Epílogo



- E agora? – pensava Neville, mirando o próprio reflexo na janela da enfermaria quando Hermione entrou no aposento. Parecia machucada, mas definitivamente viva - Neville!!! – ela exclamou contente quando viu que ele estava sentado na cama – que bom ver você acordado! – completou ela se sentando ao lado dele - Nossa, eu fiquei desmaiado tanto tempo assim? – Perguntou sorrindo - É que bem, não deu para perceber qual foi feitiço que a Belatriz lançou em você, então não sabíamos o que podia acontecer... – dizia a garota – mas, a madame Pomfrey insistia em dizer de que qualquer jeito, ela estava fraca demais para causar algum dano permanente - E o Harry? E o Rony? Eu não vi eles voltando... - Não, não – respondeu a garota entendendo a preocupação do garoto – estamos todos bem, mas o Harry fraturou a perna, então o Rony estava ajudando ele a caminhar, e eu fui na frente para chamar a Ordem - Entendo... Neville respirou fundo, minutos atrás ele tinha decidido que era hora de contar a verdade, toda a verdade: - Hermione... Mione... a verdade é que.. é que, eu gosto de você. É.. é isso – disse o garoto, com uma velocidade muito maior do que ele imaginava - Ah Neville... mas eu.. quero dizer, eu e o Rony estamos, você sabe, e... – começou a garota - Eu sei – disse o garoto olhando no fundo dos olhos dela – mas eu precisava falar entende? - Eu sei exatamente como é, ate mais do que você pode imaginar – disse a garota um pouco perdida em seus pensamentos – mas espero que ainda possamos ser amigos? – concluiu ela, um pouco hesitante e estendendo a mão - Claro, afinal de contas, o ano acabou mas vamos ter que fazer os N.I.E.M. do mesmo jeito, e eu realmente vou precisar de ajuda! – respondeu o garoto devolvendo o aperto. Hermione sorriu Seguiu-se de um silêncio levemente incômodo... - O que aconteceu com ele? Ele – Neville respirou fundo – o lorde Voldemort, morreu? Hermione ficou ligeiramente surpresa quando ouviu o garoto falar esse nome. - Ele deve ter morrido sim, eu, Harry e Rony conseguimos destruir todos os pedaços da alma dele que estavam espalhados por ai, então sim, ele morreu - E.. e... a Belatriz? Eu por um acaso... - Não... você não a matou Neville.. ela estava visivelmente abalada, parecia ainda mais louca que o normal, mas sobreviveu a sua maldição, só que.. só que quando os aurores chegaram ela.. ela, pegou uma varinha e disse: “Eu sou a mais fiel dos comensais da morte! Eu não irei viver em um mundo onde os ideais de pureza que meu mestre tanto lutou para colocar na cabeça obtusa de vocês serão considerados obras de um maníaco! Eu vou seguir me lorde, até o fim!” – e ela... bem, ela se matou Neville, simplesmente, não sabia o que pensar sobre isso - Obrigado Hermione, por tudo e principalmente, você sabe, por evitar que eu tivesse matado a Belatriz ou... – ele começou - "Existe todo tipo de coragem. É preciso muita audácia para enfrentarmos nossos inimigos, mas igual audácia para defendermos nossos amigos..." – ela começou - Alvo Dumbledore – completou o garoto Pouco tempo depois os jardins de Hogwarts foram arrumados para realizar uma cerimônia em homenagem aos garotos. Num palanque, Rufo Scrimengour falava sobre a coragem e a importância dos jovens nesse novo mundo que estava surgindo, longe da sombra de Voldemort, e outras coisas em que Neville não prestava muita atenção. Na platéia, ele via olhos de sua avó, mareados de orgulho e admiração, um orgulho que ele lutou a vida inteira para conseguir, mas que agora que havia conseguido parecia tão distante e sem importância... ele também via Rony e Hermione de mãos dadas, algo que lhe causava um aperto no coração, embora doesse um pouco menos agora. Após todos festejos, o garoto estava mais uma vez sozinho, caminhando a beira do lago e imaginando o que fazer no futuro agora que praticamente havia terminado a escola e era mundialmente famoso como parte do “grupo de jovens que acabou com Você-Sabe-Quem!” - É difícil acreditar que tudo acabou não é? – Perguntou Harry, que vinha um pouco mais atrás, andando com dificuldades por causa das muletas - Sim... sei lá, parece simplesmente que é bom demais para ser verdade... - Mas e aí? O que vai fazer da vida agora? – disse Harry, sorrindo abertamente - Não sei bem. Acho que o primeiro passo é alugar um quarto no caldeirão furado, me estabelecer e arranjar um emprego lá perto, juntar uma boa grana. E depois quem sabe? O mundo é um lugar grande... e ainda existem muitas plantas mágicas para se catalogar... - Alugar um quarto? – exclamou Harry levemente surpreso - É claro – disse o garoto rindo – ou você acha que eu quero passar o resto da minha vida morando com a minha avó? FIM

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