Dor, sangue e lágrimas

Uau, que nome dramático para este capítulo hein!
É que é meio tenso mesmo...espero que gostem, mas, gente, por favor, deixem comentários, desse jeito nem dá ânimo pra escrever né!
Espero a opinião de vcs sobre o andamento desta fic ok?
Vamos lá então!
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Harry já estava saindo para procurar Gina quando sentiu uma presença nas suas costas, ele levantou a varinha, mas logo uma voz deliciosamente conhecida falou no seu ouvido:
- Você foi incrível senhor Harry James Potter...
Ele pegou Gina pela cintura, arrancou a capa de cima da menina, que tinha o retrato em uma das mãos e lhe deu um beijo calmo e apaixonado, antes de dizer:
- NÓS fomos incríveis senhorita Ginevra Molly Weasley!
Ela sorriu, jogando os cabelos vermelhos para trás, as mãos ainda enlaçavam o pescoço do garoto.
- Você não acha que formamos uma dupla incrível Harry? – e deu um selinho no menino.
- Que nós praticamente nascemos um para o outro? – outro selinho.
- Eu acho Gina, que eu fui muito tolo tentando te proteger apenas com a minha distância, eu tentei manter você afastada de tudo isso, mas, infelizmente meu amor, você já está metida nessa história até o pescoço! – dessa vez foi Harry quem deu o selinho – mas eu continuo me sentindo responsável por tudo que aconteceu com você.
Gina colocou o dedo indicador sobre a boca de Harry, estava calma, mas tinha no rosto aquela expressão dura e decidida que Harry já conhecia bem:
- nunca mais quero ouvir você falando isso, chega de culpas meu amor. Todos nós estamos correndo riscos nessa guerra, e eu não quero ser protegida numa redoma de vidro como se fosse uma menininha de 5 anos. Eu quero lutar com você de agora em diante, e você não vai me impedir ok?
Harry deu um suspiro cansado, não tinha a menor vontade de discutir tal assunto naquele momento, ele só queria ir embora daquele lugar. Com um último selinho em Gina, ele pegou o retrato com uma mão e agarrou a mão da garota com a outra e foi descendo a ladeira íngreme com ela.
Harry sabia como aparatar, embora ainda não tivesse feito o exame e conseguido a licença para isso, mas, não poderia aparatar com aquele monte de gente nas ruas, agora a polícia estava no local, tentando dizer a população que não havia fogo nenhum. Antes de virar a esquina, ele deu uma última olhada na casa dos Riddle e levou um susto. O garoto nem tinha reparado que a casa tinha sido enfeitiçada de tal maneira que, as pessoas do lado de fora só enxergavam uma casa parcialmente demolida, como se alguém tivesse tentado pôr a casa abaixo, mas, desistira no meio do serviço. Havia muitos destroços no local. Harry nem acreditava que estava lá dentro há alguns minutos. Não conseguiu evitar pensar em Rabicho, o que teria sido feito do homem?
Ele e Gina caminharam em silêncio, apenas olhando um pro outro de vez em quando e logo se viram numa estradinha de terra que saía do vilarejo. Harry sabia que estavam indo na direção da casa dos Gaunt, os parentes mortos de Voldemort, por isso, achou que ali já estava bom para os dois aparatarem de volta para a Toca. Ele tinha conseguido aparatar carregando o professor Dumbledore com ele quando foram procurar o medalhão, esperava conseguir fazer aquilo novamente.
Harry pegou no braço de Gina e segurou firmemente o quadro, porém, quando estava começando a se concentrar no quintal de terra batida dos Weasleys, ele ouviu Gina gritar, olhando para algum ponto atrás dele.
Harry se virou, e viu, horrorizado que Nagini, a cobra de Voldemort, estava ali, a apenas alguns passos dos dois, a boca aberta deixando a mostra suas enormes presas. Seu primeiro pensamento foi que a cobra os havia seguido. Graças aos reflexos adquiridos com o quadribol, ele se desviou bem a tempo de ser atacado pelo réptil gigante, jogando Gina para o chão junto com ele. Mas a cobra era muito rápida para eles, ela logo se voltou e mergulhou em cima de Harry novamente, o garoto conseguiu se desviar mais uma vez e viu Gina correr em direção ao mato na margem da estrada. Pegando a varinha, ele começou a gritar, desesperado:
- Avada kedavra! Avada kedavra! – mas não adiantava, Harry não tinha ódio o suficiente para conseguir realizar o feitiço.
Quando percebeu, já tinha sido preso por Nagini, que se enrolara firmemente em volta do corpo do garoto, apertando-o com força descomunal. Harry sentiu como se alguém estivesse espremendo seu cérebro, ele nem conseguia respirar mais no meio daquele corpo escorregadio.
Ele já estava perdendo os sentidos, quando Nagini, que estava olhando diretamente nos olhos do garoto, se contorceu num espasmo desesperado, e numa rapidez impressionante, se desenrolou do corpo de Harry para atacar alguma coisa atrás.
Harry caiu no chão, com as costelas latejando dolorosamente devido ao esforço de respirar que ele estava fazendo, e então ele viu o que tinha desviado Nagini do seu verdadeiro objetivo e ficou apavorado.
No meio do corpo da cobra havia um pedaço de pau enterrado profundamente, fazendo o sangue do animal manchar a terra. Harry percebeu que era aquilo que Gina estava procurando quando se afastou dele para as laterais da estrada.
Agora era a garota que estava sendo atacada impiedosamente. Nagini parecia furiosa, devia estar desesperada por causa da dor, então mordia Gina com ferocidade, fazendo a menina gritar como louca.
Harry estava no chão, paralisado, vendo a garota que ele amava ser atacada por aquele monstro, que não se cansava. A cobra mordia Gina, levantava a cabeça e depois voltava a enterrar as presas novamente no corpo da garota, que já estava ensopado de sangue.
Harry saiu do transe e pegou a varinha que estava jogada perto dele, sua cabeça girando.
Ele percebeu que os gritos de Gina haviam cessado agora, ela estava desmaiada no chão, ainda sendo mordida por Nagini. Harry naquele instante sentiu um ódio tão intenso por aquela cobra e por tudo que ele e Gina haviam passado naquela noite, por tudo que tinha sido a vida dele até agora, que dessa vez, o feitiço atingiu o efeito esperado já na primeira tentativa de Harry.
- AVADA KEDAVRA! – ele berrou com as últimas forças que tinha.
Nagini ainda olhou um último instante para Harry, esquecendo o corpo lacerado de Gina, embaixo dela e então foi atingida por aquela luz verde que Harry já tinha visto matar Dumbledore, deixando a cabeça pender para a frente e cair inerte, morta, em cima das pernas dobradas de Gina.


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