I'm Addicted To You

Capítulo II – I’m Addicted To You



Muita ingenuidade da parte dela achar que seria tão fácil se livrar de sua memorável noite com Malfoy. Não parou de pensar no que haviam feito uma só vez. Conseguiu dormir, mas sonhou com cada detalhe do ocorrido ou então sua mente fez questão de criar novas situações onde o final era tão ou mais empolgante quanto o real.

Inconscientemente, ela se arrumou mais que o normal para o trabalho. Precisava esquecer o acontecido e trabalhar. Tinha estratégias e táticas para elaborar e um grupo de aurores para orientar. Estava à frente do Departamente de Estratégias e Táticas. Trabalhava em conjunto com Draco Malfoy, que comandava o Grupo de Operações Especiais e seu melhor amigo Harry Potter, que era o responsável pelo Departamento de Aurores.

Os três se davam muito bem quando o assunto era trabalho. Não havia uma missão designada aos três que não fosse bem sucedida. No entanto, mesmo a proximidade por causa da guerra, não desenvolveu nenhuma amizade entre Draco e Hermione. Ele não perdia a chance de contrariá-la ou discutir com ela por coisas banais. O que ele sabia, a enfurecia por demais. Essa era uma das razões pela qual não entendia como havia deixado o acidente de ontem se concluir.

-- Argh, tenho que parar de pensar nisso!

Mais fácil falar do que fazer, queridinha...

-- Mas eu vou conseguir, preciso trabalhar!

Acha mesmo que vai conseguir? Sua sala fica bem próxima à dele...

-- Mas minha mente vai se ocupar apenas com trabalho, trabalho, trabalho.

Não tem nenhum lugarzinho disponível para aqueles olhos? Ou aquele peitoral?

-- Você é uma consciência ou o quê? – Hermione falou sozinha enquanto sua bolsa, suas pastas e se preparava para aparatar.

Nem uma nem o quê. Sou seu subconsciente. Por mais que você tente negar, eu sei que você não vai conseguir deixar de pensar naquela boca, naquele bumbum, naquele...

-- Chega! Ótimo. O Malfoy finalmente conseguiu fazer com que eu pirasse, era só o que me faltava. – e com isso, ela finalmente aparatou.

~SS~

Draco também não estava em melhores condições. Logo que acordou teve que tomar um banho frio para tentar apagar os sonhos que teve durante a noite. Banho esse que surtiu efeito... Provisoriamente.

Quando chegou ao trabalho não conseguiu se concentrar...

Ele tinha uma mão apertando a cintura dela, a mantendo no lugar, enquanto a outra estava nos cabelos, segurando firmemente sua cabeça enquanto ele devorava sua boca e seu pescoço, deixando manchas vermelhas. Acreditava que suas costas e seu ombro estivessem da mesma forma. Hermione o arranhava sem piedade e a cada penetração mais profunda ela o mordia no ombro.

-- Droga! O que é que tá acontecendo? – ele se perguntou quando finalmente se deu por vencido e parou de tentar bloquear as lembranças que vinham à mente.

Quem diria que um dia ele e a Granger chegariam a ter... Uma noite de sexo ardente? Enfim, o que quer que tenha sido aquele episódio.

“Um vale a pena ver de novo não seria de todo desagradável...” Draco pensou com um sorriso malicioso.

Mas a Granger não daria o braço a torcer.

“Isso eu consigo, ela gostou que eu sei”.

Você é muito convencido!

“Realista, minha cara consciência, realista.” E com isso ele se levantou. Precisava ir até a sala do Potter para conversar sobre uma operação. Pensaria na Granger uma outra hora... Ou pelo menos tentaria.

~SS~

-- Então eu acho que é só isso. Você passa para o Malfoy e se acharem alguma falha, é só me chamar! – Hermione se levantou.

-- Hermione, desde quando alguma coisa que você planeja vem a dar errado? – Harry perguntou à amiga. Em nenhuma operação que ele comandou e que foi planejada por ela, algo saiu errado. Orgulhava-se muito da amiga, Hermione sabia o que fazia e o fazia muito bem.

-- Ah, Harry... Só não quero que o Moody tenha motivos pra ralhar comigo de novo, então, por favor, repassa bem tudo e vê se não tem como sair alguma coisa errada, certo? – ela sorriu pra ele.

-- Ok, senhorita Granger, como desejar! – ele piscou pra ela. Hermione balançou a cabeça e se virou em direção a porta, que naquele momento estava sendo aberta por ninguém mais, ninguém menos que Draco Malfoy.

Ele parou assim que a viu, passando os olhos por ela, de cima a baixo.

Era de seda branca com pequenos botões, a blusa que ela usava. Deixava entrever a curva dos seios dela. Embora tivesse tido a chance de conhecer a beleza de suas formas, Draco se surpreendeu com a sutileza do decote. Desceu o olhar para a saia, que apesar de clássica e discreta, não escondia as belas pernas da mulher, ou pelo menos parte delas. Ao terminar a inspeção, Draco estava vidrado. Nunca a vira tão desejável.

Pareceram eternos minutos, mas foi apenas alguns segundos nos quais os dois se encararam, até Harry falar: – Malfoy, a Mione acabou de me passar os papéis da missão.

Draco finalmente quebrou o olhar e se virou para o moreno.

-- Justamente para saber disso que eu vim aqui. Quero saber como vou ter que separar meu pessoal. – com um toque da varinha, Harry duplicou a pasta a sua frente e estendeu uma para Draco.

-- Está tudo aí, qualquer coisa é só falar com a Hermione.

-- Claro. – Draco pegou a pasta e olhou para Hermione, que desviou o olhar e se despediu de Harry.

Saiu da sala do amigo sem notar que o loiro vinha atrás. Draco tinha que ter uma conversinha com a morena e achou aquele momento perfeito. Quando passaram pela porta do escritório dele, ele a puxou para dentro pelo braço.

-- O que diabos você pensa que tá fazendo?

-- Calminha, Granger, não precisa surtar, só quero bater um papinho. – Draco disse enquanto gesticulava pra que ela sentasse em uma das cadeiras a sua frente.

-- Eu acho que essa aula você perdeu, Malfoy, mas as pessoas civilizadas geralmente perguntam “será que dava pra gente conversar” ou algo parecido. – Hermione continuou de pé.

-- Granger, você tá perdendo seu tempo, senta logo e deixa de fazer doce.

-- Olha aqui, Malfoy... – Hermione começou a dizer com o dedo em riste.

-- Só abro a porta depois da nossa conversa. – Draco falou em tom de tédio.

Hermione se deu por vencida e com um suspiro zangado, sentou em uma das cadeiras.

-- Fala! – ela disse com raiva.

-- Modos Granger. Se eu consigo ser civilizado, acho que você pode tentar fazer o mesmo. – Draco disse com um sorrisinho vencedor.

-- Perdão senhor, Malfoy. Por favor, prossiga com o que você estava a dizer. – ela respondeu irônica.

-- É sobre a noite passada. – ele falou em um tom sério, atento as reações dela.

-- Eu pensei que nós tínhamos combinado de não tocar no assunto? Que não havia passado de uma loucura. – ela falou com tranqüilidade.

-- Eu não tenho bem certeza se foi uma loucura, acho que nós deveríamos fazer mais uma vez, para comprovar. – Draco falou com naturalidade, como se estivesse comentando sobre uma amenidade qualquer.

Hermione ficou surpresa. Ela esperou que ele fosse dizer que foi uma estupidez, que ela não devia, em hipótese alguma, tocar no assunto... Mas não esperava aquilo.

-- Pirou, Malfoy? – ela perguntou rindo. O que surpreendeu Draco. Desde quando uma mulher ria sobre a hipótese de ir pra cama com Draco Malfoy? – Eu não sei qual é o seu plano, mas não vai rolar. – Hermione se levantou e foi em direção à porta, esquecendo que estava trancada. Porém, antes mesmo que a mão dela encostasse ao trinco, Draco já estava de pé atrás dela.

Um braço a envolveu pela cintura, puxando-a para junto do corpo dele.

-- Granger... – ele falou junto ao ouvido dela com uma voz rouca que fez um arrepio percorrer toda espinha dela. O que ele percebeu. – Se eu tenho algum plano aqui, é levar uma mulher atraente e desinibida pra cama e ficar feliz e relaxado com uma transa maravilhosa. – dizendo isso ele colocou a mão que antes estava na cintura dela, na perna onde a saia possuía uma pequena fenda, e subiu com a mão até a junção das pernas dela, a tocando por cima da calcinha. – e como eu vejo você não é tão avessa assim à idéia.

Ele mordeu o lóbulo da orelha dela e Hermione suspirou mais forte, pressionando seu corpo contra o dele. Ela não pode ver o sorriso dele, mas sentiu. Ele sabia que tinha vencido. Ela podia negar e ele ia saber da mesma forma que a afetara. Então por que não aproveita? Ela não seria a única se expondo, se ele propôs aquilo, então ela também o havia afetado.

Tentando se recuperar, ela virou de frente pra ele.

-- A porta, por favor. – ele ergueu uma sobrancelha e não disse nada, mas ela ouviu o som da tranca.

Ela parou por um momento, mordendo o lábio inferior, até que sozinho, conseguiu deixar Draco com um grande incomodo dentro da calça.

Parecendo finalmente se decidir, ela se inclinou para frente e tomou o lábio inferior dele entre os seus dentes depois de um beijo intenso. Suspirando ela falou: - Me pega às oito, Malfoy. Sem atraso. – e saiu pela porta.

Quando o estupor que o simples beijo causou, passou, Draco sorriu de um jeito que só um Malfoy legítimo é capaz.

Aquela noite prometia...


N.A.: Oláá!! 7 meses depois e aqui estou eu!! Pra falar a verdade, 6, pq eu já tinha postado no FF! Não tem lah muita coisa nessa cap. Mas ele me dá a entrada que eu preciso para os seguintes. E quando esses seguintes vão vir?? Nem eu sei direito! Eu sempre posto primeiro no FF, então pra quem vai por lah, fiquem de olho!! Até a próxima, tchauzinho e muuuito orbigada pelos comentários, foram eles que me fizeram terminar esse capítulo!!!!

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