Cap. 19



-Você me prometeu, Regulus! Eu não posso esperar mais!

-Eu já mandei a carta, já disse que você era uma pessoa decidida...

-E...?

-Mas ele não se interessou por você, Bella!

-Como não?

-Ele te achou fraca, boazinha, mãe de família! Não interessou-se por uma mocinha ingênua!

-Mocinha ingênua, é? Ótimo... –e sacou a varinha. Andou em volta de Regulus, batendo a varinha na mão. Parou, apontou-a para Regulus e gritou:

-CRUCIO!

Graças ao isolamento acústico da sala, foi impossível ouvir os berros de Regulus, enquanto Bellatrix sorria doentiamente. Afastou a varinha de Regulus, que ficou ofegante.

-Priminho... acho que descobri meu talento. Vejamos o que seu mestre me diz agora...

E saiu batendo a porta.

-E-eu não... te-tenho... culpa!

-Disse alguma coisa?-perguntou Bellatrix, reentrando na sala.

-Eu... pára com isso! –Regulus se retorcia no chão. –Por... favor!

Bellatrix bateu o pé no chão, e fez cara de quem pensava em algo sério.

-Tá bom.

Regulus suava frio.

-E aí? Será que seu mestre não gostou mesmo de mim?

-Vo-vou falar... de novo com... com e-ele.

-Ótimo. É assim que eu quero. –e já ia se retirando novamente, quando se lembrou: -Ah... não esqueça de contar à ele sobre “esse nosso encontro”.

-Não vou esquecer.

-É claro que não vai. –e Bellatrix levantou a varinha em sinal de que a usaria. Regulus cambaleou. –Não se preocupe, eu já estou indo. Tchau.

E saiu, deixando Regulus caído no chão.

. . .


-Aonde você foi?

-Eu?

-Quem mais saiu dessa casa, Bellatrix?

-Se você quer mesmo saber, fui ver Lucius, Narcisa e Draco.

-Mentirosa. Eles acabaram de sair daqui.

-Quem disse que eles estavam em casa?

-Certo, dessa vez passa.

. . .


Regulus sorria. Bellatrix também.

-Ele disse que me chamaria, não?

-Claro. –falou ele satisfeito. –Na próxima semana.

-Você não é um inútil, afinal.

-Obrigado, milady.

-Sem gracinhas pro meu lado.

-Certo, c-certo...

-Avise-me, certo? Se quiser viver.

. . .


-Lucius...

-Hum?

-Você tem alguma idéia do paradeiro de Nia? Ela é só uma criança...

-Você sabe que não.

-Tem certeza?

-E-eu tenho.

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