Falar é fácil, mas fazer...
Severo havia decidido que se aproximaria de Lily, mas não tinha idéia de como faria isto. Cada vez que chegava perto dela seu coração batia tão forte e acelerado que ele nem conseguia ouvir o que dizia. Isso claro se conseguisse dizer algo.
Os dias se passaram rápido e tudo que Severo conseguia era olhar Lily, sempre longe e inalcançável. Algumas vezes seus olhares se cruzaram, mas ele sempre desviava.
Cerca de um mês após o inicio das aulas, Slughorn pediu que Lily arrumasse a sala para a próxima aula. Ela além de monitora era muito organizada e o professor de poções a adorava.
Em geral, Severo demorava para sair das aulas de poções, essa era a matéria que mais gostava, mais até do que DCAT. Slughorn era diretor da Sonserina e tinha certa simpatia por aquele seu aluno sombrio e solitário, porém inteligente e esforçado. Muitas vezes mostrou ao rapaz ingredientes raros e poções muito avançadas para o seu nível.
Neste dia assim que Lily começou a arrumar a sala o professor pediu que Severo a ajudasse e saiu. O Sonserino precisou de todo o seu controle para não derrubar nenhum frasco ou tropeçar em alguma cadeira, tal era o seu estado de nervos. Ele, sem dúvida, se tornava outra pessoa perto dela.
Severo estava tendo uma nova oportunidade de conversar com ela e não tinha idéia do que dizer. “Droga! Porque tinha que ser tão tímido?”. Para seu grande alívio e alegria Lily comentou:
-- Aula interessante, não? – e antes que ele pudesse responder, não que ele fosse, pois sua garganta estava muito seca, ela continuou – não via a hora de retornar a escola – Sorriu.
O sorriso dela era tão lindo! Ele sorriu de volta. Conseguiu controlar-se um pouco e dizer.
-- Suas férias não foram boas? – Desviou rapidamente dos olhos dela, pois sabia que estava corado e não queria que ela percebesse.
-- Não foram ruins, mas monótonas – deu de ombros.
Então retirando uma coragem do fundo de sua alma Grifinória, ela o olhou nos olhos e disse:
-- Soube do fim do seu noivado com a Black – o olhar dela não permitia desvios. Severo prendia a respiração – Lamento! – desviou rapidamente, sabia que corava.
Ela precisava saber o que ele sentia pela ex-noiva. Lily estava se entregando aquela paixão, tinha que saber se tinha chances.
Ele acariciou levemente a mão dela, o que fez a moça olhar novamente para ele.
-- Pois eu não. – Não desviou o olhar por nem um segundo – O noivado era um acordo de família – Pela segunda vez naquele dia ele sentiu-se feliz. Ela lhe presenteou com mais um de seus belos sorrisos.
Como que atraídos por uma força inexplicável eles se aproximaram lentamente e ....
-- Muito bem! Muito bem! – Era a voz trovejante de Slughorn que retornava a sala batendo palmas.
Os dois se afastaram em um pulo. O professor não pareceu notar a interrupção que havia causado. Aproximou-se deles dizendo:
-- Obrigado! Obrigado. Mas é melhor se apressarem não quero que meus melhores alunos se atrasem para sua próxima aula.
Os dois saíram constrangidos e evitando trocarem olhares. Lily seguiu para os andares superiores. Snape andou sem rumo pelas masmorras e entrou em uma sala vazia.
Ele quase não acreditava no que havia acontecido. Ela pareceu muito feliz quando soube que ele estava livre do compromisso com Andrômeda e principalmente que não lamentava isto. Ele sorriu sem perceber. Por Merlin! Ele quase a beijou! Fechou os olhos para tentar gravar em sua memória todos aqueles acontecimentos.
Eles precisavam de outra chance, precisavam ficar a sós novamente. Ainda de olhos fechados o rapaz sorriu mais uma vez e pensou “quem sabe na próxima aula de poções?!”
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Foi quase, quase.....
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