A Casa Na Floresta
Cap.10 _A Casa Na Floresta
Harry prendeu seus olhos nos lábios da mulher ao seu lado, que inocentemente passou a língua sobre eles. Ele imaginava como eram macios e convidativos.
_Pare de me olhar assim, Harry. – ele sorriu, encostando o carro a beira da estrada e por um momento a olhando.
_Eu não estou olhando para você. _diz fazendo-a balançar a cabeça.
_Você é doido.
_Sabe qual é o seu problema? – questiona abrindo a janela pra entrar ar.
_Não, Harry, eu não sei...-fala lentamente.
_Você esconde os sentimentos.
_O quê?! – pergunta virando-se pra ele.
_Esconde, esconde, sabe? Coloca uma máscara em cima deles e os oculta.
_Hum... Esse é o seu lado psicólogo vindo a tona, Sr. Sensível? – pergunta ela em tom mordaz.
_Você quer ver como o Sr. Sensível está certo?
_E se eu disser que… – começa movendo as sobrancelhas num tom sugestivo.
O moreno não esperou que ela terminasse a frase. Aproveitando a boca dela entreaberta, ele começou um beijo profundo e explorador. Segundos depois, ela o afastou arfante.
_O que… você está …pensando? -a procura pelo oxigénio fez com que as palavras dela saíssem entrecortadas.
_Apenas queria provar minha teoria. - falou sorridente.
O tórax dele subia e descia à procura de golfadas de ar.
_Devia a ter provado com outra pessoa.
O moreno lançou um olhar maroto para ela.
_Bela camisa, Hermione, eu nunca tinha percebido o quanto ‘elas’ são bonitas.
Ela não respondeu nada, apenas botou o terceiro botão da camisa. Era embaraçante estar ali, ouvindo aquelas palavras.
_Não precisa ficar envergonhada. Não são assim tão pequenos e são bonitos. _diz sorrindo.
Hermione arregalou os olhos e fechou as mãos desferindo um golpe nas partes baixas dele. Harry gemeu de dor, prendendo um grito, sentindo-se obrigado a encostar a beira da estrada.
_Idiota! – exclamou sarcástica. Ao observar as lágrimas que se formavam no canto dos olhos do moreno, acrecentou. _Desculpe...
_É a segunda vez que faz isso. Eu vou ficar surpreso se depois disso ainda pudermos fazer um irmão pra Lily.
_Se pudermos? Espero que não esteja me incluindo na baboseira que acabou de falar.
_Estou sim. Tem ideia de como um soco desses dói? As partes baixas de um homem são muito sensíveis, Hermione! E se você ainda considerar os trajes em que estou isso não ajuda... O tecido destas calças não absorve em nada a força...
_Eu já pedi desculpas... Não precisa estar dando continuidade a esse assunto.
_ Claro, não doeu em você! E essas desculpas não aliviam a dor.
_Oh, Deus! -ela fechou os olhos, encostando a cabeça sobre a mão direita.
_Hermione! Você não vai dormir e me deixar aqui falando sozinho, não é?
_E o que sugere que eu faça? Você só diz disparates, deixa eu conduzir, quero sair logo daqui.
_Não, eu faço isso.
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_Então é este o tão bem falado ‘restaurante da primeira vez’? -pergunta Harry estacionando o carro no parque do restaurante.
_Eh, tem um elevado valor sentimental, tanto pra mim quanto pra Julian.
_Como?
_Nada. -fala pronta pra abrir a porta, tentou mais uma vez e nenhum sinal de porta aberta. Desistiu e voltou a encará-lo. _Abre a porta. - a voz soou calma.
_Não sem me disser o que já aconteceu ali. -pergunta apontando pra o local com a cabeça.
_Nem pensar. Isso é algo privado.
_E desde quando você já tem segredos com Julian?
_Hum…acho que…bom, praticamente desde que o conheci. Agora, abre essa porta. - exigiu ela.
_Lily assistia a esses encontros sem graça?
_Não, por vezes você até nos fazia um favor, quando ficava com ela um tempinho e como por magia Julian aparecia e aí…
_Chega, chega, não quero ouvir mais nada.
_Oh, que pena, se eu te relatasse um pouquinho desses encontros, você ficaria chocado. E acredita, eles não eram sem graça, muito pelo contrário. Só pra matar sua curiosidade de vez, foi naquele restaurante que eu e ele nos beijamos pela primeira vez. E quanto mais tempo me manter aqui, mas demorará pra irmos buscar Lily. – fala seriamente, e nisso ele destranca as portas.
Os dois caminharam em passos lentos até a porta sem proferir mais nenhuma palavra.
_Onde está ‘o seu mais que tudo’?
_Não sei, deve estar a aparecer.
_Tstststs…já viu? Se eu não viesse, você estaria aqui sozinha olhando este ambiente deprimente.
_Quem sabe se não seria melhor ter vindo sozinha.
_Harry? – chama uma voz feminina atrás dele.
_Melissa? – pergunta mirando a mulher que agora estava entre ele e Hermione, beijando-o no rosto.
_Uau…Não me lembro de você tão…gostoso desse jeito. - sussurrou essa última parte bem próximo do ouvido dele. _Que acha de irmos tomar alguma coisa?
_ Lamento, mas isso terá de ficar pra outro dia. – retruque Hermione firmemente olhando de alto a baixo pra a mulher que ainda abraçava Harry. Uma morena um pouco mais baixa que ela, de olhos claros e roupas insinuantes.
_Um copo, Hermione, enquanto esperamos por Julian. – insiste ele.
_Eu não arredo os pés daqui. -ao ver Melissa arrastá-lo, continuou. _ E pensava eu que Lily era mais um importante do que qualquer vadia. – o que Hermione acabou de falar fê-lo parar.
_E é. – fala aproximando-se dela.
_Então não me faça duvidar e fica aqui.
_Harry, você vai ficar mesmo? – pergunta Melissa irritada.
_ Sim, ele tem razões muito maiores de que o seu cérebro é capaz de compreender. -responde Hermione.
_Melissa, lamento mas não vai dar, talvez outro dia…-começa Harry sendo logo interrompido pela morena.
_Não vai haver nenhum outro dia, esqueceu que agora tem responsabilidades? -pergunta virando-se pra Harry.
_Não, esqueci não.
_Então, dispensa-a.
_Vai mesmo fazer isso?
_Meu bem, responsabilidades é coisa que nós temos, ao contrário de você. – responde a morena novamente.
_Você é namorada dele pra estar falando sempre?
_Não, sou namorada não. Sou muito mais que isso, sou a mãe da filha dele. – despeja contente com o ar de surpreendida dela. _Ora…ora, Harry, você não contou pra sua ‘amiga’ que tínhamos algo em comum?
_Eu já não a vejo faz anos. -fala encarando Hermione. _Olha ali o Julian. –diz apontando pra a porta.
_Harry…-começa Melissa.
_Cala a boca, não vê que temos um assunto familiar pra resolver? Adeus.
_Hei…espera…-fala com intenção de ir atrás dela e sendo seguro por Mione.
_Vai e não volte mais. -pronunciou Hermione alto, chamando a atenção das pessoas presentes no local.
_Porque fez isso tudo?
_Porque ela estava dando em cima de você, ora…
_Ciúmes?
_Aff…me poupe, tirei você das garras dela e nem sabe me agradecer.
_E quem falou que queria sair?
_Ops…desculpe, da próxima me avise com antecedência.
_ ‘E pensava eu que Lily era mais um importante de que qualquer vadia.’ – fala interpretando a voz de Hermione. _E você que anda com aquele pentelho?
_Julian é diferente não vem pra cima de mim dizendo coisas indecentes e passando a mão por onde não deve. E aliais onde está ele?
_Estava gozando, pra ver se parava com aquela implicância toda. -fala enquanto ela observava a saída do restaurante.
_Vamos. -diz encaminhando-se pra a porta.
_Pra onde? – pergunta seguindo-a.
_O meu ‘mais-que-tudo’ está ali.-diz antes de chegar perto de Julian que acabara de entrar.
_Hermione, desculpe o atraso. Eu estive acabando aquilo que te prometi.
_Achou o local?
_Sim, vamos até minha casa pra eu te dar um mapa.
_Ok.
_Espera aí, porque não trouxe o mapa.
_Porque se eu o imprimisse demoraria ainda mais tempo pra estar aqui.
_Pensou que ela viria sozinha, não é? Pode voltar pra ir buscá-lo que a gente não se importa de esperar aqui. -fala Harry.
_Pára com isso, nós vamos contigo.
_Ta, mas você vai no meu carro.
_Porquê? -perguntaram Julian e Hermione em simultâneo.
_Ora, meu amor…como você mesma falou a uns minutos atrás, assunto de família. -fala pegando-a na mão e encaminhando-se pra o carro deixando Julian espumando de raiva.
**********Chegando lá**********
_Vamos lá em cima? - pergunta pra Hermione que acaba concordando. _Fique a vontade. -fala pra Harry.
Os dois seguiram um corredor, acabando por entrar num quarto, onde havia um armário no canto, várias prateleiras com livros, cd’s e dvd’s e numa secretária havia um portátil.
Pouco depois ele imprimiu um mapa e entregou pra Hermione, que se encaminhava novamente pra a saída.
_Hermione. -chama fazendo parar e encará-lo. _Já teve ou tem algum caso com o Potter?
_ Er…Não…Sim...
_No que ficamos?
_Mais ou menos…sim, mas foi há muito tempo e portanto, eu já não gosto dele…
_Então porque ele continua a te tratar por aqueles apelidos e sempre fala em ‘assunto de família’?
_No fundo, acho que Harry nunca conseguiu superar o fato de eu ter acabado o nosso namoro…
_Porque acabou?
_Porque descobri que ele não é homem suficiente pra mim.
_Eh, concordo, você merece muito mais. – fala encostando-a na porta.
_É. -fala sentindo-se incomodada com a aproximação dele. _Julian, é melhor eu ir andando…
_Não quer ficar mais um pouco?
_Vocês não acham que estão aí tempo suficiente pra ter esse maldito mapa na mão? -vocifera Harry do outro lado da porta.
_Já vai. -grita Julian. _Tenho hipóteses ou não?
_Talvez…-pela primeira vez ela sentiu falta de Harry naquele momento. _Melhor conversamos mais tarde, eu tenho de ir buscar Lily.
_Eu faço questão de acompanhá-la.
_Desde que não entre em nenhum conflito com Harry, por mim tudo bem.
_Vou tentar. –fala dando espaço pra que ela girasse a maçaneta e abrisse a porta.
_O que estiveram a fazer aí durante esse tempo todo? -pergunta olhando Julian de esguelha.
_O mapa. -fala Hermione balançando a folha na mão. _Eu vou telefonar pra Gina e Draco indicando o local.
_Ele não vem não né? -pergunta Harry apontando pra Julian.
_Vem.
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Harry e Hermione iam a frente enquanto Julian estava no banco de trás.
Andaram dez quilómetros a uma velocidade louca numa estrada de terra, esburacada, cheia de lombas e pedregulhos.
Julian ia pálido, com os músculos contraídos, agarrado á pega lateral com tanta força que já lhe doía o braço. Também estava a ficar enjoado com tanto balanço. O carro não deslizava: balançava, saltava e voava. Era como se estivessem a andar de carro, barco e de avião mesmo tempo.
_ Está se sentindo bem? – perguntou Harry que ia a conduzir.
_Não, não. Olhe para a estrada.
A estrada já não era uma estrada, era caminho e entretanto embrenhou-se num bosque cerrado e passou de caminho a trilho ou carreiro. Para onde iriam eles?
_E agora? -gemeu Julian. – Não podemos avançar, isto já não é caminho…
Harry limitou-se a abrandar. Os ramos das árvores batiam nos vidros e não podiam avançar mais a grande velocidade. Mesmo assim não reparam no lamaçal imenso e o Mercedes enterrou-se até no meio dos pneus. Quanto mais o moreno tentava arrancar, mais eles se enterravam. Estavam bloqueados.
Julian foi o primeiro a sair e enfiou um pé na lama, enraivecido, começou a dizer disparates. Enfiou o outro pé e com dificuldades conseguiu alcançar a berma, onde a terra estava mais seca, e analisou a situação:
_ Estamos ferrados. Nunca mais sairemos daqui.
_Temos de sair. Se quiser, pode voltar pra trás. -responde Harry.
_Como sairemos daqui então?
_Não sei, mas está vendo aquela luzinha ali longe?
Via-se uma luzinha de fato quando chegou mais perto dividiu-se em duas e continuou a crescer até parar a meio metro deles.
Eram os faróis de um carro, outro jeep. Vinha lançado, mas o Harry saiu e pôs-se no meio do caminho a agitar os braços e o carro parou repentinamente.
_Que sorte! -suspirou Julian. _Pensávamos que não passava ninguém por aqui…-disse o moreno confiante. Mas o/a condutor/a não estava virado/a pra o problema deles.
_O que estão fazendo aqui? Onde iam? – pergunta um homem loiro, mais ou menos da altura de Harry.
_ Nós? Íamos pra…Acho que trocámos a estrada e nos perdemos. Se nos rebocar, temos ali uma corda.
_Como? Acha que tenho cara de reboque? –pergunta indisposto.
_Por favor. – pediu Julian.
_Aff…Saiam da frente. – disse o homem. Fez o jeep recuar e depois avançou pelo lado, calcando silvas e mato. Parou à frente deles e meteu a cabeça fora da janela. _Fiquem descansados, se eu não esquecer, telefonarei pra a emergência dizendo que vocês estão aqui. – fala antes de arrancar o carro.
_Obrigadinho…-disse Julian muito alto, já o jeep se tinha apagado em direcção a cidade. _Custava rebocar-nos?
_Uau…será que vocês têm algo chamado: cérebro? - falou Hermione pela primeira vez enquanto olhava o mapa, ao ver a cara de interrogação de todos, terminou. _A gente tem varinhas, esqueceram? Dispensavam ter feito aquela cena toda.
_Não acredito que nos esquecemos disso. -disse Julian voltando a colocar o pé na lamaçal pra ir buscar a dele, iluminando com ela o local. Todos imitaram esse gesto dele.
_É por isso que te amo. – fala Harry indo de encontro com ela pra beijá-la no que ela desvia o rosto.
Pouco depois tinham conseguido arrancar o veículo do lamaçal e prosseguiram.
Afastaram-se mais e foi então que Hermione viu, muito longe, uma coluna de fumaça saindo do meio de árvores.
_Há fumaça ali! – exclamou chamando a atenção dos outros.
_Não há fumaça sem fogo. Ou estão fazendo ali uma fogueira o que acho meio estranho ou encontramos o local que queríamos.-disse Harry.
_Agora é melhor irmos a pé. – declarou Hermione. _Pra não darmos nas vistas.
Depois de esconderam o carro no meio das silvas, saíram do carro e avançaram os passos. Seguira, um caminho do sítio onde subia no ar a coluna de fumo e acabaram por chegar a uma pequena clareira onde havia uma mansão. Era da chaminé dessa casa que saía a fumaça.
_Melhor ficar aqui. -fala Harry pra Hermione.
_Nem pensar. Eu vou.
_Vamos. –corrigiu Julian.
Avançaram cautelosamente, a coberto da vegetação e espreitaram por uma janela da sala do andar debaixo.
Não viram ninguém lá dentro, do local onde estavam só viam a sala.
Onde estariam Doholov e Bellatrix se não havia luz acesa e nem se ouvia nenhum ruído? E de onde vinha a fumaça que continuava a sair pela coluna?
_Vou tentar entrar…-sussurrou Harry. _Quero ir ver lá em cima, nos quartos.
_Eu vou contigo e nem adianta reclamar. – disse a morena terminantemente ao ver ele preparando pra falar algo.
A porta estava trancada, mas uma das janelas podia abrir-se facilmente pelo lado e foi por aí que entraram.
_Eu fico aqui. – falou Julian. _A cozinha deve ficar por aqui, talvez seja lá a origem da fumaça.
Enquanto isso, Harry, Hermione deslizaram até ao andar superior. Pouco depois apareceram no cumo das escadas abanando a cabeça, não havia ninguém no andar de cima.
Julian continuou a procura no andar debaixo, passando minutos depois pra o de cima, enquanto Harry e Hermione desceram, virando num corredor a direita.
_Estou sentindo o cheiro da fumaça. E acho que vem daqui. -disse a morena ajoelhando-se, afastando o tapete persa e analisando a madeira quadrada no chão. Bateu levemente na madeira e pouco depois constatou: _Isto é uma cave, de certeza.
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Ao ouvir um barulho Lily apagou a pequena fogueira que tinha feito com um jarro de água que havia ao lado do colchão e escondeu um isqueiro que encontrara uma vez na cozinha.
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Depois de abrirem a porta que dava acesso a cave, desceram vagarosamente pelas escadas em caracol que conduziam à cave.
"Ela é linda...", ele pensava enquanto subia os olhos pelo corpo da morena que andava a sua frente.
_Harry, o que está fazendo? -pergunta parando bruscamente.
_Hã, o quê?
_Espero que se lembre que está ficando muito... "próximo" de mim.
_Muito próximos, eu diria! - diz ele a interrompeu sorrindo.
_Isso! Portanto pare de pensar em perversidades por uma noite apenas. -fala antes de retomar os passos.
Ao fundo das escadas havia uma sala quadrada, espaçosa, quase sem móveis. Era o lugar de passagem pra outras duas delas.
Harry deu pontapé numa que ficava a esquerda, assemelhava-se a uma arrecadação.
_Será que você não sabe fazer nada usando apenas a cabeça? – opina Hermione.
_Há alturas em que…você sabe né, simplesmente não dá pra controlar. –fala aproximando-se da segunda porta.
_Nem pensar. Essa porta não me parece segura pra dar pontapés.
De facto, ela tinha razão, a porta parecia ser de alta segurança. Era feito de aço, não se podia mover e não deixava sequer um único som passar, mas era de lá onde vinha a fumaça.
_Já ouviu falar que os homens têm um órgão independente?
_Porque então não usa o seu órgão mais racional para pensar num jeito inteligente de abrir um porta sem ser chutá-la?
_Pensei que a racional aqui fosse você, senhora Hermione.
_Precisamos tirá-la de lá, Harry. Não é uma brincadeira, o espaço aí dentro deve ser muito reduzido e a quantidade de ar também!
_Eu posso levitar e ver se ela está lá. – propõem o moreno olhando as grades que havia mais acima.
_Ok.
_Lily você está aí? – pergunta esforçando-se pra ver o interior do quarto.
_Pai? – chama a garota.
_Ouviu Hermione? Ela me chamou de pai. – fala contente pra Hermione que apenas revira os olhos.
_Manda ela afastar e depois desça daí.
_Lily, fique num canto, afastado da porta, que a gente te vai tirar daí. – fala antes de tocar o solo novamente.
_Como? Só aqueles maníacos têm a chave.
_Afasta-se.
_Reducto! -exclamou e poucos segundos depois a porta abriu revelando o interior escuro.
Com varinhas erguidas conferindo-lhes luminosidade, entraram e pouco depois Harry foi abafado pelos abraços da garota que agora o abraça.
_Eu pensei que nunca mais voltaria a te ver. –fala obrigando o moreno a ajoelhar-se, apertando-o mais.
_Como pensou que Harry Potter, não salvaria a sua filha?
_Não entendi.
_Vejo que Hermione não contou o nosso passado. – fala vendo a morena bufando de raiva por ele ter mencionando ‘não contou’.
_Não vai dar um abraço em mim Lily? -pergunta ajoelhando-se ao lado de Harry enquanto mirava a garota.
_Que lindo! A família toda reunida, que momento tão…-fez uma pausa em que procurava a palavra certa. – encantador…-termina Bella sarcástica, sua voz parecia vir de todos os cantos.
Uma pausa seguiu-se. Harry e Hermione mostravam-se atentos ao menor sinal de movimento por parte de Bellatrix. Silenciosamente, um luminoso raio vermelho surgiu de um canto escuro, tomando conta do local onde estava e iluminando a posição da comensal. E como se houvessem planejado, Harry se virou e encobriu a filha com o corpo, enquanto Hermione tentava bloquear o feitiço repentino com outro em que usou um escudo pra se protegerem.
_Eh, foi encantador até você ter interrompido. Quanto tempo Bella. – cumprimenta Harry pondo-se de pé.
_ Pois é. Pelo que noto conseguiram desencantar o meu Colloportus.
_Senti saudades dessa sua ironia.
_ Igualmente, já cresceu o bastante pra me enfrentar?
_Conjunctivitus. – pronuncia Harry fazendo com que a maldição se endereçasse pra os olhos de Bellatrix dificultando-lhe a visão. _Agora vão. Eu levo-a lá pra cima.-fala pra Hermione e Lily.
_Ela está assim por causa desse gesto que fez com esse pedaço de madeira. – pergunta Lily incrédula.
_É, mais isso é outra história. Quando sairmos daqui eu te conto. Agora vocês vão lá pra cima pra me entender com Bella sem interrupções.
_Ok, mas faça ela sofrer. Ah, não demore. – fala olhando a mulher balançar a cabeça, sinal que o feitiço já estava passando.
_Hei, ouviu né? Não se demore. A gente te espera lá em cima. – fala Hermione.
_Não se preocupe, nunca te trocarei por ela. – fala apontando pra Bellatrix.
_Se fizesse isso seria mesmo idiota. – fala antes de encaminhar com Lily pra as escadas de caracol.
_ Está sendo homem, uma vez que não o foi no passado.
_E você esta armada em raptora, porque fracassou a sua tentativa de ser comensal? Lamento profundamente a morte de seu mestre.
_ Não ouse falar dele. – vociferou ela pondo-se de pé. Levantou a varinha e usou um feitiço expulsório, fazendo com que Harry fosse lançado uns metros. _Em sua arrogância você achou que poderia ser Potter, o salvador? Mas esqueceu-se de que estava lidando comigo, eu não tenho a sua idade, menti, enganei e matei algumas pessoas durante toda sua vida. Não é por você atravessar novamente no meu caminho que isso mudará. Diffinfo!- profere Bellatrix. Ao ver a feixe de luz caminhar na sua direção desviou-se segundo antes permitindo que o feitiço apenas roçasse sua mão direita. Olhou a costa de sua mão, havia um corte profundo, que vertia sangue.
Em vez de soltar a varinha, o que era a intenção da comensal, aquilo apenas contrubuiu pra aumentar a sua raiva.
_Expelliarmus!- um jacto de luz vermelha projectou-se em direçao da comensal.
_Protego.- defende-se Bellatrix.
Os dois feitiços lançados ao mesmo tempo chocaram-se no ar, o de Harry arremessou Bellatrix contra uma parede com lâminas cortantes, o que provocou cortes nas costas dela, fazendo sangue escorrer pela parede.
Ergueu novamente a varinha, mas devido aos bons reflexos e a rapidez de Harry que já esperava algo dela:
_Accio varinha..._fala levitando a varinha dela até aos seus pés e de seguida partindo esta. _De que brincamos agora Bella?
_Isso não termina aqui. – fala tentando se levantar com dificuldade.
_ Incarcerous! – conclui amarrando-a.
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_Vai deixá-lo lá sozinho? – interroga Lily enquanto Hermione verificava se a janela pelo qual passaram continuava aberta.
_Meu amor, ele já vem.
_Porque nunca me falou nada? Que ele era o meu pai, eu teria ficado tão feliz.
_Eu sei que ficaria. A gente fala em casa e aí eu te explico melhor.
_E quem falou que depois quererei falar contigo?
_Lily como está vendo, não é a melhor altura pra falarmos. –diz aproximando-se da menina.
_Eu gosto tanto de você, melhor, gostava tanto de você que nem sei o que faria pra nunca te perder…Mas, você agora é apenas a minha maior fonte de insegurança.
_Acha que eu queria que tudo acabasse assim? ACHA? Você é muito criança pra saber o quanto Harry me fez sofrer…-quando deu por ela a voz estava elevado e levou uma mão a cara afim de limpar as lágrimas.
_Porque não está sendo capaz de admitir que errou? É tão difícil assim? E está chorando? Porque está chorando? A culpa é sua, você inventou aquelas mentiras todas, coisas das quais nunca pensei que fosse capaz. Tanta coisa, achou que isso durar até quando? Você escondeu ele, me deixou muito triste. Pra mim, você era a melhor do mundo. – fala recuando.
_Lily espera…
_Não consegue ver que é tarde demais? – interroga e antes de esperar uma resposta apressa-se pelas escadas que davam acesso ao andar de cima.
_Lily espera… – fala novamente correndo atrás dela. _Onde você está? -pergunta tomando o corredor a direita, enquanto o candeeiro funcionava como lanterna.
_Hermione? – chama alguém baixinho tocando-a no ombro o que fez a morena apontar a varinha pra ele.
_Caramba, Julian. Precisava aparecer assim?
_Desculpe. Encontraram a garota?
_Sim, só que…estivemos a falar e ela veio correndo pra cima e perdi-a de vista.
_Eu vou pra a esquerda, continue procurando por aqui.
_Ok. – fala entrando a seguir num dos quartos.
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_Lilian? – fala Julian olhando cuidadosamente em redor a procura de um sinal da garota. Mirou o móvel que estava perto de um dos quartos. Agachou-se pra olhar através das grades do móvel e notou a garota encolhida lá dentro.
_ Crucio! -exclama Doholov surpreendendo Julian que recuou uns passos, acabando por cair num quarto, uma vez que a porta estava entreaberta.
Antes deste puder sequer mover foi atingido novamente pela maldição. O homem contorcia-se de dor no chão.
A dor era tão intensa que Julian sentia-se consumida por ela. Deixou de saber onde estava, o porque de estar lá, ou o seu próprio nome. Sentiu-se como se todo o seu corpo fosse explodir, a cabeça latejava de dor. Estava a gritar em plenos pulmões.
Era notável a concentração de Doholov em fazer Julian sofrer.
Ao notar isso, Lily abriu a porta do móvel, saiu devagarinho pra não chamar a atenção. Entrou no quarto e ao ver Julian se contrair, pegou um jarro que estava numa mesa ao lado. Subiu em cima da cama, dando com o objeto na cabeça do comensal o que fez este parar de torturar Julian, cambaleando e acabando por cair pra trás.
_Incarcerous! -pronunciou Hermione fazendo surgirem cordas que prenderam Doholov.
Aproximou-se da garota e notou a expressão de pasmo na cara dela.
_Esta vendo porque não devia ter-se afastado?
_O que se passou? – pergunta Harry que surgiu pouco depois.
_Julian recebeu um Cruciatus. – fala olhando pra o homem que tremia incontrolavelmente ao lado dela.
_Nada que ele não merecesse.
_Harry, por favor. Onde está Bellatrix?
_Lá em baixo, mas não se preocupe eu prendi ela.
_Traga Julian. Ah, cuidado ao pegar nele. – fala antes de pegar em Lily e se dirigir pra o andar de baixo.
_Com certeza. Mobilicorpus! – diz fazendo o corpo de Julian elevar alguns centímetros do chão, não se importando que os pés moles dele batessem nas escadas.
_Harry, eu disse pra o trazer, mas de uma forma ‘normal’. – reclama Hermione que o esperava cá fora.
_Seria preferível ele vir assim, colocamos ele na porta-mala?!
_Não. Coloquei lá a Bellatrix e Doholov. Telefonei pra Sr. Sebasthian, levamos Julian pra lá e também estarão lá aurores que se encarregarão de levar aqueles dois pra Azkaban.
Harry ia a conduzir e Lily mesmo contrariada ia ao colo de Hermione, uma vez que tiveram de deitar Julian no banco de trás.
_Conversamos? – pergunta ela baixinho pra a garota que apenas limitou-se a abanar negativamente e cabeça.
O resto de caminho foi feito em silêncio.
******************Sr. e Srª Sebasthian**********************
_Obrigado por tê-lo trazido. – agradeceu Srª Sebasthian.
_De nada. Aliais, eu é que tenho de agradecer ao Julian pela ajuda dele…
_Eh. Mas que acha da gente voltar amanha a tarde, meu amor? -pergunta pegando Lily ao colo e abraçando Hermione que o fuzilava com o olhar, mas mesmo assim não tentou o afastar. _ Os senhores devem estar cansados tal como nós.
_Claro. Não sabia era que…
_Que eu e Hermione namoramos?
_Sim…-responde Srª Sebasthian.
_A gente se separou por um mal entendimento, mas agora está tudo bem.
_Então a garota é…é vossa filha? Dos dois?
_Sim. – responde Harry.
_A gente pensava que não se conheciam antes daquela festa. – argumenta Sr. Sebasthian.
_Eu e Hermione adoramos…experimentar coisas novas pra dar volta ao quotidiano. –fala sem perceber do embaraço dela.
_Vamos andando. Melhoras pra o Julian. Boa noite! -fala retirando o braço de Harry a volta dela.
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_Porque tem de me fazer passar vergonhas? -pergunta enquanto estava a caminho de volta pra a mansão dele.
_Dizer aquilo a frente de Sr. e Srª Sebasthian.
_Ora…
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_Eu já lhe preparei o banho. Mas se for lá, ela comigo não irá então é melhor ir você. – fala a morena observando a filha no sofá olhando pra além de que eles conseguiam perceber.
_A mãe te preparou um banho. Que acha de ficar cheirosa, vestir uma camisa minha e a gente conversar.
_Ok. – fala mais animada dirigindo-se pra o banheiro.
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_Quero dormir. – falou Lily depois do banho encaminhando-se pra a cama.
_Lily, eu sei que as coisas não estão fazendo sentido pra você. Parece que tudo se volta contra você, pra te irritar. – diz Harry sentando-se perto dela.
_Aham…
_Mas acredite, ela mentiu e não está nada orgulhosa disso. Eu também menti pra ela, quem sabe se eu tivesse dito a verdade, você não seria raptada, nada disto teria acontecido…
_A culpa não é sua. É dela. Ela é que não me contou o que devia, portanto…você não é culpado de nada. – fala abraçando-o.
_Porque não chora? – pergunta notando que desde que conhecera a garota nunca a vira chorar, não que ele quisesse que isso acontecesse, mas naquele momento pareceu-lhe ser uma maneira de ela aliviar o que sentia.
_Não quero…
_Eu sei que você, mesmo não querendo sente a falta de sua mãe…
_ Não sinto.
_Lily, eu quero te dar uma vida que nunca tive, eu consigo ver que está triste, mesmo tentando se aguentar firme. Eu vejo que você quer chorar…isso é algo que a gente não consegue controlar. –fala passando a mão pelos cabelos castanhos.
_Não, eu não quero e não vou chorar…
_Ninguém planejou que as coisas acontecessem assim. Eu não quero que veja e saiba como é horrível não ter vivido em família… -fez uma pausa pois a garota estava a chorar.
_Eu não queria…-fala vendo a camisa de Harry molhada.
_Não faz mal. Sabe, eu tentei ocultar o motivo que me levou a afastar de sua mãe, mas parece que por mais que eu o faça, esse motivo se volta bem mais contra mim. Antes, parecia que tudo estava começando a desmoronar, quando me separei dela… Eu…eu…-respirou fundo e continuou. _pra ser sincero, apesar de não desejar, não vejo eu e sua mãe ficarmos juntos nunca mais, como acontecia quando éramos adolescentes. E tudo por eu não ter dito verdade. Sabe, me sinto um fracassado, um falhado. Quem sabe eu não teria passado os natais todos desembrulhando presentes com vocês, lamento muito por não ter estado lá pra ver o seu contentamento em abri-los. Você é muito parecida com Hermione, a imagem dela. A partir de agora quero fazer de tudo pra que as duas mulheres de minha vida possam se orgulhar de mim. Eu quero dar-vos o mundo e tudo mais do que vos tenho privado, qualquer coisa…qualquer coisa só pra vos ver sorrir. Agora fique quieta, minha linda, não precisa chorar, chega de preocupações, verá amanha que tudo não passou de um pesadelo. Descanse. A mamae e o papai sempre estarão aqui, por você, te olhando. Eu prometo. – fala cobrindo a garota que no entretanto já tinha adormecido.
_Obrigado. – fala Hermione baixinho enxugando as lágrimas.
_Porquê? – pergunta aproximando-se dela.
_Por ser o pai dela. Por estar ao meu lado neste momento.
_Eu é que tenho a agradecer. Acho melhor você dormir aqui com ela. Eu fico no quarto dos hóspedes. – fala encaminhando pra a saída.
_Harry. – e antes que pudesse controlar o que iria fazer, Hermione o abraçou, coisa que não pensou capaz de voltar a fazer. _E desculpa, desculpa por ter pensado que amava mais sua própria vida do que a gente.
_Só se me desculpar por ter te deixado.
_Ok. Mas isso não muda nada. – avisa encaminhando-se pra a cama.
_Ainda bem. Boa noite!
_Boa noite!
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_Não acredito. – reclama Draco.
_Que foi? –pergunta Gina.
_Acabou o combustível. O carro não está pegando.
_E está olhando pra mim porquê? Não está achando que fui eu que fiz isso não né?
_Não. – fala continuando a olhá-la.
_Pára com isso tenho cara de bomba de gasolina?
_Não.
_Ótimo. -fala abrindo a porta e caminhando a passos largos.
_ Onde vai? – pergunta obrigando-a a parar quando se coloca a frente da ruiva.
_O que acha? Vou procurar algum lugar próximo ou…sei lá qualquer coisa, mas aqui no meio do nada, com celular está sem rede, sem a minha varinha e apenas com você não ficarei.
_Até parece que sou um monstro.
_Antes fosse. – fala continuando a caminhar.
_Nem sabe pra onde é que está indo.
_Qualquer lugar onde haja gente. A última coisa que quero é ficar sozinha com você.
_Hum…Com medo de me atacar.
_Não. Com medo de você me faça perder a cabeça…
_E aí não se controlaria mais e soltaria o animal selvagem que vive dentro de você. – ironiza seguindo-a.
_Cala-te…
_Agora me manda calar? Mas quem acha…
_Shiu. – interrompe ela. _Não está ouvindo nada?
_Para além dessa sua voz esganiçada, nada.
_Me siga.
_Pra onde?
_Não está escutando nenhuma música tocando?
Andaram uns minutos entre os arbustos. A cada aproximação a música era ouvida mais nitidamente. Encontraram uma casa, mais parecido com um boate.
_Sinal de vida. – suspira Gina correndo pra a casa.
_Até parece que não estava apreciando a minha companhia.-fala chegando a porta e tocando a campainha. Tocou novamente, mas ninguém atendia.
Gina, num lamento encostou-se a porta, que ficou escancarada, deixando-a cair pra trás. Isso provocou risos em Draco.
_Quer fazer o favor de ajudar em vez de ficar a rir?
_Com certeza. – fala pegando-a pelos braços e a erguendo.
_Porque deixariam a porta aberta? – pergunta limpando-se.
_Não faço a mínima. -reponde ele seguindo por um corredor. No fim dela havia uma porta. Abriram-na, a sala era uma espécie de vestuário.
Havia várias cabinas individuais, como lojas de pronto-a-vestir. Abriram duas delas e encontraram lá roupas, malas, sapatos, objectos pessoais…
Analisaram todas as cabines e ficaram a saber que apenas dezoito deles é que tinham sido usados.
_ Dezoito mulheres. – concluiu o loiro maliciosamente.
_Porque você tem a mente tão poluída Draco?
_Mente poluída o que? Eu sei é aproveitar os deleites da vida.
_Aff…Ao menos tira esse sorriso de canalha.
Seguiram uma escada que havia do lado direito da sala e dirigiram-se pra ela. O espanto foi maior do que eles esperariam, principalmente por parte do Draco.
Era uma enorme sala circular, com um palco ao fundo. No teto, luzes de várias cores piscavam. Num canto, havia um bar, onde uns tomavam um copo e exibiam seus gestos extravagantes. O que viram a seguir, deixou Draco cabisbaixo:
_Estão aí as suas mulheres. – fala Gina contente.
_Gays? A gente veio parar a uma festa de gays?
_Gays não meu amor. Isto é o sétimo aniversário da Boate de Orgulho Gay. – fala um deles que se encontrava nas escadas. _Mas enfim, o que estão fazendo por aqui? – pergunta olhando Gina de mau agrado.
_O combustível do carro acabou e como não temos rede no celular, pensamos em vir pedir ajuda e acabamos encontrando esta boate. – fala uma vez que o loiro estava ocupado analisando detalhadamente cada pessoa presente naquela sala.
_A gente não tem telefone não, apenas celular, que provavelmente também não deve ter rede e como isto não é um posto de gasolina, não podemos oferecer combustível. – fala admirando Draco de alto a baixo, que ao perceber isso, recua um pouco atrás de Gina.
_O que aconselho é, se quiserem... – fala pausadamente de olho no Draco. _ficarem por aqui até conseguirem obter alguma rede, não irá adiantar de nada, andarem por aí. – fala descendo as escadas e sendo seguido por Gina e junto a ela Draco.
_Pára de se colar a mim Draco. – protesta a ruiva afastando-se dele.
_Não se preocupe loirinho gostoso, ninguém daqui irá…enfim se aproveitar dela, mas o mesmo não se pode dizer de…
_Amiga, tenho uma novidade louca pra você, mas antes disso, não me quer apresentar o seu amigo? – pergunta um ‘homem’ que acabara de chegar olhando Draco e mordendo o lábio inferior.
_ ‘Menina’, Draco Malfoy. -Gina trata-se de apresenta-los.
_Prazer Draco. Eu me chamo Gustavo, mas pode me chamar Gugu, é como todos me tratam. – fala aproximando do loiro que quando deu por si, estava sendo beijado no rosto por Gugu.
_Oi…-fala afastando-se dele.
_Hum…Você é daqueles tímidos? Melhor ainda. Amiga, não ta afim da gente brincar ao quarto escuro com esse gostoso aí? –pergunta apalpando o traseiro dele que fica perplexo com a atitude.
_Se ela não se importar…-fala olhando a ruiva.
_Eu? Não se incomodem, façam o que quiserem, apalpem o bumbum, apertem, beijem, acariciem. No que depender de mim ele será a vossa cereja em cima do bolo. – diz pra a grande alegria ‘delas’ e pra o desespero de Draco que parecia ter acabado de ouvir a sua sentença de morte.
_ Que acha da gente começar a aquecer o ambiente? O que vou fazer, irei dedica-lo inteiramente ao nosso convidado especial desta noite, o loiro mais bonito da zona, Draco Malfoy. – declara Gugu subindo ao palco e começando a fazer um striptease enquanto todas as luzes eram dirigidas a Draco que não sabia como reagir.
Minutos de verdadeira tortura seguiram-se pra o loiro que sentia uma vontade incontrolável de sair correndo daquele lugar. ‘Ela’ dançava com vontade e sensualidade, colocava nos movimentos suaves toda a paixão que sentia pelo loiro.
O ambiente atingiu seu auge quando Gugu se encontrava sobre o palco apenas com uma única peça de roupa, pois o resto delas estava jogada a volta do loiro.
_Acho que já chega Gugu. Deixa a gente se divertir um pouco aí também. – falou a ruiva olhando encaminhando-se pra o palco, com meia dúzia delas. A música tornou a ser mais agitado.
_E aí? Gostou gato? – pergunta sentando-se ao lado dele e cruzando as pernas.
_Não tenho palavras…-diz tomando um gole de sua bebida.
_Que deseja? Vá, peça, hoje é o seu dia. E como não há nada melhor que a força bruta, hoje, eu faço tudo pelo meu homem. Que acha da gente ir um pouco pra o…-fala aproximando-se com a bebida na mão. _Ops…desculpe. – fala quando entornou o liquido pra cima de Draco.
_Não faz mal. – fala pegando uma toalha ao lado e limpando-se.
_Onde nós íamos mesmo? Ah, já me lembro… no quarto. Não quer trocar essa camisa? -pergunta Gugu tentando controlar a vontade louca que lhe dava de rasgar a camisa dele.
_Não. Admito que está ficando com calor. – fala procurando Gina no meio das dançarinas que se encontravam no palco e não encontrando.
_ Tem namorada?
_Tenho sim. Alias, já sou casado. – apressa-se a dizer.
_Que casado Draco? Quer parar de decepcionar Gugu? – questiona Gina quer surge atrás dele. _Ele é livre que nem um passarinho.
Sem dizer nada, Draco pegou pelo braço levando-a pra uma pequena sala ao lado que nem sabia existir.
_O que foi? – pergunta retirando seu braço das mãos dele.
_Vamos embora. Eu enlouqueço se não sair daqui. –fala retirando o celular do bolso.
_Tem rede?
_Não.
_Então quando tiver, me avise, eu vou estar me divertindo.
_O que é isso? – pergunta olhando garrafas de combustíveis atrás da ruiva.
_Isso o quê?
_Atrás de você.
_Garrafas de combustíveis…ora! – pouco depois _Eu falei garrafas de combustíveis? –fala analisando melhor os garrafões.
_Sim, o que significa que não teremos de dormir aqui.
_Não se eu não quiser. – fala Gina maliciosamente.
_Como?
_Ah, Draco, está sendo tão engraçado, podemos sair quando eles saírem.
_Está sendo engraçado porque sou eu o palhaço. Vamos pegar isso daí e vamos.
_Fica. – fala firmemente. _Caso contrário, vou-te torturar pra o resto da vida com o que se passou aqui está noite. _Pra além disso, o melhor ainda está por vir.
_Melhor? Não quero ver.
_Sim. Decidimos que você já não será a cereja em cima do bolo e sim o recheio dele.
_Você está bêbada, de certeza.
_Ande Draco, queremos saborear logo o nosso recheio. –fala Gugu que acabara de aparecer na porta lambendo os lábios.
_Já estamos indo. – fala Gina.
Mais duas horas se seguiu, agora havia um Draco diferente que tentava contar até dez pra não cometer qualquer loucura. Seus cabelos estavam baguncados, era visível ao longe a marca de batom em seu rosto e pescoço, as olheiras e o ar cansado. Já não sabia onde parava seu casaco, apenas fizeram-lhe o favor de não arrancar a camisa e as calças.
_Gostoso, venha cá. Vamos todos tirar uma foto, como recordação. – fala Gugu na melhor voz escandalosa que conseguia fazer.
Preguiçosamente, levantou-se e foi até ao palco. Colocou-se entre Gina e Gugu, do seu lado direito. Tinha a certeza de que a sua reputação estava no lixo, não só pelas tentativas de Gugu, mas principalmente por Gina ter presenciado tudo e levar uma recordação com ela.
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_Adeus. – despede-se Gina.
_Voltem sempre. – fala Gugu, olhando pra o Draco que trazia um garrafão.
_Ao menos acena pra ele Draco, que falta de educação. – fala Gina e o loiro apenas acena sem olhar pra trás. _Foi uma noite agradável, não concorda?
_Não. Quero chegar, tomar uma ducha e fingir que nada disso existiu.
_Devia estar agradecendo, por encontrar uma boate cheia de ‘mulheres’ que te admiram e que fariam tudo por você. – provoca ela enquanto ele colocava combustível no tanque.
_Me faz um favor, quando chegarmos queime essa foto e esqueça que está noite existiu.
_Como vou queimar uma recordação das minhas amigas.
_Amigas? – pergunta incrédulo.
_Sim.
_Só falta dizer que deu seu número pra poderem fofocar todas as noites. –fala entrando no carro.
_Por acaso…
_Não fez isso pois não?
_Bom…eu não queria mas…mas Gugu insistiu tanto que acabei dando o seu número.
_Você acabou de arruinar minha vida. -fala tentando encontrar um pouco de lucidez pra dirigir pra o hotel.
Continua
N/A: Oie gente!! Dessa vez nem demorei tanto assim…Bom, não respondia a todos os comentários, porque excluiu a fic sem querer e tive de postá-lo e nisso os comentários se apagaram.
2N/A _O próximo capt demorará, em princípio será na segunda semana de Maio, mas farei de tudo pra que seja antes disso… O capitulo 11 se chamará: ‘À Tua Imagem’.
Ana Gregol_Oie…ainda bem que está amando a fic…Eu sou má?! Harry e Hermione ainda não tinham salvado a Lily no capt anterior, isso só aconteceu neste. No capt 9…Harry apenas falou que ela por celular…Pra falar a verdade eu não tenho a fic toda programada, as ideias vão surgindo, pelo que não te posso dizer quando terminará, pois quando o comecei disse pra mim mesma que não chegaria ao capt 20, mas agora tenho dúvidas acerca disso…bjs
Lilian _Ola…se fez…mas nada comparado ao que Gina fez ao Draco…coitado, tive tanta pena. Foi a primeira vez que fiz Julian sofrer, sinto o coração despedaçado….ahahahahaha..Que achou do capt?
Pah _Oie!! Que bom que está gostando…que achou do resgate? bjs
Carol Evans _Oi..tudo sim, com as atualizacões que tive de fazer e aqueles que estive a ler..ainda não deu tempo pra passar na sua fic…Eu depois passo lá..bjs
Nick _Eh perdi mesmo…: ( !!! A última coisa que quero é perder uma leitora…eh, muita responsabilidade mesmo…que achou do capt?
Millinha _ Gostou da ‘A Casa na Floresta’?..eu espero comentários seus...bjs
Ale_2813 _Atualizei!!!! que achou do resgate, da parte DG...???!! bjs
Carol F. Potter _Oie!!!Ok, dessa vez conseguiste mesmo deixar-me mesmo corada…Tens impressão de que estas a ler um livro escrito pela J.K?! Que exagero!! Quem me dera, ter um pouco da imaginação dela. De certeza que não lerá um livro meu, eu não escrevo ao ponto de ser uma escritora. Bella e Doholov dançando ballet, só eu mesma pra inventar uma parvoíce dessas…Qual acha que é o plano de Gina? No início, não, mas mais tarde te garanto que Draco vai gostar muito do que ela aprontou e vai saber tirar partido disso. Também amo um harry ciumento. Quanto ao tamanho do capt…ela irá continuar assim não sei até quando, se calhar até a imaginação começar a fracassar!!! Ainda bem que aceitou aquelas minhas sugestões…e qualquer ajuda pra suas fics, conta cmg…:P E não te preocupes, não es a única a cometer erros de português…bjs
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