'Reunião surpresa'

'Reunião surpresa'






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A Casa parecia deserta, estava escura e sombria como sempre, porém, não tinha mais o forte cheiro de mofo que possuía anteriormente, provando que Molly estava fazendo milagres na limpeza da velha mansão.

Ouviu barulho de passos arrastados vindos do sótão.

Deve ser Sírius, não sai mais de lá mesmo... Na verdade nem poderia... Provavelmente está na companhia daquela galinha gigante, aliás, sua ÚNICA companhia nos últimos tempos – pensou isso com certo prazer, deu uma risada interior, e saboreou um pouco sua observação mental.

E por um momento fugas pensou em ir chamá-lo. Mas refletiu um pouco e decidiu que iria ficar lá em baixo até as outras pessoas chegarem, assim, não teria o desprazer de permanecer tanto tempo na presença daquele verme.
Sentia um pouco de frio, olhou a sua volta passeando pelos cômodos da casa. Realmente nenhum membro da ordem, excerto ele e o solitário Sirius, encontravam-se ainda, então decidiu ir para a cozinha, pois lá havia uma lareira, e provavelmente a maioria das pessoas chegariam usando-a como meio de transporte.

A cozinha estava realmente convidativa, a lareira estava acesa, mas o cômodo ainda permanecia na penumbra, dando ao lugar um aspecto sinistro. Perfeito, o ambiente estava como ele gostava. Não lhe apeteciam cores alegres em cômodos claros e bem decorados, na verdade, desde pequeno sempre preferira dias escuros e com neblina, aos dias claros e ensolarados.

Sentado com os cotovelos apoiados à mesa, enterrou os dedos nos próprios cabelos e segurou a cabeça, que ultimamente parecia estar pesando o triplo do peso de uma cabeça normal.

Perdia-se em pensamentos... A situação em Hogwarts ia de mal a pior depois que a ignóbil Umbridge descobrira a organização secreta de Potter, a chamada “A.D.”, dessa forma ela parecia atingir a cada dia que passava (por mais improvável que isso pudesse ser) um nível maior de louca e demência, e com seu sucesso em afastar Dumbledore do cargo de diretor da escola, a vida e segurança dos estudantes estava muito mais exposta a um possível ataque de Voldemort, pois agora eram apenas ele e a McGonagal para vigiar todo castelo.

Mas o pior de tudo não era isso... Agora a mortificante tarefa de ficar de olho naquele pirralho desmiolado com mania de herói só cabia a ele, afinal, Dumbledore lhe fizera recomendações precisas de que ele, e apenas ele, deveria ensinar oclumencia a Harry, e assim ficar de olho em qualquer “lembrança estranha” que pudesse estar rondando na cabeça do moleque.

De repente o ambiente foi gradativamente adquirindo um tom esverdeado devido as chamas da lareira. Alguém estava chegando. Ele olhou com uma curiosidade entediada, a figura de um homem de cabelos e barbas bem brancos e compridos sair encurvado da lareira.

- Ola Severo- disse Dumbledore com simplicidade.

- Ola Diretor- respondeu Snape rabugento.

- Hunm- puxando um relógio de bolso Dumbledore conferiu as horas- Ainda é cedo, eu pensei que eu seria o primeiro a chegar. Por que saiu antes da escola?

- Bem, Potter está em mais uma detenção com Umbridge- Respondeu Snape com um leve sorriso, e continuou- E como sei que Voldemort não esta interessado em se mostrar para o ministério ainda, então eu acredito que ele esteja em segurança.

- Sim, tudo bem Severo- Falou Dumbledore.

Snape levantou, foi até a pia da cozinha, pegou um copo e sua varinha e murmurou: - Aguamenti. Voltou-se a Dumbledore e perguntou:

- Pensei que essas reuniões com todos os membros da Ordem não seriam mais necessárias, já que as instruções preliminares já foram passadas anteriormente, e o senhor havia dito que agora se corresponderia em particular com cada um de nós, voltando a convocar uma reunião quando tivéssemos avançado nos planos.-bebeu um pouco de água e voltou a falar- Sabe que eu prefiro evitar ao máximo o contato com “certos” membros da ordem. Então, creio que se o assunto não for de muita relevância, o senhor certamente poderia me adiantar, dessa forma posso voltar o quanto antes para Hogwarts...

Dumbledore fitou o professor com certa apreensão. Sabia que depois de tanto tempo esse assunto não seria fácil. Ele havia recebido, por intermédio de Molly, as notícias da terrível hostilidade, que por sorte Harry havia conseguido apartar, ocorrida entre Sírius e Severo nesta mesma cozinha, na qual se encontrava agora. Sabia que em sua presença os dois iriam se comportar, mas impor a presença “dela” aos dois novamente acirraria os ânimos de ambos. Então, decidiu que deveria contar aos dois ao mesmo tempo, a notícia de que ele havia chamado-a para regressar à Inglaterra e engrossar a segurança dos estudantes, e principalmente, a segurança de Harry. Ela seria muito útil agora. E de qualquer forma, desde o final do ano anterior, quando Harry esteve cara-a-cara com Voldemort, ela ameaçava voltar e contar a Harry que era madrinha dele, e tomar a guarda do garoto. Ele não estava mais conseguindo mante-la longe de Harry.

Dumbledore deu um profundo suspiro, e concluiu seu pensamento: Não posso mais privar Harry do amor de sua madrinha, principalmente agora, que a única razão para que eu a mantenha longe é o medo do que pode acontecer entre dois homens adultos, que quando estão juntos parecem não terem crescido nada... Dessa forma, articulou em voz alta à Snape:

- Não Severo, desta vez devo falar com todos. O que eu tenho a dizer envolve o aumento da segurança de Hogwarts, mas prefiro não adiantar o assunto para você. Falarei na presença de todos.–Concluiu o diretor.

À anos Dumbledore lutava para que a madrinha de Harry não reivindicasse a guarda do garoto. Ele precisava que Harry, continuasse na casa dos tios, pois esta era a única forma de protege-lo. Havia sido muito difícil convence-la durante anos, e sem dar maiores explicações do porque, Harry deveria se manter na casa dos tios. Principalmente porque ela sabia muito bem como a irmã de Lílian, a tia Petúnia de Harry, tratara a própria irmã devido aos dons bruxos desta. Mas agora, com o regresso de Voldemort, e a necessidade de mais aliados à ordem, ele decidiu que poderia contar a verdade a ela. Dessa forma explicou do vínculo de sangue que havia protegido Harry por tantos anos na casa de seus tios, e de quão necessário era que Harry continuasse a morar na casa de seus tios, pelo menos até completar a maioridade. Dumbledore não ficou nem um pouco surpreso quando ela exigiu sair de seu posto pela Ordem, para se juntar à Harry em Hogwarts, mesmo que não pudesse ainda contar a verdade ao garoto, já que se ele soubesse com certeza iria querer ficar com a madrinha, poderia ao menos ficar ao lado dele e tentar protege-lo.

- Diretor? –Disse Snape.

-Ahhhm..ah...Sim, sim Severo, diga- Falou Dumbledore como se retornasse de um transe.

- O senhor esta bem?- Perguntou Severo.

- Ah, não...Mas obrigado pela preocupação- Disse sorrindo para Snape.
E novamente o ambiente ganhou um tom esverdeado, e os dois observaram um Homem pálido e grisalho sair da lareira junto com uma jovem de cabelos rosa choque, Lupin e Tonks. E logo, ouviram um barulho de gritos vindos do corredor da porta de entrada. Eram outros membros da Ordem adentrando a sede, e com certeza haviam acordado os quadros da mãe de Sírius. Logo a cozinha estava cheia. Então viram a figura desolada de Sírius encostado de ombro no batente da porta.

- Então, tudo bem com todos? Perguntou Sirius aos presentes.- e todos responderam afirmativamente. Porém Snape se limitou-se a virar o rosto para o outro lado e observou a lareira, como se a fuligem fosse muito mais interessante e inteligente do que o “ser” que abara de cumprimentar a todos no recinto.

Vendo que Snape nem sequer o olhou Sírius entrou na cozinha e parou de chofre à Snape.

- E você Snape? Está bem? Não sei, você me parece um pouco pálido... O que foi? Uma “cobra” comeu sua língua?- Disse Sírius provocativo.

Snape sentiu o sangue fugindo das extremidades de seu corpo indo todo se concentrar na região do tórax e abdômen, da mesma forma que acontece com as feras quando estão prestes a atacar e dilacerar suas vitimas, deixando-o mais pálido e macilento do que o normal. Então, controlando ao máximo sua voz, e com os dentes rangendo de fúria, disse controlado:

- Obrigado pela preocupação meu caro Sírius, mas posso lhe garantir que este não é o motivo de minha aparente falta de saúde. Na verdade, eu ando TRABALHANDO MUITO - Sublinhou bem as duas últimas palavras e continuou: - Ando tendo que me desdobrar entre os meus afazeres como professor em Hogwarts, e meu trabalho pela Ordem. É claro que não sou tão afortunado quanto você, e portanto não posso me dar ao luxo de passar meus dias adulando uma “cria de cavalo com galinha”, como você faz o dia inteiro. Concluiu Snape com sarcasmo.

Sírius olhou para Snape com ódio, e quando ia responder Dumbledore interveio:

- Senhores. Por favor! –Disse cansado - Precisamos de um mínimo de unidade.

- Ele começou Dumbledore. Disse Snape num tom quase infantil.

E da mesma forma infantil, Sírius sentou-se numa das extremidades da longa mesa com a cara emburrada e os braços cruzados bufando. A cena arrancou sorrisos e constrangimento dos demais presentes.

Dumbledore olhou para os dois sorrindo, e após um suspiro, ele disse como estivesse concluindo algo:

- Esses meus alunos...

Então quebrando o silêncio que havia se instaurado Lupin disse:

- Acho que já podemos começar a reunião Dumbledore. Os Wesleys me avisaram que o senhor já revelou a eles o assunto da reunião por isso eles não irão vir hoje... Confesso que estou curioso a respeito do tema, por que Molly não quis me revelar nada, e disse que teríamos que ouvir a “noticia” (ela acabou me revelando sem querer que era uma notícia) de sua própria boca... Mas é claro que me adiantou que não era nada de grave, então acho...

Foi interrompido pelas chamas da lareira que novamente crepitavam nervosas e esverdeadas.

Hunm, faltava alguém- Disse Lupin olhando em volta.

Dumbledore levantou e colocou-se abaixado ao lado da lareira com uma das mãos estendida, como se quisesse ajudar alguém a sair, e disse:

- Aqui está a razão de nossa reunião - E amparou a mão de um vulto feminino esverdeado pela luz das chamas que agora saia curvada da lareira.

Todos ficaram pasmados. E as reações foram variadas e estranhas, a maioria ficou inerte como se esperassem que algo de muito ruim acontecesse. Mas nada se comparou a reação de Snape e Sirius:
Quando viu a figura da mulher em pé em frente a lareira, Snape, que ainda estava as voltas com seu copo d’agua, engasgou e ficou rubro, e ninguém que conhecesse o professor acreditaria que o rosto dele pudesse ficar tão corado, e se por um acaso vissem uma foto dele deste jeito iriam achar que a foto estava enfeitiçada para deixar a cara dele vermelha e pasmada. Ele parecia hipnotizado, como se estivesse lembrando de algo muito distante de seu passado, e em sua expressão misturava timidez, surpresa e vergonha, mas ao mesmo tempo, o que era muito estranho, podia-se notar uma felicidade contida.

E como se fosse uma cópia parodiada de Snape, Sírius esboçou a mesma reação: Ficou com a cara vermelha como um tomate, e parecia pasmo, como a mesma feição de recordar um passado distante. Parecia também surpreso e feliz, mas ao contrario de Snape, ele não esboçava vergonha e sim satisfação. Seu rosto havia adquirido uma característica e singular expressão canina. Sua língua estava um pouco para fora, dando a ele um ar um tanto quanto ridículo de cachorro que acaba de receber um carinho do dono.

E numa voz quente como o fogo, porém sedosa como as pétalas de uma flor ela disse:

-Ola.

E como se acordassem, todos responderam em uníssono, da mesma forma que em uma sala de escola as crianças responderiam à professora recém chegada:

-OLAAA...

Após o comprimento Dumbledore, ainda segurando a mão da mulher, guiou-a até uma cadeira num canto da cozinha, e disse:

- Bem, como vocês podem ver não é nem de longe uma notícia ruim. Gostaria de apresenta-los, a uma de nossas mais ilustres integrantes internacionais da Ordem: Hafsa Fareeda. Acredito que a maioria aqui a conhece, porém com exceção de alguns presentes - disse isso abaixando o óclinhos de meia lua e olhando de Snape à Sírius e Lupin - nunca a viram pessoalmente. Ela estudou em Hogwarts no tempo de alguns de vocês, mas em decorrência da primeira ascensão de Voldemort ela voltou à sua terra natal, o Saara, para cumprir missões da antiga Ordem Da Fênix, na África. Acredito que vocês lembram dos Bruxos e das criaturas mágicas de lá, tais como esfinges e gênios, que conseguimos trazer para nosso lado por intermédio de Fareeda. Agora ela volta a Londres, mas não sem antes ter deixado alguém de sua confiança em seu posto, para juntar-se a nós, e no principal intuito de proteger seu afilhado o estudante, Harry Potter.

Ela permanecia sentada, com os olhos colados em Dumbledore, como se não existisse mais ninguém além dele na cozinha, ouvia o discurso alheia das pessoas a sua volta, Snape percebeu uma certa inquietação da parte dela, como se aquela situação fosse extremamente desagradável. Ele observava-a com uma curiosidade desesperada. Seus grandes olhos eram castanhos avermelhados, e transpareciam a experiência e o sofrimento de uma longa vida, mas, constatou Snape, havia também a mesma frieza e sagacidade da mente calculista que outrora o atraíra. Agora olhando para aqueles olhos novamente lhe retornava a antiga sensação de estar de olhos abertos numa tempestade de areia no deserto. Mas por outro lado seu semblante era jovial. Em seu rosto brilhava uma mocidade tão acentuada quanto a que brilhava no rosto da jovem Tonks, na verdade parecia não ter mudado nada desde os tempos de Hogwarts.

Era como uma miragem incrível de sua adolescência, não possuía nenhuma marca de expressão, dessas que com o tempo cortam a face como se fossem recados da natureza dizendo-nos que não somos eternos. Seu rosto estava límpido. Seu corpo ainda era altivo, pernas longas, corpo delgado e levemente amorenado, cabelos ondulados cor de chocolate que lhe caiam um pouco abaixo dos ombros magros e empinados... Não. Ela não tinha nada, além da expressão nos olhos, que a fizesse aparentar a real idade. Constatou Severo com amargura.

Ele olhou para os pés de Hafsa e viu que eles fumegavam como se fossem feitos de uma fumaça branca. Olhou para os próprios pés calçados com sapatos negros que sobressaiam de suas vestes. Pensou em tudo que aconteceu no passado, e foi tomado pelo antigo ódio venenoso que possuía por Sírius, o mesmo ódio que sentia quando era humilhado na escola pelos ‘Marotos’. O mesmo ódio que o levara a se alistar como “Comensal da Morte” um dia. E levantando a cabeça para observa-la novamente, viu que os olhos castanhos avermelhados dela haviam se voltado sorrateiramente para observa-lo, mas ao encontro dos olhos, ela desviou do olhar e parando-os por alguns instante em Sírius.

- “ARRRG!” – Todos se voltaram bruscamente, para observar Snape. Ele não conseguiu conter seu desagrado quando a viu pousar o olhar sobre Sírius, que agora o observava também com triunfo no olhar.

Dumbledore percebendo a situação concluiu sorrindo:

- Bom, todos avisados. Então voltemos às nossas tarefas.

- Professor, como ela irá se infiltrar em Hogwarts com a megera lá?- Perguntou Tonks brincalhona.

- Há, sim minha cara Tonks. Eu já ia me esquecendo. Bem, eu conversei com a professora Glubyplank, e ela concordou com uma pequena farsa: Sabemos que é uma questão de tempo até Umbridge tentar demitir Hagrid, então decidi que seria melhor colocar Fareeda como professora substituta de ‘Trato Com as Criaturas Mágicas’, e enquanto Hagrid não for demitido como professor, ela permanecerá como auxiliar dele nas tarefas de guarda caças. Ultimamente você anda precisando de muita ajuda não é mesmo Hagrid?

O meio gigante, que permanecera o tempo todo quieto num canto, ruborizou intensamente por baixo de sua barba e hematomas, e por fim moveu-se inquieto lembrando de seu “segredinho” chamado Group.

- Ah, sim, e por favor: mantenham o sigilo a respeito da descendência de Fareeda. Se Umbridge não aceita meios-gigantes, o que será que ela não pensaria a respeito de uma mestiça-gênio, não é?- Disse Dumbledore aparentemente se divertindo muito com a constatação.

Para Snape a reunião havia acabado. Levantou-se e foi em direção ao corredor. Pretendia aparatar longe da cozinha. Quando estava dando o primeiro passo para aparatação Dumbledore o reteve.

- Snape. Espere. Preciso falar com você.

- Sim? Disse Snape com rancor.

- Depois do que aconteceu ao Arthur Weasley no ministério você deve re-dobrar suas atenções em Harry. – Falou Dumbledore - A esta altura Voldemort já deve saber que eles tem essa peculiar ligação.

- Sim senhor. Eu sei. – Respondeu Snape, virando-se para ir embora quando sentiu a mão de Dumbledore no seu ombro.

- Não fuja Snape. Hafsa está debilitada devido à viagem de lareira que ela fez até Londres. Você deverá leva-la de vassoura de volta a Hogwarts.

- Peça para ela aparatar. – Disse Sírius, intrometendo-se, às costas de Dumbledore.

- Não sei se você se lembra meu caro acéfalo, mas ela não pode aparatar. Pensei que você já soubesse dessa peculiaridade de sua ex-namorada. - Disse Snape com desdém, fazendo com que Sírius arreganhasse os dentes em um gesto de cão raivoso.

- Me desculpe Snape, mas quando nós namorávamos, tínhamos coisas mais úteis para fazermos juntos além de conversar. - Retrucou Sírius.

Snape olhou para Sírius como se este fosse um de seus alunos. Ele havia chegado no ponto que ele queria. Sírius havia descido o nível com estas ultimas palavras, permitindo a Snape fazer aquilo que ele melhor sabia: Ele capturou no rosto tolo de Sírius uma das mais falhas características de um grifinorio, a transparência das emoções. Ele podia perceber que cada ruga, cada marca de expressão do rosto de Sírius estava contraída numa clara mostra de raiva e inveja. Sentiu um prazer indescritível na cena. Soltou inconscientemente seu característico sorriso sarcástico, e começou a falar pausadamente para que cada uma de suas palavras fossem recebidas como facadas no ego inflado de Sirius.

- A despeito de sua ignorância, realmente me é compreensível. Você não teve muito tempo ao lado dela mesmo. Agora, a não ser que você queira que ela vire LITERALMENTE fumaça, EU vou leva-la a Hogwarts. Porque como todos sabemos, você não pode nos ajudar nesta tarefa tão simples e enfadonha não é mesmo? Você tem que ficar aqui para ‘cuidar da casa’...
Virou-se e andou resolutamente e saiu em direção à cozinha novamente. Parou e olhou para seu ocupante, e com um sorriso malicioso disse:

- Fareeda.

Ela o observou pela primeira vez diretamente e sem receio.

- Dumbledore pediu-me para leva-la para Hogwarts de vassoura.- E uma nova idéia lhe veio à cabeça. Voltando ao corredor ele chamou por Sírius:

- Hanm, Sírius. Será que você poderia me fazer um favor?

- NÃO! Responde Sírius indignado.

- É pela ‘Ordem meu caro’!- E continuou. – Eu prefiro aparatar, então eu não tenho vassoura, e certamente Hafsa também não, pois, não sei se você sabe, no país dela tem-se o costume de usar tapetes ao invés de vassouras. Então acredito que você poderia NOS emprestar sua galinha voadora...Sei que você odeia separar-se dela, porém é imperativo que nós estejamos na escola ao amanhecer. Então será que você me cederia sua amável galinha?
Sírius engoliu em seco. Dumbledore observava-o. Não tinha escolha. Então disse com amargura:

- Sim. Pode leva-lo, mas eu sugiro que respeite Bicuço, e não chame o de galinha, pois ele poderia facilmente arrancar sua cabeça com uma simples bicada. Mas antes fale com Hagrid, porque eu não vou lhe ensinar como se aproximara dele.

- Não precisa meu caro. Eu sei muito bem que o bicho é orgulhoso. Eu estudei trato com criaturas mágicas sabia?

Dito isso Snape chamou Hafsa ao sótão. Precisavam sair o quanto antes, pois a viagem de volta à Hogwarts era longa, e deveriam chegar antes do amanhecer.

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capitulo longo né?


Virão maiores!!! *olhando com cara malvada*


Nham, não tem nada que me instigue mais a escrever do que posts, então se vc tiver gostando, leia e poste...
Bjito!

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