Longe de você.
Longe de você.
Charlie Brown Jr.
Ele não sabia se tinha sido horas, dias, semanas ou meses, a mente dele estava longe desses pensamentos, ele não sabia quantas vezes tinha sido tirado de sua cela e torturado por aquele monstro e seus seguidores, não sabia contar quantas vezes eles lhe falaram que ele ia morrer e que tudo estava perdido, mas nada mais importava na mente de Harry, o único pensamento que ainda residia em sua mente era que nunca mais iria ver Gina novamente ele pensava nos amigos e claro, todos que ele amava e que ele tinha prendido no castelo, mas era ela, a garota que ele amava, ele sabia que nada mais faria sentido se ele não pudesse ver ela mais uma vez.
-Então Potter? Esta gostando do serviço? –Harry deixa um grunhido e derrepente ele encara Voldemort, o bruxo mais poderoso como todos reverenciavam, era apenas um homem com cara de cobra que se achava o máximo.
-A comida poderia ser melhor, mas vindo de um mestiço como eu, eu achei que você saberia fazer uma comida descente Tom –Voldemort voou em uma ira e usou o cruciatus novamente em Harry, ele apenas se sentou lá, sentindo a maldição o bater.
Longe de você eu enlouqueço muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você.
O tempo novamente passou e logo ele se vê em frente a Voldemort novamente, este encara o garoto e fala.
-Acha que pode me desafiar assim Potter? Pois bem, vejamos o que seus amigos acham de ver você sendo torturado –Voldemort manda os comensais o prenderem em duas árvores, ele se vira e conjura uma espécie de esfera que começa a rodar, ele começa a falar de forma imperial, para Harry era mais um papel que ele estava representando.
Quando ele ouviu Tom falar sobre ele ser o maio bruxo do mundo, Harry não agüentou e começou a rir, ele ria de uma forma diferente, como se tudo aquilo fosse uma palhaçada, Voldemort voa sua ira novamente sobre ele e começa a torturar, Harry queria que aquilo acabasse e o provocava ainda mais, contou para todos o verdadeiro Tom Riddle, os comensais olhavam em assombro para o garoto, qualquer um já teria ficado louco, Voldemort se aproxima e pega Harry pelo cabelo.
-Então, Potter? Ainda ousa me desafiar? –Harry lhe manda um sorriso e fala.
-Não se preocupe Tom, se eu morrer eu garanto que você vá comigo –e mais uma vez os cruciatus atacam o corpo de Harry, este vira o rosto para a esfera, não demonstrava dor, apenas encara o orbe que girava loucamente e fala em um baixo som –Eu te amo Gina... –
Longe de você eu preciso de algo mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você.
Nos calabouços de Hogwarts, Severo Snape tentava juntamente com Sírius e Remo, uma forma de quebrar aquela cúpula de energia que rodeava Hogwarts, Sírius e Remo tinham tentado sair pela passagem da dedosdemel, só para darem de cara com a barreira novamente, Sírius arranca a varinha de seu bolso e começa a lançar vários feitiços rapidamente sobre a cúpula, Remo e Snape faziam o mesmo, mas todos os feitiços que eles tentavam eram em vão, Snape encara a imagem a sua frente, ele não poderia acreditar que o garoto estava agüentado tudo aquilo sozinho, ele tinha vindo finalmente a perceber que o garoto não era o pai, ele poderia ser a copia do pai, mas o senso de lealdade era de Lílian, ele sentiu isso quando Harry foi sozinho salvar ele e outros presos de Voldemort, ele se vira para os dois marotos, ambos tentavam tudo também, mas nada parecia dar certo.
Derrepente Sírius cai no chão ajoelhado e dava murros na proteção, lágrimas fluíam sobre seu rosto, Remo se aproxima do amigo e o abraça, Snape nunca tinha sido bom em demonstrar seus sentimentos, mas mesmo assim ele coloca a mão sobre o ombro de Sírius e fala.
-Não vamos desistir Black... Vamos continuar –eles concordam e voltam a lançar o máximo de feitiços na barreira.
Que mundo é esse que ninguém entende um sonho?
Que mundo é esse que ninguém sabe mais amar?
Pra tanta coisa que faz mal eu me disponho
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir.
Alguns pensavam que Harry Potter já não estaria pensando bem, mas ele ainda se mantinha forte, as pessoas do mundo ofegam quando Voldemort começa a chicoteá-lo com um longo chicote de fogo com espinhos negros, eles fecham os olhos e tentam não imaginar nos horrores que aquele garoto estava passando, Harry sentia a pele queimar diante dos ataques, sentia o corpo doer diante dos castigos, mas ele não deixaria Tom vencer, se para derrotá-lo ele tivesse que largar mão de sua própria vida, ele faria, ele poderia sentir em uma parte de sua mente a voz de Gina implorando para que ele parasse, que ela queria ele de volta, mas ele sabia que precisaria de muita magia para escapar daquela prisão, foi então que ele começa a enfocar em Gina, nos amigos que ele amava, nos professores que tinham começado a ser uma família para ele, de como Madame Pomfrey ficaria brava quando ele chegasse na enfermaria, mas em especial em Gina, ele pode sentir um calor se esparramar por seu corpo, ele sorri ao ver o medo na voz de Tom.
-O que você esta fazendo Potter? –Mas Harry não responde, ele continua a enforcar em sua magia e em seu amor, ele fecha os olhos e continua a sentir a magia subindo, ele sente o coração bater como um trovão e logo seus olhos se fecham com os de Voldemort, ele estava com medo e logo um grito escapou da garganta de Harry, tudo que ele soube depois era que uma luz saiu de seu corpo, algo realmente poderoso que ele não sabia definir, mas se desse para Tom uma dor que ele nunca imaginou, Harry sorriria muito.
Não quero desperdiçar a chance de ter encontrado você
Hoje o que eu mais quero é fazer você feliz
Vejo as pessoas e sei que juntos nós podemos muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você.
Ele não sabe quanto tempo ele esteve ali, deitado no meio de uma cratera enorme, ele pode sentir uma magia flutuar sobre a área onde ele estava, ele encara vários comensais caídos no chão, alguns atordoados, alguns queimados quase totalmente, ele fecha os olhos e tenta não pensar no cheiro que vinha dali, ele tinha feito isso, mas ele sabia que Tom tinha fugido, segundos antes da explosão acontecer, ele aparatou, mas ele sabia que o tinha acertado, seja lá o que fosse que ele fez, ele sabia que tinha deixado Tom muito fraco e machucado, ele sorri para isso, pelo menos uma vez ele pode machucar o maldito que levou tanto dele, derrepente ele sente braços o envolver, ele abre os olhos e tenta enfocar na pessoa a sua frente e sorri ao ver aquele mar de cabelos vermelhos.
-Quando você vai deixar de ser herói, Potter? –Harry sorri e fala.
-Quando aquele lunático vai deixar de me perseguir? –ela bufa e o abraça, ele pode sentir o doce perfume dela, algo que ele imaginou que nunca sentiria mais.
-Eu te amo Gina –ele fala quietamente no ouvido dela, ela apenas sorri e começa o arreliar sobre fazer isso, dizendo que o mataria se ele fizesse isso de novo, ele apenas sorri e falou para entrar na fila antes de cair na inconsciência.
Que mundo é esse que ninguém entende um sonho?
Que mundo é esse que ninguém sabe mais amar?
Pra tanta coisa que faz mal eu me disponho
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir.
Ele pode ouvir Madame Pomfrey falando sobre os ferimentos dele, ela parecia torcer a cara quando descobria mais um machucado, ele pode ouvir outra pessoa ao lado falando sobre costelas trincadas, cortes nas costas e mais, muito mais, Harry apenas sorri com os olhos fechados, sabia que a enfermeira teria um ajuste quando ele voltasse.
-Vejo que você esta bem para fingir que esta dormindo e sorrir diante da minha preocupação, Harry –ele abre os olhos e a encara, era a primeira vez que ela o chamava pelo primeiro nome –Merlin garoto, o estado que você chegou aqui... Eu achei que eu não poderia o curar –ela passa a mão sobre a bochecha dele, ele suspira e fala.
-Eu acho que esta não vai ser a ultima vez que você vai ter que cuidar de mim sobre os danos que aquele monstro faz a mim Madame Pomfrey –esta sorri para ele e fala.
-Me chame de Popy querido... Mas você tinha que o provocar tanto? –ele tenta encolher os ombros, mas sente uma dor atravessar o corpo diante daquele movimento, ele estremece e ela passa uma pomada sobre as feridas nas costas dele.
-Era algo que eu precisava fazer... Sem falar que eu não estava pensando corretamente... Eu estive em tantas maldições Cruciatus antes dele fazer aquela palhaçada televisionada que eu não estava pensando direito... Achei que se o provocasse tanto, ele me mataria... Ou algo... Não sei... –ele encara a mão dele, tinha sentido um grande poder escorrer delas quando fez aquele brilho –Mas a próxima coisa que eu pensei, era sobre meus amigos... Gina... Em como você me xingaria por aparecer assim em sua enfermaria –ele sorri para ela que bufa –Então... Aconteceu... Eu não sei o que... –Popy se senta ao lado dele e fala.
-Sua magia foi quase totalmente drenada, não sei como, mas você usou toda a magia de seu corpo para criar aquele ataque... Nós tivemos que fazer um milagre para que você voltasse a ter magia... Mas isso significa pelo menos um mês sem poder fazer nada –ele suspira e volta a deitar a cabeça no travesseiro.
-Obrigado por estar aqui Popy... Eu aprecio isso –ela sorri para ele e fala.
-Eu sabia que você acabaria aqui... Só não esperava que você trouxesse a sua enfermeira particular com você –ela aponta para Gina que dormia ao lado com algumas poções na mão, Harry apenas sorri para a cena e volta a descansar.
Molduras boas não salvam quadros ruins
Eu procurei a vida inteira sem saber bem pelo que
Mas se pelo menos você estivesse aqui
Eu conto as horas pra estar com você
Eu estive lá na sua presença
Só pra saber o que você diria sobre nós
O que te diz mais?
O que te diz mais?
A vida começou a voltar lentamente ao normal na escola, os exames tinham acabado e os amigos faziam de tudo para ficarem ao lado de Harry, não importa onde ele fosse, eles estavam com ele, Gina chegou a um dia a entrar em um banheiro masculino para saber porque ele demorava tanto, ele apenas poderia bufar em diversão, ele não poderia culpar os amigos pela loucura que ele tinha feito, depois de ter se recuperado, ele tinha pedido para Dumbledore lhe mostrar o que ele tinha feito, Dumbledore colocou a memória e mostrou a forma que ele desafiava Tom, Dumbledore ainda perguntava porque ele tinha o provocado tanto, sendo que ele poderia evitar a dor, isso conduziu a forma como os Dursleys o trataram e Harry colocou algumas memórias de sua infância na penseira do professor, ele imaginava se assim o professor pudesse ver alguns erros da forma que ele trata os alunos, logo ele estava abraçado a Gina indo em direção ao trem, ele pode ver Hagrid que lhe deu um abraço forte e falava para ele não se meter em confusão, Gina prontamente lhe falou que se ele saísse da linha que ela o prenderia durante um mês na cama dela, claro que quando Rony ouviu isso ele ficou pálido e começou a olhar a irmã diferente, quando ela perguntou o que estava acontecendo, ele perguntou onde a irmãzinha dele estava, ela apenas ri e abraça Harry novamente, este fica encarando a paisagem passar diante deles, ele se inclina e fala para os amigos.
-Eu quero me desculpar pelo que eu fiz... Eu deveria ter parado... Mas eu não pensava direito... –Nisso Draco coloca uma mão sobre o ombro dele e fala.
-Não precisa se desculpar Cicatriz, eu sei como e isso –ele se senta ao lado de Hellen –sei como você se sentiu aquela hora... Só não tenta fazer isso de novo –todos concordam e começam a falar sobre as férias, Harry se encosta em Gina e sorri, amava sentir o perfume que vinha dele, para falar a verdade, ele amava cada pedacinho dela, ele se inclina e a beija e fala.
-Eu te amo Gina –ela sorri para ele e fala.
-Eu sempre vou te amar Harry –ela o puxa em seus braços e logo eles riam dos planos dos amigos para as férias, algo que Harry iria desfrutar aquele verão.
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