Uma triste notícia
Depois de conversar com Fleur sobre Gabrielle, ele pegava-se pensando seguido nela. A garota, mesmo sendo mais nova, gostava dele. Harry preferia pensar que era por causa de toda a fama que um dia ele tivera, que era uma paixão boba de adolescente... Mas agora parecia tarde demais para um sentimento bobo. Talvez a irmã de Fleur estivesse pensando em até poção de amor, e isso era muito perigoso. Harry ainda lembrava da situação em que ficara Rony por causa de uma.
E tinha a Gina... Ela era capaz de ter um ataque de ciúmes, e isso podia abalar a boa relação que os dois tinham.
A gravidez de Hermione se confirmara. Todos comemoravam na Toca. Gina parecia encantada, não largava Hermione de jeito nenhum. O mesmo fazia Molly.
-Eu vou acabar ficando muito paparicada... – Dizia ela rindo de alegria.
Harry foi falar pela primeira vez com Rony sobre o assunto de se tornar pai.
-O que você está achando de virar papai? Hein Rony?
Rony olhava para sua então esposa, admirado, Harry quase podia ler seus pensamentos. Mas deixou o amigo falar.
-Sabe Harry, eu não entendo como parece ser tão simples uma pessoa dar vida à outra. Fico olhando Mione, e cada vez mais me convenço de que as mulheres são abençoadas por um tipo de poder, magia, sei lá, alguma coisa surreal que as faz carregar uma nova vida.
Harry concordava com o amigo.
-Você tem razão Rony. E elas levam isso na maior alegria, e simplicidade. Você deve estar muito feliz.
-Sim estou.
Algumas horas mais tardes, Harry já se encontrava em sua casa. Começara um temporal, e ele dava graças a poder aparatar. Era engraçado, para quem antes odiava aparatar. Mas muitas coisas mudam, e isso nele mudou.
Ele ouviu batidas na porta. Ele sabia que não era o padrinho, pois ele estava trabalhando de vigia noturno no Beco Diagonal.
-Harry! Por Favor! Harry!
Ele foi abrir a porta. Era uma mulher coberta com uma capa.
-Ela desapareceu. Ela não é vista há uma semana.
Era Fleur, toda molhada, estava chorando, e cansada. Ela havia ido embora da Toca no dia anterior com o Gui. Dissera a Harry que não recebera resposta da escola sobre sua irmã.
-Calma! Entra, e me conte melhor essa história.
Ela entrou, tremia de frio. Harry conjurou uma coberta para ela se cobrir. E também providenciou um chá quente. Enquanto ela sorvia o chá, ele repassava mentalmente a frase dela. “Ela desapareceu...Não é vista há uma semana.” Ele tinha certeza que era de Gabrielle que Fleur estava falando.
-Agora que você está mais tranqüila. Me diga o que aconteceu?
-Ela sumiu no mesmo dia do casamento de Rony e Mione. Mamãe ficou sabendo na mesma hora pela escola, mas ela não quis me contar. Quando cheguei lá ontem, e perguntei sobre Gabrielle, então chorando ela me disse que minha irmã estava desaparecida... há uma semana...
-Não chore. Tenha calma.
Nesse instante Fleur agarrou a veste de Harry.
-Você foi o único que a viu depois que ela desapareceu. O que ela te disse?
-Bem... não sei direito... Ela fica me chamando. No dia do casamento ela conversou um pouco.
-O que ela te disse?
-Eu me lembro de bater com ela na festa. Então quando ela soube quem eu era me pediu desculpas por ser grossa comigo. Falou que estava nervosa.
-O que será que houve com ela? Eu estou desesperada Harry.
-Mas por quê ela fugiu?
-Não Harry... Não. Ela não fugiu.
-Não? Como não?
-Muitas pessoas viram alguém a levando. Ela foi... seqüestrada...
Harry teve um sobressalto. Era horrível pensar que Gabrielle estava lhe pedindo ajuda, e ele não a entendia. Mas...
-Mas então como é que ela está aparatando? Como é que ela está me visitando.
Fleur gritou de dor, chorou alto e forte.
-Ela... Ela...
-Fala!
-Muitos bruxos acham que ela...
-Ela o que?
-Que ela está... Morta.
Nessa hora Fleur desmaiou.
Hermione já estava grávida de nove meses. Tudo havia mudado na vida do casal Rony e Mione. Para melhor. Harry sentia inveja daquela vida perfeita dos dois. Gina andava ocupada com os estudos e ele com o trabalho, já não conseguiam se ver sempre.
Harry estava investigando um caso de um assassinato. Sua vida de auror era assim. Protegia pessoas, trabalhava com Ministério, prendia bruxos que praticassem magia das trevas. E ultimamente o assunto em toda comunidade bruxa era o fato do assassinato de uma menina meia veela ter sido confirmado.
-Foram necessários quase nove meses para acharem o corpo da menina. Que horror! – Harry levou a mão à boca. Estava lendo o relatório do crime. Ela fora morta com uma maldição imperdoável. Harry bateu com os punhos na mesa. Por quê ele não pode fazer nada?
Segundo o relatório ela morreu poucos dias depois da última vez que Harry a vira no seu banheiro. Ele tinha certeza que ela tinha aparatado, pois investigou, e descobriu que ela já tinha a permissão. O caso só foi parar nas mãos de Harry por envolver magia das trevas, do contrário teria ido parar nas mãos de outra pessoa.
Ele pegou a foto. Era chocante a imagem dela petrificada. Quem a matou com a maldição Avada Kedrava, petrificou seu corpo e o escondeu longe do local do assassinato. Ela tinha no rosto uma expressão de horror. Ele bateu de novo com os punhos na mesa.
-Por quê eu não fiz nada?
Sua barba crescera. Ele amadurecera muito com todo os trabalhos que tinha como auror. Andava muito mais sério, e solitário. Somente com os amigos ele se soltava um pouco. Com Gina as coisas eram muito mais alegres. Ela dava luz à vida dele. Mas agora ele estava tenso.
Segundo ele lera no relatório, no dia do assassinato o Ministério conseguiu identificar uma maldição imperdoável, mas ao chegar ao local, não havia nada lá. Então consideraram uma brincadeira feita por alguém, que matara algum animal. Mas meses depois, uma testemunha dissera ter visto uma menina loira de cabelos compridos perto da casa.
Foi assim que reabriram o caso de Gabrielle, que havia sido dado como perdido, pois a menina estava desaparecida há muito tempo. Com mais alguns meses conseguiram achar embaixo do assoalho da casa alguns fios de cabelo, então fizeram o teste de DNA. Eram fios de cabelos de gabrielle.
O choque foi muito grande para Fleur, que acabou se isolando, e ficando doente. Só mesmo com o apoio do marido, Gui, que ela pode se restabelecer. Harry afirmou a ela que não voltara mais a ver a irmã dela depois do dia em que conversaram na Toca.
Mesmo depois de nove meses, Harry ainda não conseguira descobrir os motivos que levaram Gabrielle a procurá-lo. Desejou ter um vira-tempo e poder voltar atrás para concertar seu erro. Ele tinha errado ao achar que a irmã de Fleur estava interessada nele. Ela estava sim tentando pedir socorro. Mas como ela conseguiu sair sem ser vista?
Alguma coisa estava muito estranha naquele quebra-cabeça. Tinha algumas peças faltando, e algumas peças sobrando que não se encaixavam perfeitamente. Harry acabou adormecendo em cima dos papéis.
Sonhou com um garoto correndo. Ele gritava papai. Quando Harry tentou ver quem era, ele acordou.ö
-Ou droga! Não deu pra ver quem era...
-Desculpa se te acordei. Mas creio que você tem que ir trabalhar.
-Sirius você me acordou de um sonho estranho... O QUÊ? Que hora é?
-É 8hs da manhã.
-Nossa! Preciso ir. Vou ter que passar na casa do Rony, nós vamos juntos. Tchau.
Harry arrumou-se com um feitiço, e depois aparatou.
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