Capítulo único
Alguns anos haviam se passado desde a derrota de Voldemort. O mundo bruxo finalmente havia se livrado de seu karma, e Harry Potter, agora com 26 anos, ainda era a figura mais famosa que já se vira pelos bruxos, depois de Merlim. Com isso tudo, ele procurava viver afastado, tentava não ser reconhecido nas ruas. Não era fácil ser uma celebridade, como muitos diziam que ele era. Até quando resolvia correr pelos parques de Londres, algumas pessoas o paravam para vê-lo, falar com ele, ou até mesmo toca-lo.
Ele não gostava muito da fama que tinha, nunca gostou. Uma coisa que o decepcionava era que desde o dia que derrotara Voldemort, nunca mais ouviu notícias de Rony, e até mesmo de Hermione. Hermione...
Sim, ela fora sua namorada, no sétimo ano. Jovens, apaixonados, nada tirava a felicidade que ambos sentiam ao estarem juntos. Momentos inesquecíveis, certamente, guardados apenas em lembranças, em doces lembranças, que Harry recordava quando sentia saudades do que viveu com ela.
É, ele ainda a amava. De forma inexplicável, mas a amava, sempre a amou. Amor escondido pelo medo de interferir na forte amizade que tinham, pelas brigas, pelo término do relacionamento, mas que permanecia intacto no seu coração, preso, sufocado, por não ter mais notícias dela, de sua melhor amiga e mulher amada.
Ele já tentou esquecê-la, sim, não pense que ele não fez isso. De diversas formas. Aventurando-se em outros relacionamentos, diversas mulheres vieram depois dela. Nenhum dos relacionamentos dera certo. Talvez porque ele sempre buscou um pedaço de Hermione dentro delas.
Ele nunca entendeu realmente porque tudo acabou. Estavam tão bem, felizes juntos, até que o fim bateu em sua porta, acabando com muitos de seus sonhos.
Saber diferenciar
Não querer por não mais sentir
Não merecer por não mais amar
INÍCIO DO FLASHBACK
Era um belo domingo, e Harry estava no salão comunal da Grifinória. Seus cabelos estavam maiores, e ainda mais bagunçados, que o deixavam sexy, como diriam as garotas. Os olhos muito verdes ainda se encontravam escondidos por trás das lentes dos óculos. Alto, com o corpo definido pela prática de Quadribol, 17 gritando em seus hormônios. Estava sentado, desajeitadamente numa poltrona qualquer, olhando para um ponto fixo.
Completava quatro meses de namoro com Hermione, naquele dia. Estava realmente muito feliz, e nem sabia o motivo. Amava alguém, era feliz com esta pessoa. Fazia muito tempo que sentia algo diferente pela “garota brilhante”, mas não ousou contar, até porque não tinha certeza se ela sentia o mesmo por ele.
Muitas vezes ouviu conselhos, dos amigos, e até dos gêmeos Weasley, para que não se apegasse demais a Hermione, até porque, nada poderia durar para sempre. Um dia aquilo iria acabar, e aquela felicidade iria terminar. Harry pouco ligava para isso, queria viver intensamente aquele sentimento, quer o outros concordem ou não.
Levantou o rosto, e viu uma garota de estatura mediana se aproximar. Belo corpo escondido pela farda da escola, pele alva, com alguns sinais pelo corpo. Cabelos castanhos e cacheados, presos em um coque informal, com mechas caindo displicentemente pelo rosto. Olhos amendoados e sorriso doce. Era Hermione, a sua Hermione.
Mas algo lhe chamou atenção nas expressões da garota. Ao invés de serem alegres, estavam frias. O olhar estava sem brilho, e não havia o costumeiro sorriso em seus lábios.
- Oi Harry.– falou a garota friamente, sentando-se no braço da poltrona.
- Olá Mione. – respondeu ele, não deixando de ficar suspreso pela atitude dela. Esticou o pescoço, para beijar a namorada, mas a mesma desviou, e ao invés de Harry beijar-lhe os lábios, beijou a bochecha.
- Preciso falar com você. – comunicou ela, não olhando-o nos olhos.
- Claro! O que houve? – perguntou ele. Imaginou que ela poderia estar em um mau dia, e ele também tinha os seus.
- Harry, acho que não somos os mesmos desde o início de tudo. – começou ela, ainda sem olha-lo nos olhos. Harry escutava atento e receoso a tudo que ela falava. – Acho que não adiantaria se continuarmos juntos, sem termos os mesmos sentimentos de ambas as partes... – concluiu ela, agora olhando para ele. Harry não entendia o que ela falava. Mione deixara de amá-lo? Mas ontem mesmo eles estavam tão bem!
- Mione...eu... – Harry tentou falar algo, mas não emitiu som algum, alguma revolta, algum argumento. Não sabia realmente o que dizer naquele momento.
- É isso Harry. Passar bem. – concluiu, ainda com a frieza na voz. Ela se levantou e deixou o salão comunal, sem olhar para trás, deixando Harry sentado na poltrona, em um estado de choque. Não conseguia falar, nem sorrir, nem esbravejar. Permaneceu lá, atônito.
Harry ficou um pouco estranho nos próximos dias. Não falava nada, não sorria, nem chorava. Na maioria das vezes ficava sério, encarando algo, perdido. Hermione bem sabia os motivos dele, como poucos. Nem mesmo Rony sabia o motivo do estado do amigo.
FIM DO FLASHBACK
Harry até hoje não entendia bem os motivos dela, mas compreendera de certa forma. Ela não o amava mais, foi isso que concluiu do que ela disse. Mas, a frieza era incomum na garota. Ele tentou algumas vezes falar com Hermione, um tanto quanto hesitante, mas tentou. Porém, ela sempre procurava evita-lo.
Sem ter lugar pra ficar
Escrevendo canções pra que
Você possa escutar
Com outro alguém do seu lado
Harry não tinha opção diferente do que tentar esquece-la. Ela não o amava, e não adiantaria insistir naquilo. Tivera outras mulheres, mas nunca conseguiu esquece-la realmente. Guardava tudo para si, um forte amor, angústia, raiva,revolta. Muitas vezes se sentia mal, por ter todos aqueles sentimentos presos, como num calabouço. Precisava de alguma forma de extravasar aquilo, que estava preso forçado-o a continuar daquele modo.
Encontrou uma forma, temporária, mas encontrou. Começou a escrever cartas, longas cartas, do que sentia em relação a Hermione, cartas endereçadas a ela, mas que ela nunca viria a lê-las. Costumava guarda-las em uma caixa, dentro de uma gaveta de seu armário.
Alguém que vai te abraçar
Quando a escuridão cair
Te impedindo de me enxergar
Perguntava-se hoje se Hermione estaria com alguém. Afinal, ela era uma bela mulher, e poderia estar muito com algum namorado, noivo, marido, qualquer que seja. Ela poderia estar com alguém.
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- Obrigada pela noite! – respondeu Hermione, do lado de fora de seu apartamento. A sua frente estava um rapaz alto, forte, cabelos e olhos castanhos. Ele a olhava, fascinado.
- Sempre que precisar, me ligue! – falou ele rindo, se aproximando um pouco mais da bela mulher, com o corpo emoldurado por um vestido preto e simples, um pouco decotado. Na verdade, ela não precisava de muita coisa para ficar bonita.
- Ligo, ligo sim. – respondeu ela, rindo também, notando a proximidade do homem.
- Boa noite. – disse ele cordialmente.
- Boa no... – antes de terminar, sentiu os frios lábios dele em contato com os quentes lábios dela. Um beijo rápido, terno e carinhoso. Após se separarem, ela sorriu e entrou no apartamento, dando um aceno para ele antes de fechar a porta.
Sorriu feliz. A noite havia sido maravilhosa. Um jantar, com uma música bacana e uma companhia agradável, não havia nada melhor que isso. Tirou o salto que usava, sentindo uma dor forte nos pés. Não era muito fácil se equilibrar naquilo. Riu de si mesma.
Jogou o sapato pela sala, e foi para a cozinha. Colocou uma chaleira com água no fogo, e enquanto a mesma fervia para um café, ela tomava um banho. Vestiu uma roupa simples e caseira, uma calça de algodão com uma blusa. Adorava ficar à vontade em sua casa.
Colocou o café numa caneca vermelha, e tomou-o devagar, encostada na bancada da cozinha. Lembrou-se de seus tempos em Hogwarts, e na saudade que tinha daquela época, a melhor de sua vida. Seus melhores amigos, Harry e Rony. Ela chegou a namorar com Harry, mas terminou tudo quando completavam quatro meses.
Lembrava-se do motivo. Gostava muito dele, e sentia ciúmes das muitas garotas que o desejavam. Parvati, sua colega de quarto, havia dito que tinha visto Harry com uma garota da Lufa-lufa. Imediatamente, ela foi falar com ele, e terminou tudo. Não sabia se aquilo era verdade, ou se era apenas mais uma história criada por Parvati, mas o ciúme e a raiva foram maior do que a propabilidade daquilo não ser totalmente verdade.
Dias depois perguntou-se sobre isso, mas não queria voltar a falar com Harry, depois de ela mesma acabar o namoro. Algo lhe dizia que ele a rejeitaria, por vingança. Ela soube que ele partiu para outras mulheres, e conformou-se, pensando que ele já a havia esquecido. Talvez fosse melhor assim.
Sentia saudades, sim, sentia. Nunca mais encontrara um homem que lhe fizesse sentir igual, ou próximo de como ela se sentia quando estava com Harry. A sensação do beijo, o toque das mãos dele em sua pele, o olhar. Nada se comparava.
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Já era quase meia – noite, e Harry já estava deitado na sua cama, com os lençóis pelo queixo. Já havia escrevido um pouco das famosas cartas que não chegariam ao seu endereçado. Recordava-se de tudo que viveu com Hermione. Não adiantava viver assim, pensando nela, sabendo que nunca mais poderia vê-la novamente.
- Vou te esquecer a qualquer custo. – falou decidido, levantando-se da cama. Não estava com sono algum, e então foi para a sala, ver o que estava passando nos canais de TV trouxa.
Deitou-se no sofá, com o controle remoto na mão, passando os canais, tentando achar algo que prestasse naquela hora da noite. A única coisa que via pelo passar dos canais eram progamas de auditório, pornografias e desenhos animados.
- Não sei nem porque assinei a TV á cabo! – resmungou, perguntando-se se não haveria algum filme de ação a aquela hora da noite, procurando o canal de filmes.
E pra sempre vou ficar
Segundos antes de dormir
De mim você vai lembrar
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Assim que Hermione terminou seu café, colocou a caneca suja na pia, e foi para o seu quarto. Deitou-se na cama, virada para um lado, olhando pela janela. E Harry, onde estaria agora? Como estaria? E o que estaria fazendo?
- Sente saudades agora, é Mione? – perguntou-se ela, rindo de si mesma. Não, não poderia. Ela mesma acabou tudo. Carência quem sabe, saudades dele.
Tente me ver
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Harry achou um bom filme, mas nem prestava atenção nele. Iria desistir dela? Sem nem tentar? Ele só guardava aquilo, sofrendo e perguntando-se por ela, por que nunca procurou saber onde morava nem nada?
Esses anos não adiantaram muita coisa, escrevendo cartas inúteis, guardadas no fundo de uma gaveta. Não havia feito nada para esquece-la, nem nada para tê-la, apenas resmungar e lamentar tudo.
- Mas que droga! – falou alto, jogando o controle longe, e se sentando no sofá, com os braços apoiados nos joelhos.
Eu vou buscar
Eu juro que eu vou ser
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Hermione se lembrou então que tinha um telefone dele, que Rony havia lhe dado a muito tempo, só não sabia se ele ainda estava lá. Lvantou-se apressada e correu para perto do armário, abrindo as muitas gavetas e procurando aquele papelzinho.
- Onde está... – perguntou-se, mechendo em tudo. Achou um papel, com alguns números e um “Harry” embaixo. Correu para a sala, e se sentou na poltrona, ao lado do telefone.
- Ligo ou não? – falou, em dúvida. Ele poderia pensar algo ruim dela, não sabia. Ah, não custava nada, iria apenas perguntar como ele estava, receber notícias, só isso, nada demais. Discou o número, nervosa.
Alguém que vai te abraçar
Quando a escuridão cair
Quando você precisar
De alguém que não vá mentir
Que nunca te magoou
Segundos antes de dormir
De mim você vai lembrar
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Harry foi até a cozinha, procurar algo para comer. Abriu a geladeira, e pegou uma pizza congelada. Abriu o micro-ondas e colocou o tempo, para que a pizza estivesse pronta para ele comer. Enquanto isso, ele foi tentar arrumar a cozinha, que estava suja há dias. Ouviu o telefone tocar.
- Mas quem ligaria a meia-noite? – perguntou-se, enxugando as mãos, e indo até a sala, de onde o telefone tocava.
- Alô?
- Harry? - falou uma voz familiar do outro lado da linha.
N.A.: nhaiii
tah aí!! LOL
espero q gosteeem!! a música é Alguém que te faz sorris - Fresno
linda ela
hsuahsuahsuhaushas
comenta tah??
nem q seja pra criticar xP
bjos, e obrigada!!!
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