmão gigante, com a mão tremendo abriu o resultado dele, ele leu os primeiros resultados com o estômago dando cambalhotas.



"Resultado dos Níveis Ordinários em Magia"



Transfiguração: Excede Expectativas


Poções: Aceitável


História da Magia: Deplorável


Feitiços: Ótimo


Defesa Contra as Artes das Trevas: Ótimo


Astronomia: Aceitável


Adivinhação: Aceitável


Herbologia: Ótimol





— Tirei... eu tirei... - disse Harry analisando o resultado.



— Fala Harry, Harry fala logo.



— 15!!! Hermione eu tirei 15!!! - era Rony que adentrou o quarto junto com Neville, Luna e Gina aos pulos.



— Sério Rony Parabéns!!! E você Neville? Quanto você tirou? - perguntou Harry tentando se distrair da cena que era Rony abraçando Hermione carinhosamente.



— Ahh o meu resultado chegou faz tempo, eu tirei 14.



— Parabéns Neville!!! - disseram todos.



— É o bastante pra seguir a carreira que eu escolhi, mas Harry fala logo o seu. - acrescentou o menino que esta manhã parecia muito cansado.



Gina e Luna assistiam a tudo um pouco assustadas, os N.O.M.s delas aconteceriam nesse ano.



— Bom eu tirei...



— Fala logo Harry. - disse Luna o assustando.



— Eu tirei 15 também!!! Rony e eu você vamos poder ser aurores!!!



Fred e George chegaram no ápice da alegria dos garotos, eles aparataram com uma cara um pouco séria demais deixando todos um pouco apreensivos.



— O que aconteceu? - Rony foi o primeiro a perguntar.



Todos estavam acostumados demais com notícias inesperadas e essa sempre era a primeira pergunta que sempre ecoava pelo ar primeiro.



— Vocês não vão acreditar. - disseram os dois em uníssono.



*** to be continue****



Nota: Bom eu deixei pra vcs uma dica bem reveladora de quem será o shipper da fic, vcs já sabem e por favor quem ler comente, please!!!

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