Morte e Fidelius
Morte e Fidelius
Os dias se passaram voando, em quatro dias, Tiago, Harry e eu voltamos para casa, recebemos a visita de Lana, que ao ouvir a voz de Sirius lá em baixo, deu um jeito de sair de fininho sem precisar encontrar com ele. Remo também apareceu, estava magro, abatido, logo se via que ele não estava se cuidando muito bem, ao contar pelo fato de que a lua cheia estava distante.
Foi no primeiro dia em casa, depois de todas essas visitas durante o dia, Dumbledore, durante a noite (dez e meia da noite) veio nos dar uma notícia não muito boa, a qual eu já estava esperando a muito tempo.
_Boa noite, Lílian. Conheci Harry, a cara do pai com um toque seu. _Disse Dumbledore sorrindo para Lílian que estava sentada no sofá.
_Pois é, imagine então se esse menino se chamasse Tiago como o pai dele queria? Hum, não ia saber quem é quem se Tiago não fosse vinte e cinco anos mais velho que ele. _Disse Lílian sorrindo.
_Bom... Mas eu não vim somente para visitar vocês e desejar boas vindas ao mais novo Potter, Tiago. Assim como conversei com seu pai, eu viria aqui hoje para conversar com vocês sobre o futuro de Harry. _Disse Dumbledore sério. _Sim, mas segundo Charles, com certeza Harry irá para Hogwarts, mas antes temos de garantir que ele e vocês vivam até lá. Para isso, eu sugiro o segredo Fidelius. _Disse Dumbledore seriamente.
_Mas é tão grave assim, Dumbledore? _Perguntou Lílian alarmada.
_Sinto em dizer que sim, Lílian. Tudo indica que Voldemort começará uma caçada implacável contra vocês...
_Mas Alice também teve um menino que nasceu no fim do sétimo mês, Dumbledore... Quem garante que será atrás de nós que Voldemort virá? _Perguntou Tiago sério sentado ao lado de Lílian.
_Sinto em dizer também, Tiago, mas um espião nosso nos disse que Voldemort tem informações que levam a vocês... Um comensal disse a ele que o casal por quem ele deveria correr atrás era vocês, vou contar a vocês uma coisa.
“Existe uma profecia que diz que vai nascer alguém, no fim do sétimo mês, quem matará Voldemort quando chegar a hora ou Voldemort o matará. Mas esse bem feitor terá um poder que Voldemort desconhece. E que Voldemort o marcará como um igual. Ele terá também os mesmos poderes de Voldemort”
“Lembrem-se, que ninguém, mas realmente ninguém, nem mesmo o senhor Black ou Charles deverão saber dessa profecia, para a própria segurança de vocês.”_Disse Dumbledore anormalmente sério.
_Você está querendo dizer que Harry, meu bebezinho, uma criança que não consegue nem sentar ainda é quem Voldemort escolheu para lutar contra ele na batalha final, Dumbledore? Você deve estar ficando maluco! _Disse Lílian se levantando e sentindo as pernas bambearem.
_Sinto muito, Lílian, mas é a verdade. Um espião me disse que um dos comensais ouviu a profecia e contou a Voldemort e deu um palpite que seria você e Tiago os pais do garoto que estava prestes a chegar. Para a nossa sorte, Voldemort não achou vocês, mas agra creio que temos de ser rápidos, ou não conseguiram se esconder de Voldemort. Posse ser o fiel do segredo de vocês se quiserem. _Disse Dumbledore em tom de urgência.
Como poderiam ter feito isso? Como poderia ser meu bebê quem destruiria um bruxo tão maléfico quanto Voldemort? Ele parecia ser imortal às vezes..., Era cruel! Harry era apenas um bebê de quatro dias! Foi em meio a esses pensamentos que ouvi a campainha de longe, como se aquela sala fosse um lugar distante, fora de minha presença.
_Boa noite! Vim ver meu afilhado e jantar! _Disse Sirius rindo enquanto Tiago abria a porta.
_Por acaso, esse fiel do segredo pode ser Sirius? _Perguntou Tiago olhando para o amigo, como se uma luz estivesse sobre sua cabeça.
_De que segredo estão falando? _Perguntou Sirius com uma sobrancelha levemente erguida.
_Melhor entrar, Sirius, temos um assunto sério a conversar. _Disse Lílian em tom urgente.
_O que houve? Algo com Harry? _Perguntou Sirius meio preocupado entrando e fechando a porta.
_Bem, mais ou menos isso...
_Sirius. Tiago, Lílian e Harry precisam se esconder, Voldemort começou uma caçada à eles, precisamos esconde-los sobre o segredo Fidelius, me ofereci a Tiago, mas ele acha que você pode ser melhor, aceita? _Perguntou Dumbledore muito rápido.
_Claro que aceito, mas terão de me explicar isso direito. Por que Voldemort estaria atrás de vocês? _Perguntou Sirius se sentando.
Sirius ouviu com atenção todas as instruções de Dumbledore, fizemos o segredo e por hora estávamos protegidos, pois sabíamos que ninguém poderia nos encontrar enquanto estivéssemos em casa, mas isso não nos livrava pra sempre, algum instante teríamos de sair, comprar as coisas, sei lá! Mas isso não me preocupava agora.
_Isso é sinistro! _Disse Sirius espantado depois que Tiago contou toda a estória para ele e Dumbledore tinha ido embora.
_Pra você ver, meu amigo! Estamos ferrados. _Disse Tiago tomando um pouco e suco de abóbora. _Aliás, Lil. O que Dumbledore queria falar com você? _Perguntou Tiago sério.
_Nada, meu amor, queríamos conversar mais sobre a segurança do Harry, enquanto você e Sirius conversavam sobre o que aconteceu aqui hoje. _Disse Lílian sorrindo, parecia despreocupada com o problema que tinham.
_Não podemos mais trabalhar, Almofadinhas. Isso não será nada mau, mas não gosto da idéia de ficar preso aqui dentro. _Disse Tiago mal humorado.
_Não será por muito tempo, meu amor, não se preocupe. _Disse Lílian sorrindo e beijando a face de Tiago, carinhosamente.
Tiago não sabia, e eu nem deixaria ele saber, mas fiz uma coisa para deixar Harry mais protegido, e Voldemort queria matar meu bebê, antes teria de me matar e caso me matasse, não o mataria, pelo contrario. Pelo menos, é o que Dumbledore e eu achamos que vai acontecer. O que fazemos é magia muito antiga, não sabemos se vai dar certo, mas de acordo com que conhecemos, ela é muito poderosa, e funciona através de uma única coisa... O amor!
_Então Sirius, como foi seu encontro com a tal Kyu Deep? _Perguntou Lílian comendo um pouco.
_Não foi. Ela não apareceu, só sei que a encontraram morta, perto do barzinho onde ela queria me encontrar. Agora, me pergunto se o que ela tinha pra dizer a mim era tão importante, ou se a mataram somente por ser uma auror. _Disse Sirius comendo batata assada com pernil.
_O Trabalho foi concluído, Milorde. Ela está liquidada. _Disse um homem baixo, tinha uma aparência um tanto quanto parecida com um rato.
_Ótimo, Rabicho, mas quero saber onde estão os Potter, minha última pista foi a casa deles, em Godric’s Hollow, mas não os achei, nem meus comensais mais inteligentes conseguiram achar-los. Acham que eles se esconderam sobre o segredo Fidelius... O que você acha, Rabicho? _Perguntou Voldemort com sua voz fria e calculista.
_Eu... Eu... Eu creio que sim, Milorde. _Disse Pedro espantado com a vontade de seu mestre saber o que pensava.
_Conhece alguém para desempenha a ordem de encontrar os Potter, Rabicho? Alguém que com certeza, não irá falhar? _Perguntou Voldemort sorrindo friamente.
_Nã... nã... Não Milorde, sinto muito. _Disse Pedro gaguejando novamente.
_Ótimo, Rabicho, então essa pessoa será você. Traga pra mim o segredo Fidelius dos Potter, e será recompensado como nunca, nenhum dos meus seguidores foi... Com minha confiança. _Disse Voldemort sorrindo sem alegria, frio, como sempre.
_Sim, Milorde. Trarei para ti os Potter. _Disse Pedro saindo da sala com uma grande reverencia
Aquela seria minha chance de mostrar que não era um simples seguidor, um simples espião... Era a chance de destruir Tiago e Lílian Potter e de quebra, ainda trazer o pequeno e patético Harry. Junto a eles, viria minha glória, minha recompensa e assim, eu poderia me mostrar diante de todos, porque ninguém poderá destruir meu senhor, deixando-o invencível!
_Você está ficando cada vez maior, em garotão? Como vão as coisas? Faz uma semana que esse seu padrinho desnaturado não vem aqui, não é? Muito trabalho...
_Sirius, deixe o Harry aqui e me ajude nisso aqui. _Disse Tiago montando um carrinho.
_O que é isso? _Perguntou Sirius com as sobrancelhas erguidas.
_Um carrinho para bebês. Um brinquedinho trouxa, o pai de Lílian que trouxe pra ele. _Disse Tiago lendo um manual.
_Pra que Harry vai precisar disso? _Perguntou Sirius interessado.
_Parece que é para passear, mas realmente não será de muita utilidade, já que não podemos sair de casa. _Disse Tiago destruindo uma parte do carrinho já montada.
_E o que a irmã de Lílian deu de presente? _Perguntou Sirius rindo.
_Uma banana. _Disse Tiago rindo. _Como vão as coisas no ministério? _Perguntou Tiago sério.
_Nada bem, afinal estamos sem dois aurores, Frank também não está muito bem, foi pego por uma armadilha, ta ferido, com ele, são seis essa semana. _Disse Sirius preocupado.
_Já foram cem formados para aurores no ano passado, e não estão conseguindo cobrir. _Disse Pedro sério.
_Acham que vamos conseguir vencer essa batalha contra Voldemort? _Perguntou Lílian olhando Tiago montar o carrinho.
Em minha opinião? Eu estava torcendo para que não! Meu mestre era muito mais forte que esses babacas aqui... Como pode achar que vão vence-lo? Somente por causa de Dumbledore? Aquele velho fracote sem nenhum poder melhor que do Milorde? Ainda acreditam em contos de fadas, babacas!
_Tenho esperanças que sim, Lílian. _Disse Sirius parecendo cansado.
_O que acham de mudarmos de assunto? _Perguntou Pedro parecendo assustado.
_Boa idéia Rabicho. Como anda a sua história com Evelyn Oxfor? Vai dar em namoro? _Perguntou Sirius sorrindo marotamente para Pedro.
_Ainda não, Almofadinhas, mas e você e Kyu? _Perguntou Pedro rindo.
_Ah! Você não soube? Ela morreu vai fazer um mês daqui três dias. _Disse Sirius sério.
_Como pode, não? Como anda morrendo gente! Logo se prova que não podemos mais andar sozinho. _Disse Pedro se fingindo de medroso.
_Nem a pessoa mais corajosa do mundo conseguiria, ou teria coragem de andar sozinha em tempos como esses, Rabicho. Ultimamente, é normal sentir medo! Consegui! _Disse Tiago mostrando o carrinho a todos.
_Desculpe, meu amor, mas essa abinha é na frente, não atrás. Aliás, esse cestinho é atrás, e não na frente. _Disse Lílian bebendo um pouco de suco e rindo da cara de Tiago.
_Eu desisto! _Disse Tiago rabugento.
_Sabia que ia desistir. _Disse Lílian acenado com a varinha e logo o carrinho havia ficado como deveria estar.
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