Mau Começo
NA.: Sim, de fato, EXISTE uma continuação de ' Um Dia Daqueles'. Ela semrpe foi pensada, e este capítulo está escrito há muito e muito tempo. Mas minha idéia era só postar quando ela estivesse terminada. Não está. Mas está andando =D Já é um começo hahaha _ _' *fracasso*
Certo, decidi não abandonar essa fic porque eu realmente me divirto escrevendo ela, assim como me diverti escrevendo UDD.
Por favor, se alguém ler me diga o que achou ^^
o/ chega de embromar!
Capítulo 1: Mau começo
Você conhece as leis de Murphy? Ou melhor, você sabe quem é Murphy? Se não, então você pode se considerar uma pessoa feliz. Murphy é um cara que deve ter tido uma visa bem difícil... Eu conheço boa parte das tais “leis” por experiência própria. A primeira e a que mais se aplica a minha pessoa é: “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”. Ele está completamente certo.
Tudo começou... aliás, tudo continuou quando eu acordei na manhã seguinte àquele dia fatídico. Você sabe, aquele dia “daqueles”. Eu acordei mais cedo que o normal e depois de me vestir desci para a sala comunal. Até aí tudo bem. Fiquei sentado apreciando as poltronas vazias e o silêncio. Não por muito tempo porque logo irrompeu uma multidão das escadas. Sim, uma multidão! Eram sonserinos que não acabavam mais. E todos foram parar ao meu redor.
- Malfoy, é verdade? – uma vozinha perguntou no meio de todos.
- É verdade o quê? – perguntei não muito certo se queria ouvir a resposta. Por alguma razão me pareceu que se alguém estava me perguntando se alguma coisa “era verdade”, não devia ser nada bom.
- É verdade que você e a Parkinson têm um casamento arranjado?
Ainda bem que eu estava sentado, ou eu teria caído duro no chão, ali mesmo. Mas de que inferno eles estavam falando?! Minha resposta veio logo em seguida, assim que ela desceu as escadas do dormitório feminino. Vinha balançando um pergaminho nas mãos.
- Dá uma olhada, Draco, querido.
Peguei o papel e pela segunda vez em menos de um minuto me senti aliviado por estar sentado. Era uma carta de minha mãe endereçada a Pansy. Na carta dizia que estava tudo certo, que minha mãe já havia falado com os pais da Pansy e que agora estávamos oficialmente noivos. Eu, Draco Malfoy, o sonho de consumo de onze a cada dez garotas estava noivo da Buldogue Parkinson! Impossível!
- O que isso quer dizer? – perguntei apreensivo.
- Quer dizer que estamos noivos, bobinho. – disse a garota.
- Como assim, noivos?! – perguntei dando um salto da poltrona em que estava e fazendo vários sonserinos se afastarem.
- Meus pais me mandaram uma coruja há um mês atrás dizendo que estava na hora de pensar no meu casamento com alguém de sangue-puro como o meu. Eu mandei uma coruja a sua mãe pedindo que arranjasse tudo para que nós dois nos casássemos e foi o que ela fez. Só temos que esperar um ou dois anos...
- Você tá louca? Eu não vou me casar com você!
Não esperei pra ver a reação de nenhum dos presentes. Saí pela tapeçaria e segui direto para o salão comunal a fim de tomar café. Ao chegar lá e ver a mesa repleta de comida, me dei conta de que comer era a última coisa que queria fazer naquele momento. Quero dizer, a penúltima, porque a última era ouvir a palavra noivo. Fiquei sentado enquanto todos os outros comiam. Quando achei que a mesa da sonserina estava bem cheia, voltei para a sala comunal.
Escrevi uma carta à minha mãe dizendo educadamente que não ia me casar com a Pansy nem que eu tivesse que ser pisoteado por centauros, e segui para o corujal para enviá-la. Peguei uma das corujas da escola e a mandei para minha casa. Só então eu percebi que estava atrasado para aula de transfiguração. Resolvi pegar um atalho em uma passagem secreta que eu conhecia. Grande erro. Eu devia ter lembrado de mais uma das leis do tal Murphy: “Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos”. E realmente é.
Cortei caminho por uma passagem secreta que eu achava que conhecia... e me perdi. Em Hogwarts! Escola em que eu estudo há quase sete anos! Comecei a desconfiar que esse ia ser um dia muito parecido com o último. Continuei andando, totalmente consciente de que a aula já começara há dez minutos. Mas onde é que eu estava?!
Levei cerca de dez minutos para achar uma escada. Desci por ela e dei de cara com alguém. Adivinhe... A Weasley! Quando me viu ela se assustou e fingiu que eu não estava passando por ela.
- AAAAAAHHHH!
Gritou a garota quando eu a segurei pelo braço que eu havia espremido no outro dia. Pelo jeito devia estar bem dolorido... É claro que eu gargalhei ao ver as lágrimas nos olhos dela. Provocar dor é um dos meus passatempos favoritos. Ainda mais em pessoas como a Weasley.
- Droga! O que pensa que está fazendo seu retardado?! – tirou o braço com um puxão.
- Ora, Weasley... – respondi ainda rindo – parece que você está um pouco machucada... Quem foi que fez isso com você, hein? – terminei a frase e voltei a gargalhar.
Ela me lançou um olhar mortífero. A mão apalpando o bolso das vestes. Devia estar se certificando de que estava com sua varinha.
- Ora, Malfoy... E esse seu olho roxo? Foi a sua noivinha? - tá, eu admito, ela me fez parar de rir nesse momento – O quê? Vocês nem casaram e já têm brigas desse tipo, é? Não quero nem ver o que vai sobrar de você quando...
- Como você sabe? – perguntei.
- Como eu sei o quê?
- Como você sabe dessa história do noivado?
Foi a vez da maldita ruiva gargalhar. Gargalhou por vários minutos. Lutei contra a minha vontade de estrangulá-la, para que pudesse ouvir a resposta e saber se os meus temores tinham fundamento.
- Foi... Foi ela... quem disse... – foi tudo o que a desgraçada conseguiu dizer em meio aos arranques de riso.
“Foi ela quem disse”... Essas palavras ecoaram na minha mente acompanhadas do riso da Weasley Infeliz. Pansy disse... Oh não! Percebi o que tinha acontecido. Pansy obviamente havia falado a toda a escola sobre aquilo!
- A Buldogue Parkinson disse que eu ia me CASAR COM ELA?! – gritei demonstrando toda a minha aversão à idéia.
A Weasley ficou assustada e parou de rir. Deixar ela assustada é realmente divertido, mas a frase havia saído dos meus lábios sem o meu consentimento. E para mais uma de minhas infinitas infelicidades Pirraça passou zunindo por mim e gritando em alto e bom som:
- MALFOY E BULDOGUE VÃO SE CASAR!
Ótimo... Agora quem não tivesse ouvido sobre a “novidade” antes, com certeza iria ouvir agora. Eu estava com raiva. Não uma raiva qualquer... estava com aquela raiva. O tipo de raiva que nos faz perder a cabeça e sair chutando tudo a nossa frente. Eu ia fazer isso, mas por uma desventura era a Weasley que estava na minha frente e quando (merda!) hesitei em chutá-la ela apontou a varinha pra mim.
- Sabe, Malfoy – disse brandindo a varinha e sorrindo – eu tenho pena de você.
Aquela Weasley Pobretona disse que tinha pena de mim! Pena de Draco Malfoy! O que ela estava pensando? Eu é que devia ter pena dela... ela é que não tem aonde cair morta, usa vestes de segunda mão, divide a casa com – quantos mesmo? – uns dez irmãos?! Que horror! Coelhos! E ela tem coragem de dizer que tem pena de mim?! Eu estava lívido de fúria.
- Guarde a sua pena para si mesma, Weasley, pois você vai precisar! – disse entre dentes e me joguei contra ela.
Caímos no chão e eu arranquei a varinha das mãos dela, que me olhava assustada. Devo ser realmente assustador.
- Mas que porcaria é essa...? – falou.
Eu fiquei quieto. Por alguma razão eu não conseguia dizer nada. Talvez fosse pela aproximação... eu e a Weasley estávamos realmente próximos. Nossos narizes quase se encostando – que nojo! Eu estava em cima da maldita Weasley! E por mais repugnante que isso fosse eu não conseguia me mexer! Eu não sei o que aconteceu... Devo ter tido um colapso mental por causa da queda ou algo do tipo. O fato é que nós... Arg! Nós não! Eu e a Weasley ficamos encarando um ao outro por um certo tempo. Não sei quanto tempo... mas espero que não tenha sido por muito. Isso seria humilhante demais. Bem... Eu me levantei quando ouvi alguém gritar:
- Gina!
Era aquela garota de cabelo escorrido... Como é mesmo que a chamam?! Ah, sim... Di-Lua Lovegood. Ela correu em direção a... Gina? Bem... não importa... em direção a Weasley.
- Gina, você tá bem? Você não apareceu na aula e... O que aconteceu? – perguntou e me lançou um olhar ameaçador. Não resisti e comecei a rir. Acredite, se pudesse ver o que eu vi você também riria. – O que ele fez com você? – e apontou pra mim, que diante dessas palavras ri mais ainda.
A garota Weasley andou em minha direção e arrancou a varinha que ainda estava em minhas mãos. Ela parecia realmente brava. Depois disso ela e Lovegood seguiram pelo corredor.
Não tinha notado a passagem de tempo, mas agora eu já havia perdido o início da segunda aula do dia.
Segui-as pelo corredor... Ora, o que mais eu podia fazer?! Estava perdido! Andei bem afastado para que não me notassem e acabei ouvindo as duas conversando algo sobre o Weasley... A Di-Lua parece ter uma queda por ele... Bem, pouco me importa as fofocas que essas idiotas contam pelos corredores em voz alta! Logo que elas dobraram para o corredor à direita, eu finalmente soube onde estava. Sétimo andar...
Tomei a direção oposta e segui o meu caminho. Queria chegar a tempo pra assistir pelo menos a terceira aula do dia. Enquanto eu andava pude ouvir risos abafados... mas não tinha ninguém ali. Ah, ótimo! Agora estou ficando louco! Ouso risos... A culpa é da Weasley maldita que fica esbarrando em mim pelo castelo todo!
Cheguei ao corredor do terceiro andar e ainda podia ouvir vozes, risos, cochichos... e ainda não havia ninguém em volta! Tirando isso do pensamento, me concentrei em chegar até os jardins pra aula de Herbologia. Cheguei ofegante, já que havia corrido pra espantar as vozes.
Depois de esperar cerca de meia hora, ouvi passos.
- Draquinho! – Céus! Eu odeio quando ela me chama assim!
- O que? – perguntei me esforçando ao máximo para manter o bom senso.
- Onde você esteve até agora? Estava preocupada... Você saiu da sala comunal dizendo umas coisas estranhas e depois não apareceu nas aulas... Pensei que tivesse acontecido algo com você...
A Pansy sabe ser realmente irritante quando quer... e mesmo quando não quer, como acho que era o caso nesse momento. Me virei (ela estava atrás de mim, com a mão no meu ombro) e dei de cara com todos os sonserinos do sétimo ano. O que infernos estavam todos fazendo ali?! Ainda mais quando eu fui chamado de Draquinho! Minha raiva e aversão por ela cresceram consideravelmente. Segui para a estufa. Felizmente Goyle estava lá pra fazer dupla comigo e evitar que eu sentasse com ela.
Após lidarmos com plantas carnívoras venenosas e o Goyle ser mordido por uma, (ah, ótimo! O que estava faltando!), a professora nos liberou, levou Goyle pra enfermaria e finalmente pude ir almoçar. Meu estômago já estava dando voltas doloridas.
Sentei e comi com voracidade antes de notar a idiota da Pansy ao meu lado. Mas será que essa garota não desgruda?! Parei o garfo com pudim de leite antes de ele chegar aos meus lábios.
- Mas o que é?! – disse sem a menor paciência.
- O que é que você tem, Draco? Você tá muito estranho...
- Eu não tô estranho!
- Ah, você está sim! Está me evitando desde ontem e não parece estar nem um pouco feliz com o nosso casamento! O que está acontecendo com você, Draco? Foi alguma coisa que eu disse?
“Não, Pansy... foi mais o fato de VOCÊ querer CASAR COMIGO!” Pensei, mas respondi calmamente:
- Eu não quero me casar, Pansy.
- Mas por quê?! Eu te amo e você me ama...
- Pense um pouco... – ela me olhou intrigada – eu tenho dezessete anos, sequer me formei ainda e você vem com essa história de casamento! – bem, aí a minha calma foi pro espaço... – E além disso... eu NÃO amo você!
Levantei e saí para o jardim. Ao passar por um quadro eu finalmente soube de quem eram as vozes e os risos que eu ouvi mais cedo. Quadros malditos! Quem eles pensam que são para rirem de Draco malfoy?! Vou escrever para o meu pai e mandar ele se livrar de todos!
Andei um pouco, mais pra perto do lago. Pude ouvir os gritos da Pansy de lá. Nossa, que garota mais escandalosa... Realmente não me entendo... Como foi que eu namorei uma garota como aquela? Tá certo que isso foi há séculos atrás, mas pelo jeito ela não entendeu ainda o que as palavras “nós terminamos” significam quando colocadas juntas.
- Como é que eu fui namorar uma garota como a Pansy?! – disse em voz alta sem perceber.
- A resposta é muito fácil... – me virei para ver quem estava atrás de mim – Vocês se merecem! Ela é a sua versão feminina...
Era a Não-Sei-O-Quê Weasley... como sempre... Isso já tá ficando cansativo! De todas as pessoas dessa escola por que é que eu só encontro com a Weasley?! Já tinha tido o bastante dela por um dia!
- Cale-se! Por que você tá aqui? Tá me seguindo?
- Eu? Te seguindo...?! Você pirou? Eu acho que você é que tá me seguindo, Malfoy! Você aparece em todos os lugares em que eu penso em ir! Isso já me cansou, eu não quero mais você falando comigo, entendeu?!
- Você não quer mais que eu fale com você?! Foi você que veio falar comigo agora, não foi?
- Isso não importa, Malfoy! Eu quero dizer de agora em diante. Mesmo que você esbarre comigo em algum corredor, eu não quero que você fale comigo! Nunca mais! – ela se virou e saiu.
Quem essa garotinha pensa que é? Ela acha que pode me dizer o que fazer? Ah, mas eu não vou deixar as coisas assim... Não vou mesmo! Se ela quer que eu não fale com ela, então é exatamente isso que eu não vou fazer! Acho que vou matar as aulas da tarde e ficar na minha cama... planejando... Se a minha vida tá virando um inferno, por que não tornar um inferno a vida da Weasley também?! Eu ainda posso me divertir bastante com isso... Talvez as coisas não sejam tão ruins quanto estão parecendo ser...
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!