Cap. 14



-Meu Deus! –chorava.

-Acalme-se, Narcisa!

-Onde é que está o meu filho, onde?!

Bellatrix, que agora odiava a irmã, estava com pena dela. “Certo, ela era amante de ante de Rodolfo, mas Nia também sumiu, e eu sei como é isso.”, pensava Bellatrix.

-Um dos garotos desaparecidos já foram encontrados, um menininho da idade de Nia, Harry.

-EU NÃO QUERO ESSE TAL DE HARRY! EU QUERO DRACO, O MEU, MEU, MEU FILHO!

-Nia também sumiu!

-E DAÍ?! EU QUERO O MEU DRACO!

Bellatrix segurou-se para não estuporar a irmã. “Egoísta. Sempre quis tudo para ela. Até o meu marido.”

-ENTÃO, FIQUE VOCÊ SOZINHA, COM AS SUAS LÁGRIMAS, NA SUA CASA, COM O SEU MARIDO! –berrou Bellatrix.

-Ãh... Lucius também sumiu. –disse Andrômeda, com cautela.

-FIQUE COM AS SUAS LÁGRIMAS, O SEU DESESPERO, SEM A MINHA AJUDA E SEM O SEU MA... O quê? Lucius sumiu?

-Sumiu, por quê? Você sabe de alguma coisa? ME FALE!

-Não, não, fiquei surpresa, foi só...

-VOCÊ SABE! VOCÊ SABE E NÃO QUER ME FALAR!

-NÃO SEI DE NADA!

-ACALMEM-SE!

Bellatrix e Narcisa calaram-se.

-Nossa, Andy, não conhecia essa sua garganta...

-Cansei dessa sua cara cínica, Narcisa. Vou para a casa.

. . .


Bellatrix segurou o ódio para não dar uma refrescada na memória de Narcisa. Ou ela esqueceu que... era amante de Rodolfo? Já em seu quarto, pôs-se a chorar, desesperada. Abriu a porta e foi até o quarto ao lado. Deparou-se com o berço agora vazio de Nia e pôs-se a chorar novamente. Abraçou firme o travesseiro da filha encharcando-o de lágrimas . Se ao menos houvesse um jeito de descarregar tudo. Pôr para fora o ódio e o desespero que pulsava dentro dela... qualquer jeito...

Peraí... havia um jeito...

-Regulus! Preciso falar com você!

Regulus estava redigindo uma carta em um pergaminho que caía pelo chão. Quando a prima falara, ele se apressara em guardar a carta na gaveta.

-Claro, Bella. O que foi?

-Estou querendo me juntar a vocês.

-Como assim?

-Gostaria que você, uma hora dessas, falasse de mim para o Lorde das Trevas.

. . .


Bellatrix chegou ao Ministério, precisava ser atendida naquele segundo.

-Pode deixar, eu falo com ela.

-Você a conhece?

-Levemente. –e aproximou-se de Bellatrix. –Ah, olá.

O Sr. Weasley sorria, acolheu a mulher em seu escritório (ligeiramente minúsculo e atolado de pastas) e a fez sentar.

-O que lhe traz aqui, Bellatrix?

-Estou... precisando muito da ajuda de vocês, muito, muito mesmo.

-Que tipo de ajuda?

-Minha filha sumiu. –disse Bellatrix, secamente.

-Hum... caso Malfoy... –disse Arthur pensativo.

-Caso Lestrange. –corrigiu.

-Ah, bom... nesse caso, é melhor eu leva-la ao Departamento de Desaparecimentos.

-Não sabia que existia um...

-Não existe. Acabamos de criar.

-Como assim?

-Tem duas pessoas que podem cuidar destes “casos”, e casualmente, estão aqui hoje.

-Quem? –indagou ela, curiosa.

Arthur levou-a a outra sala, onde encontravam-se um homem e uma mulher. O homem era moreno, usava óculos e examinava um mapa múndi, indeciso, sem saber se cravejava um alfinete vermelho em Portugal ou na França. A mulher colocava uma pequena pilha de pergaminhos em ordem alfabética. Ambos ergueram a cabeça e olharam para a recém-chegada, enquanto Arthur saía e batia a porta.

-Olá, sente-se. –disse a mulher com um sorriso. –Qual é o seu nome?

-Lestrange. Bellatrix Lestrange.

-Bellatrix Lestrange? –disse o homem, aparentemente surpreso. –Prima de Sirius Black?

-S-sim, mas...

-Somos Lily e James Potter, você tomou conta de nosso filho, Harry.

-Ah, sim! –e forçou um sorriso, cumprimentando os dois, apertando suas mãos.

-Vamos ao assunto, então. O que faz aqui?

-Minha filha sumiu.

-Certo...hum...sinto muito. –Lily pegou uma folha de pergaminho e uma pena-de-repetição.

-Nome de sua filha?

-Nia Lestrange.

Lily anotou todos os dados de Nia, inclusive anexou uma fotinho 3X4 que Bellatrix carregava na bolsa.

-Pronto, querida. Definitivamente, Portugal.

-Ah... –disse Lily, desapontada.

E James tirou o alfinete (com uma pontinha circular, que estava escrito “Potter”) de Portugal e tornou a pensar.

-Ótimo, Sra...

-Lestrange. –completou Bellatrix.

-Ótimo, Sra. Lestrange, retornaremos em breve.

-Mas, por favor...

-Já sei, já sei... entraremos em contato mesmo que não haja notícias.

-Ah, obrigada. –disse ela, alegre.

-Certo, você venceu... é França...

Lily soltou um gritinho de euforia, e Bellatrix se retirou.

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