O Impossível Acontece
Durante a noite nenhuma tinha pregado olho. Betty estava demasiado entusiasmada, Cammy não conseguia dormir devido ao entusiasmo de Betty (ela não se calava) e Sonny não conseguia parar de pensar.
- Se Hogwarts realmente existir, significa que ele também existe e se eu conseguir lá ficar por um tempo, talvez o conheça. Mas se ele existir, ele nunca vai querer me conhecer! - Sonny fechou os olhos, não podia pensar nisso agora, pois isso só a iria deixar mais abatida. - Mas pensando bem, à lá mais pessoas que eu gostava de conhecer e essas são muito mais simpáticas.
* * *
Eram oito da manhã e duas raparigas já estavam levantadas. Betty e Cammy já estavam a tomar o pequeno-almoço.
- Bem que podias ter ficado calada, durante a noite! Agora estou a morrer de sono. - Cammy reclamou enquanto colocava leite numa caneca.
- Sabes, é que estou tão nervosa! - Betty comia com uma velocidade louca. - Sinto que tudo vai correr bem! É o meu sexto sentido que o diz!
- Só espero que tenhas razão, porque se Hogwarts não existir Sonny vai te matar! - Cammy falava com um tom baixo, pois tinha a certeza que Sonny estava a ouvir. - Tu sabes como é a tua prima!
- Ok, ok! Olha a que horas temos de apanhar o comboio?
- Não me lembro, já li o livro à muito tempo! Pergunta à Sonny, ela deve saber, já leu os livros mais de quatro vezes.
- Tens razão! - Betty aumentou a voz e disse: - Sonny estás acordada?
Passado um minuto Sonny apareceu na sala, com uma cara abatida e se sentou numa poltrona.
- Bom dia. - Exclamou ela com pouco entusiasmo.
- O que tens? Pareces cansada! - Cammy perguntou.
- Nada, nada! O que querias Betty? - Sonny respondeu.
- Bem queria perguntar-te se sabes a que horas sai o comboio da estação?
- Às onze horas.
- Óptimo, vou dormir! - Cammy levantou-se e foi para o quarto.
Ambas as duas ficaram a olhar, até que Betty deu de ombros e continuou a comer. Sonny sentou-se no sofá onde Cammy estava, ligou a TV e roubou uma torrada de Betty.
* * *
Dez e quarenta e cinco, e elas já corriam pela estação. Betty de tanto comer, tinha ficado com muitas dores de barriga. Cammy não queria levantar de manhã, pois estava cheia de sono e antes de sair, Sonny fez questão de lavar a loiça. Resumindo: atrasaram-se!
Elas estavam apenas com um trólei, e nele só levavam três malas. Sonny só tinha deixado levar uma mala, por cada uma, porque ela ainda tinha a certeza que iam voltar para o hotel. Betty não tinha concordado, mas uma afirmação de Sonny a tinha feito mudar de ideias: "eu ou as malas, o que preferes?".
Elas corriam a toda a velocidade, quando Betty pediu para pararem, pois estava muito cansada. Ainda estavam ao pé da plataforma quatro, e só faltava dez minutos.
- Mas a barreira é aonde? - Betty perguntou ofegante.
- Entre as plataformas nove e dez, se ela realmente existir! - Sonny e Cammy sentaram-se no trólei por cima das malas.
- Claro que existe, vocês vão ver só! - e ao dizer isto o trólei começou a andar sozinho.
Sonny e Cammy iam saltar, mas ele começou a ganhar velocidade. Betty começou a correr a trás dele, mas à medida que ela ia se aproximando, parecia que ele ia ganhando mais velocidade. A velocidade era tão elevada, que Sonny já estava aos gritos e Cammy parecia que estava em choque.
- BETTY, PÁRA ESTA COISA!!! DEPRESSA!!! - Sonny segurava-se com todas as forças.
- ESTOU A TENTAR! - Betty acelerou e quando atingiu o trólei, ela saltou para o trólei.
- SUA PARVA! Não era para vires para cima, era para o... - mas nesse momento o trólei moveu-se repentinamente para a esquerda e um segundo depois estava parado.
Assim que o trólei parou, elas foram ao chão. Quando se levantaram e abriram os olhos, elas não queriam acreditar.
O comboio vermelho escarlate estava parado junto da plataforma e por cima delas havia uma arcada de ferro, com as palavras "Plataforma nove e três quartos".
- CONSEGUIMOS!!! - Betty não parava de saltar e de gritar. Mas ao reparar nas caras das amigas, ela parou. - O que foi? Nós conseguimos!
- Desculpa desiludir-te Betty, mas não é bem assim! - Então Sonny resolveu explicar a Betty, pois ela estava com uma cara de quem não estava a entender nada. - Acontece que isto, pode ser uma maneira de chamar turistas! Betty, Harry Potter é conhecido, toda a gente gostava de ir a todos os sítios onde ele já esteve, como esta estação.
Betty olhou para Cammy à espera de apoio, mas esta simplesmente disse: - Desculpa, mas Sonny pode ter razão! Mas também pode ser verdade! - Ao ver a cara de desiludida de Betty, Cammy acrescentou: Vamos entrar no comboio, está quase na hora!
Depois de entrarem, elas arranjaram uma cabine, acomodaram-se e às 11 horas o comboio arrancou. Durante a viagem, elas não tinham nada para fazer, então Betty tirou da mala, um baralho de cartas e começaram a jogar.
Depois de 2 horas a jogar, em que Sonny e Betty discutiram várias vezes, porque ambas faziam batota, elas se cansaram e decidiram parar. Alguns minutos mais tarde, apareceu uma mulher sorridente e com covinhas no rosto, que vendia bolos e guloseimas, e perguntou:
- Querem alguma coisa meninas?
- Eu vou querer! – Betty levantou-se de imediato, mas Sonny a agarrou e voltou a senta-la.
- Não podes Betty, tu estás de dieta! – Sonny falou.
- Estou? Eu não me lembro de ter começado alguma… – mas Sonny deu uma pisadela discreta no pé!
- Betty, não comeces! – Depois virou-se para a mulher e disse: - Desculpe não vamos querer nada, pois trouxemos muitas coisas.
- Está bem, se quiserem alguma coisa, estou lá na frente, é só chamarem! – a mulher fechou a porta e continuou o seu caminho pelo corredor.
- O que se passou à bocado? - Cammy perguntou.
- Será que vocês não têm consciência que nós não somos bruxas?! O nosso dinheiro é diferente. Se a Betty fosse comprar alguns bolos, como ela iria pagar? Nós só temos dinheiro muggle, como euros! Iriam saber logo que somos muggles!
- Pois a Sonny tem razão! – Cammy falou.
Passado algum tempo, em que elas tiveram a ouvir musica, a ler e a fazer outras coisas, um homem apareceu. Parecia ser um homem, como mais de cinquenta anos, e elas nunca o tinham visto na vida.
- Bilhetes por favor! – O homem pediu.
- Desculpe? – Sonny perguntou.
- Os bilhetes para eu picar! – Ele voltou a pedir.
Elas olharam umas para as outras, meio assustadas. Afinal de contas, elas não tinham comprado bilhetes nenhuns, até porque não sabiam onde comprar!
- Cammy e Betty vejam lá se os têm nas vossas malas, que eu vou procurar na minha. – Sonny falou enquanto se levantava.
- E agora Sonny? Tu não nos contas-te que era preciso comprar bilhetes! – Cammy sussurrou ao ouvido de Sonny, quando também se colocou de pé.
- Mas no livro do Potter, nunca apareceu um homem a pedir bilhetes, a não ser que eu não tenha lido bem! – Sonny afirmou.
- Mas e agora? Que fazemos? Nós não temos os bilhetes! – Cammy estava cada vez mais aflita.
- Só há uma coisa a fazer! – Sonia que estava de costa para o homem virou-se de repente, deu um grande pontapé na cabeça do homem e este bateu contra a porta, e caiu inconsciente no chão.
- Será que ele morreu? – Cammy perguntou, enquanto observava o homem.
- Espero bem que não! – Sonny afirmou.
- ENCONTREI!!! – Betty gritou.
- O que encontras-te? – Sonny perguntou.
- OS BILHETES!!! – Betty mostrou a elas.
- O QUÊ? - Sonny e Cammy olharam espantadas para os bilhetes e logo de seguida para o homem no chão.
- Porra, porque é que não os encontras-te mais cedo? – Sonny perguntou muito chateada. – Assim não tinha feito o que fiz! – E apontou para o homem.
- Hau priminha, não sabia que tinhas tanta força! – Betty estava espantada com aquilo que a prima tinha feito.
- Nem eu! – Sonny afirmou.
- Meninas ajudem-me a acorda-lo! – Cammy estava a sacudir o homem, mas Sonny pegou numa garrafa de água, que tinha na mala e despegou-a na cara do homem.
- O que aconteceu? – Ele perguntou.
- Bem… o senhor veio pedir os bilhetes, mas acho que escorregou e bateu com a cabeça na porta. – Sonny mentiu.
O homem lá se levantou, pegou os bilhetes e seguiu pelo corredor. Depois da porta se fechar, elas se sentaram e começaram a conversar:
- Isto foi muito estranho! – Sonny começou. – No livro do Potter, eu acho que o homem não aparece e também acho estranho a maneira como os bilhetes apareceram.
Cammy estava super espantada: - Mas será que isso significa que...
- O MUNDO DE HARRY POTTER EXISTE!!! - Betty gritou tão alto que Cammy e Sonny saltaram. Logo de seguida, Betty começou aos saltinhos.
- Quantas vezes vou ter de te dizer, que isso pode ser para atrair turistas! - Sonny tinha se levantado e se aproximava de Betty. - O dinheiro apareceu-me na carteira sem eu saber, ok, é estranho... mas não quer dizer que é magia. E eu já estou farta de te ouvir a dizer besteiras!
- Sonny pensa positivo! Hogwarts existe e nós daqui a pouco vamos... – mas nesse momento Sonny colocou suas mãos no pescoço de Betty e encostou-a contra a janela.
- Nós daqui a pouco não vamos fazer nada, porque Hogwarts não existe! Eu tenho estado a aguentar-me, mas não dá, não aguento mais! Será que és tão infantil ao ponto de pensar que Hogwarts realmente existia?! Então acorda Betty, porque vou repetir pela última vez: Hogwarts não... – Sonny olhou para a janela e nesse momento largou Betty, e ela caiu no chão.
Cammy estava a olhar para a janela em estado de choque, Betty estava no chão a tossir e Sonny sem acreditar no que estava a ver, falou:
- Não pode ser... é impossível!
Nota: o proximo capitulo ta quase acabado e por ixo deve aparecer brevemente... estes capitulos ja estavam escritos à muito tempo, mas sofreram algumas alteraçoes... pekenas mas importantes...
Han... quero agradeçer pelos comentarios e pelos votos... sao eles k me fazem sorrir e me dão cada vez mais força para continuar a fic!
Muito obrigado...e ate breve de Evil Morgana
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