Segredinho Sujo



-Não se esqueça... e não se atrase. Amo você. – disse ele. Ela sorriu, gostava que ele lhe dissesse isso.
-Não esquecerei. Amo você também. – e desligou o telefone. Precisava se arrumar, para estar ótima no jantar. Suspirou pesadamente e foi até o banheiro.
Enquanto a água quente deslizava pelo seu corpo, ela pensava em como daria aquela notícia. Não era algo muito fácil. Eles eram amigos. Muito amigos; o que era meio estranho, se levarmos em conta que se odiavam. Mas eram adolescentes nessa época. Agora não mais. Vinte, vinte e um anos não são mais adolescentes; ou talvez até seja. Mas eles cresceram muito rápido... tiveram que crescer, pois com essa guerra você era basicamente obrigado a pular da infância para a fase adulta.
É, a guerra. O que todos queriam é que ela acabasse logo... mas não era tão simples assim... o Harry fazia de tudo para encontrar todas as horcruxes, e estava tendo sucesso em suas tentativas. A Ordem da Fênix aumentava a cada dia, com bruxos de todos os tamanhos e idades. Em compensação, o número de comensais também havia aumentado consideravelmente...
Ela divagava por isso, enquanto passava a mão suavemente pelo rosto. Nunca fora uma pessoa de pensar muito antes de agir. E talvez até fosse por isso que eles dessem tão certo. Eram impulsivos. Demais. Mas não era sobre isso que ela precisava pensar... Ela só tinha que achar uma maneira de contar pros seus amigos, vizinhos e companheiros uma simples coisinha... Coisinha de nada. Ora, eles iriam entender na boa. Era uma coisa tão simples e normal, ainda mais pra contar praqueles amigos suuuper pacientes e sociáveis.

“Pacientes e sociáveis... Pois sim”, pensou ela, sarcástica. Definitivamente seria difícil explicar...



Let me know that I've done wrong
(Diga-me o que eu fiz de errado)
When I've known this all along
(Quando eu soube de tudo em minha volta)
I go around a time or two
(Eu ando um momento ou dois)
Just to waste my time with you
(Só para gastar meu tempo com você)




Desligou o chuveiro e se enrolou numa toalha. Já eram 7h20min, precisava se apressar. Só que no fundo ela não queria ir...

“Mas é preciso”, disse para si mesma, “logo acaba, não se preocupe”.
Chegou até a sorrir com esse pensamento. Era uma coisa bem simples que teria que fazer, e estava tão nervosa... Devia ser a droga do amor, que ela tomou por engano...
E que a pegou de jeito.

Escolheu um vestidinho azul escuro, pouco acima do joelho. Fez um rabo de cavalo desarrumado, calçou uma sandália bege rasteira e passou um brilho labial bem simples. E voi lá, estava linda.
7h37min. Já estava na hora de sair de casa. Combinou com eles às 8h em ponto. E estaria lá. Porque ela tinha uma coisa importante a declarar.
Muito importante. Certo, abriu a porta do apartamento e foi pé ante pé até o hall do elevador. “Respire”. Ele chegou em menos de vinte segundos. “Bom, eu acho”, pensou novamente. Apertou o T, de térreo. E o elevador desceu o que pareceu uma eternidade. Mas na verdade foram dois andares. Porque um senhor no 5ª entrou.
-Boa tarde.
-Boa tarde.
Ah, a boa e velha conversa de elevador. Só faltava vir o ‘Será que chove?’. Mas o velho estava muito ocupado cutucando a unha para isso. Enfim, já um pouco mais calma, ela saiu pelo lobby do hotel, onde ela e mais três amigos moravam. Cada um em um grande e confortável apartamento. Cumprimentou o sempre simpático e prestativo porteiro Edson. Ela definitivamente havia se tornado uma pessoa melhor. Muito melhor. Ela, juntamente com Draco Malfoy, aboliu de vez as Artes das Trevas de sua vida e se juntou ao lado do bem. E se sentia bem melhor com isso; tinha ganhado amigos que nunca pensou que seriam seus amigos. E ela gostava disso. Gostava de se sentir amada, de ter uma família.
Sim, ela tinha. Apesar dos seus pais estarem mortos. Morreram servindo ao mestre...
Balançou a cabeça para afastar esses pensamentos. Não era hora pra isso, era um momento feliz. Bastante feliz. Andou meia rua. Já ia chamando o táxi quando lembrou que havia esquecido o celular. Ok, um pequeno desvio de horário. Foi. Acenou para o Edson. Andou até o elevador. O lobby nunca pareceu tão grande... a não ser naquela vez que ele a estava esperando do oooutro lado do corredor. E ela teve que andar aquela imensidão inteira para encontrá-lo. Certo, apertou o botão do elevador. O mesmo estava ali, então ela apenas entrou e apertou o sétimo andar. Tudo bem até aí.
Chegou lá em cima. Procurou a chave na bolsa, perdidos aí uns... vinte segundos? É, vinte segundos. Abriu a porta, e analisou o apartamento. Precisava fazer uma faxina, organizar os papéis em geral. Definitivamente estava uma zona. Mas enfim, achou o celular debaixo de uma revista sobre moda (“Uma garota precisa se cuidar!”). Voltou. Beleza, não atrasou tanto assim, certo? Sim, sim. O Táxi. Ela o chamou.
-Pra onde, dona?
-Hã – começou ela – Para o restaurante Fiona’s. Conhece?
-Conheço Londres como a palma da minha mão, dona.
Melhor assim. Se ela combinou às 8h, então estaria lá às 8h. Falaria tudo de vez e pronto. Resolvido o caso. Sem... preocupações. Bom, pelo menos até o dia seguinte, onde teria que ir pra Ordem. Ela era auror, juntamente com Harry e Draco, que se formaram junto com ela há alguns meses. Ginny ainda fazia faculdade para ser curandeira. E faltavam dois anos para o término do curso. Pois é, se você quer tratar de medicina, tem que se sujeitar a alguns anos a mais numa sala de aula...
Respira, inspira. Respira, inspira. Eles não são tão cabeças dura assim, são? Claro que nãão, ora bolas.
A quem ela estava querendo enganar? Eram dois cabeças dura sim, e de cara iam alegar que assim o grupo iria se dividir e isso e aquilo. O que era uma completa mentira, faça-me o favor.
Botou uma mecha do cabelo castanho curto, distraidamente, para trás da orelha. Nunca havia notado como a Londres noturna era bonita... tantas pessoas, com tanto, e ao mesmo tempo nada, em comum... era bom de ver. O casal andando de mãos dadas em direção a alguma festa, a família indo pra casa depois de um passeio... A sexta feira era bem movimentada.
Cruzou as pernas em um gesto vago, mas logo se arrependeu. Sentiu dois olhos focados nelas. “Taxista safadinho” pensou sozinha, permitindo-se um risinho sarcástico...



Tell me all that you've thrown away
(Diga-me tudo aquilo que você jogou pro alto)
Find out games you don't wanna play
(Ache jogos que você não queira jogar)
You are the only one that needs to know
(Você é o único que precisa saber)




Seu celular tocou. “Bela hora”, ela revirou os olhos, para depois atender.
-PANSY, Graças a Merlin!
-Olá, Blaise. Como vai? – Blaise era outro sonserino bonzinho, porque na verdade nem todo sonserino era malvado. Ia pra Sonserina, as pessoas audaciosas. E não só os servos e leais ao ‘Lord’. E Blaise era muito bonito, moreno clarinho e cabelos negros despenteados. Um dos melhores amigos da Pansy, e um ótimo auror. – Olha, sem querer ser grossa, mas não é uma boa hor-
-Pansy, nós achamos que descobrimos mais uma horcruxe! Temos quase certeza! A Tonks, ela... Ela descobriu por acaso e, Oh meu Deus, Pansy. Você não vê? Isso é ótimo! Pois se for MESMO uma horcruxe, fica faltando apenas uma! E olha, eu não estou conseguindo falar com o Harry. Então se você o ver por aí, diz que eu mandei o “oi”. Aliás, pra ser mais eficiente, comunique a ele que a Hermione ta dizendo que se ele não retornar a ligação até amanhã de manhã, ela o transforma em um sapo. E ela o faz. – o Blaise descobriu isso dá pior maneira...
-Até, Blaise. Eu aviso sim, Blaise. Não se preocupe, Blaise. TCHAU, Blaise. Beijo.
Era bom manter os amigos velhos, fazer amigos novos... Apesar da guerra, Pansy tinha que admitir que estava sendo uma boa, ótima, época para o seu circulo social; que antes se baseava em puros sangues e... deixe-me ver... puro sangues.
Conhecer gente nova é bom. Conhecer melhor quem já conhecia é ainda melhor, tanto que ganhou diversos amigos por essa nova perspectiva...
O carro estacionou. Pansy pagou ao taxista, que deu mais uma olhadela nada, nada discreta para suas belas coxas. Tudo bem, porque ela estava de bom humor. Tremendamente nervosa, mas de bom humor. Saiu do carro e olhou em volta. Muitos carros chiques estavam estacionados. Inclusive o carro do Harry, o do Draco e o carro que ela dividia com a Ginny. “Belos carros”, pensou. Mas não era hora pra isso. Ergueu a cabeça e mordeu o lábio inferior.
“Droga. Estou me comportando como uma criancinha. Tenho certeza de que ele não está nervoso...”
Foi andando pela calçada luxuosa, até que chegou à enorme porta de vidro do famoso restaurante italiano.
-Boa noite, a Srta. Tem alguma reserva? – perguntou uma moça loira muito bonita que ficava na entrada.
-Sim, na verdade... Eu estou com uns amigos. Malfoy, Weasley e Potter.
-Oh sim, oh sim. Acompanhe-me. – Ginny, Draco e Harry estavam sentados em um sofá no fundo do salão. Bem aconchegante. E estavam bonitos. Sim, eles eram muito bonitos, realmente. Harry Potter tinha corpo definido e olhos verdes belíssimos, além de cabelos negros totalmente bagunçados. E um olhar maroto. Muito maroto, diga-se de passagem. Draco Malfoy também tinha o corpo bastante definido, mas possuía cabelos um pouco (um pouco) mais alinhados. Olhos prateados e um sorriso que as garotas diziam ser sexy. Já Ginny Weasley tinha uma beleza diferente. Atraente e ao mesmo tempo delicada. Olhos chocolate e cabelos ruivos meio ondulados que caiam suavemente pelos ombros.
-Pansy! – exclamou a ruivinha, alegre, para logo depois fechar a cara – Você está atrasada.
-Erm, eu sei... Desculpem – disse Pansy, encabulada. Pois se tinha uma coisa que ela era, era pontual. Bem, nem sempre.
Draco sorriu, juntamente com os outros. Puxou uma cadeira para ela, fazendo a sentar entre Harry e Ginny, que por sua vez estava sentada junto do loiro.
-Está bonita, amiga... – cantarolou a ruiva – O que você disse que precisava falar conosco deve ser bem sério, heim?
-Você nem imagina, Gin. Nem imagina... – respondeu a morena, calmamente. Depois olhou para a garota... Aliás, para a mulher a sua frente. Sentia um orgulho enorme dela. Sempre forte e de cabeça erguida, sem desanimar. Acreditando que vai dá tudo certo, que no final sempre dá tudo certo. “E é assim que devemos ser”, pensou Pansy. Se não restasse esperança, não restava mais nada.
Esperança... Essa palavra lembrou a ela um dia marcante da sua vida: a morte dos seus pais.

Flash-back

-Ela se recusa, mestre – disse um mascarado, com certo pavor – Ela se RECUSA. Devo matá-la, mestre?
-Não. Eu o farei. – respondeu uma voz arrastada, que ecôo por todo o recinto, seguido de um silêncio macabro que só foi quebrado quando três pessoas entraram pela porta do antigo casarão. Uma senhora de cabelos loiros escuro, muito bonitos, um senhor de cabelos grisalho e olhos chocolate e uma garota de aproximadamente dezoito ou dezenove anos, com cabelos castanhos que batiam no ombro e os mesmos olhos do pai. Os pais pareciam desolados, e garota extremamente irritada.
-Eu estou aqui para dizer – começou a adolescente – que eu NÃO vou ser uma comensal. Não precisava ter mandando incompetentes como o Crabbe e o Goyle pra não me deixar fugir. – disse ela, com nojo.
-Perdoe-nos, Lorde! E-ela não sabe o que diz! É muito nova ainda – tentou falar o Sr. Parkinson, mas logo levou um tapa de Voldemort.
-CALADO. Se ela escolheu isso... – falou, sorrindo, enquanto empunhava a varinha – AVAD-
-NÃO! – gritaram a mãe o pai de Pansy – Qualquer coisa menos isso. Por favor – chorou a mulher.
-Como ousam me desafiar? Tisc tisc, pagarão MUITO caro por isso.
E os matou com a maldição da morte. Bem na frente de Pansy. Da filha deles. Mas não sem antes ela escutar um “Eu te amo” mudo, da parte dos dois. E ele os amava também. Muito, muito. Apesar de eles seguirem fielmente as Artes das Trevas, sempre foram bons pais.
E de repente, lágrimas e lágrimas começaram a saltar dos olhos da morena. Tinha algo errado ali... Tinha que ter! Eles não podiam ir embora assim. De uma forma tão ridícula, tão... cruel? Pior. Mas Pansy não achou uma palavra para descrever aquele momento. Ela simplesmente fechou os olhos e caiu inconsciente no chão de mármore.



I'll keep you my dirty little secret
(Eu te confesso meu segredinho sujo)
Dirty little secret
(Segredinho sujo)
Don't tell anyone or you'll be just another regret
(Não conte a ninguém ou você será só outro arrependido)
Just another regret, hope that you can keep it
(Só outro arrependido, espero que você o confesse)
My dirty little secret
(Meu segredinho sujo)




“Hmmm. Ok, o que aconteceu antes de eu... morrer? Eu morri? Não sei, mas pensar nisso faz meu corpo doer. Meu corpo doer? E por que meu corpo estaria doendo? E minha cabeça estourando? O que aconteceu ontem mesmo? Eu não me... Ah. Lembro sim. Ele os matou. Meus pais se foram. Ou foi tudo um sonho e eu irei acordar na minha cama quentinha?”, pensou enquanto abria os olhos. Olhou ao redor. Estava numa enfermaria. Bem pequena, talvez de alguma cidade do interior da Inglaterra. E via rostos conhecidos. Ronald Weasley cuidava de um ferimento no fundo da enfermaria, ao lado de Hermione Granger, que parecia ter quebrado o braço. Também tinha o Potter, que estava dormindo em uma cama no fundo da enfermaria. Não pode deixar de notar em como ele era bonito, assim quietinho, mas logo balançou a cabeça para afastar esse pensamento.
-Ah, graças a Merlin! – exclamou uma garota ruiva, adentrando no aposento – Já estava ficando preocupada!
-Ah. Weasley – cumprimentou, com pouco caso.
-É bom te ver também e... Olha, eu sinto muito, muito mesmo... Eu...
-Não precisa ter pena de mim, garota – cortou Pansy, já ficando irritada – Eu não preciso de pena vinda você. Nem de ninguém.
-Eu não tenho pena de você, Parkinson. Eu... bom, se eu dissesse que sei o que você está sentindo, eu estaria mentindo. Eu não sei, mas eu te entendo, entendo sim... E... pode contar comigo viu?
-Oh Ginny – murmurou a morena, deixando as lágrimas rolarem pelo rosto. Coisa que não costumava fazer – Eu não acredito que eles se fo-foram. E que muitos mais se vão e... Oh meu Deus! Eles morreram por minha causa, Ginny!
-HEY, olha pra mim – disse a ruiva, com os olhos marejados, sentando na borda da cama e segurando a mão de outra – Pansy, eles não se foram em vão! Eles... oh, Merlin, eu não sei o que dizer, querida. Só tenha esperanças. No final dá tudo sempre certo, acredite – ela sorriu tristemente e se levantou. Já ia virando, quando a garota perguntou.
-Espera... Como eu vim parar aqui? E o que aconteceu com aquele desgraçado?
-Infelizmente Voldemort fugiu. Quanto a você... Ah, o Harry te salvou.
-O Potter? – perguntou confusa, olhando em direção ao garoto dormindo serenamente. Ginny fez que sim. – Bom... Er... – enfim, não era preciso dizer nada. Elas sabiam que seriam amigas para sempre.

Fim do Flash-back


Pansy acordou de repente de seus devaneios, e notou que todos conversavam. Ginny contava algo que parecia bem engraçado para Draco. Ninguém além de Harry pareceu notar que ela estava mais quieta do que o normal. Mas afinal, ele estava envolvido nisso também.
-Pansy? Tudo bem com você? – perguntou, fitando-a.
-Você sabe, Harry, você sabe – respondeu impaciente.
-Sente-se aflita. Eu te entendo. Também estou nervoso por... – baixou a voz, apesar dos outros dois amigos parecerem estar bem mais interessados numa conversa sobre os “hipócritas nojentos da política de hoje em dia” – Por ter que contar isso e tudo o mais...
-É, mas é bom, eu acho. Muito bom. – respondeu, sorrindo, enquanto mexia distraidamente o copo de coquetel. Olhou em volta. Estava cheio... bastante cheio, na verdade. Com todo tipo de gente, de lindos bebezinhos a arrogantes senhores. De jovens e bonitas mulheres a velhas e mal cuidadas senhoras. Muitos casais, amigos, parentes... Mas o que chamou a atenção de Pansy foi uma mesa mais ao canto, perto da janela. Onde havia um casal de mais ou menos trinta anos, com seus filhinhos. Uma menina muito bonita, que deveria ter cinco anos, e um garoto sorridente com aproximadamente sete anos.
O pai sorria, abraçando a menina loirinha pelas costas, mostrando a ela a rua onde chovia. Uma chuva calma, que limpa as ruas, que é boa de ver. A mãe contava algo engraçado para o filho, que olhava pra ela com orgulho.
“Com orgulho”
Era assim que Pansy queria que fosse seu futuro. Ela feliz, com seu marido feliz, com seus filhinhos felizes. E seria, enfim. Bastava apenas ter esperança. O Harry era bom, quero dizer. Não iria sossegar até acabar com o Lord e vingar todas as mortes.
Imaginou como seria a vida daquelas crianças sem os pais... Também não conseguiria se imaginar naquela idade sem seus pais. “Eles não se foram em vão, se foram pra me fazer amadurecer. Já estava na hora.”
Sorriu com esse pensamento. Era bom lembrar do Sr. e da Sra. Parkinson, companheiros de uma vida.
-Olha, Pan... – interrompeu Draco - Você é muito minha amiga e etecetera e tal, mas eu estou curioso! Pra quê, afinal, você nos chamou aqui?
-É, pra quê? – concordou Ginny.
-Bom, eu... – começou a morena, mordendo o lábio inferior – Eu tenho uma coisa pra contar pra vocês.
-Sério? – ironizou Draco, fazendo Ginny dar um tapinha leve em seu braço murmurando “Deixe-a falar, Draco” e um revirar de olhos de Harry.
-Eu, hm, é que assim... EueHarrytamosnamoranoepretendemoscasarprontofalei!
-como é que é? – perguntou Ginny – Que droga você disse que eu não consegui entender, Pansy? – disse Draco – Hehe – Harry.
-Eu e ela – tomou a palavra Harry, apontando para si mesmo e para Pansy, depois pausando para pigarrear – estamos namorando, e pretendemos casar em breve... Espero que não achem que vamos nos separar por isso, nem nada do tipo, hehe. – concluiu com um sorriso amarelo, recebendo o apoio da namorada, que fez que sim com a cabeça.
A relação dos quatro era meio complicada no início, pois na época de Hogwarts Pansy era namorada de Draco, e Ginny de Harry. Por isso esse problema para explicar um namoro. Era IMPOSSIVEL prever uma reação. Principalmente de Ginny. Ou ela pula de alegria com alguma notícia, ou ela fica uma semana sem falar com você por causa dessa mesmíssima coisa.
Mas, ao contrário – totalmente ao contrario – do que o casal de morenos pudesse pensar, o loiro e a ruiva desataram a rir. Choraram de rir, aliás, o que fez Harry Potter soltar um “e num é que eles gostaram”, totalmente confuso. Depois de um tempo, quando a gargalhada foi parando e eles notaram a cara de interrogação dos amigos, Draco Malfoy tratou de explicar:
-Bom – suspirou – acontece que eu e a Ginny também estamos juntos. Há algum tempo, já. – completou, risonho - Esse era o nosso segredinho sujo.



Who has to know
(Quem precisa saber)
When we live such fragile lives
(Quando nós vivemos vidas frágeis)
It's the best way we survive
(É a melhor maneira de sobrevivermos)
I go around a time or two
(Ando um momento ou dois)
Just to waste my time with you
(Só para gastar meu tempo com você)




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N/A: Peguem leve porque é minha primeira fic... Mas comentem sim? Críticas construtivas do tipo "tá uma bosta!" são completamente aceitas :)

Beijo, Aninha Moody.

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