Game Over
CAPÍTULO XVI. GAME OVER
Ping... Ping... Ping...
Chovia lá fora. Ou será que não?
Ela se encolheu mais no fundo daquela cela fria.
Ping... ping... ping...
Já tinham se passado três meses... Ou seriam mais? Ou menos?
Não... Não podia ser menos... É. Três.
Definitivamente três.
Ping... ping.. ping...
Estranho... O maldito barulho de goteira parecia estar vindo da própria cela...
Ela olhou ao redor... E ali estava, bem ao seu lado, uma goteira que
pingava incansavelmente!
Ping... ping... ping...
‘Bingo!’
Ela deu um sorriso demente. Correu para a outra extremidade da cela. Pegou um pano e colocou no pé da goteira. O barulho cessou instantaneamente.
Ela gargalhou debilmente.
E parou.
‘Eu já estou enlouquecendo...’
E voltou a gargalhar.
E a chorar.
XxXxXxX
Ele observou aquela mulher dentro da sela.
Já tinha se passado sete meses da sua prisão, e somente agora ele tomara coragem para ir vê-la. E ela estava deplorável.
As suas roupas rasgadas, os belos cabelos, outrora loiros e brilhosos, estavam opacos, sem vida. Estava muito magra, isso se podia perceber pelo seu rosto. E seus olhos...
Aquelas belas piscinas azuis agora eram vazias... Perdidas. Ele há algum tempo observava o comportamento dela – andando de um lado para outro, olhando para os quatro cantos da cela, sem focalizar nada... Sorrindo chorando... Perdida em pensamentos.
Sete meses...
E ele ainda sentia o coração bater mais forte. Mesmo ela estando daquele jeito.
Espiou o carcereiro.
- Ela está louca?
O homem robusto deu de ombros.
- Não se sabe. Ela fica assim, de vez em quando. Mas logo depois está sentada ereta, pedindo chá... Sabe, ela parece ficar lúcida ás vezes.
- Eu vou entrar.
O carcereiro usou a sua varinha para afastar os fios verdes que cercavam a cela.
Com passos firmes, ele entrou. Aproximou-se da mulher, que ainda não tinha tomado conhecimento da sua presença.
- Katrina?
Ela o olhou... e ele compreendeu o que o carcereiro tinha dito: momentos de lucidez. Aquele era um.
Os seus olhos azuis, assim que o focalizaram, se encheram de uma alegria ingênua. Ela sorriu e se ergueu, jogando-se aos seus braços.
E ele não pode fazer nada, senão abraçá-la.
Katrina choramingou.
- Eu pensei que você não vinha... Três meses...
- Sete.
A sua voz saíra dura, cruel. Afugentou a mulher.
- Sete?
Ela franziu o cenho.
- Sim.
- E você não veio me ver?
Ele desviou o olhar. O anjo estava de volta... e estava magoado.
Mas era exatamente para isso que ele estava lá. Para machucá-la, para dizer toda verdade. Vestiu a sua máscara de frieza.
- Não, eu não vim. Embora tenha que admitir que, se eu soubesse que lhe ver enjaulada seria tão compensador, teria vindo antes.
Os olhos se encheram de lágrimas.
Mentira. Mas tinha que mentir. Ela também mentira para ele. Ela merecia absolutamente tudo o que estava acontecendo com ela.
- Severo...
- Você está presa por minha causa. Eu quis.
Ela recuou mais um passo.
- Mas...
- O traidor existia, Katrina. Ele existe. Sou eu.
- Não! Você era sincero! Você espionava...
- Para a Ordem. Ainda o faço.
Ela avançou para cima dele... Mas segurar as suas fracas mãos que tentavam agredi-lo era bem fácil. Tinha que continuar despejando a verdade, sem piedade... Ela não tivera piedade dele.
- A sua prisão apenas ocorreu por que eu quis, porque eu deixei.
- NÃO! Eu te salvei! Você ia ser preso! Tinha que fugir!
Ele ergueu uma sobrancelha. Fez com que o seu semblante parecesse sarcástico através de um risinho.
- Eu não estava sendo preso. O Auror que fingia me prender era da Ordem. A outra Auror que lhe prendeu também era da Ordem. Se eu quisesse, era só pedir para que eles parassem, e você estaria lá fora, gozando a sua liberdade.
Ela fechou o olho e lentamente recuou na sala, até o canto da parede que estava inicialmente. Sentou-se, abraçando os joelhos. Disse bem baixinho.
- Eu o salvei por um amor que pensava ser retribuído.
Ele sentiu uma ligeira pontada no coração. Estava ficando difícil demais. Tinha que por um fim. Logo.
Ela continuou.
- Você não me amava? – voltou a olhá-lo – nunca me amou?
Não conseguiria segurar a máscara da indiferença por muito tempo. Apenas finalizou a sua visita.
- Adeus, Katrina. Espero sinceramente que você morra e apodreça nessa cela.
E saiu.
XxXxXxX
Ela olhou aquele homem partir sentindo a fúria crescer em seu corpo.
Como ele ousara feri-la? Enganá-la? Usá-la?
Mentir, enganar... Sim, ela tinha o feito, mas não fora por mal.
Ele...
Ele iria pagar.
Sim... Iria.
Ela se vingaria.
- Me aguarde, Severo Snape... Me aguarde!
FIM
XxXxXxX
Acabou.
Agradeço imensamente a vocês que leram e revisaram... Aos que leram eu não revisaram, eu também agradeço, mas naum tão imensamente! HuHAuHAuahuahUAh! Lembrem-se que vcs ainda têm chance de me deixar saber que vcs leram!
Obrigada também à Amanda, que betou essa fic, e à Sheyla Snape, que foi a primeira pessoa que leu e me disse que naum estava tão ruim quanto eu pensava! XD
Continuações? Sim, sim... Duas, na verdade. Uma com a vingança de Katrina e outra com a história de Sevvie e Lucya – embora eu, sinceramente, esteja morrendo de preguiça de fazê-las, e me ocupando com A Outra Noiva do Lobo e com Seres da Noite, minhas novas fics, q vcs vão ler, não? Hehehehe!
Nicolle Snape: Não, naum vai dar pra os dois ficarem juntos! HuHAuHAuAHuAH! Ai, q triste! Tow me odiando por isso! Bjos!
Sheyla Snape: Como foi no concurso? E cadê meu email?
Carol Black: hHAuhauhauhauhauHAuhUah! Ah, mas pense no Sevvie por esse ponto d vista! Faz bem para a pele! HuHAuHAuAhUH! Bjos!
Dark-Bride: Naum! Eles naum ficaram juntos! Q triiiiiiiiiiiiiiiiste! Espero q vc tenha gostado pelo menos um pouquinho! HuHAuHuAHuAhUH! Bjos!
Oracle of Moon: Sim, sim... Último cap! O final! E sim, a biscate de uma figa se ferrou! Hehehehehehe! Bjos!
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