O começo de tudo
N/a: Pessoal mais uma fic minha! Eu queria agradecer a todos e espero que vocês gostem dela assim como das outras!
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É impossível não contar a minha história, e principalmente a história desse estranho amor, sem falar da minha família.
Somos em muitos e isso nem sempre foi fácil, privacidade é uma coisa difícil de conseguir nessa casa. Somos eu (Gina Weasley), meus pais (Molly e Arthur Weasley), os meus irmãos gêmeos (Fred e Jorge Weasley), meu irmão pentelho (Rony Weasley).
E nós ainda moramos junto com a tia Lily Potter (que na verdade é prima de segundo grau da minha mãe), meu tio tão querido (Thiago Potter), meu primo e melhor amigo de todas as horas (Harry Potter) e minha prima que é apenas sete meses mais nova do que eu (Julie Potter).
Nós todos vivemos juntos em uma mansão no interior da Inglaterra, que possui um bosque, uma cachoeira que sempre foi nosso lugar preferido de brincadeiras e reuniões, um estábulo com muitos cavalos, duas piscinas (uma aquecida e a outra ao ar livre). Fora à casa dos elfos domésticos (que tia Lily faz questão de ser limpa e aconchegante). E um pequeno chalé perto da cachoeira que era o nosso cantinho, fazíamos planos, dormíamos lá, brincávamos enfim era o lugar perfeito.
Mais a história que juntou nossas famílias é realmente muito incomum, quer dizer, para mim seria realmente muito estranho se fossemos apenas os Weasleys e eles apenas os Potters.
Nem meus pais nem meus tios sabiam sequer da existência de um e do outro até que minha bisavó foi parar no hospital, em estado grave.
Toda a família correu para o hospital, mas existe um detalhe: meu pai não sabe dirigir nas ruas dos trouxas e nem sabe o que é um hospital. Resultado?
Meu pai acabou batendo o carro dele no carro de outra pessoa, só que o carro era dos meus tios.
Devo dizer que segundo eles, aquela foi uma situação inesquecível acompanhada de uma briga inesquecível. E o mais engraçado é que quando meu pai começou a brigar com meu tio (eles não tinham idéia de que eram parentes), minha mãe começou a brigar com a minha tia, só que a minha mãe estava grávida dos gêmeos!
Deve ter sido uma situação extremamente engraçada, mas o fato é que logo depois de se xingarem de tudo quanto é nome, cada um entrou para o seu carro e seguiram seu caminho, ou seja: o hospital. Claro que meus pais demoraram mais, já que meu pai deu várias voltas até achar o caminho certo.
Não devo nem dizer qual foi à reação deles ao se verem no hospital ou até descobrirem que estavam lá para visitar a mesma pessoa. Mamãe e tia Lily entraram para ver a minha bisavó, que ficou muito feliz em vê-las juntas, e fez um pedido antes de partir. Antes não tivesse feito.
“Prometam-me que vocês duas não vão se separar, que vão viver como a nossa família já foi um dia. Olhem na segunda gaveta do criado mudo do meu quarto, a caixa de prata. Vocês irão entender e eu prometo que vou sempre cuidar de vocês.
Prometem?”
Como elas sempre gostaram muito da minha bisa, prometeram prontamente. No dia seguinte ela morreu enquanto dormia. No dia do enterro chorando as duas resolveram olhar na gaveta, na caixa de prata que continha as inscrições “Clã” o espaço ao lado estava vazio.
Assim que elas abriram à caixa viram que ela continha muitas fotos de uma família muito numerosa que morava na mansão em que elas se encontravam agora.
Uma em especial lhes chamou a atenção: todos os membros da família juntos, cada um levando consigo uma coisa que lhes parecia muito querida.
Um homem de barba branca e chapéu pontudo segurava em sua mão uma miniatura de cavalo. Uma mulher de longos cabelos vermelhos e vestido com estampa de muitas flores acenava para as duas com uma mão e na outra tentava equilibrar uma montanha de livros, e então as duas reconheceram a sua bisavó muito mais nova, os cabelos também vermelhos os olhos muito verdes, como duas esmeraldas, segurava perto de seu rosto um ramalhete de rosas amarelas e aspirava de vez em quando o seu perfume e sorria de forma doce para as duas.
A essa altura as duas já choravam compulsivamente, quando meu pai e meu tio foram em socorro das duas. Mais calmas, as duas acharam um diário antigo que ao que parecia pertencia a Lorena, a bisavó.
Eles começaram a ler: “Nunca fui tão feliz, hoje é a grande comemoração do solstício de inverno e todos nós estamos ansiosos. Ficaremos como sempre acordados até bem tarde, ahh como adoro tudo nessa data. As danças, as comidas, as musicas é tudo tão perfeito!
Mas eu sei que sem a minha família tudo isso não teria tanta graça. Quer dizer temos nossos momentos, afinal morar onze pessoas juntos realmente não é nada fácil.”
E outra página:
“Lucian hoje decidiu tirar uma foto nossa, ele diz que é para ficar na memória e deu uma cópia para todos, não sei onde ele escondeu à original.
Todos estavam com um objeto que mostra o que cada um gosta mais de fazer. Leo estava com a miniatura de sua égua Safira, Jeanine com seus inúmeros livros, mas ela disse que pegou apenas os que ela gosta mais. Ainda parece uma montanha pra mim. E eu claro, levei algumas das minhas rosas preferidas, eu fiquei em duvida entre elas e as orquídeas vermelhas, mas as rosas se parecem mais comigo segundo Lucian. Ele diz que tem um tesouro guardado pra mim em algum lugar da mansão, uma coisa que é um segredo apenas meu e dele. Acho que sei o que é. Tenho que ir tia Catalina está tocando a sineta do chá.”
Vocês devem estar se perguntando como eu sei o que estava escrito, mas isso é uma coisa pra ser contada depois.
Como eu ia dizendo quando minha mãe e minha tia terminaram de ler essa pagina, elas decidiram que já estava tarde e que todos mereciam uma boa noite de sono, mas assim que elas fecharam à tampa da caixa de prata, as duas perceberam que a inscrição na tampa mudara, agora estava escrito: Clã W.P. A partir de então nossas famílias moram juntas na mansão, minha mãe teve os gêmeos, eram adicionados a família Fred e Jorge Weasley, logo depois mamãe ficou grávida de novo e alguns meses depois tia Lily ficou grávida pela primeira vez.
Assim chegaram à família Ronald Billius Weasley e Harry Thiago Potter.
Um ano depois mamãe ficou grávida de mim, sete meses depois tia Lily ficou grávida da Julie.
Assim a família cresceu, os gêmeos se revelaram grandes aprendizes do tio Thiago e de seus amigos, tio Lupin, Sirius. (Lupin sempre nos deixou chamá-lo de tio, mas Sirius não gosta muito e ele nunca fica muito tempo conosco, sempre está viajando). Além dessas pessoas ainda faziam parte da família os nossos amigos inseparáveis: Hermione Granger, seus pais trabalham na mansão e sempre foram grandes amigos da família, e Draco Malfoy nosso vizinho, não posso dizer que os seus pais fossem amigos da família porque isso seria uma grande mentira, os pais de Draco sempre foram muito arrogantes e frios, mas aparentemente estavam muito preocupados consigo mesmos para dar alguma atenção ao único filho. Então ele vivia lá em casa com a gente.
Na verdade, todos nós nos tornamos muito travessos, subíamos nas árvores e tentávamos ver se voávamos, nem devo dizer que não dava certo.
Mas para que essa história seja contada eu preciso voltar para o tempo em que nós éramos crianças e nós divertimos todos os dias sem nos preocuparmos com o futuro.
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- Harry, cadê você?! _ eu gritei chamando pelo meu primo, que aparentemente havia sumido.
Eu estava no meio do bosque, onde Harry disse que estaria, mas nada dele aparecer. Eu olhava por entre as moitas e as flores, mas não conseguia achar nem a sua sombra.
- Harry não tem mais graça! Pára com isso. _ eu disse já achando muito esquisito, ele jamais havia me deixado esperando desse jeito.
Mas que bobo! Ele quer é me dar um susto, mas ele vai ver só uma coisa quando ele aparecer eu vou colocar sapos na cama dele e aí...
- GINA!
Disse o meu primo sem graça, que um com um impulso pulou do galho que estava parando apenas alguns centímetros de onde eu caí, com o susto que levei.
- Urrrrrr! Seu grande imbecil! _ dizendo isso eu saí correndo e ouvi o Harry logo atrás de mim.
- Ahh Gina, volta aqui. _ disse ele quase me alcançando.
- Você é um tonto, Potter. _ eu continuava correndo.
Mas que moleque! Ele adora me assustar desse jeito, será que ele nunca vai crescer? _ pensei me sentindo muito madura.
Eu continuei a correr com ele nos meus calcanhares, sabia que não estava mais correndo de raiva dele, mas sim para ver se ele me alcançava.
Olhei para trás e vi ele com um sorriso que dizia “Eu vou te pegar, sua pimentinha” os cabelos curtos, mas bagunçados acompanhavam o balanço do vento, seus olhos verdes esmeraldas brilhavam diante do desafio que eu havia lhe lançado, eu dei risada e continuei correndo.
-Duvido que você me pegue Harry. _ eu gritei me desviando de um galho de uma laranjeira.
- Pois não duvide nunca de mim, Gininha._ ele disse em tom de ameaça.
Mas eu de repente eu não ouvia mais seus passos atrás de mim, quando eu me virei para olhar ele tinha sumido.
-Harry? _ eu o chamei_ Ohh pare com isso agora mesmo. _ dizendo isso eu coloquei as mãos na cintura.
Mas ele não apareceu, o silêncio reinava agora, a única coisa que era ouvida era o barulho da minha respiração ofegante.
- Ok, você não vai aparecer? Então eu vou embora._ Quando eu me virei para sair, ele pulou de um galho e caiu em cima de mim.
Resultado? Fomos os dois para o chão sorte que a árvore estava dando flores e havia um número enormes de florzinha brancas no chão que diminuíram o impacto da queda.
-Aii Harry, seu idiota! Eu poderia ter me machucado. _ resmunguei tentando fazer com que ele saísse de cima de mim.
- Eu disse para você não duvidar de mim. _ disse ele rindo e jogando os cabelos curtos pra trás num gesto que era igual ao do meu tio.
-Tá bom agora sai!Harry! _ mas ele não atendeu ao meu pedido. Ele apenas ficou me olhando com aqueles olhos tão lindos.
Um momento que pareceu durar uma eternidade, nenhum de nós dois disse nada apenas ficamos nos olhando. Seu olhar me aquecia como um banho quente no inverno, e as suas íris tão verdes brilhavam tanto que me lembraram duas esmeraldas. Harry rolou para o lado, mas isso não diminui a distância entre nós e ficamos deitados nas flores no meio do bosque lado a lado.
-Você já se perguntou qual é a sensação? _ disse ele ainda me olhando nos olhos e quebrando o silêncio.
- Sensação? Que sensação?
- De um beijo, igual ao que nossos pais se dão. _ ele disse me encarando, seu olhar era de dúvida e eu me perguntei o porquê de ele me perguntar aquilo.
- Bem já, mas mamãe disse que eu sou muito nova para isso. “Você só tem 10 anos Gina e mesmo assim não dá pra explicar a sensação de um beijo, ela é única.” _ eu disse imitando a voz da minha mãe e consegui arrancar uma risada do Harry.
- Eu também perguntei ao meu pai e ele disse que é a melhor sensação do mundo. Ele disse que é como se você subisse aos céus e retornasse e quando você abre os olhos se depara com um anjo. _ Quando Harry me disse isso os olhos dele brilhavam e eu sabia que ele estava imaginando como é essa sensação de acordo com o que meu tio havia descrito.
-Parece muito bom, não é?
-Parece sim, você gostaria de experimentar comigo, Gina?
O que ele quer dizer com isso?
- Como assim?
- Minha mãe disse que o primeiro beijo tem que ser com uma pessoa especial e você é minha melhor amiga, então você é especial, certo?
- Ah... acho que sim, e você também é meu melhor amigo isso faz você especial também.
E ficamos nos olhando com cara de “Vamos fazer isso?”.
De repente Harry ficou muito vermelho e disse encabulado.
-Sabe, eu não gostaria que meu primeiro beijo fosse com outra pessoa além de você, quer dizer, se ele for com uma pessoa especial ninguém melhor do que você. Bem é isso.
- E o que nós temos que fazer necessariamente?
- Feche os olhos. _ ele disse chegando perto de mim, mas eu estava com vergonha.
-Você não vai aprontar nenhuma idiotice comigo, vai?
-Você precisa confiar em mim, Gina! Você confia?_ ele disse chegando ainda mais perto, nossos rostos estavam separados por milímetros.
-Confio Harry._ E eu ri quando uma mecha teimosa de cabelo caiu sobre a sua testa e ele fez uma careta. Estiquei a mão e tirei, mas minha mão parecia ter vida própria e ela desceu. Ela passou pelas sobrancelhas, pelos olhos e com meu gesto ele os fechou, continuei o trajeto e a ponta dos meus dedos deslizaram até o nariz e finalmente pela boca, nessa hora ele abriu os olhos e ficou me fitando como se esperasse pela resposta. E a minha resposta veio em forma de um sorriso, eu lhe deu um sorriso como sinal de que sim, eu gostaria de descobrir aquilo com ele.
De repente eu senti sua mão quente em meu rosto e vi que ele chegou à boca bem perto do meu ouvido e murmurou:
-Feche os olhos e confie em mim.
Eu obedeci prontamente dessa vez e senti sua mão no meu queixo, o contato dela estava deixando um rastro quente pelo meu rosto, e aos poucos fui sentindo a presença dele cada vez mais perto e de repente eu tinha a sensação de que ele estava com a boca dele a um milímetro da minha, mas ele havia parado. Eu pudia sentir sua presença perto, muito perto de mim, sentia sua respiração fazendo cócegas na minha boca, mas ele aparentemente havia travado!
Quando eu estava prestes a abrir os olhos para ver o que houve, eu senti a outra mão dele segurar na minha que estava pousada no meu colo e a colocou sobre o peito dele.
Eu pude perceber que ele estava tão nervoso quanto eu, as batidas do coração dele estavam a mil por hora e enfim eu senti! Ele num movimento lento colou os lábios dele nos meus e foi como se um raio passasse pelo meu corpo. Os lábios dele eram quentes e macios, eu jamais havia sentido nada assim era como se nada existisse e minha mente tinha se apagado, tudo o que meu corpo podia registrar era a boca dele colada a minha o quanto aquele pequeno gesto fez com meu coração acelerasse e desacelerasse, uma sensação muito gostoso surgiu na minha barriga como um comichão então lentamente fomos nos separando, os dois ainda de olhos fechados.
Depois de alguns segundos nós dois abrimos os olhos como que esperando que algo tivesse mudado tanto em nós quanto no mundo ao nosso redor, vimos que não.
- Uau. _ disse ele abrindo um sorriso.
- É, uau, mas, eu não vi nenhum anjo. _ Dito isso eu fiz uma cara de dúvida.
-É eu também não vi nenhum anjo, quem sabe o anjo só aparece quando a gente fica maior?
-É, vai ver o beijo fica mais longo e molhado quando a gente cresce como quando nossos pais se beijam.
- Quando ficarmos maiores nós tentamos de novo, Ok? _ disse ele me estendendo a mão, como se fizéssemos um acordo.
- Ok. _ eu disse antes de apertar a minha mão e ele me levantar.
- Onde estão os outros? _ ele murmurou olhando ao redor.
-Aii meleca! Eles estão nos esperando lá na cachoeira.
- Então é melhor corrermos, olhos violeta._ ele disse pegando na minha mão e começou a correr, comigo logo atrás.
Nós dois pensávamos que quando abríssemos os olhos tudo estaria mudado e quando abrimos e não notamos diferença alguma pensamos que nada havia mudado. Estávamos muito errados, a partir desse dia em diante tudo mudaria.
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- Onde esses dois se meteram_ resmungou Rony pela milionésima vez.
- A minha resposta é a mesma de cinco minutos atrás. NÃO FAÇO A MÍNIMA IDÉIA!_ respondeu Mione com um grito que assustou um Rony estressado. Ele acabou caindo da pedra em que estava sentado. E claro, Draco começou a gargalhar sonoramente.
-Pára de rir, Draco. _ disse o Rony muito vermelho de vergonha, e ficou ainda mais vermelho quando percebeu que eu e a Mione queríamos rir também.
-Você...deveria...ver...que cena ridícula...que foi...quando a sua bunda...beijou o chão._ dizendo isso Draco recomeçou a rir de novo e quem caiu dessa vez foi ele.
Ahh aí não teve como segurar o riso eu, Rony, Mione, Fred e Jorge começamos a rir descontroladamente.
-Não tem a mínima graça, seus malas._ resmungou ele esfregando o bumbum.
- O beijo que o Rony deu foi um selindo..._ Disse Fred
- Mas o seu foi um beijo com direito a língua!_ Completou Jorge fazendo com que nós ríssemos mais ainda.
- Não foi bem assim!_ Exclamou um Draco vermelho
- Foi sim Draco._ eu disse rindo.
-Até você, Julie?_ ele disse arqueando a sobramcelha.
-Ué, por que não eu, olhos prata?
Quando ele abriu a boca para retrucar vimos Harry e Gina chegarem correndo, vermelhos e ofegantes.
- Posso saber onde diabos vocês dois se meteram?_ murmurou Draco por entre os dentes.
-Olha a boca, Draco!_ Repreendeu Mione.
- Minha boca está ótima, Mione, obrigado pela preocupação._ disse ele com um sorrisinho debochado.
-Ok, afinal a gente vai ou não cair na água?_ eu perguntei desanimada.
-Vamos sim, maninha e você vai ser a primeira. _Dizendo isso Harry me pegou no colo e me atirou na água.
Quando eu voltei à superfície Draco, Rony e a Mione já estavam pulando na água também e Harry foi pego de surpresa pela Gina que empurrou ele que também acabou levando ela junto, já os gêmeos estavam analisando qual jeito de pular faria a maior onde até que eles desistiram e pularam na água abraçando os joelhos.
-BANZAI!_ Gritaram os dois.
Nós nos divertíamos muito na água, Malfoy veio tentar brincar de Tubarão, mas, acabei dando uma cotovelada no nariz dele quando ele me assustou.
- Draco você está bem?_ eu perguntei quando percebi o que tinha acontecido. Draco com as duas mãos no nariz e muito vermelho.
- Tô ótimo, adoro dar narigadas no cotovelo dos outros, é quase um fetiche, olhos mel.
- Ahh então tá bom, você é que sabe.
- Nossa a água está quentinha. _ Disse Hermione.
- Quentinha até demais!_ Exclamou Fred.
- Rony, seu porco!_ Completou Jorge.
Imediatamente todos se afastaram dele que corou na hora.
- Como vocês sempre descobrem que fui eu?
- Porque você é o único que sempre faz... _ Implicou Fred.
- E não disfarça. _ Replicou Jorge.
Passamos a tarde toda brincando até ouvirmos ao longe a sineta para o jantar, todos nós pegamos nossas toalhas e tentamos nos secar, mas a única coisa que conseguimos foi deixar nossas toalhas molhadas como nós.
- Bom, eu vou indo. _ disse Draco se despedindo e se encaminhando para a porta de madeira que faz ligação entre a nossa casa e de Draco, os adultos não sabem de sua existem e nós não vamos contar.
-Tem certeza de que não quer tomar chá com a gente, olhos prata? _ Disse Gina pegando em seu braço, fazendo com que um leve sorriso aparecesse na cara azeda dele.
Às vezes eu acho que a única pessoa que faz o pavão depenado sorrir e se tornar um ser humano menos ignorante é a Gina, claro que eu só havia falado aquilo para a própria Gina que riu e disse que eu estava maluca.
- Não acho que isso vá acontecer algum dia Gina, uma coisa é brincar com vocês outra é tomar chá com a família toda. Meu pai me mataria. Mas obrigada mesmo, olhos violeta.
-Humm então tá, mas o convite continua de pé. _ Disse ela lhe dando um beijo e um leve abraço.
E ele foi embora todo sem graça, se despedindo de todos com um aceno. Assim que ele sumiu no meio das árvores nos todos ficamos nos olhando até que o Fred gritou:
- Quem chegar por último é um sapo verde, gosmento que fede a bosta de cavalo!_ Dizendo isso ele saiu correndo e todos nós também.
Afinal, ninguém quer ser um sapo horrível que fede ainda!
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Depois do jantar, a família toda estava reunida no salão azul e eu parei para reparar em todos eles. Minha mãe fazia bordados em uma toalhinha, meu pai com o seu inseparável caderninho preto fazia contas matemáticas dificílimas, minha tia Lily desenhava com um lápis preto especial um belo quadro que eu reconheci como o bosque da mansão, meu tio Thiago lia o jornal na página de esportes, mas de dez em dez minutos olhava pra minha tia e abria um sorriso, Rony e Harry estavam jogando uma partida de xadrez, minha prima folheava uma revista de moda e tentava desenhar as roupas iguais, já os gêmeos ficavam num canto cochichando e escrevendo numa folha de papel alguma coisa que parecia um plano. Eu tinha ouvido um trecho da conversa:
- Tudo bem que o Rony é burro, mas nem tanto...
- Acredite Jorge, ele nem imaginaria isso...
Garotos!_ Pensei girando os olhos.
Olhei para o meu tio e lá estava ele olhando pra minha tia de novo, ele percebendo que eu estava olhando pra ele me dirigiu um sorriso e piscou o olho.
Como aquele sorriso me lembrava o de Harry e minha mente me levou para o nosso beijo no bosque.
Um beijo!_ Pensei e um sorriso tolo apareceu nos meus lábios.
- Parece que minha queridinha viu um passarinho verde! _ Disse minha tia sorrindo, aquele sorriso doce que só ela sabe dar.
De repente eu percebi que todos olhavam pra mim e Harry tinha um sorriso de “Você está pensando no nosso beijo não está?”
- Bom_ Disse minha mão largando o bordado_ Crianças temos que falar com vocês.
- Não tem nenhuma criança aqui mãe!_ Exclamou um Rony irritado.
- Claro que não Roniquinho.
- É isso aí, o Roniquinho já é quase um mocinho!_ Levantou Fred indo apertar as bochechas do Rony.
- Já chega Fred, nós temos uma coisa importante para dizer.
- Sobre o que tio? _ Perguntou Julie.
- Bem, vocês precisam entender que nós tomamos essa decisão pensando no melhor pra vocês._ Disse tia Lily, que nesse momento dava a mão para o tio.
- Mãe, do que vocês estão falando?_ Perguntou Harry desconfiado.
- Eu, sua mãe e seus tios resolvemos que não é bom pra vocês terem aulas particulares com a sua mãe.
- Sabe eu e Molly temos que cuidar da loja de produtos naturais e vocês precisam de um estudo mais reforçado.
- Tia... Tio... O que vocês querem dizer com tudo isso? _ Perguntei já imaginado o que estaria por vir.
- Bom Gina, nós achamos melhor mandar todos vocês incluindo a Hermione e eu presumo que o Draco também vá..._ Disse minha mãe um tanto desconfortável com a situação.
- Vá aonde?_ Disse Fred já levantando também.
- E fazer o que?_ Complementou Jorge que também levantava.
- Bem, vocês vão para a escola. _ Disse meu tio como se aquilo fosse muito bom.
- ESCOLA?!_ Gritamos em uníssono.
- Mas mamãe, nós fizemos alguma coisa de errado?!_ Disse Julie que parecia estar prestes a chorar, nesse momento Harry a abraçou e como nós ficou esperando pela resposta.
- Não querida, vocês não fizeram nada de errado.
- Então por que vocês vão nos separar desse jeito? Quer dizer, Fred e Jorge vão ficar em uma turma e Harry, Rony, Draco e a Mione em outra e eu e a Julie em outra! Isto é terrível. _ Eu disse quase gritando.
Droga, por que eles estão fazendo isso com a gente?
- Pode parecer uma coisa ruim, mas vocês vão ver que a escola é um lugar maravilhoso. _ Disse meu pai tentando fazer com que a gente se animasse.
- Ahh claro pai! Um lugar cheio de gente esquisita que faz coisas esquisitas. Claro é um lugar MUITO legal._ Exclamou Rony jogando os braços pra cima e bufando.
- Não adianta as aulas começam daqui a duas semanas e vocês vão pra escola, fim de papo._ Disse meu pai muito sério.
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Não teve papo mesmo duas semana depois meu tio deixava na frente da escola dois gêmeos ruivos, um moreno, um ruivo, uma castanha de cabelos ondulados, um loiro, uma ruiva e uma castanha clara.
- Muito bem, aqui estamos. _ Disse Fred enquanto nós nos juntávamos num círculo. _ Garotas fiquem com a gente sempre que possível e se quando nó não tivermos perto e algum idiota mexer com vocês, gritem que nós vamos correndo, Ok?
- Eu tô com medo, Jorge._ Disse Julie enquanto este a abraçava.
- É só a gente ficar juntos que vai ficar tudo bem, olhos mel.
Fred e Jorge seguiram na frente com Julie entre eles. Rony, Mione e Draco em seguida enquanto eu e Gina ficamos olhando o prédio da suposta “escola”
- Fique o mais perto de mim possível, olhos violeta._ Eu disse olhando para a pimentinha.
- Você não vai deixar que nada de mal aconteça, certo?_ Ela perguntou me abraçando.
- Nunca, se algum idiota tocar em você eu encho ele de porrada. _ Dito isso ela começou a rir.
- Tá bom. _ Disse ela pegando na minha mão._ Eu confio em você, olhos verdes.
E fomos de mãos dadas rumo a nossa mais nova aventura: O primeiro dia de aula!
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N/a: Pessoal é isso por enquanto, por favor, mandem muitos coments e façam uma autora muito feliz.
Esse capítulo é dedicado a minha mana do coração, que me ajuda e principalmente me aconselha. Te adoro Kizy Malfoy.
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