Hospital
Karina piscou os olhos e olhou para o tecto branco, manchado com negras de humidade. Tinha enormes dores na zona abdominal.
- Karina, mor... – murmurou-lhe alguém ao ouvido.
Karina olhou para o lado e deparou-se com Draco.
- Draco... – murmurou Karina sorrindo-lhe.
- Sim, sou eu – murmurou Draco. – Ainda bem que já acordaste. Estava muito preocupado.
- Desculpa, não foi por mal – murmurou Karina.
- Shiu, não fales – ordenou Draco. – Tens que descansar, esse golpe precisa de sarar.
- Tens razão – murmurou a auror. Ergueu-se nos cotovelos e deu-lhe um beijo.
- Sua parvinha, não te devias ter levantado! – censurou Draco.
- Não te preocupes, eu estou óptima – sorriu-lhe Karina. – E amo-te imenso.
- Eu sei meu anjinho, eu sei – disse Draco debruçando-se e beijando-a. – Agora dorme.
Draco saiu do quarto de Karina e foi ter com os outros à sala de espera.
- Então... – perguntou Phillipa vendo-o chegar.
- A Karina acordou e voltou a adormecer – informou Draco olhando para o tecto tristemente.
- Nem quero saber como. – murmurou Ian azedamente.
- Não é mesmo para saberes. As intimidades que tenho com a Karina não te dizem respeito – informou Draco friamente.
- Cá para mim olhou para a tua cara e deu-lhe o badagaio – disse Ian.
- Acho que se lembrou mesmo foi de ti – afirmou Draco.
- Estejam calados – ordenou Harry rispidamente.
- Parecem dois cães a disputar um osso – fez notar Ron.
- Mas que comparação... – desaprovou Hermione, revirando os olhos.
- Eu vou ter de ir – disse Clarice levantando-se. – Dêem as melhoras por mim à Karina.
- Está descansada que nós damos – declarou Hermione amavelmente.
- Obrigado malta. Passem bem e vão visitar-nos – pediu Clarice.
- Muito bem ‘miga, não te preocupes – sorriu-lhe Draco.
Mal Clarice saiu, chegou um médico que se lhes dirigiu.
- Quem é que está encarregue por Miss Riddle? – perguntou.
Olharam todos uns para os outros.
- Somos todos responsáveis por ela – declarou Phillipa.
- Muito bem. O caso da vossa amiga é grave, não vos oculto. Ela tem uma hemorragia interna, e por alguma razão não conseguimos sará-la. – informou o médico.
- O quê?! – exclamou Draco. – Mas como não?
- Não sabemos, talvez algum veneno... – murmurou o médico encolhendo os ombros mas mostrando preocupação pela sua doente.
- Sr. Doutor, chegue aqui. – pediu um enfermeiro fazendo sinal do quarto de Karina.
- Desculpem. – disse o médico e foi até ao quarto se Karina.
- O que se terá passado? – perguntou-se Hermione. – Estou preocupada, mesmo muito... será que piorou?
- Ele saiu de lá... – murmurou Ian, olhando de lado para Draco.
- O que estás a insinuar? – gritou Draco.
- Vocês parem os dois! – ordenou Harry. – Estamos num hospital!!! E respeitem a Karina.
- Eu não fiz nada! – protestou Draco. – Ele começou a fazer-me acusações...
- Ignorava-lo! – exclamou Hermione.
- Falar é fácil. – rosnou Draco.
Pouco tempo depois o médico voltou à sala em que todos eles estavam à espera, talvez do pior.
- Então doutor? – inquiriu Hermione na expectativa.
- A vossa amiga está melhor. – declarou o médico sorrindo a todos.
- Yes! – gritou Draco saltando.
- Controla-te! – ordenou Phillipa.
- OK, OK. – disse Draco. – Acho que agora já posso sair descansado, tenho que ir falar com uma pessoa.
- Sim, vai. – disse Ian olhando para o tecto.
Durante a noite Karina acordou e olhou em volta. Havia alguém no quarto além dela, ela sentia-o. De repente a cama prendeu-a e Karina sentiu alguém a pôr-lhe a mão no pescoço.
- Agora não te safas. – murmurou-lhe uma voz ao ouvido.
- Tu... – murmurou Karina.
- Sim, eu. Gosto de acabar o que comecei. – declarou Gabriella e começou a apertar-lhe o pescoço.
- Porque me fazes isto? – inquiriu Karina num gemido.
- Porquê? Não me deste o colar... e seduziste o meu namorado. – disse Gabriella.
- Ego ferido, hã? – murmurou Karina.
- Incrível. Estás aí quase a bater as botas e a chatear. – riu-se Gabriela.
- Não me matas tão facilmente e não são estas algemas que me vão deter, tu não me conheces minha amiga. – declarou Karina.
Sem Gabriella notar as algemas desapareceram e Karina espetou-lhe um pontapé na barriga.
Gabriella foi contra um armário e Karina levantou-se com um salto.
- Ainda não entendi nada. O que vocês querem de mim?! – inquiriu Karina.
- Queremos-te ver morta. – informou Gabriella levantando-se lentamente.
- Mas porquê? Que mal fiz eu?! – perguntou Karina.
- Não fizeste nada. – respondeu Gabriella e desapareceu.
- Ai que raios! – rosnou Karina batendo com o pé no chão. – Eu tenho que saber!!!
Gabriella reapareceu na fortaleza da Sibéria e dirigiu-se para o seu quarto e de Alexander.
Ao entrar no quarto alguém falou.
- Onde estiveste e porquê que só chegaste agora? – inquiriu Alexander.
- O que é que isso te interessa? – inquiriu Gabriella friamente. – Deves estar mais preocupado com a tua Riddlezinha.
- Porquê que haveria de estar preocupado? – inquiriu Alexander. – Tu deverias estar, neste momento, deitada ao meu lado e não a passear por aí.
- Eu não fui passear. – murmurou Gabriella passando a mão pela zona abdominal e sentou-se na cama dobrando-se e soltando um gemido de dor. – Aquela cabra...
- O que se passa Gabi? – perguntou Alexander indo ter com ela. – Sentes-te bem querida?
- Às mil maravilhas. Preciso só de dormir. – murmurou Gabriella. – Hoje já fiquei com os nervos fodidos.
- A minha rainha está tristinha... vá, deita-te e dorme. Estás a precisar de descanso. Falamos amanhã. – disse Alexander dando-lhe um beijo na testa.
- Falar o quê? – quis saber Gabriella.
- Falamos amanhã. – repetiu Alexander.
- Não, quero saber agora. – exigiu Gabriella.
- Tivemos uma visita há pouco. Lord Voldemort. – informou Alexander.
- Uau!! Estamos a ficar famosos. – gemeu Gabriella sorrindo.
- Nem sabes o quanto. – riu-se Alexander sombriamente. – Lord Voldemort é pai da Karina Riddle.
- O quê?!?! – inquiriu Gabriella estupidificada.
- Ó sim. O tipo ameaçou-nos. – informou Alexander. – De morte.
- A filha é igualzinha ao pai. – murmurou Gabriella. – É melhor termos cautela. E quando eu puder, mato-a.
- Não venhas com essa história outra vez! – pediu Alexander. – Vamos esquecer a Karina, o pai dela e o colar...
- Depois do coice que ela me deu? Nunca! – disse Gabriella furiosa.
- Coice? O que queres dizer com Coice? – inquiriu Alexander franzindo as sobrancelhas desconfiado.
- Eu fui ao hospital tentar matá-la. Mas não sei como... ela escapou-me outra vez. – murmurou Gabriella. – E deu-me um pontapé.
- Mas o que é que ela está a fazer no hospital? – perguntou Alexander preocupado. – O que lhe aconteceu?
- Eu dei-lhe uma punhalada no outro dia. – disse Gabriella sorridentemente. – Deu-me um enorme prazer tentar esventrá-la.
- Mas Gabriella, ela era nossa prisioneira! Não um brinquedo teu! – disse Alexander indignado.
- Correcção, ela era uma miúda que estava e está na minha Lista Negra. – declarou Gabriella. – E eu hei-de acabar com ela, nem que seja a última coisa que faça.
- Isso é coisa de crianças. – fez notar Alexander preocupadíssimo com o que Gabriella poderia fazer.
- Nós temos que ter o colar, a bem ou a mal. – afirmou Gabriella.
- Mas não é essa a razão que te faz persegui-la, pois não? – inquiriu Alexander seriamente. – É algo mais, algo que ainda não entendi.
- Não vejo mais nenhuma razão. – declarou Gabriella friamente.
- Tu é que sabes. – murmurou Alexander bocejando. – Mas gostava que não me continuasses a mentir.
- Digo o mesmo a ti. – sorriu-lhe Gabriella cinicamente. – Porque eu sei perfeitamente porquê que não queres ver a Riddle morta.
- Ai sim? – inquiriu Alexander cinicamente.
- Sim. – afirmou Gabriella. – Mas o Ian há de fazer um trabalho perfeito, ele não a vai deixar escapar.
- Isso é se Lord Voldemort não descobrir tudo. – murmurou Alexander. – Isso é que ia ser muito mau.
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