Confusão
Materializou-se numa pequena sala muito bem arrumadinha e organizada onde estava uma mulher loira que, ao vê-la, deu um salto do seu lugar.
-- O que deseja a menina? – Perguntou num tom amável, mas era óbvia a antipatia que sentia por Karina, também não admira, com o susto que tinha apanhado.
Karina não lhe respondeu e foi na direcção de um escritório continuo à sala.
--Não pode entrar aí sem autorização do director! – gritou a loira.
Karina voltou a ignorá-la e abriu a porta com força.
Leonard, que estava sentado à secretária a escrever, levantou a cabeça e ao ver que era Karina sorriu-lhe.
--Miss Riddle! Que agradável surpresa! Vir-me cá visitar... nunca pensei, mas fico lisonjeado! – informou alegremente.
Karina bateu com a porta e avançou para ele com passadas longas.
--Só vou perguntar uma vez. Onde está o meu irmão e o que fez com ele? – rosnou Karina olhando-o nos olhos.
--Aconteceu alguma coisa ao seu irmão? – perguntou Leonard ostentando um ar preocupado. – Posso fazer alguma coisa para ajudá-la?
Karina soltou uma gargalhada sarcástica.
--É preciso ter lata... – murmurou passando uma das mãos pela cabeça. – Ouve cá, atrasado mental, tu não sabes com que tipo de pessoas te estás a meter. – avisou Karina segurando-o pelas golas da camisa. – Por isso aconselho-te a falar e já!
--Largue-me. – ordenou Leonard friamente.
--Eu quero saber onde está o meu irmão!!! – gritou-lhe Karina abanando-o. – E é já!!!
--Largue-me!!! – gritou-lhe Leonard.
Feito isto Karina sentiu uma estranha força a impeli-la para trás e foi contra a porta com uma força e uma velocidade enorme.
Leonard levantou-se assustado e foi ter com Karina rapidamente.
--Sente-se bem, Miss Riddle? – perguntou debruçando-se ao lado de Karina e pegando-lhe na mão.
Karina soltou-se dele e levantou-se passando a mão pela cabeça que estava a sangrar um pouco.
--O senhor ver-me-á novamente, porque eu voltarei, e dessa vez não irá ser como uma simples jovem preocupada em busca do irmão, não... – avisou Karina pondo a mão na maçaneta da porta.
Ia a abri-la para sair, mas foi contra alguém, era Richard.
--Karina! Que bom ver-te! – disse sorrindo.
--Olá. – murmurou Karina passando por ele sem olhar.
--O que se passou? – perguntou Richard a Leonard. – O que lhe fizeste?
--Mete-te na tua vida. – ordenou Leonard e fechou-lhe a porta na cara.
--O que é que eu fiz de mal?! – perguntou Richard à secretária loira.
--Não faço a mínima ideia Sr. Doutor. – murmurou ela abanando a cabeça negativamente e voltou ao seu trabalho.
--Esta gente tem a mania de mandar o mau humor para cima de mim. – observou o rapaz chateado.
Enquanto isso Karina desmaterializou-se para o Ministério da Magia, mais precisamente para o departamento de aurores, mas antes de conseguir a proeza de acertar no lugar correcto, foi parar a dois outros muito diferentes, tal era o seu estado de nervos. Primeiro foi parar a um jardim infantil, onde as crianças ficaram a olhar para ela boquiabertas a pensarem que era algum tipo de fada e a seguir foi parar a uma banheira onde estava um homem a tomar banho. Ao ver Karina a aparecer assim do nada apanhou um susto de morte e tinha acontecido o mesmo a Karina, se ela estivesse no seu estado normal.
Karina apareceu no escritório de Harry. Este estava a falar com Draco Malfoy e quando a viram ficaram super aliviados.
--Onde foste miúda? – perguntou Harry. – O Malfoy entra-me por aqui a dentro a dizer que tu tinhas ido sabe-se lá para onde...
--Harry... – interrompeu Karina. – Quero um mandado para poder interrogar um dos possíveis responsáveis pelo desaparecimento de crianças. – Declarou Karina.
--Como assim? Disseste que não querias estar na parte mais activa do trabalho, querias manter-te em segredo...
--Mudei de opinião, isto tornou-se pessoal. – respondeu Karina secamente.
--Mas o que aconteceu? – quis saber Harry.
--Ainda não sabes? Raptaram-me o irmão, o Tom. – disse Kárina. – O meu pai anda por aí a fazer sabe-se lá o quê com os Devoradores da Morte e eu não posso ficar aqui sem fazer nada.
--Muito bem. Para quando queres o mandado? – quis saber Harry seriamente.
--Para amanhã de manhã. – respondeu Karina prontamente.
--Se não te importares eu vou contigo. – declarou Harry.
--Como quiseres. – disse Karina virando-lhe as costas e saiu do gabinete de Harry.
--Também posso ir? – perguntou Draco. – É que acho que não vais ser o suficiente para a parar, no caso de ela querer mandar-se ao pescoço de alguém.
--Acho que tens razão. – murmurou Harry sorrindo. – Sei que este caso é estranhamente estranho.
--E eu que o diga. – murmurou Draco para si pensando no que Phillipa lhe tinha contado sobre o homem que tinha aparecido em casa de Karina durante a noite.
Quando Karina chegou a casa foi para o seu quarto e vazou o guarda-vestidos. Bem no fundo encontrou uma espada de Kendo e um chicote.
--Vamos ver quem é que se mete comigo. – rosnou fula da vida.
Bateram à porta.
--Entre! – ordenou Karina pondo um cinto preso numa cadeira.
--Olá Kári! – cumprimentou Karl entrando.
--Ah Karl, és tu. – murmurou Karina olhando para trás.
--Quem querias que fosse? Uma múmia acabada de sair de um filme de terror? – Perguntou o rapaz divertido.
--Vá, não brinques. – Pediu Karina. – Podia ser um vampiro...
--E não sou? – Inquiriu Karl sarcasticamente.
--Tu percebeste o que eu quis dizer.
--Para quê que é isto? – Perguntou Karl pegando no chicote.
--Para te bater. – respondeu Karina ironicamente. – Bem... eu gosto de andar com isso atrás, pode ser necessário em casos extremos. – Respondeu Karina.
--Como por exemplo?
--Faz de contas que a minha varinha e a minha espada estavam fora do alcance da minha mão, então eu dava um golpe com o chicote e elas saltavam para a minha mão. – Explicou Karina.
--Cá para mim andas a ver Indiana Jonhes a mais. – riu-se Karl poisando o chicote. – Queres que eu faça alguma coisa para comeres?
--Não, obrigado. Estou sem apetite. – respondeu Karina soltando um suspiro.
--Tens a certeza? Não queres umas tostas mistas com um copo de leite com muuuuuuito chocolate? Ia ser uma delícia. – disse Karl.
--A sério ‘migo, não tenho vontade. – murmurou Karina.
--Não me interessa. Daqui a dez minutos quero-te lá em baixo. – avisou Karl e saiu.
Karina riu-se e seguiu os passos de Karl, era bem ter um amigo em casa, ela passava maior parte do dia sozinha.
--Estás aí Karina? – gritou a voz de Karl vinda da cozinha.
--Não, fugi para a Austrália. – Riu-se Karina entrando na cozinha.
--Então traz-me um bife de canguru. – pediu Karl. – São muito bons.
--E tu és doido varrido. – riu-se Karina sentando-se à mesa.
--O que é que isso tem a ver com os bifes de canguru? – Perguntou Karl pondo as mãos na cintura.
--Sei lá! Se calhar os cangurus também são malucos. – opinou Karina.
--É, se calhar. – murmurou Karl pensativamente.
--Não sei como é que a Lena te consegue aturar, tu és bué mau! – acusou Karina.
--Pois sou, por isso é melhor teres cuidado. – avisou Karl. – Muito cuidado...
Desataram-se os dois a rir e começaram a comer.
--Olha, não devias estar ao pé da Lena? É que sabes... vocês são casados e... – murmurou Karina pouco à vontade.
--A Lena não se importa e até fica feliz por eu te poder ajudar. – informou Karl.
--Mas mesmo assim...
--Karina, nós somos teus amigos e queremos-te ajudar porque te adoramos! – disse Karl apertando-lhe as mãos.
--Vocês são bué fixes. – sorriu-lhe Karina. – Únicos mesmo.
--Nós sabemos, nós sabemos. – concordou Karl.
Nessa noite Karina foi para a cama às onze horas. Sentou-se às escuras e espreguiçou-se.
--Dói-me o corpo todo. – gemeu Karina. – E não fiz nada.
--Então fazemos um acordo. – murmurou-lhe uma voz ao ouvido, enquanto alguém lhe começava a massajar os ombros. – Eu alivio-te as dores e tu... bem... tu podes fazer-me o que quiseres.
--Ai sim? – murmurou Karina rodando a cabeça.
--Sim. – murmurou-lhe o tipo beijando-lhe o pescoço e massajando-lhe as costas.
Karina estava a apreciar tanto aquelas massagens que, a pouco e pouco, estava a ficar mole e com sono.
--Deita-te. – murmurou-lhe o tipo. – Depois da cabeçada de hoje...
--O quê?! – exclamou Karina levantando-se.
--Ups... Hoje não vou poder ficar mais tempo contigo, fofinha. Encontramo-nos noutro dia. – despediu-se o tipo.
--Volta aqui!!! – gritou Karina vendo a silhueta desaparecer. – Merda!!!
--O que se passou?! – perguntou Karl abrindo a porta e quase caindo ao entrar.
--Aquele capanga de meia-tigela... era ele! Se amanhã o apanho... hã! Corto-lhe o pescoço! – rosnou Karina fechando as mãos com força.
--Isso não será estrangular? – inquiriu Karl.
--Ou isso.
--Hey, amiga... – murmurou Karl aproximando-se de Karina. – Eu não estou a perceber nada.
--Já sei quem ele é. Foi o mesmo anormal que me raptou o irmão. – disse Karina dando um pontapé na mesa-de-cabeceira, mas arrependeu-se pois ficou com uma enorme dor no pé.
Nota: enfim... cá fica mais um capítulo XD comentem migos! bjx* fikem bem
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!