ovelha negra



Ovelha negra
Rita Lee


Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra e água fresca
Meu Deus quanto tempo eu passei
Sem saber


"Tudo sempre fora muito fácil para mim. até entrar para Hogwarts.Agora, era para eu estar fazendo o sétimo ano. Mas com Voldemort de volta, e depois de todos os acontecimentos na própria Hogwarts... não havia Hogawarts ou qualquer chance de um diretor tão estimado quanto Dumbledore para acolher a todos. E depois... A única coisa que pude me arrepender foi de ter ajudado Malfoy a fugir. Escondi esse fato de todas as maneiras que pude. Se ele ou Snape fossem pêgos seria o fim. Não acho que Dumbledore possa ter se enganado em confiar em Snape. Parece estranho isso me ocorrer, afinal Ginevra Weasley, Grifinória... acreditando naquele morcegão... é de se espantar. Como dizia, Dumbledore... esse nunca o vi se enganar. Só quando se tratava de um sabor de Feijõezinhos De Todos Os Sabores. Julgo que ele sabia que algo como isso poderia acontecer. e sabia que se Malfoy fosse com Snape, provavelmente seria útil. espero não ter errado. A culpa me consumiria, mas eu esperava de todas as maneiras ter feito algo certo. Além de ter me separado de Harry. foi algo bom, mas entendi que no momento, tudo que se aproxima dele, parece ter um destino trágico logo. Estou com a Ordem e o trio no novo esconderijo da Ordem. Harry erdou tudo dos Black, mas parece que aquele elfo asqueroso não estava muito disposto a ajudar."

Batidas na porta do quarto. e uma voz ecoa no quarto enquanto a porta se abre.
- Ginny, você está acordada? - a voz de Artur parecia séria. Ginny sabia que algo de novo eles deveriam saber, depois de mais essa reunião da Ordem. a pequena Weasley saira do quarto acompanahando seu pai que não dera uma palavra a mais. Nem mesmo sobre o que poderia ser o assunto que queria falar. Quando todos estavam finalmente reunidos na sala, um homem que ginny sabia que já havia visto no dia da morte de Dumbledore chamou sua atenção. E então ele fala:
- como já disse antes, repito: Malfoy e Snape só conseguiram fugir pois esta garota os ajudou! ela nocauteou 2 aurores enquanto levava-os para uma saída secreta do castelo! - Ginny congelara ao ouvir essa declaração. ela não esperava que qualquer um deles pudesse ter se lembrado de algo. Ela naõ sabia mais para onde olhar.

Foi quando meu pai me disse filha
Você é a ovelha negra da família
Agora é hora de você assumir
E sumir


a única coisa que conseguira fazer foi correr daquela sala. Seus pais, amigos, familiares, todos que se encontravam naquele cômodo pareciam atônitos, com raiva, ódio ou mesmo sem acreditar. e ela não conseguia acreditar nas palavras que seu pai acabara de dizer.

Baby baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar


enquanto corria sem saber onde ir, um aperto no peito a consumia, junto com um turbilhão de pensamentos que nada faziam a não ser questionar sua fé em Snape, Malfoy, principalmente Dumbledore, e se fizera a escolha correta. de tanto correr, fora parar em uma cidade. parecia abandonada. chegar naquele esconderijo fôra fácil... mas não tinha corrido pelas redondezas ainda para saber onde ficava. e se fosse uma aldeia bruxa, não haveria tantos carros. Resolvera fugir dali. Quem sabe sumindo não descobriria se tudo que fizera fôra certo.

Baby baby
Não vale a pena esperar, oh não
Tire isso da cabeça
Ponha o resto no lugar


Com o polegar acenando de maneira a pedir carona na estrada, Ginevra vê uma moto(daquelas com espaço para 'carona') parar. Uma velhinha ao volante, cabelos bem prateados, . A ruiva perguntou esperançosa, olhos com lágrimas que não devem ter sido notadas dada à obscuridade que a noite trazia na estrada:

-Está deixando a cidade?

-Estou. Para onde você vai?- Ginny pensa "não faço nem idéia! só quero sair daqui!"
-ah... pra aquela direção mesmo.

Ela sobe na moto e depois de uns quilometros de silêncio. resolve perguntar:
- Então... para onde você vai?
-ah eu estou atravessando o país,eh... como se chama?
-G--Gabriele
-Prazer, Gabriele, chamo-me Muriel.

Após dois dias de viagem, Ginny decide-se por ficar na última parada. pois não poderia seguir para sempre como caronista de Muriel.

Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra e água fresca
Meu Deus quanto tempo eu passei
Sem saber


Conseguira um lugar para viver, um emprego, já haviam 8 meses que se afastara do mundo bruxo. mas as notícias não paravam de vir, sempre chegava algum jornal de fora da pequena cidade que vivia Na Cornuálha. (N/A: agora vamos fingir que Restormel é uma cidade pequeeena e que a Cornuálha é um lugar que não tem 146 habitantes por km², mas menos que isso, ok? ;]). Restormel lhe fora acolhedora. haviam 4 em que não pensava no ocorrido na noite em que sue pai a desprezou.

Foi quando meu pai me disse filha
Você é a ovelha negra da família
Agora é hora de você assumir
E sumir


A guerra se alastrara por todos os cantos, agora parecia estar chegando ao fim. De qualquer maneira, nas cidades Vizinhas já se ouviam falar de acontecimentos estranhos, mortos, gente sem memória. A mais nova dos Weasleys não tinha idéia de como isso não chegara a Restormel ainda.

6 meses depois, numa tarde enquanto trabalhava no pequeno armazém que a empregara, vira uma imagem de encapuzados no jornal, não era possível ver quem poderia ser, mas ela sabia que deveria ser ou um comensal ou um auror ou um qualquer, apesar da matéria ser sobre o estranho acontecimento que acontecia nos arredores. Aquela matéria lembrara-lhe do dia de fuga. Sua fuga. Ignora a reportagem.

uns meses depois, durante o trabalho na loja, ela vira-se de costas para a porta do estabelecimento e enquanto limpava o balcão, um estranho entra e pede por ataduras. Sua voz lhe soara tão familiar que não pode segurar suas lágrimas.

- DESGRAÇADO! FOI TUDO SUA CULPA, MALFOY!!! EU VOU ACABAR COM VOCÊ, ASSIM COMO VOCÊ ACABOU COM TUDO EM QUE EU ACREDITEI!! - sem se conter, ela gritava para o homem de feições marcadas que acabara de entrar. O cabelo era castanho e o rosto tinha feições marcadas que não o lembravam em nada, mas ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar, aquela mesma voz que lhe pedira por misericórdia quando ela tinha uma varinha apontada para a direção dele e de Snape. a mesma voz que ressoou em sua mente e a fez pensar que poderia estar fazendo algo certo.


E sacando a varinha de um bolso secreto da calça, bolso esse desconhecido por qualquer um que tivesse conhecido-a desde o primeiro dia que pôs os pés naquela cidade, ela avançara em cima do estranho, deixando todos atônitos.

Colocando-se a postos também, malfoy dizia de sua forma desprezível usual:
- Quase não a reconheci, Weasley. Pensava que talvez você tivesse morrido já. Pelo menos é o que todos pensam.

Parando antes de o atacar. ela se sente fraca, impotente. e largando a varinha, ela só desejava que ele a matasse ali mesmo. afinal, sendo ele um comensal idiota de sempre, nada restava a ela a não ser morrer... e a ela, completar o que todos achavam.

-termine logo isso, Malfoy... - dizia ela ainda em lágrimas.
e olhando e olhando entediado para ela, ele fala para o dono do estabelecimento que ainda estava parado boquiaberto.
- Há algum lugar que eu possa falar com ela a sós sem que seja do lado de fora da loja?
-s-sim. vocês podem se falar subindo as escadas na minha casa. e deu as chaves ao estranho.

Baby baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar


-vamos, Weasley.
sem resposta.
-Mas será possível, Weasley! Você já trabalha e não tem dinheiro pra se alimentar ainda?!
revirando os olhos e ainda sem resposta ele começa a puxá-la para as escadas pelo pulso, enquanto resmungava:
-vocÊ costumava ser melhor quando me respondia, até mesmo quando te ofendia. ela ainda estava de maneira catatônica. naõ reagia a nada e tudo que tinha em mente era a cena do último dia em que estivera com seus pais e amigos bruxos. dia esse em que o único olhar que deram-lhe não foi compreensão, nem mesmo esperaram que desse explicação.

Baby baby
Não vale a pena esperar, oh não
Tire isso da cabeça
Ponha o resto no lugar


-você já acabou comigo, não há o que falar, Doninha.
- Lógico que há. tem uma penca de ruivos me ameaçando de morte caso eu não ache você. já que a guerra acabou e você não fez nada errado. é preciso que você esqueça tudo isso.
- Está me dizendo que Voldemort está... morto?
- É o Santo Potter salvou o dia novamente, feliz? agora você poderá correr aos braços dele.
- ha-ha-ha! está louco? eu não pretendo sair daqui.
- e sua família?
- família que me renegou ao menor sinal. bela família. - para um momento e nota os cabelos castanhos que antes eram loiros e o rosto diferente.- Malfoy, que houve com sua aparência? renegou a sua família? e o VeelaPower?

A cara dele que antes se contorcia em um sorriso sobre a constatação de família dela. fechou-se. Com um aceno desfez o feitiço de disfarce.
- não, idiota. eu disfarcei o rosto e os cabelos para evitar ser reconhecido. Ainda há alguns comensais foragidos.
- e como você me achou?
- digamos que durante a busca por você, eu esbarrei por uma velhinha um pouco senil que quase esqueceu-se de que já tinha feito a viagem pela Inglaterra. E estava obstinada em refazê-la.
- e isso de ataduras?
-... temos um ferido na sala. eu encontrei um comensal. - disse cansado.
- deixe que eu cuide disso.
- não precisa- falou orgulhoso, não queria dever mais a ela do que já devia daquela vez.
- deixe de besteiras onde está machucado?- falou apontando a varinha para ele ameaçadora.
- vocÊ pretende me curar ou me matar e vez? - falou o novamente loiro enquanto estendia o tornozelo. este não sangrava muito.
- só isso?
- eu sou um bruxo bom no que faço! isso foi um descuido!!!
- achava que fosse algo maior... - fala a ruiva divertida enquanto curava o ferimento com um feitiço.

curado ele levanta-se e diz:
- Você vai esquecer tudo isso e vai me acompanhar para as coisas irem ao seu devido lugar?

com um pequeno sorriso nos labios ela diz:
- me espere que já vou.- E desceram as escadas da casa chegando à loja. Ela se despede de todos da cidade e vai com Draco encontrar seus pais.

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N/A: Fim. xD é a primeira fic. tinha outras idéias de fic antes, mas nunca consegui materializá-las adequadamente. aí a idéia veio enquanto eu ouvia a música da Rita Lee. resolvi inaugurar com songfic, assim é mais fácil. :]
é meio angst pois eu tava sem um humor apurado pra piadas hoje, então nada vinha à cabeça e é meio tristinha. mas como não gosto de final infeliz. botei um final bonitinho. :] não é beeem um romance pois não rola nada entre o draco e a Ginny, mas eles são os focados e ela é a principal aqui. espero que tenham gostado. não betei isso ainda. se alguém achar algo, avisa! ok?
como dizem: R&R: Read and Review. xD
bye.

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