Cap. 5

Havia se passado quase um mês desde o incidente da festa de Andy e Sirius continuava com o braço quebrado e um olho roxo. Bellatrix e Rodolfo estavam tomando café.

-Sabe, Rodolfo, acho que nós... –mas aquilo a fez calar. Aquela sensação de queimação viera de novo, mais forte. ela jogou o café garganta abaixo, mas tossiu tudo. Reparou que não era a velha queimação. Era diferente.

-Bella! O que aconteceu?

-Nada, Rodolfo... nada, e... –e vomitou todo o café da manhã.

-Bellatrix, você está se sentindo bem?

-Não... eu.... eu vou para o quarto.

Bellatrix foi até o quarto, até a lareira, jogou o pó de Flu e gritou para o fogo:

-Andy! Preciso de você agora!

O rosto de Andrômeda apareceu no meio das chamas.

-Bella, podia ter ido até o meu quarto, não acha?

-É, tudo bem. Preciso que você compre algo para mim. AGORA!

-É só dizer, que eu saio nesse frio... –disse, fazendo uma careta.

Lá fora nevava muito.

-Eu quero que você vá até uma dessas farmácias.

-Por quê? Lá só tem coisas de trouxas!

Bellatrix mostrou uma cara de poucos amigos.

-Tá, tá, tudo bem, eu vou...

-E vai comprar um... –e Bellatrix olhou para os lados e após constatar que não havia ninguém no quarto, declarou: -... teste de gravidez.

Andrômeda ficou vermelha.

-Como é que é?

-Você ouviu bem, Andy! Um teste de... você sabe. –e se apressou em completar. –Mas não é para mim não!

-E para quem é?

Bellatrix, novamente, mostrou uma cara horrível.

-Então... eu vou aparatar em uma dessas farmácias...

E o rosto de Andy... puff! Desapareceu.

Bellatrix deitou na cama, fechou os olhos, e lembrou de Lucius, que puxou-a até o rosto de Narcisa, que a fez lembrar de Rodolfo. E se... se o teste desse positivo? Certamente daria. Em uma fração de segundos ouviu um choro de bebê... tinha a sensação de estar caindo... caindo, em um buraco... Rodolfo conversava com algué, Ouviu a voz de Narcisa, então. Rodolfo e ela agora riam. Riam alto, riam dela. Narcisa estava com um bebê no colo, que insistia em chorar, e ela o levava para longe. ”Volte, Narcisa! Volte com o meu filho!”

-SOCORRO! –e Bellatrix acordou. –Rodolfo?

-O que aconteceu, Bella?

-Foi... só... só um sonho estranho. Só.

-Quer se abrir comigo, querida?

Mas o rosto de Andy apareceu na lareira.

-Não... não agora, Rodolfo. Você podia... –e fez um gesto do tipo “Você pode sair agora?”

-Ah, claro. –e Rodolfo se retirou do quarto.

-Trouxe o que eu pedi, Andrômeda?

-Sim, sim. Quem sabe você não pega aqui no meu quarto?

-Ótimo, eu já... –mas Bella correu para o banheiro.

-E depois me diz se o teste não era para você...

Mas Rodolfo reentrou no quarto...

-Bella! Você está...?

-RODOLFO LESTRANGE, EU NÃO HAVIA PEDIDO PARA VOCÊ SAIR DO MEU... DIGO, DO NOSSO QUARTO?!!!!!

Mas ele pareceu não ter ouvido os berros, e abraçou Bellatrix, beijou-a, abraçou de novo, até finalmente largar a mulher.

-Nós teremos um filho, não é? Não, uma garotinha!

Bellatrix sentou-se na beira da cama, suspirou e trancou-se no banheiro. Uns dez minutos depois, ela saiu, com os olhos marejados d’água e apenas disse ‘SIM”.

. . .

-Lucius, conseguimos! Acorda, Lucius! Amor!

-Que foi, Narcisa? –e bocejou. –são quatro e meia da manhã! Você não dorme?

-Durmo, amor, mas isso é... inesperado! Lucius Malfoy, preste atenção, estou grávida!,br>

-Ah, que bom, Narcisa, isso é realmente ótimo. –disse Lucius, sem prestar o mínimo de atenção a mulher, e já se virando para dormir novamente. –QUÊ? –e acordou.

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