Capítulo 2
Capitulo 02: Aquele do “Vale a Pena”
Desde o primeiro ano, venho mantendo uma imagem de garoto intocável, daquele cara que todo mundo ama, daquele cara que é chato com os que merecem mesmo, sem dó nem piedade. Desde o primeiro dia em que eu pisei naquele trem que se movimentava a toda velocidade, destinado a um sonho, sonho esse onde eu seria um dos maiores, se não O maior. Onde todos me conheceriam, onde todos me respeitariam, e onde todos saberiam que comigo, não é brincadeira, a não ser que você seja uma mulher. Porque, como todos saberiam, com mulheres eu brinco. Muito. Mas com homens como Severus Snape? Eu falo sério. Eu azararia o cara sem nenhuma piedade e sem nenhuma vergonha, e usaria toda a minha habilidade com a varinha se fosse preciso. Habilidade essa que quase ninguém do castelo consegue bater.
E agora, essa imagem tem tanta moral quanto um cocô.
Sério, eu nunca vi tanta gente me olhando como estão me olhando agora. Quer dizer, já sim. Sabe, quando eu faço um grande e estupenda jogada num jogo de quadribol, mas é totalmente diferente. Porque quando eu faço uma grande jogada de quadribol, todos da arquibancada me olham... Bem, como se eu fosse um rei. E agora, todos estão me olhando como se eu fosse...
Bem. Um ET.
A multidão estava estupefata, olhando para a minha humilde pessoa. Mas a cara que os meus amigos fizeram, isso sim me fez parar e pensar “pronto, danou-se”.
Não que fosse uma cara do estilo “ai meu Deus você está derretendo”. Era aquela cara de assustado normal, sabe. Olhos arregalados e a boca meio aberta. Mas eu acho que pelo fato de eu estar tão acostumado em vê-los olhando para mim com aquela cara de “uau, cara, você é tão engraçado!” e “nós te amamos” e tudo o mais, bom... Me deixou mimado. Agora eles estão olhando para mim como se dissessem “quem é você e o que fez com o nosso Sirius Black?!”.
Porque afinal de contas, eu sou Sirius Black. Eu não posso ser bonzinho, realmente não seria eu.
Agora, a cara que JAMES e REMUS e PETER faziam, aquelas sim mexeram comigo. Principalmente a de James. Era do estilo “meu melhor amigo? Você?”, e quase, QUASE me deixou triste.
Quase.
Mas eu sou Sirius Black, aquele que não fica triste e não chora.
- C... Certo, pessoal, o show acabou. – falou Lily, mas sem deixar de olhar para mim ainda. Ai eu percebi, ela não olhava para mim como os outros. Ela olhava para mim como se estivesse surpresa, sim, mas era uma surpresa... Diferente. Ela deu um leve sorriso para mim e depois se virou para todos, continuando a dar ordens, no que todos a obedeceram rapidamente.
Eu me virei para a esquerda, ainda tentando descobrir o que diabos aconteceu comigo naquele momento, e dei de cara com James. Mas ele agora sorria maroto, os olhos meio estreitos.
- O que? – eu disse, desviando o olhar um pouco. Ele então soltou aquela risada extremamente despreocupada dele, mundialmente conhecida, e me deu dois tapas no meu ombro, o que realmente doeu, levando em consideração o tamanho das mãos de James.
- Seu desgraçado sem criatividade, tentando roubar a minha tática de conquista! – ele falou, começando a andar com um braço por cima do meu ombro. Franzi mais ainda a sobrancelha. Ele, ao ver minha cara confusa, riu mais ainda. – E não adianta fingir que não sabe do que eu estou falando, senhor Black, você está pagando uma de bonzinho pra reconquistar a sua amável Penélope. – ele cantou o nome de Penélope num ritmo realmente gay e irritante.
Mas hey.
HEY.
HEY! HEY!
[YOU, YOU, I DON’T LIKE YOUR GIRLFRIEND!]
Eu fiquei com uma vontade enorme de gritar “JAMES VOCÊ É UM PUTA GÊNIO!”, mas isso estragaria todo o meu porque do meu Tiuti no meio de toda a escola.
É PERFEITO!
Primeiro eu limparia a minha imagem e me formaria de maneira digna no... Okay, eu não ligo para toda essa porra. Mas a Penny iria me achar o máximo (ela acha o que nós fazemos com Snape super errado, mesmo que ela faça exatamente a mesma coisa com as garotas Sonserinas) e voltar correndo para os meus grandes musculosos e fortes braços. E o pessoal da escola que sempre me bajulou vai me achar super fofo e tudo o mais por eu estar fazendo o que estou fazendo pela Penny. E ainda me achando o máximo!
Hanft, minha reputação não será destruída por simples quatro palavras, senhora boca.
- Ah, cara, ficou tão óbvio assim? – eu disse para James, no que esse gargalhou.
- Fala sério? Essa tática não falha, Sirius. – ele me disse, ainda sorrindo meio de lado pra mim. – É só mate-la no jogo que daqui a pouco seus amassos com a Penny não serão mais sonhos.
- Você que o diga, seu viado. – eu disse dando um pedala em James, no que esse riu mais ainda e foi correndo e rindo para Remus, contar-lhe as boas novas.
NO WAY, NO WAY, I THINK YOU NEED A NEW ONE!
&&&
- De verdade, cara, eu não sei o que diabos aquela McKinnon tem na cabeça. – disse Remus, pela quarta vez só hoje. – Ela realmente não é meu tipo.
- Não fale mal dela, ela é amiga da Lily. – sussurrou James, para eu e todos da rodinha reviramos os olhos. – E é bem gostosa, para falar a verdade. – ele sussurrou, obviamente depois de olhar para os dois lados para ver se a Lily estava ali perto. E todos nós prontamente concordamos na hora.
Estávamos eu, James, Remus, Peter e Frank Longbontton sentados na grama perto do lago. Quer dizer, sentados entre aspas, hum. Remus estava sentado como índio de costas para a beira do lago, bem próximo à água. Na frente dele estava Frank, um grande amigo nosso que divide o dormitório conosco, cabelos castanhos e olhos cor de mel, sentado de costas curvas, uma perna dobrada e a outra esticada. Peter estava na mesma posição que Frank, do lado direito desse. James estava praticamente do mesmo jeito que os dois, mas as duas pernas estavam dobradas e ele apoiava o queixo na mão, e a mão no cotovelo que estava apoiado no joelho dele.
Credo, quanto apoio.
E eu estava deitado de costas na grama, uma perna dobrada e os braços estirados perto da minha cabeça, um poço de charme e glamour.
Não, nada de glamour, por favor.
- Hm, okay, a Marlene é gata. E a Lily? – perguntou Frank, piscando pra mim. Dei uma risadinha abafada e senti James se remexendo um pouco do meu lado. Com certeza morrendo de desconforto. O rosto dele estava virado pro Remus, que estava do nosso lado direito, então eu não podia ver a expressão que ele fazia.
- Ah, cara, como se tivesse algo pra falar dessa menina. Todos os caras que eu conheço aqui de Hogwarts são completamente loucos por ela. – disse Remus.
- E pelo rebolado dela, sobre tudo. – eu completei, fazendo os meninos rirem e James virar para a minha direção com tanta velocidade que eu achei que a cabeça dele ia sair rolando até o Lago Negro.
O James estava com uma expressão... Você sabe, normal, mas ele apertava a grama com um pouco de força e batucava com um dedo, sinal de nervosismo.
- Nem me fale. Bem que dizem que as ruivas são as mais fogosas. – falou Peter, e no momento seguinte James começou a gargalhar. Mas não era uma gargalhada normal não, era uma gargalhada forçada e extremamente assustadora, e ele olhava pro céu.
- Vocês acham que vão conseguir me irritar com isso, não é?! Passou pela cabecinha oca de vocês que falar assim da Lily me atingiria, não é?
Opa. Eu acho melhor o James parar de falar da Lily, porque ela... Hm...
- Mas adivinhem só: isso não vai me atingir.
- Hum, James? – começou Frank, olhando por cima dos ombros de James. Mas obviamente o senhor Teimosia ignorou completamente o chamado de Frank, que tentava avisar que Lily estava bem atrás dele.
Acompanhada por Livy. E por Penny.
Penny, hum, ela está toda gatinha hoje.
- Ah, não, cala a boca. – ele falou, passando uma mãe pelos cabelos. – Eu confio completamente na Lily, então essas baixarias que vocês inventam pra tentar me deixar com ciúmes...
- Ciúmes? – perguntou Lily, que estava com os braços cruzados e uma sobrancelha arqueada, olhando para baixo, para o topo da cabeça de James. Ele revirou os olhos.
- Claro que é ciúmes, porra, eu realmente gosto... – NOSSA SENHORA, O QUE É A CARA QUE O JAMES FEZ NESSE MOMENTO?!
Sei lá, acho que passou na cabeça dele “Opa, eu conheço essa voz”. Porque ele arregalou os olhos e fechou a boca com bastante força e se virou pra ela, que sorria mais marota que o próprio James já sorriu na vida dele.
- Li... Lily! – ele disse, de olhos bem arregalados.
- Repete. – ela disse, sorrindo, chegando mais perto dele.
- O que? – ele disse, uma mão no cabelo e a outra na nuca, nervoso. Lily sorriu acanhada e disse:
- Ah, você sabe. Que você gosta de mim de verdade. – ela falou, coçando a sobrancelha.
James ficou olhando para ela meio que com medo. Acho que estava passando na cabeça dele “nossa, desde quando ela é tão direta?”, ou alguma coisa do tipo. Ficou assim por uns três segundos, até que soltou uma risada divertida, segurou ela pela cintura e beijou ela delicadamente.
- ALELUIA, IRMÃOS! – gritou Remus, e todos nós acompanhamos ele na comemoração. Mas mesmo com a nossa zoação, os dois NÃO-PARAVAM-DE-SE-BEIJAR! Que bonitinhos.
- MEU DEUS, O SENHOR É JUSTO, DEU A JAMES TRISTAN POTTER A CHANCE DA SUA VIDA! – eu gritei, gargalhando.
- APROVEITA, JAMES, É UMA VEZ NA VIDA E OUTRA NA MORTE! – gritou Frank, fazendo a gente gargalhar mais.
Mas eles ainda não se soltaram. Sabe, o James não estava beijando ela feito louco, nem estava com a língua enfiada na garganta dela. Era um beijo delicadinho, bonitinho. Ele segurava ela pela cintura e a ergueu do chão, enquanto ela, meio rindo, tinha um braço envolta do pescoço dele e o outro estava apoiado num ombro pelo cotovelo e fazia cafuné com as pontas dos dedos nos cabelos dele.
- Eles formam um casal tão lindo... – falou Livy para Penny, que sorriu concordando.
- É meio besta. Cara, como demorou para eles perceberem! – ela respondeu, sorrindo. E então ela lançou um olhar para mim e sorriu de leve, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Isso foi um sinal de que eu posso me dirigir a ela.
E obviamente foi isso que eu fiz. Andei até ela, puxei ela pelo pulso e a encostei no tronco de uma árvore que estava ali perto.
- Ainda ta brava comigo? – eu perguntei, tomando cuidado para não parecer jogado demais. Tipo, fiquei meio longe da Penny, mas de frente para o rosto dela. Ela sorriu levemente e respondeu:
- Mais ou menos. – deu de ombros e olhou para um ponto acima do meu ombro. – Sei lá, eu pensei melhor e vi que você tava certo.
Arqueei as duas sobrancelhas e ela deu uma risadinha nervosa.
- Você sabe. A gente não tinha nenhum compromisso de verdade mesmo. – ela completou, e eu arregalei os olhos. Mas aí olhei pro chão e me dirigi até ela. Me apoiei no tronco da árvore, bem do lado da Penélope.
- Você sabe melhor que ninguém o quanto eu queria ter um compromisso com você naquela época.
- Sirius, a questão não é apenas querer, e ser capaz de! – ela disse, se levantando e andando de um lado para o outro na minha frente. Bufei levemente e olhei para os panacas. James e Lily tinham finalmente se soltado, mas agora ficavam conversando interminavelmente sentados num canto isolado, perto do lago. E Remus e Livy estavam, é claro, discutindo, enquanto Peter tentava apartar a briga.
- Você acha que eu não sou capaz de ter um compromisso? – eu perguntei, ainda olhando para Remus e Livy. Ela parou de andar e ficou de frente para mim.
- Achava. – olhei para ela, e ela encarava o chão. – Naquela época, eu achava sim. Pô, de que adiantaria eu sair de verdade com você se eu iria levar um chifre por semana...
- Penny, eu nunca iria te trair! – eu disse, andando rapidamente até ela. Fiquei bem próximo do seu rosto e me perdi naqueles olhos mágicos dela, que hoje estavam azuis turquesa. – Você... Eu não sei explicar, é diferente. Eu acho que eu não teria peito o suficiente pra fazer com você o que eu faço...
- Peito o suficiente? Então você acha que o que você faz com as garotas requer peito e coragem? – ela disse, se afastando um pouco de mim. Ah droga.
- Não! – eu coloquei rapidamente, e puxei ela levemente pra perto de mim de novo. – Não, droga, desculpa... É que... Olha, Penny. Pode parecer que eu gosto de sair com três meninas de uma vez, mas eu não gosto, tá certo? Eu queria muito que existisse uma menina que valesse por essas três, alias, por mil meninas... E cada dia que passa eu tenho mais certeza que você é essa menina.
- Eu não sei. – ela disse, se afastando de mim. Alias, da minha boca, que por alguma razão começou a chegar perto da boca dela. Por alguma razão, tá certo. – Sirius... Não dá.
E ai ela começou a andar até Livy, me deixando lá sozinho com a sombra estúpida de uma árvore estúpida que fedia coco de cervo.
Remus e Peter vieram até a minha pessoa e perceberam que eu não estava muito bem.
- Eu não sei se consigo essa, caras. – eu falei, me sentando na grama. Eles vieram até mim e se sentaram do meu lado.
- Sirius... – começou Remus, olhando pro céu. – Existem aquelas meninas que saem com a gente após um ou dois convites no máximo. Que nos deixam beija-las logo no primeiro encontro. Esse é o tipo de menina que nós convidamos para sair quando sentimos uma necessidade de macho, de... Você sabe, de se dar bem. Mas existem as meninas... – ele olhou agora nos meus olhos, e tinha certeza naquele azul. - ... que nos dão foras e mais foras faz tempo, e que nos enchem de tapas quando tentamos beija-las a força, e que nos fazem rir com os foras mais engraçados do mundo. Essas meninas – ele apontou para Lily e James, que estavam agora rindo um pro outro, ele acariciando os cabelos dela. – fazem todos os foras e o sofrimento valerem à pena quando finalmente nos dizem “sim”.
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- E cara, foi maravilhoso, tudo que eu sempre sonhei e quem sabe ainda mais! Ela é engraçada, linda, pé no chão! E tem um sorriso, Deus, um sorriso! Dá pra sacar a meiguice dela pelo olhar que ela me manda, eu gosto tanto dela, caras! Marauders, eu acho que eu posso amar ela.
- O que?! – eu perguntei, olhando pra ele. A gente estava jogado no salão da torre da Grifinória, na frente da lareira. James estava deitado no tapete, de costas para o chão, as mãos entrelaçadas atrás da cabeça, os joelhos dobrados. Eu estava jogado numa poltrona, Remus e Peter estavam sentados numa mesa, fazendo uma tarefa de Poções. – Amar, James? Você acha que chega a isso?
- Acho não, tenho certeza. – ele disse sorrindo para o teto.
- Eu acho que você começou a amar Lily Evans naquele dia do quinto ano, quando o professor Dumbledore perguntou se os monitores dariam conta dos mal comportados que entravam na floresta, e ela respondeu que agora que ela era monitora, aquela floresta seria realmente proibida. – falou Remus, sem parar de escrever no pergaminho. James soltou uma risada gostosa.
- Nós passamos a ter muito mais dificuldade pra conseguir entrar na floresta depois daquele dia. – ele comentou, sorrindo. – É, talvez você esteja certo. Talvez eu ame mesmo ela.
- James?
- Eu.
- Como você sabe que você ama uma garota? – eu perguntei, olhando para a lareira.
Ele demorou um pouco pra responder, pensando nas palavras certas.
- É quando você nega de todas as maneiras possíveis aos seus amigos, que afirmar que você não para de olhar para a menina, em todas as horas do dia. É quando você olha para ela e acha que tem algum tipo de luz envolta da menina, que tudo envolta dela fica bonito. É quando... Sei lá. Quando você percebe que você não precisa ficar com várias meninas de uma vez só, porque você tem aquela.
Ah, porcaria.
Porcaria, porcaria, porcaria!
Eu realmente não estou amando Penélope Zegers.
- A Penny disse que ficou realmente surpresa com o que você fez com o Snape. – ele continuou, me olhando pelo canto dos olhos. – Que ela achou ótimo que você esteja começando a tomar jeito e que você está fazendo o certo. – ele soltou uma risada. – Que pena que é tudo fingimento.
- E se a gente realmente tomasse jeito? – perguntou Peter. Nós olhamos todos para ele. – Você sabe. E se você, James, parasse de fingir que não azara mais o Ranhoso quando quase todo o fim de semana vocês se trancam numa sala e quase se matam? E você Sirius, e se você realmente começasse a defender os mais fracos?
Ficamos um minuto inteiro em silencio, e acho que Peter pensou que nós estávamos levando a idéia dele a sério. Bom, ele só pensou isso quando sentiu duas almofadas voarem direto para a cara dele enquanto nós gritávamos “CALA A BOCA, PETER!”.
- O meu plano vai ser bomba, okay? – eu falei, me deitando no sofá, rindo. – Eu vou ficar com uma boa imagem, meus pais vão me perdoar...
- Como se você ligasse pra toda essa porra. – falou James, divertido. – Você quer é se dar bem com a Penny.
- Bom. É.
- E a Lily nunca desconfiou de nada desses meus “encontros” com o Ranhoso, então eu vou continuar mesmo. – completou James.
Remus então, do nada, resolveu subir para a torre, xingando Slughorn e o trabalho de todos os palavrões que eu conheço. James então se levantou e disse:
- É uma boa nós irmos todos deitar, Sirius, amanhã tem jogo.
- Ah é! – eu realmente tinha me esquecido, completamente, do jogo de quadribol de amanhã. Lufa-Lufa contra Corvinal. Nós queremos ver porque quem ganhar esse primeiro jogo, joga o segundo com a gente no mês que vem, eu acho. – Vamos Peter.
- Mas eu não terminei o trabalho do...
- Vamos Peter.
- Ah, droga.
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Eu sou o Máximo. Eu sou o Máximo.
EU-SOU-O-MÁXIMO! (L)
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