Visita Inesperada
Após a grande perda, Harry se via mais uma vez no n. 4 da Rua dos Alfeneiros, perdido em seus pensamentos. Agora ele teria que agir sozinho, teria que achar as Horcruxes, podia contar com os amigos, Hermione Granger e Ronald Weasley e com toda a Ordem, mas não seria a mesma coisa sem seu grande mentor, Alvo Dumbledore. Na ultima reunião que teve com os bruxos da Ordem, Harry contou sobre a procura das Horcruxes e o fato de terem que destruir as mesmas para conseguirem vencer Voldemort. Estes se prontificaram a ajudá-lo a procurar. Estava chegando o dia do retorno as aulas, mas Harry pensava seriamente se voltaria pra Hogwarts cursar o seu ultimo ano, talvez não tivesse condições nem físicas muito menos psicológicas pra isso. De repente algo tirou Harry de seus pensamentos, ele olhou assustado pela janela de seu quarto e não acreditou no que viu. Ele poderia esperar qualquer um, menos essa pessoa. Sua raiva subiu instantaneamente, como ele teria coragem de ir bater em sua porta, depois de tudo que tinha feito. Como seus tios haviam saído para comemorar o aniversário de seu primo Duda, ele de certa forma agradeceu a Merlin por isso, desceu correndo as escadas, com o intuito de acabar com aquele inconseqüente. Abriu a porta e já foi apontando sua varinha no rosto pálido do rapaz. - Como ousa aparecer aqui na porta da minha casa, Malfoy? Não tem zelo por sua própria vida? - disse Harry aos berros. - Calma Potter, me deixe explicar, pode não parecer mais eu tenho uma boa explicação, preciso de sua ajuda, estou correndo perigo. Por Favor, me escute pelo menos, depois se você quiser pode me matar, porque isso é só uma questão de tempo mesmo. – respondeu Malfoy, mas não com a arrogância de antes, e sim com um pavor na voz. Harry assustou com a forma que Draco Malfoy estava falando, não era de seu feitio se humilhar assim, ainda mais para Harry. - Tudo bem, pode entrar, mas espero que você tenha algo bem esclarecedor para que eu poupe a sua vida Malfoy. – disse Harry abrindo a porta e indicando a sala para Draco. - Obrigado. – foi só o que Draco conseguiu falar antes de entrar num choro compulsivo. Harry ficou totalmente imóvel com aquela situação, ele estaria vendo bem, era Draco Malfoy mesmo que estava ali na sua frente chorando igual a uma criança? Para espanto de Harry era sim, o próprio. - Tente se acalmar Malfoy, assim você não vai conseguir falar uma única palavra, e não podemos demorar, meus tios estão para chegar a qualquer momento. – disse Harry tentando acalmar o rapaz. - Desculpe Potter, mas eu estou desesperado, não sei o que eu faço, fiz a maior burrada da minha vida, onde eu estava com a cabeça quando me tornei um comensal e trai o Prof. Dumbledore, eu não queria fazer aquilo, não queria que ele morresse. Harry apenas escutava, tentando acreditar nas palavras de Malfoy, mas isso poderia ser uma armadilha, estava atendo a todos os movimentos do rapaz. - Um pouco tarde pra isso, não acha Malfoy? Tarde demais para arrependimentos – falou Harry tentando não agarrar o pescoço do rapaz. - Tenho total consciência disso Potter, e é por isso que estou aqui para contar tudo a você. - Está bem Malfoy, eu estou escutando. - Bom, no começo eu achei que era a oportunidade da minha vida, poder ser melhor que você, eu queria mostrar pro mundo bruxo que eu tinha capacidade de destruir o grande bruxo Alvo Dumbledore, e também queria vingança pelo fato do meu pai estar em Azkaban, mas não foi tão fácil quanto parecia, no fundo eu comecei a perceber que não era tão das trevas assim, tinha choros compulsivos diariamente, não comia nem bebia, você deve ter percebido isso, mas era tarde demais, eu já tinha me tornado um comensal – nesse momento Draco levantou a manga da camisa e mostrou a marca para Harry - ou eu fazia o combinado ou sofreia as conseqüências – fez uma pausa pra recuperar o fôlego e continuou – mas um dia antes do acontecido, o Prof. Dumbledore me chamou em sua sala, ele me disse que estava sabendo de todo o plano, e que poderia me ajudar e me contou que estaria disposto a esquecer, se eu me arrependesse e viesse pro lado do bem, ele me disse que tinha certeza que eu não era mal como o meu pai. Nunca chorei como naquele dia, disse que eu não queria fazer, mas que não tinha como voltar a traz, então ele disse que iríamos arrumar uma forma de solucionar o problema, mas eu não aceitei, disse que não teria mais volta, se eu não fizesse iria pagar como a minha própria vida. - Você deveria ter confiado nele Draco – este se assustou ao ver Harry o chamar pelo nome. - Deveria Harry, mas o medo foi mais forte. Foi a ultima vez que eu falei com o Professor, bom depois você já sabe o que aconteceu, na hora eu não consegui, mas Snape o fez por mim, naquele momento vi minha vida indo junto com a do Professor, minha vontade era de correr ate ele e pedir perdão, mas Snape não deixou me arrastou pra fora da escola. Ai começou a minha tortura Harry, fui azarado de todas as formas possíveis, e só estou aqui pra te contar isso, por que minha mãe fez com que eu escapasse. - Imagino mesmo o seu pavor, com certeza Voldemort está furioso com você. - Furioso é pouco, e é por isso que estou aqui Harry, quero ajudar você destruir aquele monstro que tornou minha vida um terror. Harry ficou pensativo por alguns minutos, não sabia se poderia confiar totalmente em Malfoy, foi quando o mesmo disse. - Sei mais do que você imagina Harry, sei muita coisa que poderia ajudar você e todos da Ordem. - Tudo bem, eu vou dar um credito a você Malfoy, mas se eu desconfiar que você esta mentindo eu mesmo o mato. – disse Harry. Draco somente sorriu em forma de agradecimento. - Bom, temos que arrumar um lugar para você se esconder, aqui você não pode ficar, meus tios me mataria. Harry andava de um lado pro outro tentando arrumar uma saída, foi então que correu para seu quarto pegou um pergaminho, iria escrever para o Sr. Weasley o mais rápido possível, ele com certeza iria ter uma solução para Harry. Correu ate Edwiges e pediu para que ela entregasse a carta ao Sr. Weasley o mais rápido possível. A coruja branca como a neve saiu pela janela e logo sumiu de vista, agora Harry teria que esconder o Draco ate que tivessem uma solução. Desceu ate a sala. - Draco, venha comigo, vamos ao meu quarto você vai ficar aqui ate que o Sr. Weasley chegue e encontremos algum lugar para você. -Tudo bem Harry, eu agradeço a ajuda. – disse Draco cabisbaixo. Harry sorriu, pode ver certa verdade em Draco. -Você deve estar faminto não? – perguntou Harry. Draco fez que sim com a cabeça. - Não sou bom na cozinha, mas vou ver se tem alguma coisa na geladeira pra você, mas antes você deve ir ao meu quarto, não sai de lá por nada. Harry levou Draco até seu quarto e voltou à cozinha, pegou um copo de leite e alguns pães, geléia. Draco comeu como se não o fizesse há muito tempo, Harry o observava preocupado enquanto aguardavam a chegado do Sr. Weasley
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