A Família Black



N.A.: Depois de uma demora abissal, finalmente chega o terceiro...

Anne Luise Potter: Que bom que você está curtindo, e é bom saber que não estou fazendo clichês! Beijos!

Ana L. Weasley: O segredo de Tonks e o segredo da família Black toda, né? Isso ainda vai dar muiiiito pano pra manga. Espero que você goste do 3! Beijos!

Ana_Weasley_Black: Eu ainda não sei o que aconteceu com o seu comentário... *pensativa* A Floreios é mesmo... Que bom que achou legal! Espero que continue lendo! Valeu!

Bruna Lupin: Valeu pelos elogios, assim eu fico sem graça! *corada como um tomate* Espero que ache que esse capítulo foi bem escrito também! Beijos!



Capítulo 3: A Família Black



Quando acordou, Remus demorou alguns segundos até lembrar porque estava dormindo no sofá. Depois, mais alguns para discernir a figura embaçada diante do seu rosto. Quando finalmente a reconheceu, recuou bruscamente.

— Oh, desculpe — lamentou Nymph, recuando também. — Eu não queria te acordar.

— Não tem problema — disse Remus, recobrando-se rapidamente do susto. — Dormiu bem?

Ela o fitou um tanto desconfiada, como se nunca alguém lhe tivesse perguntado uma coisa tão banal e tão carinhosa como aquela. Lentamente, respondeu:

— Sim, dormi.

— Que bom — disse Remus. — Eu não consigo dormir muito bem naquela cama, às vezes acho que deveria comprar um colchão novo. Sonhou com alguma coisa?

A garota evitou o olhar do doutor. Sim, ela sonhara, ela sempre sonhava. Os mesmos sonhos inquietantes e que envolviam quartos escuros, sangue nos ladrilhos e dois olhos amarelos e selvagens encarando-a.

— Não — mentiu, e sentiu-se mal.

Tinha o costume de mentir para seus avós descaradamente, sabendo que eles jamais iriam verificar se o que dizia era verdade ou não. Na verdade, mentir era uma coisa que ela sabia fazer muito bem e, quando mentia, quase desafiava os avós. Algum dia eles se preocupariam com as suas palavras?

E suas mentiras sempre passavam despercebidas.

Mas, ali, mentindo para aquele homem — que poderia ser qualquer um, que acabara de conhecer —, sentiu-se envergonhada, como se pela primeira vez percebesse que mentir não era uma atitude honesta. Por que estava se sentindo assim agora?

— Eu… liguei para meu primo Sirius — disse, de repente, meio que tentando desviar o assunto. — Ele tá vindo me buscar, em uns quarenta minutos ele chega. A casa dele é longe daqui… Eu… posso tomar um banho enquanto ele não aparece?

— Claro, mas… de novo?

— Bem, se não quiser…

— Não, imagine, não há problema. Não quis ser indelicado. Apenas fiquei curioso.

Ela coçou os cabelos cor-de-rosa, embaraçada.

— A verdade é que… acho que… estou me sentindo… Preciso de um banho.

Parecia achar que tinha falado demais, pois, sem mais nada dizer, saiu às pressas para o banheiro. Remus encarregou-se de apanhar-lhe uma toalha e de tirar as roupas molhadas de Nymph do varal para colocá-las numa trouxa, além de separar outras roupas de Jenny para que ela vestisse.

Enquanto preparava o café — aquele seria um dia folgado, sua primeira consulta era só as duas, graças a Deus —, ficou pensando em como seria a família daquela garota. Ela não dava sinal de se importar nem um pouco com seus parentes, e ele ficou imaginando se aquilo seria resultado de uma educação severa, de alguma rebeldia incontida, ou se realmente seria algum trauma provocado pelos pais. Entretido nesse pensamento, não percebeu quando as torradas que estava fazendo queimaram.

Estava abanando a cozinha para que o cheiro saísse quando ouviu a campainha tocar. Limpou as cinzas da blusa e foi atender.

Imediatamente viu em quem Nymph havia inspirado seu visual.

Parado bem diante da sua porta havia um homem — e provavelmente os vizinhos iriam lhe perguntar no dia seguinte o que alguém como ele estava fazendo na sua casa. Tinha cabelos negros e lisos quase até a cintura; seus olhos cinzentos denotavam agitação e uma estranha espécie de revolta eterna. Apenas por aquilo, Remus pôde perceber que não era uma pessoa que ficava esperando as coisas acontecerem. Devia ter a sua idade, mas suas feições jovens e atraentes e seu sorriso maroto davam-lhe a aparência de uns vinte e cinco anos.

— Olá — ele cumprimentou com uma continência displicente. — Minha prima Nymphadora está aí?

— Ah, sim, está, senhor. Entre.

Ainda com o sorriso gravado na face, os olhos espertos correndo por cada canto da casa, ele disse:

— O Senhor está no céu, OK? Sirius Black.

Ele estendeu a mão e Remus apertou-a. Seu aperto de mão era forte e decidido, como devia ser o de um homem honesto.

— Sirius… Black? O nome é familiar.

De repente, uma certa amargura transpareceu no rosto de Sirius, quando ele soltou sua mão e torceu os próprios dedos um pouco.

— Já ouviu falar, né? — suspirou. — Se eu pudesse, não o usaria, mas não tenho outro… E você? Qual é o seu nome?

— Remus John Lupin.

— Hum… Também é um nome que me parece familiar… Alguns amigos… Você, por acaso, é médico?

— Na verdade, psicólogo.

— Ah, é. Lembrei. Já ouvi alguém, não sei quem agora, falando disso, que você era um excelente psicólogo. Lembrei do nome, na hora achei bem diferente. Mas, bem, nomes diferentes aqui é o que não falta, né?

Ele riu, uma risada quente e confortante, e Remus pegou-se pensando que aquele era um homem cuja mera presença podia arrebatar as pessoas próximas. Como a própria Nymph.

Como se estivesse lendo seus pensamentos, Sirius falou em seguida:

— E a Nymph?

— Ela foi tomar banho antes de te esperar… Ainda deve estar no banheiro — disse o doutor, reparando, de repente, que já fazia bem uma meia hora que ela estava debaixo do chuveiro.

— Ah… Ela pediu pra tomar banho de novo? A Nymph é assim mesmo, quase se afoga debaixo de tanta água. Nunca vi alguém gostar tanto de tomar banho!

— Vocês moram juntos?

— Nós? Não, não. Nymph mora com os avós dela, meus tios. Meu pai também mora lá, sabe. A mãe dela era minha prima, sabe. Ela e o marido morreram num acidente quando ela tinha cinco anos, e desde então os avós vêm criando-a. Deus sabe como ela ainda tem juízo.

— Por que diz isso? — perguntou Remus, interessado.

A expressão de Sirius fechou-se de uma forma um tanto estranha.

— Aqueles lá, doutor, são pessoas cruéis. Não é à toa que a Nymph tem um pouco de perturbação. Talvez você tenha percebido alguma coisa…

— Sim, uma ou outra coisa… Quando ela entrou no meu carro, reagiu de forma muito estranha. Parece-me ter alguma coisa a ver com a família.

— E tem.

— Você acha que ela tem algum trauma em relação à morte dos pais?

A voz de Sirius saiu soturna:

— Quem não teria, doutor? Andy e Ted, minha prima e o marido, eram pessoas gentis, boas. Criaram Nymph com amor e carinho. Eu sou testemunha disso porque naquela época eu fugi de casa e fui deserdado, e acabei vivendo algum tempo lá, antes de receber a herança de um outro tio meu. Ela iria ser uma garota feliz, mas eles foram lá no meio da noite e pegaram-na para criar.

— E como ela reagiu à morte dos pais?

— Eu não estava presente no dia. Tive que viajar por causa de uns problemas que deu com uns negócios que eu andava vendo. Mas, quando voltei… Eles não explicaram para ela direito. Ela não sabia o que estava acontecendo. Me perguntou desesperada o que tinha acontecido com a mãe e com o pai, porque não vinham buscá-la. Estava morrendo de medo!

— Talvez fosse necessário algum tipo de tratamento — disse Remus com tom profissional. — Fica evidente que alguns desses traumas persistem até oje.

— Não sei se eles vão aceitar pagar algum tipo de tratamento para ela.

— Mas, bem, é a neta deles! Eu não imagino que sejam tão frios a ponto de recusar um tratamento a ela.

— Os Black são assim, Dr. Lupin — disse Sirius com um tom de voz sombrio. — Tradicionais, frios, irônicos, ferinos. Verdadeiras estátuas de gelo. Não se meta com eles, pois vai se arrepender.

— Minha intenção não é me meter com eles, senhor… digo, Sirius. Minha intenção é recomendar um tratamento. Seria como tratar uma doença qualquer, mas na mente. Uma pessoa doente, não importa de que forma, não tem uma boa qualidade de vida, e isso vale para quem possui traumas.

Ele pareceu pensativo por um instante, depois suspirou:

— Realmente não vão gostar nada disso, mas posso tentar falar com eles. Não me escutam muito a respeito de nada desde que saí de casa, mas sabem que quando falo de Nymph, eu falo sério.

Então, uma voz gritou subitamente, lá de dentro:

— Sirius!

— Nymph!

De cabelos ainda úmidos, correu até o sofá e abraçou o primo mais velho de uma maneira quase infantil, estreitando-se entre seus braços.

— Você me preocupou, Nymph — disse Sirius, fazendo um carinho nos cabelos da garota. — O velho Cygnus ligou lá em casa, estava muito puto da cara. Ameaçou me deserdar se eu não contasse onde você estava.

— Mas você já foi deserdado, Sirius!

— Foi o que eu disse a ele.

Risadas contagiaram os primos e o Dr. Lupin. Nymph olhou com carinho para o doutor, mas o carinho com que olhava para ele parecia vir de uma natureza diversa.

— O Sr. Remus me ajudou muito — disse ao primo, sorrindo.

— Doutor, Nymph — corrigiu Sirius.

— Você é médico? — espantou-se a garota, olhando para Remus.

— Psicólogo — sorriu Remus.

Mas o sorriso da garota desvaneceu-se lentamente.

— Do tipo que trata de loucos? — perguntou desconfiada.

— Não necessariamente — explicou Remus. — Minha especialidade é com pessoas que sofreram algum tipo de trauma no passado, geralmente derivado de alguma lembrança terrível. Essas lembranças influem na vida delas até o presente, e elas não conseguem se comportar como se nada tivesse acontecido. Então eu descubro pelo que elas passaram e tento ajudá-las a superar.

— Mas você ainda tem que descobrir o que aconteceu? Elas não podem te contar?

— São poucas as pessoas que conseguem discernir qual lembrança exatamente lhes causou um trauma. Algumas, inclusive, esquecem do que aconteceu.

— Mas se elas esquecem, como isso pode ser traumatizante?

— A situação pela qual passaram foi tão traumatizante que sua mente é forçada a apagar essas memórias para que elas possam seguir em frente, mas essas lembranças esquecidas ainda refletem no inconsciente. Causam uma série de reações, como fobias. Então eu aplico algumas técnicas que aprendi na faculdade, como a hipnose e o estudo dos sonhos, e trago à tona algum fato. Depois de descoberto o acontecido, é mais fácil superar.

Os olhos castanhos de Nymph toldaram-se por um breve instante, com lembranças confusas de um quarto escuro, e sangue. Gritos.

— Aconteceu alguma coisa, Nymph? — perguntou Sirius de repente, olhando para a prima.

— Não… — disse a garota vagamente, erguendo os olhos.

Eles cruzaram com os olhos cor-de-mel do doutor e, imediatamente, como se aquele par de olhos tão tranqüilos tivesse algum estranho poder, ela se sentiu acalmar. Sentiu-se segura.

— Vam’bora, Sirius? — ela perguntou, constrangida. — Eu queria ir pra sua casa.

— Não vai dar, Nymph — disse Sirius. — O velho Cygnus está histérico te procurando e, morando com a tia Druella e com meu pai, deve estar mais histérico ainda. Além disso, eu preciso falar com ele sobre uns assuntos.

— Ah, droga — lamentou Nymph. — Eu não queria ter que voltar pra lá tão já não…

— Eu vou tentar convencê-lo a deixar você ficar lá em casa nesse final de semana.

— Tomara que você consiga! — disse a garota, levantando-se.

Remus conduziu a ela e a Sirius até a porta. Antes de sair, Sirius despediu-se com um novo e caloroso aperto de mão:

— Obrigado por ter cuidado de minha prima.

— Qualquer um faria o mesmo se estivesse em meu lugar.

— Acho que na verdade o senhor é honrado — disse Sirius, e Remus ficou um tanto embaraçado por aquela declaração sincera. — Até qualquer dia.

— Até.

Nymph ficou mais alguns instantes. Ela colocou as mãos nos ombros do doutor e ele ficou sem reação, apenas fitando aquele rosto delicado e sentindo calafrios percorrerem seu corpo, como ondas vêm à praia.

— Obrigada — ela sussurrou, e ele se sentiu o mais bem-aventurado dos seres que caminham sobre a Terra.




Dia seguinte.

Remus já tinha despachado seu último paciente e, como em todos os dias — ou noites, dependendo do horário —, largou-se no divã, numa espécie de manifestação inconsciente do cansaço que o vinha abatendo.

De súbito, batidas na porta. Apenas pelo som, ele percebeu que eram comedidas e aristocráticas. Recompôs-se imediatamente, imaginando quem seria — pois James, o único visitante do consultório que aparecia depois do horário, jogava-se na porta do consultório, nem tocando no trinco. Talvez fosse Lily, ele pensou, abrindo a porta.

Decididamente não era Lily. Era um senhor. Ele deveria ter por volta de uns cinqüenta anos, cabelos grisalhos, entremeado com alguns fios ainda negros, e um rosto marcado por linhas de expressão e algumas poucas cicatrizes pequenas. O mais impressionante, porém, era o seu olhar: tinha olhos acinzentados como os de Sirius, mas, ao contrário do primo de Nymph, seus olhos desprendiam chispas de frieza e o desprezo natural de todo rico esnobe.

— Bom dia — cumprimentou Remus com cautela —, o senhor é…

— Cygnus Pollux Black — a voz era seca, cortante, lacônica.

“O avô de Nymph”, constatou o doutor, com um nervosismo incomum. Logo percebeu o que a garota queria dizer quando falava dele. O homem emanava uma aura de nítida indiferença pelo mundo, e ele tentou imaginar o que seria para uma criança viver sob o teto de tão frio avô.

— Entre — disse cortesmente.

Cygnus entrou no consultório sem cerimônia alguma, acomodando-se sem convite numa das cadeiras à frente da escrivaninha. Remus sentou-se do outro lado, à escuta.

— Presumo que seja o Dr. Remus John Lupin.

— Sim, senhor. No que posso ajudá-lo?

A voz dele se tornou extremamente profissional e um tanto reservada:

— Soube, pelo primo de minha neta — ele enfatizou as palavras como se quisesse deixar claro que tal rapaz não poderia ser seu parente —, Nymphadora Black, que o senhor acomodou-a por uma noite.

— Sim, senhor. Embora ela tenha me dito que seu nome era Nymphadora Tonks.

Cygnus bufou, um tanto irritado.

— Nymphadora insiste em usar esse nome pobretão apenas para contrariar a mim e ao resto da família. Quando tomei sua guarda, modifiquei seu registro, alterando seu último nome. Desde os cinco anos, ela se chama Nymphadora Black.

— Já ouvi falar na família de vocês. Trabalham no ramo da mídia, não?

Foi a primeira vez que ele viu o velho Cygnus sorrir de prazer, e logo perceberia que a sua riqueza e seu nome eram os únicos assuntos que lhe traziam interesse. Imediatamente, o senhor iniciou uma espécie de discurso, que soou mecânico, mas levemente excitado:

— Somos os nomes mais conhecidos no ramo das comunicações da Inglaterra. Não há pessoa na área da mídia que jamais tenha ouvido falar de Cygnus e Orion… O que nos rende alguma fortuna e, modéstia à parte, um grande nível social.

— Qual é o parentesco entre o senhor e o Sr. Orion? Irmãos?

— Ele é meu cunhado. Walburga, minha irmã, que Deus a tenha — a voz dele tinha uma quase imperceptível ponta de ironia —, morreu há alguns anos atrás.

— Soube que são de grande tradição…

— Temos seis gerações na área de mídia, desde quando meu bisavô, Phineas Nigellus, investiu num projeto temerário de um jornal recém-lançado. — O seu sorriso foi sumindo lentamente. — Nymphadora é a herdeira do nosso império, visto que não há mais homens em nossa família. O filho de Orion, Regulus, faleceu em um acidente, e eu mesmo só tive duas filhas. Por isso, quando Sirius falou-me a respeito de suas opiniões profissionais, achei que faria certo em contratá-lo.

Remus suspirou e começou com o interrogatório de praxe:

— Que tipo de problemas o senhor percebe em sua neta?

— Ela é muito rebelde — disse Cygnus de prontidão. — Não obedece, não tem respeito pelos mais velhos. Parece prezar mais a um mendigo de rua que a sua própria família. Tem prazer em nos chocar e também às pessoas que recebemos em nossa casa. Aquela de pintar o cabelo de rosa… — Ele revirou os olhos.

— Algo como tiques nervosos, manias, fobias?

Ele pareceu pensar alguns instantes.

— Ela é hemofóbica. À qualquer visão de sangue, desmaia. Certa vez, Draco, meu outro neto, cortou-se ao quebrar um vaso persa… Draco é um diabinho às vezes… O sangue veio forte, e Nymphadora estava perto… Empalideceu bruscamente e desmaiou.

Remus tomou nota, e depois disse:

— Olhe, Sr. Black, ao que indica o seu relato, e também o relato do primo de Nymphadora, o que a move é pura e simplesmente necessidade de atenção. Pintar o cabelo de rosa e chocar as visitas são modos que ela encontra para chamar a atenção do senhor, de sua esposa e talvez de seu cunhado.

— O senhor pode consertar isso?

— Não se trata de “consertar”. A mente humana não é um mecanismo quebrado. São pequenas e frágeis rupturas que podem destruir saúde e sanidade de uma pessoa.

— Então o senhor não pode fazer nada.

— Eu não disse isso — corrigiu Remus. — Eu disse que não é uma questão de encaixar uma peça em um lugar e está resolvido. O processo é lento e cuidadoso, para que eu possa, sutilmente, curar as cicatrizes psicológicas que ela tem sem criar outras.

— Entendo.

— Traga-a aqui para uma consulta. Eu poderei fazer uma avaliação formal e descobrir o melhor método de tratá-la.

Cygnus assentiu e levantou-se, apertando a mão do doutor:

— Então, firmamos um acordo. Eu trarei Nymphadora aqui, e o senhor a tratará.

— Que dia mais lhe interessa?

— Qualquer um está bom. Nymphadora tem muito tempo livre.

— Faremos assim, então — disse Remus, consultando a agenda. — O que o senhor acha de trazê-la as terças e quintas, duas da tarde?

— Eu a trarei. Até breve, Dr. Lupin.

— Até breve, Sr. Black.

O senhor saiu, do mesmo modo aristocrático e frio como entrou. Após fechar a porta, Remus tornou a se largar no divã, pensando alto:

— Essa figura vai me dar trabalho…



N.A.: Obrigada para Black Lestrange, a beta super eficiente para qual eu vou mandar os capítulos da Secrets. Valeu mesmo, moça!

Quem se interessar, leia:

O Perfume de um Lírio
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=13620

Matar ou Morrer
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Incondicionalmente
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Shining Like a Diamond
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Os Outros
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Você Não me Ensinou a te Esquecer
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Fogo
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Crawling in the Dark
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Someday
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Endless Night
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=18251

Savin' Me
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Próximo capítulo: "Eu não sou louca!"

N.A.: Comentem!!!

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