Tempo de Paz

Hoje eu encontrei o diário de meu pai. Estava escondido no fundo de um baú no sótão de nossa casa. E olha que Whiltshire é enorme. Eu realmente tive sorte em encontra-lo. E mais sorte ainda por meu pai não desconfiar que eu o achei, senão... nossa! Nem queira saber o que ele faria comigo.

Meu nome é Edward Weasley Black Malfoy, mas pode me chamar de Ed. É assim que meus amigos em Hogwarts me chamam. Algumas garotas me chamam de outros nomes, como ‘lindo’, ‘fofo’ e ,umas até mais atrevidas, se arriscam com um ‘gostoso’ depois das partidas de quadribol da Sonserina. Ah, claro. Como ia me esquecer disso, eu caí na Sonserina para o desgosto de mamãe e o orgulho do meu pai. Ah, eles são Draco Malfoy (sim, aquele que foi condenado injustamente e depois disso ficou mais famoso nas colunas femininas que o próprio Merlin em toda Bretanha) e Virgínia Weasley (Ela tem Molly como nome do meio mas não gosta muito de usá-lo, que vovó Weasley não saiba disso.). Tenho 17 anos agora.

Vocês devem estar confusos. Como que um Malfoy e uma Weasley foram se apaixonar? Ou melhor: como que eles conseguem se aturar até hoje. Bom, também não sabia, até encontrar o diário do meu pai. Então, eu vou lhes contar. Tudo começou com a idéia maluca do meu pai escrever uma biografia. E adivinha quem ele teve o surto de convidar para ajuda-lo? Pois é, mamãe. Onde o velho tava com a cabeça? Ela podia tê-lo transformado numa abóbora cor-de-rosa! E vopcês acham que ele se importou com isso na época? Há. Faz me rir. Nem. Ele nem sequer pensou no assunto, peraí, não ele pensou sim, tá escrito aqui.

“tive uma reação inesperada: vi-me escrevendo um furtivo bilhete e entregando a minha coruja Menfis pedindo-lhe urgência na entrega. Estava ficando louco? Eu tinha marcado um encontro com a Weasley, a mulher que mais me odiava na face da Terra. Eu estava encrencado.”


Viram só? Ele pensou no assunto. Mas nem se abalou muito, quer dizer, de acordo com este diário ele se abalou mesmo foi com as pernas da mamãe! Que tarado! Vou pular esta página, ok? Vamos ver o que mais tem aqui. Humm... interessante isso:


“e não tenha medo de mim, não encostaria em você. – disse tentando amenizar o pânico estampado na face dela.

_Porque não? - a pergunta escapou dos lábios dela sem que quisesse. Olhei-a divertido.

_Não gosto de ruivas. – eu menti pegando-a pela mão.



Há, como meu pai é um excelente ator! “Não gosto de ruivas!”. Ele é muito mentiroso mesmo. Vocês sabiam que a primeira coisa que ele me ensinou sobre mulheres era que: loiras são apreciáveis. (ele quis dizer ‘gostosas’, mas a educação Malfoy não permitiu), morenas são inteligentes (inteligentemente gostosas!) e ruivas são... (ele fez uma pausa nesse momento, acho que tava com a cabeça na mamãe) perfeitas! Preciso explicar mais? Não né. Tava mais do que explícito que Draco Malfoy era louco por ruivas. E como eu estou aqui hoje, presumo que a ruiva em questão era a minha mãe, Virgínia. Enfim... vocês tão acompanhando meu raciocínio? Do porque meu pai ama minha mãe? Ainda não? Pois bem, vamos lá de novo.


“_É seu filho? (...)_É nosso. (...)_Quando? Como? Foi uma única vez. (...)_Foi o suficiente.”


Bom, neste momento eu até pensei que meu pai fosse fazer um escândalo, ao estilo Malfoy, claro. Sem perder a pose e humilhando totalmente outra pessoa. Eu até faço isso às vezes, na escola... sangue Malfoy é um caso complicado. Mas voltando ao diário do meu pai. Bom, analisem a situação: eles passaram somente uma noite juntos e vous lè, cá estou! Ok, ok. Eu sei que eu fui um bebê lindo e tudo o mais, mas eles eram jovens podiam ter me vendido ou pior, meu pai podia ter abandonado minha mãe... MAS ele não o fez, adivinha porque? Porque ele a ama oras. Não tem muito mistério nisso. Quem não amaria uma ruiva estonteante e delicada quanto a minha mãe? Alguém aí percebeu que eu sou superprotetor? Hein? Hein?

Enfim... falar dos meus pais não é uma tarefa simples. E também não é tão prazeroso assim. Eu os vejo como um casal normal, por mais que a comunidade bruxa ainda se espante com Malfoy e Weasley numa mesma frase sem estarem interligados com socos ou azarações. Eles tem suas brigas (não se animem!), mas também tem suas reconciliações. É muito bom poder vivenciar tudo isso. Sabe, é diferente você parar pra escrever tudo o que já viveu. E olha que eu nem vivi tanto assim.

Lembrei de uma vez que meu avô Arthur me disse: “O tempo é o senhor da razão!”. Eu não entendi na época, era criança, po. Mas hoje em dia entendo o que ele quis dizer. Era mais ou menos como ver as folhas secas caírem de uma árvore numa tarde de outono, com a certeza que na próxima estação elas estarão de volta, verdes. O amor dos meus pais é mais ou menos isso. Quando a gente pensa que vai acabar ele reacende. E isso é ótimo,até porque eu posso matar de inveja os meus colegas de escola que ficam me enchendo com perguntas do tipo: eles vão se separar quando mesmo? Eu fico rindo e só respondo: leia as colunas sociais. Na maioria delas aparecem meus pais, sorrindo felizes, com algum grande anúncio do tipo “34º lua-de-mel do casal Malfoy”. Cara, isso soa muito bem pros invejosos, não?

“Hoje em dia posso afirmar que minha família me completa. Tenho a mulher que sempre fui apaixonado, desde a adolescência, ao meu lado. Ela me faz feliz, cuida de mim, mesmo com todo meu mal-humor. E o Edward, ah, meu filho foi o melhor presente que a ruiva poderia me dar.


Caraca, meu pai é meu ídolo!! Fala sério, ele simplesmente disse: “Minha família me completa”. Eu já sabia que era o máximo, mas não sabia que chegava a tanto. Ok, meu ego inflou. Mas o que eu posso fazer se além de lindo, loiro, milionário eu ainda tenho o charme dos Malfoy e a esperteza dos Weasley?? Ele que disse, pode ler: “Meu filho Edward é o meu maior presente”. Humm... acho que vou usar isso pra pedir uma vassoura nova de presente, que vocês acham?



10.05.2016 - Edward W. B. Malfoy – 7º ano Sonserina. Redação sobre: Família.




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N/A: O que acharam???? Hein? O Ed é muito Malfoy mesmo né?
Comentem e não deixem de aocmpanhar: Dançando com o Inimigo...

Bjokinhas.

Vivika.

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