Dragões e Esfinges
Capitulo 9 – Dragões e Esfinges
O barulho era ensurdecedor, uma mistura de gritos, vagonetes vindo em alta velocidade e os rugidos do dragão que estava postado na frente da porta. Não era um dragão qualquer mas sim um rabo córneo húngaro. Ele era preto com as escamas de um tom meio dourado, era duaz vezes maior do que o do Torneio Tribruxo, devia ser o macho pensou Harry. Estamos mortos, Harry pensou, se não for pelo dragão será pelos duendes. Nesse momento ouviu um sino extremamente alto e o dragão se encolheu em um canto e se retorceu de dor. Os duendes haviam chegado. Montes deles desciam de vagonetes e saiam de portas escondidas pelo corredor, outros muitos vinham do outro lado, estavam cercados. Hermione cutucou Harry e apontou para o outro lado do trilho, o único lugar onde não haviam duendes, então correndo como loucos eles pularam os vagonetes parados ali e viraram a direita, vários feitiços voaram, não os atingindo por pouco. Eles tinham uma boa dianteira, mas de repente, ao virarem mais uma vez o corredor acabou em um portão de ferro bem gasto com uma porta no centro, que estava trancada. Os duendes começaram a chegar, logo estavam todos imobilizados e presos a um canto.
-- Vamos joga-los no calabouço junto com aquela que nos tentou roubar hoje mais cedo – disse uma duende velha. – Não vamos permitir que eles levem o que é nosso.
Houve uma unânime concordância e o portão foi aberto, eles foram rudemente jogados para dentro e o aquário foi arrancado das mãos de Harry. Assim que os duendes saíram Hermione caminhou para o portão e murmurou:
-- Alohomora.
Mas nada aconteceu.
-- Não adianta, já tentei todos os feitiços possíveis – Disse uma voz desconhecida em um canto
Eles olharam para o lugar de onde a voz tinha vindo e viram uma menina, ela tinha os cabelos bem negros, era alta e tinha olhos verdes, era branca como a lua.
-- Meu nome é Anne – Ela disse – Por acaso vocês não estavam tentando roubar Gringotes, estavam?
-- Não é esse o motivo pelo qual você está aqui também? – Perguntou Gina
-- Sim, é claro – Ela respondeu com sua voz de anjo – Mas o que eles não entenderam é que na verdade, eu não estava roubando nada, só estava pegando de volta o que é meu. Há muitos anos, um homem loiro e uma mulher de cabelos negros invadiram minha casa e mataram meus pais, eu tinha apenas um ano de idade quando isso aconteceu, minha tia havia me levado para o porão escondido e eles não me encontraram, pelo menos não antes de roubar nossa casa. Acontece que meu pai era um cientista brilhante, e ele havia finalmente descoberto um jeito de acabar com o bruxo que se intitulava Lord Voldemort. – Todos, menos Harry, se estremeceram a menção daquele nome – Mas, Voldemort descobriu e mandou comensais matarem meus pais, agora eu sei o nome deles. Eram Lucio Malfoy e Belatriz Lestrange, após revistarem minha casa e encontrarem o que queriam eles encontraram também o porão onde eu estava, desceram até lá e apontaram a varinha para matar minha tia também, mas nesse momento, de repente eles se viraram para a porta como se ouvissem algo que ninguém mais ouviu, e então se foram, com a mesma rapidez com que vieram. Desde então eu morei com minha tia, a poucos dias descobri onde tinha ido parar o que me fora roubado, então vim até Gringotes para pega-lo de volta, mas no momento em que eu toquei nele alarmes soaram e duendes saíram de todos os lados e me jogaram aqui, mas de uma coisa eu sei. Tudo foi em vão, aquilo que eu tentei pegar do Cofre 666 não era o que me fora roubado, é uma copia.
-- Cofre 666? – Perguntou Harry – É exatamente o cofre que nós tentamos “roubar” também.
-- Porque vocês o roubariam? – Perguntou Anne ansiosa
-- Ele pertencia ao irmão de meu padrinho, chamado Regulo Black – Respondeu Harry – Estávamos na casa dele quando por meio de uma lareira viemos parar aqui.
-- Mas esse tal de Régulo era um comensal? – Anne perguntou
-- Ele foi um comensal, mas antes de morrer se arrependeu e fez de tudo para acabar com Voldemort, deve ter conseguido pegar isso dele antes de partir.
-- Mas era uma cópia não era? – Peguntou Hermione
-- Sim, a coisa que meu pai desenvolveu não existe mais – Disse Anne tirando uma carta do bolso – Olhem, leiam o que diz aqui.
Caso esteja lendo essa carta, provavelmente já estou morto há muito tempo, aqueles que ousam desafiar Voldemort não sobrevivem por muitos anos. O objeto que está no cofre é uma replica, o original está em um esconderijo muito melhor. Deixei esse ai na esperança de que a primeira pessoa a encontrar fosse meu aliado na luta contra as trevas. Espero que você seja essa pessoa. Se for peço que espalhe a noticia de que você encontrou a Chama Verde e que essa pedra tem o poder de destruiu Voldemort, assim as pessoa voltaram a ter esperanças, depois disso, reúna um exercito de aliados e procure a verdadeira Chama Verde, não lhe direi a localização para que não caia em mãos erradas. Após achar essa pedra, você saberá o que fazer pois junto com ela está uma explicação de como usa-la.
R.A.B.
-- É muito estranho que Regulo tenha deixado uma carta assim tão fácil de ser encontrada – Disse Rony
-- Ele devia estar realmente desesperado – Argumentou Harry
-- Estou disposta a ajuda-los a encontrar essa pedra – Disse Anne – Assim poderei vingar a morte de meu pais.
-- Primeiro precisamos sair daqui – Disse Hermione
-- Só tem um jeito de sairmos – Respondeu Anne – Se você olhar, aqui atrás tem um túnel, mas não sei até onde ele irá.
-- O que estamos esperando? – Perguntou Neville – Logo morreremos de fome aqui dentro
Então todos entraram no túnel escuro e seguiram por mais ou menos dez minutos, quando finalmente emergiram do outro lado, uma mulher estava lá parada, uma mulher não, uma esfinge. Devia ter uns 2,5 metros, cabelos brancos e longos e seu corpo terminava e uma gigantesca cauda amarelada.
-- Ladrões não são bem vindos em Gringotes – Disse ela erguendo o dedo porque Rony ia começar a falar – Não quero saber de seus motivos, para passar por mim sem que eu os mate vocês terão que responder a três enigmas, cada enigma acertado alguns de vocês poderão sair por aquela porta ali – Ela apontou para uma porta ao canto – Os três primeiros serão vocês três – Apontando para Rony, Hermione e Gina, aceitam meu desafio ou preferem voltar para o calabouço?
-- Aceitamos – Disseram todos
-- Muito bem, então aqui vai – Ela começou a recitar o enigma para eles – O que um mendigo tem que um rico necessita e os mortos comem?
Os três estavam pensando quando Hermione disse
-- Nada
-- Muito bem – respondeu a esfinge - os três podem passar, os próximos são vocês – Dessa vez apontando para Neville e Luna. Estão prontos?
-- Sim – Responderam eles
-- Pois bem – Disse a esfinge tirando 11 palitos de uma bolsinha de couro – Transforme onze em oito sem excluir nenhum palito.
-- Isso não vale – Resmungou Neville – Não somos mágicos
-- O desafio foi aceito, façam ou morram – Retrucou a esfinge, enquanto isso Luna já mexia nos palitos, quando ela saiu da frente todos pularam pois agora lia-se:
OITO
-- Muito bem – Disse a enfinge de má vontade - Vocês podem partir, agora os dois últimos
Harry e Anne se adiantaram e a esfinge recomeçou a falar
-- Essa pergunta é grande, portanto vou repeti-la duas vezes, prestem atenção.
Uma bruxa engole sua comida predileta
Em sua caverna, com a filharada irriquieta:
Hot, Tot, Jin, Jod,
Fie, Fly, Zan, Zod,
Pik, Snik, Lun, Lod
E o temível Ichabod.
Cada criança segura um sapo viscoso.
Em cada sapo, contorcem-se dois vermes, cada qual mais apetitoso;
Em cada verme, cavalgam duas pulgas cheias de coragem.
Quantos vivem na caverna dessa bruxa em meio à folhagem?
Quando ela começou a repetir os versos, Harry e Anne se abaixaram e começaram a escrever os números na poeira do chão. Haviam 13 crianças, mais 13 sapos, mais 26 vermes, mais 52 pulgas e a própria bruxa. Totalizando 105, eles refizeram a conta 2 vezes para não haver erros e disseram
-- Cento e cinco
-- Sinto dizer que a sua não foi uma boa resposta – A esfinge disse com um sorriso no rosto – Vocês se esqueceram do prato predileto dessa bruxa, um corvo engolido vivo. Portando são 106 seres.
-- Mas nós não tínhamos como saber do prato preferido da bruxa – Argumentou Harry
-- A pergunta foi respondida, agora preparem-se para morrer – Disse a esfinge avançando para eles
-- Você não faz um jogo justo – Disse Anne de repente – Você não tem coragem o bastante para nos enfretar de igual para igual.
-- Então vocês querem um jogo justo? – Peguntou a esfinge – Pois bem, jogaremos de novo. Vocês tem direito a fazer uma afirmação, apenas uma, se essa afirmação for verdadeira vou estrangula-los com minha próprias mãos, se for falsa suas cabeças serão cortadas. E então, o que vocês irão dizer.
Estamos perdidos pensaram eles, temos que encontrar algum jeito de pelo menos um de nós fugir. Então Harry teve uma idéia, adiantou-se e disse
-- Nossas cabeças serão cortadas
-- Harry, não – Berrou Anne, mas ele já havia falado e a esfinge agora olhava para eles de um modo estranho, como se estivesse tentando entender o que havia acontecido.
-- Eu estava fadada a guardar esse calabouço até que a verdade e a mentira se tornassem uma coisa só – Começou a esfinge – Vocês me libertaram, podem partir, conduzirei vocês até a saída
Dez minutos depois nenhum deles acreditava em sua sorte, estavam todos fora de Gringotes, correndo como loucos pelo beco diagonal até chegarem ao bar do Tom. Assim rumaram de volta para o Largo Grimmauld, nº 12.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!