Quites



Capítulo 11 - QUITES
Música tema:
Sunday Morning – Maroon 5



Clouds are shrouding us in moments unforgettable
(As nuvens envolvendo-nos num momento inesquecível)


As folhas das árvores agitavam-se, o céu nublara-se. As nuvens estavam baixas, no mar formava-se uma neblina. Harry correu até Hermione e a pegou no colo, ela tentava soltar-se dos braços dele, mas estes eram muito mais fortes.

In darkness she is all I see
(Na escuridão ela é tudo que vejo)


- Harry! Solte-me! Podem nos ver! – dizia, agitando-se em seus braços.

- E daí? Senhorita esperteza! – disse, sorrindo vitorioso. Ele fechou os olhos, respirando profundamente.

- Você vai nos derrubar! – insistia Hermione, observando a bela face do moreno

- Eu enxergo com nosso coração... – disse de súbito. Abriu os olhos, Hermione o olhava com os olhos marejados.

Fingers trace your every outline
(Dedos contornam cada traço seu)


Harry, ao ver uma lágrima lhe escapando, a colocou de pé no chão e passou um dos dedos pelo rosto dela, limpando a gota. – Mione...

Paint a picture with my hands
(Pintando um retrato com minhas mãos)


- Você faz feliz meu coração... – disse, abraçando-o. Ron aparecera, chutando a areia, os dois se soltaram quando o viram, mas ele parecia não ter notado nada de anormal no casal de amigos.

– Eu vou entrar, preciso mandar uma carta para meus pais... – disse Hermione, sorrindo.

Back and forth we sway like branches in a storm
(Para frente e pra trás nós oscilamos como galhos numa tempestade)


- Tudo bem. – disse Harry. Ron vinha andando até ele, tinha um sorriso nos lábios e um olhar brilhante.

Os dois estavam lado a lado, observavam dois coqueiros com muitos metros e os cocos no alto deles. Trocaram um olhar significativo e então saíram correndo, em direção ao coqueiro, cada qual tentando subir em um.

Harry subia até um pedaço e escorregava, enquanto Ron tinha sucesso na escalada, estando quase no topo. O moreno, enraivecido, começou a balançar o coqueiro que tentava subir, mas não viu quando Malfoy aparecia por ali, chacoalhando o coqueiro, acabou tendo sucesso, derrubando dois cocos, mas um deles caindo na cabeça do loiro. Ele cambaleou para trás, caindo como uma pedra no chão, estatelado. Ron que havia subido até o topo e arrancado dois cocos, descia. Harry olhou assustado para trás, vendo o loiro caído no chão, mas ao perceber que ele tentava se levantar, suspirou aliviado.

- O que o Malfoy ta fazendo aqui? – questionou Ron, depois de estar em chão firme.

- Uma longa história... – disse Harry, se aproximando do loiro, observando-o de cima. – Ei! Nem pense em roubar esse coco! Ele é meu! – disse Harry, rindo sem parar, pegando os dois cocos que havia conseguido derrubar.

- Eu ainda consegui subir! – disse Ron, ignorando Malfoy, que colocava uma mão na cabeça e reclamava sem parar.

- Realmente, Ron, suas habilidades ‘macacais’ superaram as minhas... Parabéns! – disse, cumprimentando o amigo. Os dois deram as costas e saíram dali, deixando um Draco vermelho e enraivecido.

Os dois andavam pela praia a procura de alguma pedra, para poderem quebrar os cocos.

- Pelo menos nisso sou melhor que você... – disse, resignado. – Ou me mataria... – Harry gargalhou.

- Precisamos achar algo pra quebrar isto... – disse, olhando em volta.
Entraram na floresta, a procura de algo afiado.

A floresta, em vez de ser densa e fechada, aos poucos se abria deixando um cheiro doce e forte de flores. Talvez fosse o vento, talvez algum jardim perdido. Harry viu ao longe, uma grande pedra. Os dois foram aproximando-se.

- Lugar estranho... – comentou Ron, olhando em volta, alarmado. Se alguém visse Harry agora, acharia que era um louco, pois ele batia o coco na pedra com toda a força possível, fazendo-o se quebrar, e se virar para não deixar a água cair. – Cara, eu vou buscar uns copos... – disse, Harry assentiu, enquanto tomava a água, se perguntando o porquê de Ron pegar copos.

As narinas de Harry pareciam se encher do cheiro de flores, fazendo-o andar, como se estivesse em transe, pela floresta, com as árvores cada vez mais afastadas.

Ele pisou em algo macio e a sensação de transe, passou. Ele lentamente começava a afundar. Tentou sair, mas não conseguia se mover, afundando mais rápido, conforme fazia movimentos bruscos. Parou, respirava ofegante, olhando para baixo, viu a areia movediça, o engolindo.

Poderia ter se desesperado, mas ouviu ao longe, um assobio, talvez Ron estivesse voltando. Precisava gritar, já que ele deveria ter andado uns bons metros.

- SOCORRO! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! – gritava desesperado. O assobio parou, seu coração estremeceu. Poderiam tê-lo ouvido. E como se Merlin o tivesse escutado, apareceu entre as folhas, um loiro. – AH, NÃO! DE NOVO, NÃO! – gritou, ao ver que era Draco.

O loiro deu a volta na areia, assobiando, e fingiu não notar o desespero de Harry.

- Ai, ai... – resmungou, ao passar a mão pelo galo na cabeça.

- Malfoy... Você vai ter que me salvar... – o loiro o ignorou, virando a cabeça para cima, a fim de fitar o céu. Harry irritou-se. – Oh seu loiro burro, se você me salvar nós ficaremos quites! Lembre-se, eu salvei sua vida... – Draco continuava olhando para cima.

- Acho que vai chover... – reclamou. Harry ficava cada vez mais vermelho, estando até a cintura coberta de areia.

- O que você ta esperando? Ei, me tire daqui! – bufou o moreno, irritadiço.

- Eu tenho mesmo que fazer isso, não é... – disse, dando a volta.

- O que você pensa que vai fazer? – interrogou Harry, ao ver Draco remexer em alguns arbustos.

- Salvar sua vida, idiota. – respondeu. Pegou um pedaço de cipó, jogando uma das pontas para Harry, o puxando com força.

Quando já estava fora, e tirando as areias das pernas, Ron apareceu.

- Malfoy, você salvou minha vida! – disse Harry, sarcástico.

- Que diabos houve aqui? – indagou Ron, olhando-os desconfiado.

- Se você pisar ali, chega ao paraíso! – disse Draco, arregalando os olhos e limpando as mãos no calção que usava.

- Não acredite nele, Ron, é areia movediça! – disse Harry, estupefato. Ron arqueou as sobrancelhas.

- Vamos sair daqui, eu trouxe os copos. – disse dando meia volta. Harry o seguiu até a pedra em que havia deixado os cocos. Ron encheu dois copos, havia quebrado um dos cocos na pedra. De repente, percebeu que Malfoy os olhava.

- Ei! Me da um pouco! – disse o loiro, aproximando-se.

- Nem pensar! – disse Harry, puxando o copo para si.

- Você deixou um desses cair na minha cabeça! Eu tenho direitos sobre ele! – disse, tentando aproximar-se.

- Se você me deixar quebrar ele na sua cabeça, eu te deixo tomar. – concluiu Harry.

- Porque não quebramos na sua? Você já tem a testa rachada, mesmo! – riu Draco.

Harry olhava-o querendo matá-lo, pegou um dos cocos que não haviam quebrado e o lançou contra o loiro, este se abaixou em tempo de não ser atingido, mas ao contrário do que o moreno pensava, Draco virou-se e pegou o coco, saindo correndo dali.

- EI! VOLTE AQUI, OXIGENADO! – gritou Ron, vermelho. – Cara, o Malfoy ta estranho... Ele nunca tocaria em algo que você tivesse pegado... – disse o ruivo, refletindo.

- O sol deve ter fritado os miolos dele... – disse, dando de ombros.

- E ele ainda fugiu com aquele coco! Ah, eu vou atrás dele! – Harry segurou o braço do ruivo.

Change the weather still together when it ends
(Muda o tempo e nós continuamos juntos no final)


- O deixe ir, assim não nos importuna. – disse Harry, ainda irritado. – vai ficar ai? Eu vou levar pra Mione, faz tempo que a deixamos sozinha. – disse pegando os pedaços do fruto, comendo a parte de dentro.

Ron pegou o outro coco, ainda inteiro, e o quebrou, colocando a água em um copo, seguindo Harry depois.

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N.A.: Postando super-rápido. Espero que gostem!
Agradecimentos: a Lily Black, a ***Angel*** Biby...Gaby_Potter e a Kiiita_Potter. :*********** Vocês são uns amores!

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Comentários (1)

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