Momentos Certos
----------------------------------------------- GINA --------------------------------------------------
A janela escancara. A luz da lua ilumina o caminho do vento até a cama mais próxima. Adentra as cortinas, e bate com força no corpo sonolento, que troca que lado, ficando escondida do vento.
Os olhos abriram. Não estava tão frio. Gina não conseguia respirar. O que acontecia? O que estava fazendo o local ficar cada vez mais quente, tentavam matá-la?Não conseguia mover-se, pode constatar que estava amarrada. Fortemente, não podendo fugir, estava sentada, em uma cadeira, amarrada. Era uma sala, com uma luz em cima dela. Não se podia ver mais nada, nem ninguém. O medo a assolava. Não gostava muito de lugares escuros.
- Virgínia?
Ela reconhecia a voz. Um frio na espinha foi à confirmação que estava com o ilustríssimo Tom Riddle. O que fazer? Nada, não podia mover-se e mesmo se quisesse não poderia fugir do sonho. Ele falaria o que queria, e a deixaria com a pulga atrás da orelha. Ele ficou em sua frente e então eles se olharam.
- O quer Tom?
- Simples... – disse calmamente – parabéns!
Aquele sorriso que Gina não compreendia. Ele sorria, pelo o que? Não se lembrava de nada que merece um pingo de felicidade. Então mentalmente lembrou-se da vingança contra Potter. Sorriu ao lembrar-se que aquele ato era realmente digno de comemoração.
- Pelo Potter? Pensei que...
- Não somente – disse ele aproximando-se – e também pelos roubos, me ajudam muito sabia? – disse ele ligando as luzes, sentando em uma cadeira próxima
- Nossa... realmente achava que você nem soubesse disso – disse ela calmamente, não podia lutar contra aquilo
- Simples... desde que se uniu ao Lucio Ma...
- Lucio Não – disse em voz irritadiça – eu estou amiga de Draco Malfoy... o filho dele – Gina sorriu ao falar
- Bom... – disse ele pensando – melhor assim... eu vou te ajudar! – disse ele sorridente
Aquele tipo de sorriso, alegre e totalmente confiante, não era digno no rosto de Tom. Gina sentiu nojo quando viu aquele sorriso nos lábios dele. Queria tirá-lo a força. Mas não conseguia. Ele aproximou-se e a abraçou. Os braços de Gina estavam presos em suas costas, ele pegou o pulso esquerdo, e o feriu com alguma arma.
A ardência era inevitável. Ele tirou a mão de suas costas e tirou o sangue que escorria. O desenho que tinha em seu pulso era dois círculos, que compartilhavam o mesmo centro, só que o primeiro, bem pequeno, estava escuro pelo sangue, e o outro parecia somente a linha demarcando o circulo maior.
- Que arma faz esse tipo de Marca, pequena? Boa-sorte
O corpo elevou-se de maneira rápida. A respiração estava ofegante e totalmente descontrolada. Olhou para o pulso esquerdo, nada detinha. Mas lembrava do desenho de maneira clara e obvia. Tinha sido marcada, mas como não estava ali?
O lençol tinha sangue, no mesmo lugar onde estava seu pulso. Pegou uma pena e um pergaminho rapidamente e desenhou. Sabia o que tinha que procurar, mas estranhara o fato de Tom querer ajudá-la. Por que? O que ele tinha em mente?
A luz do sol já entrava dentro do quarto. Não tinha relógio, mas pode ver que Sam já tinha ido para o refeitório. Levantou-se rapidamente, correndo. Não teria tempo nem mesmo de comer!
- Maldita!
A corrida para o refeitório foi feita. Esbarrava nas paredes e tropeçava nas escadas, os quadros gritavam para ela que não se podia correr nos corredores por causa das estatuas de gelo. Ela riu para eles. Isso realmente não seria um problema, poderia concertá-las.
Seu rosto estava vermelho pela corrida longa, já que as bruxas ficavam muito longe do salão principal da escola. Estava a todo pique, e esbarrava em qualquer coisa, tropeçou novamente na escada, mas desta vez caiu. Rolara a escada toda, e caiu sentada no chão. Estava já próxima do salão.
Respirou fundo, levantou. Deixou seu rosto acalmar, e tomar novamente o tom frio. Sentiu o gelo novamente correr em suas veias fazendo assim relaxar. Adentrou no salão. Estava lotado. Sabia que do seu lado esquerdo eram as bruxas e do lado esquerdo as fadas. Como Emilly e Jéssica eram fadas, sentavam-se nas mesas mais próximas.
- Gina! – gritou Jéssica – Aqui! – disse acenando
Sorriu para elas, e começou a andar lentamente. O papel ainda estava em seu bolso, escondendo-o de todas as loucas e trabuques que tinham naquela escola. Sentou ao lado de Sam, e voltou-se para Emilly e Jéssica.
- E aí... dormiu tanto! Tava sonhando com o Harryzinho? – insinuou Sam
- Credo! Desse eu quero distancia! – disse Gina pegando uma torrada
Gina viu o garfo em cima da mesa. Interessante para ela que tenha quatro pontas, fazendo-a pegar uma gelatina que tinha ali, fincar o garfo e girá-lo, como se estivesse brincando com a comida. Pode notar que formava os dois círculos, mas o central, e menor, não era pintado, ou furado.
- Emilly – a menina virou para ela – quebra essa ponta do garfo pra mim?
- Você está achando que eu sou o que? – disse Emilly pegando o garfo e o apontando para ele – que eu sou a menina mais forte do mundo? – olhou para a ponta de fora do garfo – eu sou uma menina distinta – disse dobrando a ponta – calma – dobrando para o outro lado – e refinada – quebrando finalmente a ponta – por isso... não me peça esse tipo de coisa – devolvendo para ela – viu!
- Claro, Emilly, nunca mais – disse sorridente
- O que é isso Gina? – disse Sam
Gina levantou o garfo aos olhos de Sam, e colocou em outra gelatina. Ao fincar, girou-o de maneira que ao tirar, ficara idêntico ao sonho. Gina sorriu e levou as meninas para fora do salão principal. Já tinham percebido que tinha algo muito errado.
- O que você anda bebendo Gina? – disse Jéssica preocupada – por que eu também quero! – disse maliciosa, quando Sam e Emilly olham para ela com repreensão – não você não tá legal...
- É que...
Gina contou cada detalhe do sonho, fazendo desconhecer quem era o menino que fizera isso com ela. As meninas assustaram-se. Tinha alguém que sabia de tudo o que faziam, e por intermédio de Gina as ajudaria? Sam sabia que tinha alguém por trás, mas Gina nunca contaria para as duas.
O sinal tocara, primeira aula. Ao caminho da primeira aula, estava vazio, já que eram poucas meninas do quarto ano. Gina sabia que teria que contar quem era. Não conseguiria mentir para Sam, não por muito tempo.
- Desembucha, quem era? – disse Sam seria, empurrando ela para a parede
- Tom Riddle – disse baixinho
- Quem é esse? – disse Sam impaciente – dá pra você por favor...
- Tom Marvollo Riddle – interrompeu Gina – esse é o nome de Voldemort
Sam tirou as mãos de Gina. Seus olhos estavam com um ar assustado, seu rosto estava branco. Não tinha como mentir, sentiu com o frio da espinha que era ele. Sam não sabia de nada, não sabia que Gina convivia com o passado de Voldemort desde o primeiro ano em Hogwarts por causa de Lucio Malfoy.
- Lucio Malfoy colocou um diário em minhas mãos, quando eu tinha 11 anos – iniciou Gina enquanto andavam para a próxima aula – e ali estava a alma antiga de Voldemort, não sabia inicialmente que era ele, mas quando soube, não pude escapar... ele convive comigo... não me importo, me avisa dos problemas e tenho algumas premonições por causa disso – estava a porta da sala – Sam, o que não entendo é por que ele me quer? O que fiz para tudo isso?
- Eu não sei Gina – disse Sam – eu não sei... vamos entrar, e eu irei pensar no que fazer...
Beauxbatons, 6 de Setembro de 1994
Bom, cá estou eu na escola. Sem nada pra fazer! Aqui é uma maravilha! Como não tinha vindo pra cá antes? Como me falavam tão mal daqui? É perfeito!
PERFEITO O C******! Nunca me esforcei tanto na vida! Cadê a Hermione? Eu não posso trocar com ela? é muito rígido isso aqui! Eu preciso de paz! Preciso do Draco... ai que vergonha comentar isso assim... preciso dele... é como... como... sei lá... só sinto falta
Os professores são meio estranhos, mas nada que um bom dia não resolva os problemas mentais deles. Vou começar pela primeira aula que tive: Transfiguração. Eu ganhei uma McGonnagall masculina. É o professor Laurence. Sei lá... todo estranho, mas acho que deve ser bom professor. Sorte minha que já sei transfigurar algumas coisas! UFA
Depois tivemos poções. ALELUIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Me libertei de Snape Seboso. Nossa! Nem acredito é uma professora chamada Fray. CARAMBA! Me livrei! Tenho aulas decentes! Ai... acho que vou até chorar de tanta emoção nesse coração que somente bate com gelo!
Bom... em Historia da Magia, outro professor fantasma. Ai que tédio... não podia ser um vivo não? Não podia ter simplesmente menos de 150 anos? Só uns 60 valia. Mas 150? Nossa ele viu até como a terra começou, dessa maneira!
Após o almoço tivemos aula de DCAT! Heuheuehueh não é como o Lupin, mas tudo bem, é o professor Catterfeld, sabe, aquele que a gente roubou? Oo.... ELE me olha ESTRANHO... sabe... como um filme trouxa que eu vi uma vez... EU SEI O QUE VOCES FIZERAM NO VERAO PASSADO... só que dessa vez é EU SEI QUE VOCES ROUBARAM NO TREM... hheuheueheuheuheueheuhe
E por fim, a professora Kirsten. Ela dá aula de Duelos Arcaicos. Eu gostei dela. Nós temos aulas separadas, uma hora com a professora 3 vezes por semana, e já estava anunciando as aulas de cada, eu fiquei com as segundas, quartas e quintas à noite!! Huhuhuhuhu
Ai!!! Faltam 5 dias para o meu niver! UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Bom... como eu to sem NADA pra faze... o que é a pura MENTIRA!! Eu vou estudar um pouco... Calma... é... SÓ O PRIMEIRO DIA!!!! Oo... que absurdooooooooooooooooooo
Mas fazer o que!!!
Kiss
- Gina… Gina!
O som feminino lhe lembrava alguém. Mas esquecera completamente quem era. O sono estava tão bom, tão belo, tão pleno...
PAFT
- Ai!
Um livro tinha sido jogado em sua cabeça. Com a mão na cabeça, Gina olhou para Jéssica, que ria baixinho, já que estavam na biblioteca. Ia até mesmo chorar de tanta dor. Olhou com raiva e tacou um lápis que bateu no rosto de Jéssica.
- Ow! – disse Gina – estamos quites! Do que precisas, Jéssica?
- Simples! – disse ainda fazendo biquinho – a Emilly quer que você procure sobre a jóia Fairy... por favor! – disse ela sorridente
- Tudo bem...quando será a reunião?
- Bom... daqui há... 5 dias – Gina arregalou os olhos – algum problema?
- Nenhum... só estou pensando... não se preocupes - disse ela sorridente - vou procurar!
Jéssica deu um beijo no rosto de Gina e saiu rapidamente. Gina ainda falava baixinho como se estivesse praguejando cada pessoa daquele recinto, e começou a procurar o que lhe interessava, artes ninjas.
- Sai... – disse Gina - A finalidade do sai como arma reflete de suas formas distintas, com perícia, pode ser empregada eficazmente contra uma espada longa, aprisionando a lâmina da espada no tsuba do Sai, usuários habilidosos são capazes de quebrar lâmina presa com um movimento de suas mãos – Gina olha impressionada para o que lera - Existem várias maneiras distintas de se empunhar um Sai nas mãos, os quais garantem versatilidade para usado como ambos, letal e não-letal – sorriu para o livro – Tom... acho que você acertou desta vez...
Pegou um pergaminho e anotara tudo o que podia sobre esse tipo de espada. Jéssica ouvira o que Gina havia falado. Sorriu consigo mesma, pelo menos já sabia o que dar para a amiga de aniversário. Levantou-se delicadamente e saiu da biblioteca, sem ser vista pela ruivinha que escrevia rapidamente.
A vista etérea dos campos de Beauxbatons era quase perfeita do quarto de Gina e Sam. Gina sabia que Sam adorava ficar pelo menos cinco minutos admirando a paisagem. Não tinha ficado tanto tempo com a menina desde a estadia dela em sua casa, mas aprendera a prestigiar uma bela paisagem.
- Sam...
A menina não se virou tão rapidamente. Parecia aérea, esquecendo-se das aulas passadas, do treino de arcaicos e especialmente da reunião de hoje à noite. Gina sentou em uma poltrona próxima e relaxou. Tirou os sapatos e trouxe os joelhos para cima, dobrando as pernas, ao encontro de seu corpo.
- Gina? – disse Sam calmamente – o que queres? – virando-se totalmente para a menina
- Eu sei do seu segredo – disse ela calmamente olhando para os olhos amedrontados de Sam
- Qual dos muitos? – disse ironizando
- Do seu poder com o vento – olhando para a paisagem apreciada por Sam, enquanto esta sentava também em outra poltrona de frente para a amiga
- Bom... não conte então para Emilly e Jéssica, se elas souberem, eu vou virar escrava delas – disse serenamente – já que estamos nessa de segredo... que história é essa de parar o tempo?
- Simples – disse Gina
A mão de Gina tocou um copo d’água com cuidado. E com movimentos circulares, mas sem tocar no copo ou até mesmo na água. A água saiu do copo, congelando e formando assim um belo pássaro que aos movimentos de Gina voava pelo quarto sendo tocado levemente por Sam. O pássaro voou rapidamente para dentro do copo, onde voltou a ser somente água.
- Eu domino a água, e o tempo, “congelo”, entende?
- Sim – disse Sam sorridente – pelo menos sei que vou ter alguém pra me ajudar nas minhas erradas...
O silencio entre as duas não era incomodo como se lembrava Gina quando ficava em silencio com Hermione. Sam divertia-se com o vento, fazendo-o tomar formas e cores diferentes, às vezes parecia que falava, às vezes parecia que as escutava de tão calmo que era. Gina sorria para aquele acontecimento tão alegre. Não tinha percebido até aquele momento como era bom ter amigos, alguém com quem conversar ou até mesmo se manter em silencio para confortar.
Hoje era seu aniversário. Ela não havia contado para ninguém. Preferia assim, não gostava de seres correndo atrás dela para lhe dar parabéns. Os únicos que sabiam estavam em Hogwarts e em Drumstrang. Sorriu ao lembrar-se de Draco, sentia falta dele, mas com certeza ele não sentia nenhuma falta dela.
- Sabe o que eu mais gostei na sua casa? – iniciou Sam, sem olhar nos olhos de Gina, continuando a desenhar com o vento – eu gostei dos seus pais, mesmo que eles realmente privilegiaram o olho-roxo – Gina riu com vontade – eu percebi como eles gostam de você, e fazem tudo para que a casa seja um ambiente agradável para todos...
‘Meus pais nem isso veneram. Minha casa pode ser a maior casa do mundo, eu posso ter tudo, mas o que eu acho que merecia, um pouco de felicidade, eles doavam a Voldemort tudo, aquele veado com problemas mentais. Meus pais são comensais, como os de Draco, a única diferença é que até hoje nunca os pegaram, não sei como. É tão na cara que eles são uns monstros, que dá até medo. Eu tinha tudo para ser igual a eles, Gina, mas estranhamente eu me vi em uma encruzilhada engraçada – disse voltando-se para Gina – não que você seja tão especial assim, mas você me mostrou que essa vida que eles vivem ninguém merece. Aqui, como não entramos em contato com esse mundo que você vive, é quase impossível acreditarmos nos ataques que vocês vêem, ainda mais ter o olho-roxo por perto. Sabe, eu nunca quis ser uma Comensal, eu ia dar um jeito, de fugir até para não ganhar aquela marca asquerosa no braço.
‘Quando eu conheci o Draco, a gente ainda era pequeno, ele era como eu. Tão idênticos que éramos, que era impossível nos distinguir quando falávamos. Eu era morena e ele loiro, a única diferença entre nós dois. Queríamos ser comensais da morte, acabar com o mundo dos bonzinhos e sermos felizes no mundo das trevas. Mas quem vive feliz nas trevas, Gina? Você tinha razão quando me disse que Blaise olhava para mim, nunca tinha reparado até você me falar. Ele me ensinou que ser comensal era furada – disse sorrindo, como se tivesse uma bela lembrança – como recusar? Como dizer não aquele que me mostrava felicidade? Nunca o amei, mas a amizade crescera dentro de mim. Busquei em todos os lugares a felicidade, e ele me falava que era fora da guerra? O que fiz? Decidi ir para Beaux, uma forma inútil de dizer: não quero seguir seus passos, papai. Fui agregada no ultimo vagão pelas meninas, e dali por diante eu tive essa vida maravilhosa que você está tendo – disse sorridente – como eu ia saber isso se eu fosse má? Nunca, malvada eu sempre fui, mas detesto as pessoas que querem ser comensais, acredito que a essa altura, Draco tenha decido largar os comensais, Drumstrang não entrará em Guerra com ninguém, é uma escola neutra, como nós...
Gina ouvia atentamente as palavras nada selecionadas de Sam. Não entendia o propósito dela lhe contar sua vida, que era triste, mas tinha um final feliz, devia ter sido assim que Sirus tenha ficado, feliz. Gina somente o conhecia por nome, não o conhecia como o trio, mas tinha visto as fotos, e conhecia a história de luta dos Marotos.
Gina não falou mais nada, ao fim Sam tinha pequenas lágrimas nos olhos. Aproximou-se dela e a abraçou. Não tinha o que falar, somente demonstrar. Sam era uma menina boa, mesmo sempre demonstrando que era forte, durona, como uma parede de chumbo. Mas ali tinha uma pequena menina dos cachinhos como a noite.
- Vamos para a reunião, Sam – prostrando sua mão na frente de Sam
- Vamos – disse ela aceitando a mão de Gina para levantar – mas antes... um pouco de maquiagem para tirar essa cara de choro... vem aqui... eu vou fazer uma em você também!
- Já que estamos todas aqui, vamos começar
As quatro meninas sentaram no chão defronte de uma enorme lareira. Estava já muito escuro e ainda não era nem 6 da noite. Aquela sala mudava o ambiente de acordo com os assuntos ali tratados. Essa era a Sala Moldável, parecida com a Sala Precisa de Hogwarts, Gina constatou que ela também poderia ser moldável, a diferença é que ela era além de secreta, era necessário falar como queria a sala, ou mostrar um desenho do que queria que tivesse nela, e então a sala se moldava.
- Então... a Lady Fairy – como Gina teimava em chamar – fora colocada novamente no local de origem, atrás do tapetes da história das fadas, as fadas vêem a jóia, as bruxas vêem o tapete – apontando para a foto do tapete – é mais fácil que dessa vez quem vá sejam vocês meninas – olhando para Emilly e Jéssica – a gente nem mesmo pode passar perto do quadro das Fadas que já alertam bruxas! Só não podemos esquecer que devemos esperar no mínimo 2 semanas, pois assim o feitiço de proteção não fica em mudanças mais...
- Isso é a pura verdade – disse Emilly – isso me lembra a primeira vez que a gente colocou a Sam em uma enrascada – a cara de Sam fechou e a da Jéssica sorriu – a gente levou ela para o salão comunal das fadas, até ali, ninguém havia se tocado que era uma bruxa, só quando.... – não agüentou de tanto rir
- Quando? – disse Gina curiosa
- Quando eu toquei nesse maldito tapete! – disse Sam emburrada – eu não sabia que tinha que dar dinheiro para as fadas para poder tocar o tapete e depois eu somente escorrei o dedo, como se chutando uma das fadinhas do tapete, então se ouviu uma bela de uma buzina – as meninas riam tanto que ela fechou os dedos – fui enxotada de lá...
Gina sorriu da cena que lhe fora mostrada. Não se mostrava nada agradável, mas ao mesmo tempo, tornava-se uma maneira de lembrar como a amizade crescera durante os anos entre as três. Sam ainda emburrada, já mostrava um sorriso delicado. As duas fadinhas, mostravam-se mais serenas, como se fossem leais... como se tivessem um segredo infindável.
- Gina... – iniciou Jéssica – você sabe né? A gente te conta essas coisas pra você tirar barato com a Sam depois – esta mostrou a língua para Jéssica, que retribuiu – mas...
PAFT
Gina tinha em cima dela as três meninas, que lhe faziam cosquinhas ou brincavam com ela. Os pedidos não eram aceitos e a tortura cada vez aumentava mais. O riso vinha junto com os olhos cheios de lagrimas de tanto rir das quatro amigas. Separaram-se, e então abraçaram Gina novamente. E esta sem entender retribuiu.
- PARABÉNS, GINA!!!! – gritaram as três em seu ouvido, fazendo Gina sorrir
- A gente comprou presentes para você!!! – disse Jéssica – ou você achou que a gente não ia descobrir... foi um rolo total, mas no fim deu tudo certinho!!!
Sam foi a primeira a lhe dar um presente, que fora um kit de maquiagem e de manicure, que somente tinha cores escuras. Emilly lhe dera um espelho falante (“já que você nunca sai do espelho agora...”), que falava como ela era bela, delicada, gentil, fazendo Gina se irritar com aquela falação toda. Traziam presentes de Draco e Blaise também, que lhe deram um perfume e um álbum de fotos de Blaise, respectivamente (“ninguém merece esse narcisita!-disse Sam”) e por fim Jéssica.
- JÉSSICA! Como você descobriu? – falou Gina abismada
- Você deixou o pequeno texto no meu livro de DCAT! Então eu pensei que você ia gostar, e mandei encomendar uma especial... é uma...
- Adaga Sai... – abraçando a amiga – obrigada, obrigada meninas! – voltando-se novamente a abraçar...
Gina entra na sala de Duelos Arcaicos com cuidado. Vestida com os trajes para duelos, com os cabelos amarrados e com o bastão na mão direita, trazia consigo uma inesperada missão. Na mão esquerda estava uma pequena caixa, contendo as Sai. Gina sabia que poderia não ser aceito o que queria, mas tentar fazia parte de qualquer missão.
A professora fazia movimentos fortes, mas ao mesmo tempo delicados. A espada cortava o ar de uma maneira especial, os passos eram decididos, mas não tiravam a graça da posição tão profunda. Ela estava em um ato etéreo, não tinha duvidas, mas Gina sabia que ela não ficaria assim por muito tempo.
- Senhoria Weasley? – Gina piscou os olhos e olhou para a professora
- Desculpa professora, é que... – Gina respirou profundamente – muito legal o movimento que a Senhora estava fazendo....
- Obrigada – disse sorridente, percebeu a pequena caixa nas mãos de Gina – o que é isto?
Gina deixou o bastão ao lado da porta, aproximou-se da professora e deu a ela a pequena caixa. A professora abriu a caixa e pode ver então as Sai. Olhou com curiosidade para as peças e então pegou uma delas e manejou no ar, com tanta habilidade que Gina realmente gostara de ver.
- Gostaria de que a senhora me ensinasse a usar as Sai – disse Gina timidamente
- É contra o regulamento escolar – disse a professora, fazendo Gina olhar tristemente para fora – é utilizado nos duelos, sim... mas aqui dentro não é permitido treinado
- Por favor professora! – disse com um olhar suplicante – eu treino os dois, tiro as melhores notas no bastão, e separadamente a senhora avalia as Sai
- Você tem certeza? – disse a professora entregando a caixa para ela
- Sim... eu darei o melhor de mim... – a professora saiu de sua vista, buscando algo dentro do armário de armas
- Tudo bem então, senhorita Weasley – disse a professora voltando com uma caixa azul – irás treinar separado das outras, podemos seguir neste horário mesmo – olhando para o horário que se encontrava atrás da mesa dela – eu vou ter que conversar com Paolini
- Quem?
- A enfermeira da escola – disse ela sorridente – você irá lhe fazer companhias certas noites...
Gina não tinha entendido a deixa da professora. Esta tirou um conjunto de Sai da caixa azul e aproximou-se de Gina, fazendo esta tirar as suas também.
- As Sai são primeiramente muito especiais, como deves ter estudado – fazendo Gina afirmar com a cabeça – este movimento inicialmente...
A professora colocou a Sai em posição e então com o braço abaixado, perto das pernas, girou-o, fazendo-o voltar a posição. Dando a deixa a Gina, esta também fez o movimento, sentindo uma dor aguda no braço esquerdo. Pode perceber um belo corte ali, sentiu a ardência, mas não reclamou, agora entendia as suas pequenas idas a enfermaria dali por diante.
- Qual é o seu nome, menina? – disse a professora
- Virgínia, mas todos me chamam de Gina
- Gina, eu sou Gabrielle – disse a professora sorrindo para ela – vamos treinar mais um pouco e eu te levarei a enfermaria, você logo, logo terá belos cortes nos pulsos...
- Não deu certo
Gina e Sam voltaram para Jéssica e Emilly sujas de sangue, toda machucada. Correram para ajudá-las a se recuperar dos machucados, depois descobriram o que fazer para reaver a jóia que fora perdida.
Após a longa recuperação das duas fadas, puderam entender o que houve de errado no plano. Não tinha como dar certo, ainda mais quando Gina descobriu que tinham concorrentes em Beaux. As Fairylinks eram um grupo pequeno, que não lucrava muito, mas por serem somente fadas, tinham maiores chances. E Jéssica e Emilly perderam feio no duelo.
- Bom – disse Sam, quando se afastaram das meninas – a gente vai ter que fazer o serviço...
- É... – disse Gina – quando? Temos que pegar logo... se são fadas, elas vão esperar o dia para ir para Hierylux... – olhando para fora – a gente tem que fazer ao nosso estilo
- Como assim, Gina? – disse Sam olhando intrigada
- Assim...
Olhou para ver se as meninas ainda dormiam, pegou sua Sai e então a congelou tornando-a mais cortante. Girou-a na frente de Sam, e cortando sem piedade o livro que tinha ali perto. Reconstituíram o livro rapidamente e então olharam para as meninas. Ainda era dia, mas mal esperavam pela noite novamente.
Estava mais frio que o de costume dentro do castelo. As luzes azuis não conseguiam iluminar todos os locais, becos. A luz da lua na janela também não ajudava. O vento estava forte, fazendo assim não ouvirem o barulho dos saltos correndo a toda velocidade pelos corredores.
Duas meninas riam escandalosamente pelo corredor secundário do colégio. Traziam consigo nas mãos uma jóia rosa, bem bonita. Contendo uma pequena fada dentro. Colocavam no pescoço mostrando uma a outra como ficavam bem com o belo presente.
As luzes apagaram. O forte vento passou por elas, e elas não conseguiam se mover. O pânico era visível em seus rostos, ainda mais por não detectarem quem eram. Duas meninas aproximaram-se com rapidez e agiram com determinação.
Gina mantinha sua Sai no estomago de uma das meninas. Seus olhos não podiam ser vistos, mas ela sentiu o movimento da outra para pegar a varinha. Riu friamente. Fincou com mais força a arma em sua barriga, e aproximou-se de seu ouvido
- Não é um feitiço que vai te salvar não, Fairylink – disse com desprezo – quando você atacar... você estará morta – riu friamente em seu ouvido – agora a jóia
- Está... com... ela – apontando para a amiga que estava há alguns metros acima
- Não, não está... Fairylink... – disse sem tirar os olhos dela – está com você... – tocando a mão que estava a jóia... – me dê... antes que eu mesma corte o seu braço para isso
- Nunca – tirou a varinha – Expelli...
A luz do feitiço quase iniciado mostrou o rosto de Gina. Estava mascarada e loira, fazendo assim diminuir todas as chances dela descobrir quem era. Gina sorriu, e então enfiou com força a Sai no corpo da menina.
Esta jogou a varinha no chão, tentando em vão tirar a arma de dentro de seu corpo. Sentiu seu corpo, a partir do corte, ficar congelado. Então Gina finca mais forte, sendo ouvido assim a voz fina dela, pedindo clemência. Não daria. Girou por fim, fazendo a marca de Voldemort.
A luz da janela estava sobre elas agora. Gina percebeu que o corpo dela estava congelando, e que o sangue dela escorria, mas não tanto quanto antes. Gina pode ver que ela não sabia quem a matara, mas parecia jurar vingança se sobrevivesse. Mas não sobreviveria.
Puxou a Sai sem dó novamente, fazendo o corpo inerte tombar no chão. Pegou a jóia da mão da defunta, e guardou-a em um dos bolsos da roupa. Olhou para Sam. A menina que esta prendia estava com a cabeça pendida, como se tivesse sido enforcada pelo próprio vento. Gina sorriu para Sam, e antes que as luzes acendessem novamente, parou o tempo.
- Vamos logo! – disse Sam, tirando a roupa negra com agilidade – ali tem um local legal pra gente colocar as coisas
- Tá bom... – também tirando a roupa, e colocando o uniforme da escola
O local era um pequeno local atrás da estatua da sereia. Era pequeno, quase imperceptível, mas perfeito. A perícia passaria por ali, e ninguém perceberia, por que estaria longe demais. Antes de fecharem o local, Gina pediu que Sam esperasse. Pegou Sam, e rasgou delicadamente com a Sai à blusa dela.
- Espera - Gina pegou seu braço direito e olhou, pegou a Sai e fincou no braço, fazendo um corte feio – pronto – dando a Sam a arma
Gina e Sam corriam novamente, até o local do crime. Cada uma em um local, bem perto do ocorrido. Beberam a poção de Blaise, respiraram fundo, e então Gina “descongelou” o tempo.
Em questão de segundos, as luzes acenderam. Gina e Sam olharam uma para a outra, perguntando se estava bem, e então olharam para os corpos. Gritaram com muita força. Muita força, fazendo o zelador Tye aparecesse.
- Que gritaria é essa? – Pode ver Gina e Sam olhando com medo para os corpos estendidos no chão - Bendito Merlin – pode perceber que Gina tinha um enorme corte no braço, e aproximou-se da menina que recuou como se estivesse com trauma – Senhorita Malfoy, leve sua amiga para a enfermaria... a Senhora Maxine verá vocês lá
As duas saíram rapidamente com sorrisos nos rostos. O caminho para a enfermaria fora feito com cuidado, sem fingimento. Não comentaram nada do roubo e das mortes das meninas. Quando chegaram à enfermaria, Paolini aproximou-se rapidamente das duas.
- Você não é a menina da Kirsten? – Gina afirmou com a cabeça – o que fazes aqui? Hoje é sexta!
- Houve um assassinato, Paolini – disse Maxine, fazendo Gina e as outras voltarem-se para ela – Faça os procedimentos... eu falarei primeiro com a Senhorita Malfoy – disse levando Sam para um dos quartos isolados
- O que houve menina? – disse Paolini
- Bom... eu realmente não sei – disse Gina, enquanto esperava Paolini fazer o medicamento – só me lembro de ter saído tarde da biblioteca, muito tarde até... e aí eu e a Sam estávamos conversando no caminho e então as luzes escureceram, e eu fui prensada na parede – disse ela com cara d pânico e dor, ao sentir o remédio tocar e arder sua pele – me dizia que não ia me machucar se eu não falasse nada, mas eu falei... e então ela falou baixinho “Sectumsempra”, algo assim, que cortou o meu braço, aí ela sumiu... eu só vi o corpo depois, foi horrível Paolini... – quando esta terminou o curativo
- Tudo bem, pequena
- Senhoria Weasley – chamou Maxine
- Boa sorte, pequena – disse Paolini sorrindo
- Obrigada – disse Gina entrando na sala
- Ainda não sei como ela não deu pra gente a poção lá...
Sam falou somente aquilo pelo caminho. Realmente estavam felizes com o que conseguiram, mas as coisas mudariam em Beaux, e somente diminuiriam se não houvesse nenhuma morte até o ano seguinte.
Gina parou o tempo, e correram para o corredor totalmente lotado de aurores. Todos parados, como estátuas. Esquivando-se deles, corriam para a sereia. Respiraram profundamente, tinha um auror que havia descoberto seu esconderijo e iria pegar a jóia que com tanto esforço fora pega por elas.
- Como se fosse pegar, auror inútil – disse Sam
Sam pegou a placa que escondiam as coisas, que estavam abarrotadas dentro de duas bolsas, pegou o conteúdo, e limpou com um feitiço o sangue que escorria ali. Reduziram as bolsas e então colocaram no bolso da saia e saíram novamente correndo. Ao fim do corredor, voltando para o local onde estavam, Gina “descongelou” o tempo.
- Essa foi a mais difícil... – suspirou Sam
- Bom... é verdade – disse Gina – mas pelo menos eu sei quem eram...
- Quem? – perguntou Sam com curiosidade
- Lembra do dia do trem... do roubo? – disse mais baixo – então... uma delas apareceu para encher o saco... e olha que as duas estavam sozinhas ali... e olha que elas pareciam namoradas!
- Eca! – disse Sam parecendo que ia vomitar – agradeço a Merlin por ser uma menina correta... só ama homens!
- Aqui, Emilly – disse Sam – e vocês não terão mais problemas com as duas
Estava para amanhecer e Jéssica e Emilly estavam ansiosas para saber de como as duas mais novas do grupo tinham resolvido o problema que elas mesmas criaram. A conversa entre as duas era de total preocupação. Sabia que não seria fácil. Mas que também não seria nada agradável.
Emilly pegou a peça na mão e olhou diretamente na peça principal da jóia. A pedra rosa ainda continha a pequena fada adormecida. Sorriu ao perceber que tinha saído tudo certo. Então seu coração deu um pequeno aperto. Olhou para os braços de Gina e viu a bandagem e se assustou, olhou para o vestido rasgado de Sam e entrou em pânico.
- Elas machucaram vocês? – disse Sam
- Não... – iniciou Gina – temo avisar-lhe que na realidade fora mais fácil do que imaginávamos
- Como assim? – disse Jéssica
- Bom... nós estávamos atrás delas fazia alguns minutos – disse Sam olhando para Gina
- E então do nada apagou as luzes – disse Gina fingindo estar atordoada – uma garota esquisita lá deu um sectusempra em mim e sumiu... acho que elas somente queriam matar mesmo – disse com simplicidade – então eu peguei a jóia e fomos embora...
- Mas o mais esquisito, foi o símbolo... ce lembra, Gina? Que tava marcado no corpo dela? – disse Sam – acho que o visitante noturno de Gina está realmente querendo alertar de algo muito, mas muito ruim...
As meninas se entreolharam. O silencio se fez naquele momento. Não era de se esperar que fosse fácil, ou que pudessem entender a morte das meninas, mas Gina e Sam não contariam sobre o que tinham feito, ainda mais pelo fato delas terem sido as assassinas.
- Bom... mudando de chiclete pra caminhão – disse Jéssica – por quanto vamos vender essa belezura? – disse sorrindo
----------------------------------------------- DRACO --------------------------------------------------
Tom entrou no quarto, e somente olhou para a janela. Estava tão frio quanto nos dias de neve. Não pode ver Draco aproximar-se da porta e então fecha-la, fazendo Tom voltar-se para ele.
- Precisamos conversar, Tom – disse Draco a Tom
- Diga – disse Tom sentando-se em sua cama
- O que realmente aconteceu no trem? – disse Draco seco
- Simples... eu fiz a planta atacar os dois, por que? – Tom fazia com que a situação se tornasse simples, como se nada de muito estravagante havia acontecido
- Você então domina a terra?
- É... se você chama assim... – disse Tom – e você? Que poder tem? Do gelo? – ironizou
- Não... do fogo... – fazendo a lareira quase queimar de tanto fogo – não se preocupe... não deixarei que o fogo toque nas suas arvorezinhas – disse ironizando
- Há... há... há... sem-graça... – disse Tom jogando uma almofada em Draco
- Eu vou escrever a Blaize, pelo menos o treino não será tão exaustivo solitariamente
Draco sentou-se na escrivaninha que havia ali, pegou um tinteiro, pena e um pergaminho. Escreveu de maneira curta e grossa, simples mas muito objeta. Não tinha tempo para assuntos longos e chatos. Olhou para Tom, e este estava com uma carta nas mãos.
- O que é isso? – perguntou curioso
- Victor – disse Tom com nojo – ele quer me ver... sempre tão inútil... acha que somente por ser meu irmão mais velho deve me dar ordens – disse pegando seu casaco e indo para a porta – você não vem?
- Não preciso ver cenas familiares – disse Draco dobrando sua carta com delicadeza
- Anda – puxando Draco, fazendo-o pegar rapidamente o casaco e guardar a carta no bolso
- Você me paga, Krum... – disse rosnando para o rapaz, se arrumando enquanto andava
- Tá... em dinheiro, ou em armamento? – disse sorridente para o menino
O salão principal não era tão longe, mas era o dobro do de Hogwarts. Era mais escuro e seu teto não dava para ver o céu lá fora. Era de cores escuras, somente mostrando as cores das bandeiras das casas.
Draco caminhava lado a lado de Tom, e distanciou-se ao reconhecer Victor. Não estava muito animado para conversas familiares, então se sentou em uma mesa próxima, fazendo aparecer um suco e alguns doces, como se fossem aperitivos.
- O que foi, Victor? – disse Tom com severidade
- Eu vi você hoje falando com aquele imundo – Draco veio a descobrir mais tarde que aquele era o nome de Victor Krum dava a Peter – o que você estava falando com... aquilo? – disse com nojo
- Victor... eu já lhe disse... não se meta nisso – olhando com raiva para o irmão – você é somente meu irmão... não é o papai e a mamãe...
- Eu vou contar a eles quem ele é! – apontando o dedo para ele
- Conte... e eu contarei sobre alguns segredinhos seu... irmãozinho... – viu o rosto de Krum se tornar mais pálido – não finja que não sabes... eu sei de tudo... tudo...
- Oras seu...
- Vamos parar por aqui? – Draco levantou-se fazendo os dois voltar-se para ele – não devem brigar em publico... é uma vergonha brigar em público...
- É... Draco tem razão – disse Tom – agora eu vou embora... e não quero ver a sua cara até o natal... entendeu?
Os dois retiraram-se sem antes ouvirem o grito de raiva vindo de Krum. Tom riu, sabia que o irmão estava nervoso e não mediria esforços para ter Tom ao seu lado. Mas este não iria. Draco olhava para a expressão alegre do menino e concluiu que ele realmente não era alguém muito normal, e que suas atitudes não eram de uma pessoa com idéias muitas bem definidas.
- Para onde vamos? – perguntou Tom
- Vamos primeiro para o corujal – mostrando a carta para Tom – e por fim... Mostre-me como é o jardim
- Tudo bem...
O jardim era realmente encantador. Não era tão bem cuidado, mas podia-se ver que estava se tornando belo ao longo dos anos. Draco percebera como Tom mudava de humor, mas percebera também que ele era muito constante, se ele não gostava de algo, não iria mudar nunca, independente se alguém lhe disser que está certo e é bom.
- Draco...
- Sim – disse Draco sendo tirado de seus pensamentos
- Temos uma entrega para fazer – disse Tom olhando para um pequeno jardim de rosas negras
- Manda
- É para estarem prontos antes dos testes de quadribol – disse Tom – Peter disse que nós podemos participar do time... mas primeiro temos que passar nos testes... que absurdo!
- Tudo bem, Tom... o que iremos fazer? Temos que arrumar muita coisa?
- Dessa vez não... os armamentos que nos pediram não são grandes coisas, e são em pequena quantidade, fazendo assim com que não precisemos pagar outros aqui... e custam caro... então lucraremos mais...
- Interessante... muito interessante... – disse Draco – então... está por nossa conta?
- Dessa vez... Dessa vez
Era o dia do treino de quadribol. Tinham-se passado duas semanas desde aquela conversa nos jardins. Tinham conseguido todo o armamento necessário sem levantar suspeitas, mesmo com o irmão de Tom os espionando.
Draco estava com vestes negras, e com a sua melhor vassoura. Olhava-se no espelho e se perguntava se daria certo ali. Sabia que não conseguiria a vaga, mas por que então tentaria? Lembrou-se então de Krum. Sabia que ele era do time adversário, não era como o Potter, mas vencê-lo já seria para ele um grande avanço.
- Pronto, Tom?
- Sim! – disse o menino, carregava consigo a vassoura e o pesado bastão – vamos ver se ele me dá sorte novamente
- Como assim? – perguntou curioso
- Simples – disse ele saindo do quarto – nas férias do ano passado, quando eu ganhei o bastão de presente, eu e meu irmão, junto com a família, jogamos quadribol – disse descendo as escadas – estava empatado o jogo, e eu estava contra o meu irmão... não tive duvidas quando o vi mergulhando para pegar o pomo, simplesmente mandei com força o balaço na cabeça dele – disse sorridente – nunca ri tanto em minha vida, mas sofri uma bela penalidade – disse com raiva – não pude mais usar o bastão... agora que ele melhorou... eu posso usar... sem dó...
Draco ouvia atentamente a historia de Tom até o caminho para o campo de Quadribol. Aquele menino era um sanguinário! Tinha gostado disso. Não que ele realmente não se importasse com o fato de alguém querer rachar a sua cabeça ao meio, mas se essa pessoa não fosse Tom, estaria relativamente feliz, teria alguém para defendê-lo, o que não tinha quando jogava com a Sonserina.
O campo estava com poucos que queriam participar da seleção. Todos eles, tinham estilos diferentes, faziam Draco querer vomitar. Não tinha tempo para isso, ao longe encontraram Peter, e caminham em direção a ele. Conversaram animadamente sobre um assunto qualquer, deixando pequenas palavras soltas, mas que somente eles entenderiam.
- Bom dia! – disse um rapaz ruivo fazendo todos os alunos voltar-se para ele – eu sou Brian, ou melhor McClein, sou o Capitão do time da Grausamkeit! Eu estou aqui para selecionar: 1 artilheiro, 1 batedor e um 1 apanhador, que comecem os testes!
O dia fora cansativo, mas nada como um bom banho para recuperar-se. Draco sentia que tinha ido bem, e acreditava que conseguiria passar nos testes com facilidade. No tempo de folga, conseguiu ver Tom destruindo totalmente a cabeça de um boneco que estava ali para servir de alvo. Nada que um “reparo” não resolva. A lista sairia daqui há dois dias, e acreditava com facilidade que passaram nos testes.
- O Draco – disse Tom
- O que houve – disse andando lentamente até o salão comunal, detestava tomar banho em banheiros coletivos
- Dá pra andar mais rápido? – disse Tom voltando-se rapidamente para ele
- Tá...
- A entrega é pra ser feita hoje?
Era a quinta vez que Draco perguntava para Eragon. Estava ansioso para fazer logo a bendita entrega, correr para o mural principal da escola e ver se passara no teste de apanhador.
- Eu já lhe disse, Draco – repetindo com serenidade – está tudo pronto?
- Sim – disse Tom – tudo pronto... você já fez a vistoria...
- Bom... quero que vocês saiam da escola... – disse rapidamente – vão até a casa azul do vilarejo... peguem o pó de Flú... e vão... não se esqueçam – disse com força – Valet place, entenderam?
Os dois meninos confirmaram com a cabeça. Viram Eragon sair com rapidez do local, deixando, assim, nenhum curioso. Draco olhou para Tom e começaram a arrumar as coisas para saírem dali. Não tinham muito tempo.
- Como vamos sair daqui? – perguntou Draco
- Me siga – disse Tom pegando as mochilas e indo rapidamente para os corredores do colégio
O percurso fora feito de maneira silenciosa. Estavam adentrando cada vez mais nas masmorras. Estavam então quase indo para um caminho sem rumo. Até pararem na frente de um pequeno tapete. Tom bateu com força no tapete, e este se estendeu, abrindo uma enorme passagem.
- Anda Draco – disse Tom
As luzes eram cada vez maiores. Caminharam por um longo tempo, desta vez com conversas banais, esquecendo-se que estavam sob o colégio, e até mesmo estavam já muito perto do vilarejo.
Saíram dentro de uma biblioteca toda empoeirada. Tom estava prestes a espirar, segurando o máximo possível para não atrair nenhum olhar comprometedor. Ao saírem rapidamente da biblioteca, Tom teve um pequeno ataque de espiro, levando Draco a rir da situação do rapaz. Entraram na casa azul, pegaram o pó d flú e foram parar em um vilarejo bruxo de uma classe baixa.
- Ai que horror! – disse Draco
- Que bom que nos avisaram sobre não estarmos vestidos com os uniformes!
Seguiram até a praça local. Estava quase na hora. Deixaram as mercadorias no local, e partiram para a outra praça próxima. Estava ali, duas maletas. Estavam pesadas. Abriram as maletas e tinham o dinheiro. Totalmente correto. Diminuíram as maletas e seguiram novamente para a casa azul.
- Desta vez a gente não teve problemas – disse Tom – prefiro assim
- Realmente... realmente – disse Draco – acho que não teremos problemas...
- Malfoy! Krum! – gritou Peter
- Sim? – disse os dois juntos
- Aqui está – disse ele calmamente – eu fiz especialmente para vocês...
Era uma carta anunciando que os dois haviam passado nos testes, e eram para se apresentar semana que vem para os treinos. Sorriram vitoriosos e deram as maletas para Peter separar o dinheiro. Este sumiu rapidamente, e trouxe em uma pequena trouxa, o dinheiro, que estava já sendo rasgada pela quantidade de dinheiro que tinha ali.
- Fizeram um belo trabalho, meninos... quem sabe na próxima, já não podem trabalhar com os compradores? – Tom e Draco olharam um para o outro atônitos – é... semana que vem na hora do almoço estejam no meu quarto... iremos ver um comprador...
Seguiram rapidamente para o quarto. Comemorando de maneira interessante: alguns insultos, brigas, assustando os alunos do primeiro ano, jogando bombas pela escola. Não se sabiam se eram eles, mas com certeza não entendiam a felicidade daqueles dois meninos estranhos.
Angel Lopes:d++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ o cap, maravilhoso posta logo o proximo ta?? ve se ñ me mata de curiosidade ta?? beijos Angel
EU Tah aki naum tah?????????????????? Eu vou fazer uma surpresaaaaaaaaaaaa... heuheuehueheuheueheuheuhe... quem sabe vc naum goste???
Bom... quero mais comentsssssssssssssssssssss
bjuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
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