Jessica
Sobre o Reno foi o único jogo de tiro em primeira pessoa que fez Jéssica Trent ficar viciada. Ela jogava e dominava vários jogos de ação para PC. Todos eles com graficos 3D, fumaça com profundidade volúmerica, motores fisicamente realistas, sons de trinta e duas vozes, muitas fases e recursos para multplayers pela internet. Mas o SOR era diferente. A inteligência artificial dele era assustadora. Em outros jogos, os inimigos atacavam entrando pela porta, grupo após grupo, apenas para serem massacrados. A inteligência artificial do SOR fazia os soldados Nazistas atuarem de forma realista. Em uma busca de casa em casa, grupos de tres ou quatro se separavam do pelotão principal e chutavam as portas. Se você atirasse em um, dois ou até três deles, o oficial lá da rua apitaria e gritaria ordens. Então era melhor voce fugir logo dali, porque duzias de soldados iriam cercas sua cabana. E não invadiriam o lugar como autômatos sem cerebro. Eles se esconderiam atras de cercas, muros e veiculos, gritariam em alemão prar que voce saisse. Se você não fizesse isso(é claro, por que você sairia?????), eles jogariam granadas pelas janelas ou colocariam fogo na casa. Se você tentasse olhar pela janela para ver o que estaca acontecendo, um franco-atirador poderia acertar você.
Mas o que era ainda mais fascinante para Jessica era o fato de eles não agirem da mesma maneira todas as vezes. Havia soldados inteligentes e soldados burros, e diferente tipos de oficiais nazistas. Se você se escondesse em um lugar particularmente bom de se defender, eles poderiam chamar um tanque para destruir tudo, ou, pior do que isso, um flammerwerfer, literalmente o lança chamas alemão. Se o cerco durasse mais tempo, a Gestapo chegaria para cuidar da situação, e aquilo significava apenas uma coisa: o SS Obersteutnant Heinrich Boener, um adversário tão astuto e cruel que o personagem virou uma celebridade na E3, a maior convenção de games do mundo. Havia um banner de dez metros do rosto dele pendurado na estande ElectricalStorm. Ele era, literalmente, o garoto propaganda do mal.
A inteligencia artificial do SOR dava impressão de que você estava lutando contra um adversário racional, e alguem bastante desafiador. Jessica apreciava as infinitas horas(literalmente falando) de distração que aquilo lhe proporcionava, ainda mais depois do incidente na vida real com os Filipinos. O corpo de Heider tinha sido encontrado em um patio ferroviario perto do aeroporto. Ele avia sido amarrado, amordaçado e surrado até a morte, e fora deixado como um aviso para a comunidade dos fraudadores de cartões de crédito. Era em momentos como esse que Jessica agradecida por não ter um circulo social grande. Pouca gente, ou talves ninguem, poderia ligar Heide a ela, mas para garantir, decidiu não chamar a atenção por algumas semanas. Ela tinha quinhentos ou seiscentos mil a mão em vários bancos, sob identidades diferentes. O que era bom, pois ela não poderia vender os dados que tinha copiado do servidor dos filipinos para nenhum de seus contatos. A coisa estava muito quente ainda. Ela sentiu uma onde de humilhação novamente. Mais de vinte mil identidades de alto valor no mercado da internet jogadas pelo ralo, uma fortuna no mercado. Como eles descobriram que era ela????? Ela tinha invadido o banco de dados deles usando um Unicode directory traversal (codigo único de passagem de diretório) que lhe permitiu instalar uma porta de sáida no servidor de internet deles, pois ainda não tinham protegido direito o servidor, as amostras de aplicativos ainda estavam la, então consegui os direitos de administrador acabou sendo algo bem banal. Ela estava certo de que o administrador da rede devia estar no fundo de algum rio por causa do pequeno erro.
Mas como é que eles rastrearam aquela invasão e chegaram até ela? Jessica fez aquilo por meio de uma máquina zumbi em algum lugar da málasia e por uma conexão 803.11g sem fio, roubada em alguma das subdivisões de Houston. Mesmo se eles rastreassem a transferencia de dados até o IP de destino, como aquilo poderia ter levado a ela? Ainda que dessem uma surra no pobre idiota cujo a rede sem fio tinha sido utilizada, não cegariam a lugar nenhum. Ainda assim. Jessica tinha passado umas duas noites esperando sua porta da frente fosse arrombada enquanto pensava no assunto. Mas não conseguia descobrir como. O que ela não estava vendo?
Apenas recentemente tinha ocorrido a Jessica que talvez eles fossem o unicos socios dos filipinos naquela regiao. Ao fazer o ataque de um dominio por la ela tinha cometido um erro óbvio e patético. O fraudador de cartões Loki de Houston, era o suspeito evidente. Mas, conforme os dias foram passando, ficou claro que ou a gangue estava satisfeita porque Loki estava morto ou não tinha ideia de qual era a identidade real de Jessica. No entanto, até ter certeza, ela passava as horas acordada no galpão inacabado que lhe servia de apartamento, jogando infinitas horas de SOR, que era um belo desafio no final das contas.
Normalmente, Jessica escolhia o lado dos nazistas e sua arma preferida era o rifle de precisão de atirador, com qual ela acertava novatos, escondida em um campanário ou em uma janela de sótão. Ela o usava junto de uma quantidade bastante generosa de insultos verbais, utilizando teclas pré-selecionadas para lançar os desaforos criados pelo jogo:”Já vi garotinhas francesas do maternal atirarem melhor que você!” A conexão a cabo que ela tinha dava ao seu computador um Ping*(velocidade de resposta da conexão, quanto mais baixo mais rápido) de 20 a 50 milissegundos, o que era uma enorme vantagem contra os manés com ping de 150 ou mais. Os avatares deles, no jogo hesitavam enquanto Jessica acabava com todos. Ela nunca se cansava de empilhar corpos na frente de seu esconderijo.
As partidas até-morte de SOR eram um jogo distribuido pela rede, quer dizer, um dos jogadores hospedavam o mapa em sua maquina e fazia com que a parrida ficasse disponível para qualquer um que quisesse participar pela internet. Havia servidores de partidas até-a-morte que listavam todas as maquinas que estavam disponível por região geográfica, com cada maquina enviando uma mensagem de que estava disponível. Os números listados nesses servidores passavam dos milhares.
Como Jessica vinha jogando SOR direto havia seis meses, bem antes do problema nas docas, ela conhecia intimamente todos os mapas e sabia que se jogasse uma granada de um canto do parque no mapa de Saint ela cairia atrás do carrinho de verduras do outro lado, matando todos que estivessem escondidos ali. Ela conhecia um lugar no mapa tunisiano onde podia pular sobre telhados destruídos e atirar em pessoas impunemente. Era preciso serr um saltador experiente para conseguir cruzar as distancias sem cair para um morte certa.
Sinceramente, o modulo até-a-morte já tinha começado a perder o apelo quando a ElectricalStorm lançou um editor de mapas personalizados, e, a partir daí, vários desses mapas, muito populares, começaram a aparecer nas listas do servidor. A maioria deles era de fantasias do tipo Rambo-fora-de-controle feitas por garotos de quatorze anos, com quantidades absurdas de metralhadoras fixas e nenhuma logica no posicionamento e no design das fortificações. Jessica sabia que podeira fazer muito melhor, mas não tinha inclinação para aprender a linguagem de script usada para criar mapas, afinal, não ganharia nenhum dinheiro com aquilo.
Então foi sem muita expectativa que Jessica baixou um novo mapa chamado Monte Cassino. O nome razoalvemente histórico, não era comum, já que a galera de quatorze anos costumava intitular os mapas com nomes como “O sinistrão da parada’.
Jessia logo achou um servidor chamado Houston Central, que rodava o mapa Monte Cassino. Como era geograficamente local, aquilo lhe deu um pong matador de 20 milissegundos, e ela se juntou a partida “até-a-morte” que já estava em andamento.
No momento em que foi carregado , ela notou diferenças em relação á maioria dos mapas feitos por pessoas comuns. Primeiro, ela não tinha permissão para ficar do lado do Reich, o mapa só permitia que as equipes que jogavam pela internet fossem conta a inteligência artificial, o que aborreceu Jessica pois ela adorava jogar do lado alemão, afinal, eles eram os vilões.
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