Não me traga lembranças



Cap. 01_

A ministra da Magia, Hermione Granger, tirou os óculos de leitura e esfregou os olhos. Era uma noite fresca e estrelada, mas a janela da sua sala no ministério exibia uma turbulenta tempestade. Era assim que sua cabeça estava: turbulenta.

No jornal a sua frente, uma notícia que já se tornara habitual nos últimos tempos. Mortes. Mortes suspeitas. Atentados. E, no rodapé, uma alfinetada dizendo que, agora, elfos domésticos tinham salário, mas pessoas não estavam mais seguras em suas casas. O que a ministra pretendia fazer a respeito?

Bom, a ministra não fazia, absolutamente, idéia nenhuma do que fazer a respeito. Ela não fazia nem idéia do que estava acontecendo.

Cansada, levantou-se e caminhou lentamente até a lareira. Há cinco anos, ela não via nenhuma atentado parecido com os que estavam acontecendo. Há cinco anos. Desde que Voldemort caíra.

Mais lentamente ainda, ela ergueu a mão e passou-a sobre a moldura de um retrato no console da lareira. Na foto, uma Hermione em preto e branco, molhada de chuva, abraçava alguém com negros cabelos rebeldes.

Harry.

O amor de toda sua vida.

Há cinco anos, Voldemort caíra e levara consigo o grande amor da mulher em pé, em frente à lareira. Harry se sacrificara para dar um futuro melhor a ela e ao seu filho.

E, agora, tudo isso voltava. Medo. Terror. Pessoas assustadas a todo o tempo. E ele nem estava mais ali para protege-la. Para guia-la.

Por que raios ele a deixara sozinha? E agora ela estava tão perdida...

Não conseguia nem imaginar quem podia ser tão cruel a ponto de se igualar a Voldemort. De causar o medo que ele causava.

E, o mais estranho, era que, dessa vez, ninguém sabia quem estava por trás de tudo isso. Era uma face oculta. Era um inimigo desconhecido.

Olhou para o relógio e percebeu que perdera a hora. O ministério já estava vazio, e não havia mais nada ali para ser feito.

Voltou a sua mesa, juntou os papéis espalhados e guardou-os, organizadamente, em uma gaveta. Ajeitou a saia de corte reto, afastou o cabelo do rosto, saiu, trancou a porta e começou a caminhar pelo corredor escuro e deserto.

Então, uma pequena figura surgiu na curva mais próxima do corredor, gritou algo alegremente e se pôs a correr, a toda velocidade que suas perninhas podiam agüentar.

Mione sorriu e curvou-se, com os braços abertos, para receber a pequena figura, que se chocou com ela, abraçando-a. Hermione retribuiu o abraço com força e ergueu a figurinha no colo.

_A gente veio buscar você, mamãe. _a criança falou enquanto Hermione beijava-lhe a face. Somente então ela olhou além do filho e encontrou um ruivo alto e forte encostado displicentemente à parede, mirando-a com ternura.

_Você não trouxe meu filho, até aqui, naquela vassoura, trouxe? _ela perguntou arqueando as sobrancelhas e colocando a criança no chão.

Rony arqueou igualmente as sobrancelhas. _Ele não podia aparatar aqui, não é mesmo? _Hermione arregalou os olhos _Ah, qual é, Mione? _Rony desencostou da parede e aproximou-se deles _O Thiago adora voar. _e bagunçou os já bagunçados e rebeldes cabelos negros do garoto. Hermione sentiu o coração apertar. Ele gostava de voar como o pai.

_Você está péssima. _Rony comentou examinando o rosto da amiga.

_Bom, você também estaria, _ela respondeu segurando a mão do filho e voltando a caminhar pelo corredor. Rony acompanhou-os _se o mundo bruxo estivesse em polvorosa e você fosse o responsável.

Rony parou a sua frente, fazendo-a parar também. _Ei, ei, _ele afastou uma mecha de cabelo que escorregou sobre seu rosto _você não é a responsável. E não pode se culpar pelo que está acontecendo.

_Eu sou a ministra, Rony. Se eu não sou responsável, quem é? _ela retrucou com um olhar desesperado. No fundo, ela esperava que ele tivesse a resposta. Qualquer coisa que a ajudasse.

Mas Rony inclinou a cabeça e meramente respondeu: _Acho que você precisa de um café.

Hermione pensou, indignada, em dizer que um café não ia resolver seus problemas. Mas não achou nada melhor que um café no momento. _Acho que eu vou aceitar. _ela respondeu passando a mão na testa _Mas eu não vou voar naquela porcaria que você chama de vassoura.

_Eu vou, mãe! _Thiago gritou animado, soltando de sua mão e correndo para Rony. _Posso? _ele perguntou com olhinhos esperançosos para ela.

Mione fez que sim com a cabeça, conformada, e o garoto, sorrindo, estendeu os braços para o ruivo, que imediatamente, ergueu-o com um dos braços.

_Vamos lá, garoto. Talvez eu deixe você pilotar um pouquinho. _e saiu caminhando.

_Rony! _Hermione exclamou alerta _Rony Weasley, se você deixar meu filho pilotar sua vassoura de corrida, eu acabo com você! _e saiu batendo o salto alto no chão, atrás deles.

***

_De uma vez por todas, Virgínia Malfoy, _Draco Malfoy berrou de um dos lados de uma imensa mesa de jantar, para uma ruiva espumando de raiva _eu vou leva-la ao medi-bruxo amanhã, nem que seja arrastada!

_Você não! _e agarrou um vaso de flores no centro da mesa _Manda! _e tomou impulso _Em mim! _Draco abaixou bem a tempo, e o vaso espatifou-se com estrondo na parede atrás dele. Draco levantou-se e olhou para trás para ver o estrago.

_Por Merlim, Virgínia! _ele virou-se para ela, indignado _Era um vaso sueco!

_É mesmo? _ela perguntou estreitando os olhos _Só é caco, agora.

_Mas o que deu em você?! _ele perguntou, espantando _Primeiro você passa mal a semana inteira. Não pode sentir cheiro de assado que enjoa. Depois pára de falar comigo. E agora fica arremessando as coisas pela casa? Você precisa de uma consulta!

_Não! _ela respondeu com uma careta e pegou uma jarra na cristaleira _Eu preciso de um marido que não seja um rico empresário de um famoso time de quadribol E QUE NÃO OFEREÇA CARONA PARA SUA SECRETÁRIA SEM VERGONHA NO FIM DO EXPEDIENTE! _e arremessou a jarra, que Draco desviou habilmente e que saiu voando pela janela, quebrando-se no jardim.

_Ah, Virgínia, tenha santa paciência. _ele resmungou fazendo um gesto de cansaço com as mãos _As lareiras estavam bloqueadas por causa dos ataques. Eu não acredito que você está com ciúme da Liv.

_Ah, é Liv, para você agora? Não é mais Srta Lívia Lescut?

Então, uma pequena elfa doméstica entrou na sala de jantar, timidamente, foi até a cristaleira e começou a tirar os faqueiros de prata de dentro dela. Draco e Gina olharam-na intrigados.

_O que está fazendo, Gwen? _Draco perguntou franzindo a testa.

_Gwen está tirando objetos perigosos, senhor. Por precaução. Antes que os amos da Gwen se machuquem de verdade. _e saiu do lugar com os bracinhos carregados de facas e garfos.

_Você viu isso? –Draco perguntou apontando dramaticamente para a elfa –Desde que sua amiguinha assumiu o controle do ministério esses elfos se acham no controle das casas.

_Não. Mude. De assunto. _Gina sibilou em voz baixa, apoiando as duas mãos na mesa. Então se afastou como se acabasse de lhe ocorrer uma idéia –Draco, você tem um caso?

_Por Merlim, Virgínia, não seja ridícula...

Ela virou-se e pegou um vaso todo de cristal, com desenhos de cobras e trabalhado com diamantes. Virou-se novamente para ele, com uma expressão sugestiva. _Você não respondeu, Draco...

Draco arregalou os olhos e ergueu uma mão. _Minha mãe me deu esse vaso de presente de casamento, Virgínia, se você fizer alguma coisa eu...

_Resposta errada. _ela interrompeu-o cantarolando, e derrubou o vaso no chão _Ops. _a ruiva deu de ombros, com uma expressão inocente. _escorregou. _Draco soltou um lamento e cobriu o rosto com os braços, e ela saiu da sala de jantar para o saguão.

_Gina! _Draco chamou-a e correu atrás dela. Alcançou-a quando ela colocou o pé no primeiro degrau da escada. Segurou seu braço e a fez se virar. _Ei, eu não estou, ok? Como você pode pensar isso?

Gina fez um bico emburrado. _Eu não sei. Só... Estou me sentindo feia.

Draco franziu as sobrancelhas, com uma expressão de espanto, sem entender nada. _Você o quê? _então, descontraiu o rosto _Ok, você vai fazer um exame amanhã, mocinha. E eu não quero ouvir objeções.

Gina rendeu-se e aninhou-se entre seus braços musculosos.

_Acha que eu estou doente?

_É bom para você que esteja. _ele respondeu dando um beijo no topo de sua cabeça _Ou eu vou querer dois vasos novos.

***

Do último andar, do alto edifício, bruxo era possível ver uma grande parte da cidade, com suas luzes piscando. Àquela hora, o movimento no café da praça de alimentação em que estavam, não era grande. Fora eles, alguns executivos liam compenetrados seus jornais, enquanto comiam pedaços de bolos ou tortas.

Rony comprara pra Thiago uma enorme taça de sorvete, que ele foi comer encostado à parede envidraçada, olhando a vista, e fora buscar os cafés, para ele e Mione.

_Quente, quente, quente. _ele resmungou baixinho segurando duas xícaras fumegantes. Mione sorriu e se afastou para ele apoiar as xícaras na pequena mesinha. _Então, sente-se melhor? _Mione começou a mexer o café com a colher, fazendo um não tristonho com a cabeça. _Ah, qual é, Mione? Você tem uma carreira de fazer inveja, um filho maravilhoso. _e olhou para Thiago. Mione virou para trás para olha-lo também. Distraidamente, ele comia seu sorvete observando as pessoas em um fast food ao lado. _E sabe o que mais? _Mione virou-se novamente para ele _Você está tomando café com um super astro do quadribol, muito famoso e simpático. _Abriu os olhos sugestivamente _Sei de garotas que dariam um dedinho para estar no seu lugar.

Mione riu. _E quando foi que você ficou assim convencido?

_Ei, _Rony cruzou os braços sobre a mesa e curvou-se para frente, olhando-a ternamente _você riu.

Mione olhou para baixo constrangida, e voltou a mexer em seu café. _Às vezes eu fico pensando que... Que o que aconteceu foi à toa.

_Você quer dizer... Sobre o Harry?

Mione fez que sim. _Ele fez aquilo para dar uma vida melhor ao filho. _ela balançou a cabeça inconformada _E o Thiago não pode nem ir à praia sozinho, Rony. E... _ela fez um gesto indignado com os braços _Nós moramos à beira mar. Dá para acreditar nisso? _tristemente, ela apoiou o cotovelo na mesa e a cabeça na mão. _Eu preferia que ele estivesse aqui agora. Para me dizer que... Tudo ia ficar bem. Ou qualquer coisa assim.

_Vai ficar tudo bem, Mione. _Rony sussurrou piscando. Mione ergueu os olhos para ele.

Realmente, Rony se tornara um amigo confortante. Ela não saberia dizer o que seria dela se não fosse o amigo. Desde que se tornara ministra, seu dia se tornara imensamente curto. Mas Rony, mesmo sendo o goleiro mais disputado da Europa, mesmo jogando em um time empresariado pelo mais do que exigente Draco Malfoy, mesmo estando em temporada de jogos, ele sempre conseguia um tempo para ela. Ele sempre arrumava tempo para ensinar Thiago a jogar quadribol. Ele sempre arrumava tempo para leva-lo ao parque. Ele sempre tinha tempo para ler histórias antes dele dormir.

Mione pensava nisso tudo, quando Thiago jogou-se estrondosamente na cadeira entre os dois e olhou de um para o outro, com os olhinhos brilhando.

_Mamãe, o tio Rony pode ser meu pai? _ele perguntou repentinamente, colocando o sorvete sobre a mesa.

Mione engasgou com o café que acabara de começar a beber. Rony arregalou os olhos, surpreso, e se inclinou para trás na cadeira.

Hermione não soube o que dizer. Então se virou para Rony com as sobrancelhas franzidas. _O que foi que você andou dizendo ao meu filho?

Rony deixou escapar uma risada curta e apontou para si mesmo indignado. _O que eu disse? Eu não disse nada para o Thiago.

_É que todo mundo que eu conheço tem um papai. Sabe, aquele tipo forte que fica perto da mamãe. _e virou-se para Rony _Eu acho que você pode ser o meu.

Mione encarou-o inclinando a cabeça. Então, levantou-se e ajoelhou-se ao lado da cadeira do filho. _Docinho, _ela começou olhando-o meigamente e segurando suas mãos _você sabe que já tem um papai. Um papai que o amou desde o momento em que soube que você ia nascer. Que o amou mais do que tudo.

_Mas ele não está aqui.

_Ele precisou partir, querido. _ela passou a mão em seu rosto _Mas isso não muda o fato de ser seu pai. E de estar nos protegendo.

_Por quê? Por que ele foi embora?

_Ele precisou ir... Para dar uma vida melhor para as pessoas.

Thiago se curvou para frente. _E por que não funcionou, mamãe?

Mione curvou-se para trás, surpresa. Ele era mesmo uma criança muito esperta. Olhou para Rony, procurando ajuda.

_Existe mais do que uma pessoa muito má no mundo, Thiago. –Rony disse passando a mão em seu cabelo negro. _Seu pai foi muito corajoso para não deixar uma pessoa má fazer mal ao mundo. Mas ele não podia imaginar que mais pessoas más iam aparecer, entende?

Mione olhou para o relógio de pulso e levantou-se do chão. _Uh, olha a hora. Você tem treino amanhã, Rony. E você, mocinho, aula. Então, _e jogou a bolsa sobre um dos ombros. _agradeça o sorvete ao tio Rony e vamos para casa.

_Obrigado, tio Rony. _ele pulou da cadeira e deu um beijo na bochecha do ruivo. Depois correu para a mãe.

_Deixe eu levar vocês em casa. _Rony pediu levantando-se.

_Tudo bem, Rony. Vou aparatar. _Mione respondeu e fez um tchauzinho para ele, segurando o filho com a outra mão. No minuto seguinte sumiu.

Rony voltou a se sentar, e começou a mexer, lentamente, o café intocado.

***

Alguém bateu na porta e, sem esperar permissão, entrou.

_Sim, lord? Mandou me chamar? _um rapaz alto, de cabelos negros levemente espetados e brilhantes olhos verdes perguntou caminhando displicentemente pela sala.

_Sim. Quero que faça... Algo para mim. _alguém respondeu de uma poltrona em frente à lareira.

_Já sabe que eu não vou machucar ninguém, não é mesmo? _ele perguntou cruzando os braços fortes sobre o peito. A poltrona girou para seu ocupante poder encara-lo.

_Você ficou tão insolente.

_Incomoda-se? _O rapaz perguntou com um sorriso irônico. O ocupante da cadeira crispou as mãos e seu sorriso tremeu.

_Então o traga a mim. _e girou novamente a cadeira.

_Quem?

_O ministro trouxa.

O rapaz fez um sim lento com a cabeça e, nesse instante, outra pessoa bateu na porta. Logo após, uma mulher com capa negra e capuz entrou. _Lord, conseguimos libertar os prisioneiros.

_Se já não era tempo. _a voz da poltrona respondeu novamente. _Está pronta para uma nova missão?

_Certamente, Lord.

A poltrona girou novamente. _Eu quero que você capture a ministra da Magia. _Belatriz sorriu.

_Ei, ei. _o moreno reagiu _Por que ela fica com a ministra da Magia e eu com o ministro trouxa. _e olhou com desprezo para Belatriz _Eu sempre fui mais forte que ela.

_Porque eu não quero você envolvido com essa mulher. _o Lord respondeu com tom de quem encerra uma conversa.

_Acha que eu não tenho poderes suficientes? _ele perguntou novamente começando a ficar irritado.

_Simplesmente não quero. _o Lord retrucou _Isso não é o suficiente?

_Ok. _o rapaz respondeu dando de ombros _Só espero que você lembre que eu sempre faço o que quero. E que isso não vai mudar agora. _e deu as costas à poltrona, para sair da sala. _Voldemort.

Voldemort fechou os punhos com raiva de ouvir seu nome pronunciado com tanto desrespeito por um de seus servos. Surpreendentemente, ele não reagiu. Belatriz arregalou os olhos indignados.

_Se me permiti dizer, Lord, esse garoto está ganhando abertura demais.

_Sabe que não posso te-lo contra mim, Belatriz. Que ele é muito forte.

_Ele está sem memória. Ele não vai ficar contra você, mi Lord.

_Sim, mas não podemos correr o risco de faze-lo ficar contra mim. Mesmo que não seja a favor do bem. Entende, Belatriz?

_Honestamente? Não. Apenas mate-o.

Voldemort deu um soco no braço da poltrona. _Não seja estúpida, Belatriz! Você não vê como ele é útil? Como é bom te-lo ao nosso lado? As coisas que ele já fez e que nenhum de vocês teria capacidade de fazer? Ele é forte demais. Ele é o melhor aliado para se ter._seu rosto, que enquanto ele falava exibia uma expressão satisfeita, contorceu-se de fúria repentinamente. _Saia!

Belatriz fez uma leve curvatura. _Como quiser, mi Lord. _e saiu da sala.

***

Gina comeu feito uma condenada a forca no café da manhã, enquanto Draco apenas a encarava com uma expressão de asco. Logo em seguida, subiu correndo as escadas e colocou tudo o que comera para fora. Sentiu fome, desceu e comeu mais um pouquinho.

Alegando que já estava atrasado, Draco a fez parar de comer para irem ao medi-bruxo. Com a boca ainda cheia, Gina encheu um pratinho com banana amassada, leite e aveia e foi comendo no caminho. Draco não conseguia acreditar que ela podia comer tanto.

O exame foi rápido. Ao ouvir os sintomas, o medi-bruxo já deu um sorrisinho satisfeito. Uma poção. Um feitiço ultra-som. E ele já estava pronto para dar o diagnóstico.

_A sra está grávida, Sra Malfoy.

Gina arregalou os olhos. Draco cuspiu a água que estava bebendo. _Por Merlim! _Gina exclamou, apertando os braços da cadeira.

Draco piscou incrédulo algumas vezes. E depois desmaiou.

***

Hermione acordou cedo na manhã seguinte. Colocou uma malha preta, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo, como costumava usar na época da escola, e calçou tênis de corrida. Antes de sair de casa, mandou uma coruja pedindo que Rony levasse Thiago à escolinha e fez um feitiço de proteção na casa. Pisou no calçadão que ladeava a casa e olhou para o mar. Respirou fundo e se sentiu desnorteada. Não sabia por onde começar.

Decidira no dia anterior que não ia deixar as coisas saírem de controle. Não deixaria o sacrifício de Harry ter sido à toa. Iria parar quem quer que fosse que estivesse fazendo isso.

Recebera notificações da última desgraça na noite anterior, assim que chegara em casa. Todos os prisioneiros que haviam feito há cinco anos atrás... Simplesmente sumiram. Desapareceram, sem deixar rastros.

Não conseguia entender como isso podia ter acontecido. Há muito tempo não deixavam prisioneiros sob a responsabilidade de dementadores. Sabiam que eles não eram confiáveis. Os prisioneiros ficavam no ministério, protegido por todos os tipos de feitiços que só uma mente tão aguçada quanto a de Dumbledore poderia imaginar.

Então, como eles tinham fugido?

E Lucius tinha fugido. Entre todas as drogas de prisioneiros, tinha que estar o idiota do Lucius Malfoy.

E ela não fazia idéia de como contar a Gina e a Draco. Ela sabia que tinha que contar, antes que Lucius fosse atrás deles, mas como fazer isso, se eles estavam tão contentes e felizes?

Caminhava pela areia lentamente, e passou a mão na testa. Se ela tivesse pelo menos uma pista. Se pelo menos acontecesse alguma coisa que... Ela pudesse entender... Qualquer coisa...

Então ouviu um rumorejo. Seus passos diminuíram. Seus sentidos se aguçaram. Então, mais por instinto do que por senso de proteção, girou o corpo rapidamente, fazendo um feitiço escudo.

Ao mesmo tempo em que Belatriz lançava-lhe um feitiço Cruccio.

O feitiço bateu no escudo e voltou com força total para a comensal. Com um grito, ela caiu de joelhos no chão, fechando com força as duas mãos. Passando o efeito, sua cabeça pendeu sobre o peito, e seus cabelos negros caíram sobre seu rosto.

_Que lhe disse_ Hermione começou a marchar até ela, com a varinha nas mãos _que você podia me atacar pelas costas, sua... _ segurou os cabelos da mulher e puxou-os, fazendo-a erguer o rosto. Mione reconheceu-a imediatamente, e seus olhos castanhos se estreitaram de surpresa e ódio _Você?

Belatriz empurrou a mão de Hermione. Mione deu um passo para trás e exclamou “Accio varinha”, determinada. A varinha de Belatriz voou diretamente para as mãos dela.

_Você não tem idéia de como é bom ter aparecido, srta Lestrange. _Mione falou batendo as duas varinhas na palma da mão aberta _Você não sabe quantas coisas eu tenho pra perguntar.

Mas, inexplicavelmente, o chão começou a tremer. Ambas olharam em volta, assustadas. Mione viu a areia começar a se elevar, da base de um penhasco até onde elas estavam. Gradualmente. E, de repente, a areia em volta delas elevou-se e formou uma verdadeira chuva. Belatriz gritou. Mione fechou os olhos, para protege-los, e cobriu o rosto com os dois braços.

E, tão inexplicavelmente quanto começou, tudo parou. Mione abriu os olhos lentamente, a tempo de ouvir uma gargalhada estridente de mulher e de ver que Belatriz havia sumido.

Frustrada, ela chutou a areia, como se ela fosse a culpada, e olhou em volta, tentando achar uma explicação para isso tudo.

Foi quando viu, no alto do penhasco em que costumava ir quando estava grávida de Thiago, uma sombra. Uma silhueta. Olhando em sua direção. Mione estreitou os olhos, tentando ver quem era, mas o Sol estava contra seu rosto e a cegava totalmente.

Imediatamente, ela desaparatou e aparatou no topo do penhasco. Mas não havia mais ninguém lá.

Confusa, ela sentou-se na beirada do penhasco. Olhou para o horizonte, como costumava fazer, e apoiou as duas mãos, uma de cada lado do corpo, na grama.

Somente então percebeu que ainda tinha algo em uma das mãos.

A varinha de Belatriz.


NA:
Ahá, aposto q por essa vcs naum esperavam, hehehe, mas taí a continuação, e eu espero do fundo do meu S2 que vcs gostem ^^
mtsss bjssss e naum dexem de acompanhar.

Jack, obrigada por ter me acompanhado ateh o final da outra, e espero q me acompanhe agora tbm rsrsrsrs... o prólog tinha q ser curto, neh? pra deixar na vontade rsrsrs... e Naaaaaum, o Harry naum morreu (fogos, fogos rsrs) E vai ser um pokinhu conturbada sim, mas no limite do normal. Bom, meu normal, sabe como eh ;) Agora vc pode voltar a cobrar a cont rsrsrs Bjsssssssssssss

Sy, chegou a continuação sim. Deixe um coment falando o q achou hein, vou estar esperando ^^. Continue por aki, ^^ ^^ Bjsssssssssssss

Lílian, comecei a ler sua fic, mas ainda naum terminei os cap, assim q terminar comento rsrsrsrs... Q bom q vc estah gostando ^^ Vlw pelas dicas, sempre! Mts bjssssssssss

Edilma, Naaaaaum, o Harry naum morreu! Vivas, vivas rsrsrsrs... E o filhinho deles eh um lindo garotinho de cabelos rebeldes chamado Thiago rsrsrsrs... Quem sabe dessa vez vem um fim feliz neh? Continue lendo ^^ ^^ Bjssssssssssss

Laninha. bem vinda :D Sim, continuação, mas naum deixe isso t enfartar pq eu keru vc comigo ateh o final rsrsrsrsrsrs... Obrigada pelos elogios ^^ Postei rapidinho, neh? Dexa um recadinho falando o q achou ;) Mtsss bjsss teh maisssss


eh isso...
continuo com coments :)
mt obrigada a todos q lêem
e teh maisssssss

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Comentários (1)

  • Isis Brito

    Gina grávida do jeitinho que eu sempre imaginei: UM PESADELO!! kkkkkkkDraco deve tá virando um santo pra aguentar uma mulher como Gina Weasley, e grávida ainda por cima!!! rsrsrE o Harry... Vivo!!Sem memória, mas vivo...Ai, meu coração!! *----------*Já estou louca pra ver o Harry se encontrando com a Mione e com o Thiago... =D 

    2012-08-06
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