A Lei de Murphy



Capítulo 4

A LEI DE MURPHY

O quarto era lindo.

Ele era dominado por uma enorme cama de dossel – com chamativas cortinas bordadas, que combinavam com a colcha da cama, presas às colunas – e parecia ser confortável e acolhedor, apesar das paredes e assoalho serem de pedra.

Snape atravessou-o até uma porta à esquerda e abriu-a.

- Há um banheiro aqui – disse brevemente. – Você encontrará nele qualquer coisa que necessitar.

Andi foi espiar o banheiro, passando por Snape. E impressionou-se.

Por toda parte havia espelhos e mármore terracota – inclusive nas grossas colunas em estilo romano que ficavam em cada canto de uma enorme banheira rebaixada. Ouro ornamentava as torneiras tanto da pia quanto da banheira. O vaso sanitário e o bidê reluziam um branco brilhante.

Ela voltou para o quarto. Snape estava de frente para um pesado guarda-roupa de carvalho.

- Se você quiser roupas limpas… ou melhor, – ele olhou desdenhosamente para as pernas de Andi – roupas, este armário providenciará tudo que você possa precisar.

Andi espiou o guarda-roupa e, mais uma vez, boquiabriu-se. Pelo menos duas dúzias de belos vestidos de verão estavam pendurados ordenadamente em cabides acolchoados. Observou-os.

Os vestidos de noite eram em seda e tinham cores vivas de safira, esmeralda, rubi… e, para o dia, um algodão macio, o fino e leve. Andi escolheu um vestido longo de seda verde-escura e colocou-o sobre seu corpo.

- E nós devemos nos arrumar para o jantar? – gracejou, em seu mais educado tom.

- Srta. Carver, eu jantarei vestido como de costume – respondeu, rígido. – Você pode vestir o que desejar.

- Ah – ela disse, surpresa. – Nós realmente jantaremos juntos? – A constatação não a deixou imediatamente alegre.

- Assim como me foi instruído, Srta. Carver.

Andi suspirou e pôs o vestido de volta no guarda-roupa. Aquele homem nunca relaxava?

- Ah! – ela disse novamente, subitamente lembrando-se. – Minha bolsa… eu não me lembro de tê-la visto…

- Eu ordenei um dos elfos domésticos a trazê-la ao seu quarto.

- Um do quê?

Antes que Snape pudesse responder, batidas na porta soaram. Andi sufocou um grito quando uma... coisa cinza de meio metro de altura entrou no quarto, esforçando-se para segurar a bolsa que era quase tão grande quanto ele.

Soltou-a no assoalho antes de dar uma pequena reverência e de sair, silenciosamente.

Incrédula, ela encarou Snape.

- Como o diretor lhe preveniu, haverá muitas coisas que você não compreenderá…

- Não é que eu não as compreenda – ela disparou, irritada com o contínuo ar de superioridade dele. – É que eu apenas não acredito no que estou vendo.

Irritada, apanhou a sua bolsa e jogou-a na cama de qualquer jeito.

É fato que a torrada, quando derrubada, sempre cai com o lado em que a manteiga se encontra voltado para o chão… Também é fato que quando a bolsa de uma mulher é derrubada, não serão óculos de sol ou uma inocente bolsinha que será proeminentemente espalhada pelo chão.

A mochila equilibrou-se na borda da cama por uma fração de um segundo antes de deslizar para o chão, esparramando o seu conteúdo pelo assoalho de pedra.

Atirando-se para a bolsa, Andi conseguiu recolher o seu perfume, uma garrafa de água, o seu pingüim da sorte, um paracetamol e – merda – seu romance erótico. Sua escova e – porra – sua caixa de absorventes. Com um pouco de sorte, Snape sequer chegara a notar esses objetos.

O que ela não conseguiu segurar foi um objeto cilíndrico de treze centímetros que caiu no chão e deslizou pelo assoalho, parando apenas quando alcançou a ponta do sapato de Snape.

Andi congelou, apavorada. O mini-vibrador fora uma brincadeira de sua amiga Liz, que a presenteou com ele quando John lhe deu o fora. Era constrangedor, mas Andi tinha que admitir que ele fora bem útil nas longas e solitárias noites que se seguiram ao fora. E agora ele estava lá, aos pés daquele homem.

Ele olhou para baixo e inclinou-se para pegá-lo, lentamente. Olhou de esguelha para o letreiro dourado estampado de um lado do couro cor-de-rosa, estendeu-o para Andi, enquanto o canto de sua boca curvava-se ligeiramente.

Ela pegou-o, sentido o rosto corar.

- Obrigada – ela disse firmemente, enfiando o objeto em sua bolsa.

- Aparentemente o Diretor teve a impressão que você possui problemas com direções. Você acha que conseguirá achar o caminho de volta para os meus aposentos para o jantar, às 20h pontualmente? – ele disse sarcasticamente.

- Sim – Andi respondeu rapidamente, tentando manter-se ocupada com a bolsa para evitar o olhar dele; seu rosto ainda estava vermelho.

- Como são apenas a três portas de distância, parece bem pouco provável que você se perca…

- Eu ficarei bem – disparou. – Tentarei não me atrasar.

- Vinte horas, então – ele disse, caminhando até a porta e abrindo-a; e voltando-se para ela. – Ah, eu talvez deva lhe alertar: artefatos trouxas não funcionam em Hogwarts…

XxXxXxX

Reviews, por favor!

Bjus para a Lara, que betou mais esse cap! E, claro, bjus para Lulu-lilits, Olívia Lupin, Shey e Lois, que revisaram!

Aliás, prazer em lhe ter d volta como leitora, Lois! E eh melhor ler na língua-mãe, msm, Lulu-lilits! Pode continuar comigo! Heueheuheueueh!

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