O Plano



Tá aí o primeiro capítulo, pessoal talvez seja muita informação para o primeiro capítulo, a primeira parte eu achei bem legal, mas a segunda eu achei mais ou menos, por isso podem criticar bastante se quiserem, mas peguem leve, hehehehe.



O Plano - 1º parte



Gina estava sentada defronte ao espelho de uma casa escura e parecia muito cansada, uma garota de cabelos muito fofos e brilhantes acastanhados se aproximou da garota com um ar sério em seu rosto, pequenas rugas de cansaço da última noite mal dormida lhe fazia lembrar sua avó Elisa Granger, ela também estava muito cansada.



— Você tem certeza do que disse? - disse Hermione nervosa.



— Sim foi a coisa mais horrível pela qual já passei em toda minha vida, nós teremos que seguir o meu plano e eu preciso da sua ajuda para ir em frente, senão...



— Senão? - perguntou Hermione sentando-se ao lado da garota colocando uma mão sobre o ombro da amiga.



— Senão eu não sei o que ele pode fazer ao Harry, e tenho certeza de que ele vai fazer.



Gina Weasley a caçula da família Weasley estava prestes a entrar para o seu quinto ano na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mechas longas dos seus cabelos lisos ruivos lhe caíam sobre seus olhos azuis cansados sombreando-os e mesmo assim ela não perdera sua estonteante beleza de uma adolescente que se transformara em mulher em pouco tempo.
Nesses tempos ela estava passando as férias na casa de sua amiga Hermione Granger, que este ano cursaria seu sexto ano escolar, elas estavam sentadas nas cadeiras da penteadeira do quarto de Hermione, e pareciam estar muito sérias e realmente cansadas.



— Mas ele... não Gina, não pode ser... desde quando isso aconteceu...



— Eu já disse Mione, foi na saída do trem para a estação King's Cross, ele passou por mim enfeitiçado e todo embolado carregado por Blás Zambini e seguiu para a porta me fitando com aquela cara de lesma, eu sabia que chegaria a hora, mas fugiu do meu controle e aconteceu. - Gina colocou os nós dos dedos sobre seus olhos e os esfregou fatigada - foi horrível, eu vi coisa demais Mione, e nem sei porque fiz aquilo, alguma coisa mexeu comigo, - ela estava prestes a chorar, mas não podia, não naquela hora tão importante - Dino estava ao meu lado e pensou que eu ia desmaiar, eu entrei em transe.



— Mas Gina desde quando você pode fazer isso, desde quando? - Hermione olhava a amiga com pena.



— Desde que ouvi o Harry falar com vocês sobre aulas de Oclumência no salão comunal uma vez. Eu sabia que vocês nunca iam me contar o que estava acontecendo, e recorri para a biblioteca, aprendi muita coisa, coisas que nem você imagina, ah Hermione vocês nunca me deram confiança o bastante para saber o que é que estava realmente acontecendo entre Harry e Voldemort - Hermione se sobressaltou ao ver que Gina falara o nome do bruxo mais temido por todos - e eu queria ajudar, mas não foi o bastante, nós quase morremos no Ministério e eu sabia muito do assunto, mas ainda não tivera coragem de praticar em ninguém, e quando eu vi aconteceu sem eu querer.



— Então Gina você tem certeza? Você é uma Legilimente?



— Sim sou - disse a menina baixando os olhos - e das boas - ela deu uma risada forçada, triste, e se calou.



— Então é muito grave, mas como? O que você viu afinal?



— É muito complexo, você não iria entender, é melhor eu mandar logo as cartas do Neville e da Luna - disse a garota se levantando e indo em direção a escrivaninha de Hermione para apanhar pena, tinta e pergaminhos - eles também estão no plano e decidiram me ajudar, eu tive pouco tempo de contar o que estava acontecendo à eles, mas eles também foram ao Ministério com a gente, e eles são da AD e quanto mais ajuda melhor, mas só nós duas podemos salvá-lo realmente acho eu.


— Gina larga esses pergaminhos se senta e me explique o que você viu, eu não vou entender! - ironizou Hermione - Oras não me venha com essa de que não vou entender, porque afinal você sabe que eu vou entender.


Gina largou os pergaminhos com um suspiro, estava enrolando Hermione desde que chegara contando o mínimo do mínimo do que ela descobrira, e agora Hermione à encostara na parede, não podia mais fingir que aquilo não estava acontecendo, ela voltou a penteadeira sentou-se, olhando Hermione no fundo dos olhos:



— Primeiro antes de mais nada saiba que o Rony está decididamente fora dos meus planos por enquanto, o Harry vai precisar de muita ajuda agora que Sirius se foi e Rony vai ajuda-lo nisso, disso eu sei, e nós vamos protege-lo sem que ele saiba, se a Ordem não conseguiu isso e nós conseguimos passar por aqueles comensais da morte, então acho que estamos prontos...



— Conta logo Gina o que você viu! - disse Hermione perdendo a paciência.



— Calma eu já disse é muito complicado, me escute por favor!



Não era um pedido e sim uma ordem, Hermione se calou e continuou escutando.



— ... estamos prontos para enfrentá-lo, e proteger o Harry na escola, pois não é o poder do Harry que está em jogo para ele se defender sozinho, porque a pessoa de que estamos falando tem muito mais poder do que ele, de longe o Harry não conseguiria sequer machuca-lo, eu acho que com a minha mente, a sua inteligência com a ajuda de Rony, Luna e Neville poderemos salvá-lo.



— Mas não faz sentido Gina, não faz, ele não poderia fazer nada ao Harry debaixo dos olhos de Dumbledore e por que o Rony e o Harry não podem saber do plano? - Hermione se calou novamente ao olhar de Gina.



— O Dumbledore também não pode com ele - disse Gina e Hermione riu desacreditando na amiga, se perguntando como o maior bruxo de todos os séculos não poderia com um garoto de 16 anos, mas a risada soou triste e pesada, ela se calou - Acredite Mione eu vi dentro dos olhos dele e talvez até dentro de sua alma, um poder obscuro, horrível, pior que os dos Dementadores, será que isso não é motivo para se alarmar? - Hermione vendo as olheiras fundas nos olhos da garota acreditou finalmente - e o Harry não pode saber do plano porque tenho receio de o Lord das Trevas esteja envolvido nisso de alguma forma, e ele pode tentar entrar na mente do Harry de novo e estragar nossos planos, o Rony por enquanto só nos ajudará com o que eu já disse, ele vai nos ser útil mais pra frente.



Hermione se assustou ao saber quanto conhecimento a menina tinha da situação e como havia mudado desde que descera do trem na estação King's Cross, e se perguntou porque ela antes não reparara na mudança da garota, mas não perguntou nada sobre aquilo, pois a carta que ela recebera na semana passada a desviara totalmente de sua atenção para os fatos, nem os ataques misteriosos que apareciam no telejornal a interessava, e por causa da carta Gina quase a desmantelara físicamente, quase matando-a de preocupação, a carta era curta, mas precisa:



"Hermione estou indo passar as férias em sua casa semana que vem, há algo muito importante que você precisa saber, nosso amigo está correndo sério perigo de vida e não posso contar muita coisa,
pois a carta poderia ser interceptada, então pela manhã de Segunda-feira me espere, papai conseguiu uma abertura no ministério para poder usar as lareiras e estarei na sua lareira às 6:00 da manhã."
Até, G.W



Gina havia mandado a carta à uma semana depois de terminar as aulas e o começo de Julho se tornou extremamente tenso para as garotas que ficaram cheias de preocupações.



— Mas por que nós não contamos pra Ordem tudo isso? - se limitou a perguntar Hermione.



— Por que a Ordem não anda com o Harry dia e noite e podem descuidar dele como descuidaram em Junho.



— E tem mais. - acrescentou Gina.



— O quê? - perguntou Hermione apreensiva.



— Ele sabe que eu sei de tudo, ele estava vunerável e sem querer deixou eu penetrar na mente dele, mas como uma luz rápida ele fechou sua mente, ele sabe que eu estive lá e não é a Ordem da Fênix que não vai permitir que ele mate o Harry.



— É muito poder Gina? - perguntou Hermione mais cansada do que nunca.



— Sim, muito, mas isso não é o pior de tudo. - Gina baixou os olhos e quando os levantou eles estavam cheio de lágrimas, que rolaram por sua face delicada e rosada.



— Então o que é? - Hermione preferiria não ter feito esta pergunta, pois a resposta que ouviria a seguir seria a pior de todas as notícias ruins que já ouvira.



— Aquele poder não pertence à ele eu sei, ele o recebeu há pouquíssimo tempo e há alguém mais poderoso por detrás disso, mas ele está odiando Harry mais do que tudo em toda sua vida e vai mata-lo se não fizermos nada por ele, somente nós podemos e se não fizermos nada - ela parou olhando para a janela já amanhecera - Draco Malfoy irá mata-lo sem piedade.



2º parte



Mas o que Gina não sabia é que havia uma barreira para Malfoy, uma barreira talvez intransponível, talvez. E essa barreira era a Profecia da qual não saía da mente de um garoto de cabelos que pela primeira vez estavam quase bem penteados. Deitado sobre sua cama Harry Potter estava pensando na tão desejada profecia por Voldemort, ele estava cansado da noite mal dormida e decidira que seu passatempo seria ajudar os Dursley na limpeza da casa, pois assim chegaria em um final de dia cansado e poderia dormir sem mais sonhos esquisitos com o Departamento de Mistérios, essa maneira era a qual ele decidira esquecer os problemas, esquecer da morte de Sirius Black seu padrinho que fora recentemente morto pela pessoa que conseguira ganhar o mais puro ódio do coração do garoto, Bellatrix Lestrange.
Arrumar as roupas, limpar a casa esses eram os passatempos para o garoto que de vez em quando se via com os olhos cheio de lágrimas e estravazava sua fúria quebrando sem querer vários pratos, copos e até quadros da sala dos Dursleys, esses por hora se viam impotentes de sequer tocar ou gritar com Harry perante a ameaça de Moddy o "Olho-Maluco" era assim que Duda o apelidara em um café da manhã do qual Harry não compareceu, pois estava preso em seu quarto tentando arrumar o malão para que não se visse pensando em Bellatrix, ou na morte do padrinho, mas esses esforços pareciam inúteis, pois seus pensamentos de tristeza eram substituidos pelo pensamento mais aterrorizante da vida do garoto a Profecia de Sibila Trewlaney, ele quando não pensava no dia fatídico no Ministério se via pensando na Profecia como naquela manhã:



"Aquele com o poder de vencer o Lord Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês... E o Lorde Negro vai marcá-lo como seu igual mas ele terá um poder desconhecido pelo Lord Negro... E um deve morrer pelas mãos do outro porquanto nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lord Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês..."



Então era isso ele se tornaria um assassino cruel sem piedade e mataria aquele que matou seus pais, seria talvez uma boa, a idéia não lhe saía da cabeça e ele não queria ser um assassino não! Não era isso o que ele sonhara para vida dele, mas haviam mais coisas envolvidas nisso, seus amigos, as pessoas inocentes que foram massacradas por Voldemort e ele não queria ver tanta dor e tristeza nos olhos das pessoas que ele gostava novamente, quando será que ele poderia viver em paz, sem ter que ver garotos como Neville Longbottom triste pela quase perda total dos pais enloquecidos, Quando?
Adormeceu sem perceber, pois a última noite não fora muito aproveitada, ele dormiria o dia inteiro, e estava tentando ignorar as cartas enviadas de seus melhores amigos que estavam sobre a cabeceira do quarto, queria que Dobby estive ali para tirar esse peso de suas costas, pela primeira vez na vida não queria contato com o mundo dos bruxos, pois isso fazia-o lembrar de Sirius. Ele mal respondera as cartas de Hermione Granger, Rony Weasley e até as cartas de seus novos grandes amigos Luna Lovegood e Neville Longbottom que tanto o ajudara na noite do Ministério, ele não queria sequer ter que pensar na noite do Ministério por isso respondia com cartas quase vazias de palavras com dizeres como:



"Estou bem não precisa se preocupar" ou "Muito Obrigado à todos vocês por se importarem comigo, mas preciso ficar um tempo sozinho sem pensar em mais nada, por favor não mandem cartas, por enquanto. Conversaremos na ida para Hogwarts".



As horas se passaram e ele acordou quando a madrugada tomava conta da Rua dos Alfeneiros, uma coruja acinzentada estava de junto da janela e ele quase se assustou quando viu que não era Edwiges, devia estar caçando, pensou o garoto desamarrando a carta da coruja e dando um pouco de água e pesticos para ela, que devia estar cansada da viagem, ele ia abrir a carta quando um grito irrompeu pelo corredor:



— Não, não faça isso, eu não quero, tire essas mãos sujas de mim, Dementores eu não quero lembrar dele, não, não....



Era Duda que gritava, ele se virou para a porta que levava ao corredor ao ouvir o nome Dementores e mesmo que o primo estive falando aquele nome errado ele sabia o que significava, correu para pegar a varinha dentro do malão e saiu para o corredor em direção ao quarto do primo, mas porque os Dementadores estavam atacando Duda e não ele?



Ele correu pelo corredor com a varinha enpunhada, mas por que o frio não estava o atingindo, estranhou, e a menção de seu nome gritado pelo primo o fez estacar, Duda nunca chamaria por ele ou chamaria?



— Harry não deixem eles me mostrar, não! Eu não quero lembrar daquele homem, é ele! Ele está passando as mãos em mim, passando as mãos na minha perna, Nãoooooo!!!!




Harry chegou a porta do garoto e a abriu com chute, e para sua surpresa não havia nenhum Dementador e sim um garoto gordo demais para caber na própria cama que gritava como um louco por seus pesadelos torturantes, os Durleys para mais surpresa de Harry, estavam presentes e balançavam o menino tentando acordá-lo, mas ele não parecia acordar, Tio Válter ao ver Harry disse vermelho como um pimentão:



— Faça ele parar de gritar, faça moleque, é culpa sua ele estar desse jeito tendo sonhos esquisitos com esses tais de Dementores, você o meteu nisso agora FAÇA ELE PARAR!!!



Tia Petúnia chorava segurando a mão do garoto, enquanto Duda não parava de gritar e Harry atônito olhava de um para o outro sem saber o que fazer.



— Ele me estrupou, me molestou, o professor, me molestou, eu não pude fazer nada mamãeeeee!!!



O choque se espalhou pelo quarto e Tia Petúnia e Harry entenderam o que garoto dizia, enquanto Tio Válter levava Harry em um impulso até a cama de Duda, Harry pasmo se deixou levar e Tio Válter disse:



— Veja ele está dizendo sandices, não está? Faça o parar, Harry POR FAVOR.



Harry estupefato pelo modo como o tio dirigiu a palavra à ele apontou a varinha para o peito de Duda e disse:



— Enervate.



Duda acordou e abraçou os pais que pareciam chocados e estavam chorando, Harry sentiu pena dos Dursley pela primeira vez, ele nunca havia visto eles chorarem e por um momento quase chorou ao constatar que a pior lembrança do primo era que ele fora molestado pelo professor, sentiu uma pena talvez maior do que a dele próprio quando se deu conta de que perdera Sirius realmente, e viu que seus problemas talvez nem fossem tão grandes assim, ele ia sair do quarto quando Tia Petúnia disse chorosa:



— Obrigado Harry.



Ele caminhou atônito, olhando para trás, e não conseguia acreditar naquilo que acabara de escutar e em tudo que acontecera naquele aposento, chegou em seu quarto e se assustou sem saber como as pernas haviam o levado até ali e ao abrir a porta não podia sequer imaginar que a noite mal havia começado.



Bom é isso logo, logo vem o próximo capítulo falow, Até e comentem bastante!




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