Cp08 De volta a Hogwarts
Cp08 De volta a Hogwarts
Bichento teve a cara de pau de acorda-lo no meio da noite, ah sim, isso era com os gatos... o bicho aceitara sua superioridade... o aceitara... “bom pra você” pensou olhando para o bicho, o que pelos olhos lhe respondeu de modo mau-humorado, “mas vire as costas e lhe meto as unhas garoto!”
“Experimenta Bichento!”
“Vire as costas então...”
“hahaha”
“Grande... todo grande é panaca...”
Só então percebeu... e de certa forma, se sentiu um pouco panaca...
“não podemos ser amigos, não?”
“Posso pensar no seu caso...” o gato saiu balançando o rabo. “Vou pensar...”
O motivo de idiotamente nunca ter tentado ter uma conversa com o gato desde que se tornara um animago lhe passou pela cabeça, esse bicho é uma fonte de informações... então pensou em Hermione... saiu nas quatro patas atrás do gato que estava esperando, Bichento o estava esperando.
“veio... sabia que vinha...”
“sabia?”
“Ai, ai” o gato lhe virou as costas... “Você é tão previsível as vezes!”
Escutar isso de um gato que era mau-humorado a ponto de ficar anos encalhado numa loja era um insulto... dos grandes.
“E daí?” virou as costas e voltou ao quarto.
Sentiu a patada.
“DESGRAÇADO!” Bufou.
“Você me deu as costas... otário”
“Gato safado dos infernos!!!”- bufou.
“Você é esquentadinho também...” o gato lhe olhava calmamente, balançando o rabo de um lado para outro.
O gato maior parou, virado para o menor, ambos balançando as caudas longas e felpudas... um novo amigo... alguém para aprender... algo.
E Bichento lhe contou por horas seus encontros com Sirius e suas perseguições, até Harry conseguir miar baixo... se estivesse na forma humana ele estaria chorando, de saudade de Sirius... porque Bichento afirmava o quanto o outro se preocupara com ele...
“Sabe...- afirmou o gato se levantando.- Eu simpatizei com aquele cachorro... acho que simpatizo com você também...”
E se foi para o quarto das garotas, antes de entrar ele olhou para Harry.
“Ela gosta mesmo de você...”
“Eu sei...”
“Mas machuque a minha menina e eu lhe mostro minhas garras grandão...”
“Bichento...”
O gato balançou a cauda.
“Obrigado”
“Não tem de que...”
E entrou no quarto.
Harry voltou para cama, prometendo a si mesmo que daria um jeito de ter o véu de volta, que daria um jeito de encontrar Sirius...
-HAHAHÁ!PEGAMOS!!!
-ACORDA BELA ADORMECIDA!!!
Harry só se sentiu sem fôlego algum, Rony e Neville o acordaram com travesseiradas, rindo feito dois bobos alegres...
-Que... que...- tentou falar entre as travesseiradas.-EI!!!
Catou o seu travesseiro e enfiou nas fuças de Neville que caiu sentado na cama de Rony, e partiu pra cima de Rony.
-Seu traste! Seu... afinal qual o motivo dessa zona?
Mas Rony não conseguia falar pois ele não parava de bater.
-NE...NE...NE...VILLE!!!SEU JUMENTO!!! ME AJUDA!!!-ele berrou ao empurrar Harry.
Os dois olharam, mas Neville já estava na porta saindo abraçado com Gina para o café...
-Olha... o Neville não é tão jumento assim...-disse Harry sentado na cama.-E a Gina também...
-EI! É a minha irmã!-falou Rony.
-E agora sei quem ela puxou...- riu maldoso.- Você e a Luna... dois safados... quem diria...
-E Você? A Mione não é nem um pouco santa.- Rony respondeu com maldade.- Eu sei muito bem...
Harry enfiou outra almofadada no amigo.
-Afinal porque toda agitação?
-Se manca Harry! Hogwarts!!! Lerdo!
-PUTZ!!!- Harry enfiou um tapa na cara.- Eu nem arrumei...
-Lerdo mesmo... a mamãe já arrumou todas as coisas...-Rony se pôs de pé.
Harry foi até o guarda roupa, suas roupas estavam ali, então se tocou... eram as roupas velhas...
-Nem reparei...
-Verdade?
Olhar torto para o Rony.
-Café!-disse Luna sonhadoramente.
Rony pulou da cama e saiu... Harry se levantou e reparou na roupa sobre a poltrona, quando exatamente a Sra Weasley a separara era a questão, então encontrou a sua, calça e camisa limpas...meias e sapatos... começou a se vestir, estava abotoando a camisa quando escutou um suspiro, olhou para a porta.
-Mione?
-Eu também decidi me vestir antes de descer...- ela sorriu.
-Mione!- sabia que estava vermelho, "quanto tempo você tá olhando?"
-Vamos ou a Sra Weasley vai começar a berrar seu nome.- ela disse com um enorme sorriso.
A boa e velha confusão de partida, Harry e Hermione puderam comer sossegados de mãos dadas, ela apoiada no ombro dele, porque o resto da casa estava uma bagunça e a Sra Weasley toda hora lembrando das coisas que Neville estava esquecendo, além do mais Thonks estava muito ocupada em servir bolo para Lupin e nem olhava para os dois... não que Harry e Hermione estivem reparando neles também...
-Estava pensando... como vamos? a pé?- perguntou Hermione.
-Não...-disse Lupin com a xícara na mão.- Com o carro da Morgan...
-O carro... mas arrebentamos...-começou Harry.
-Não se preocupe, Snape consertou-o.
-Sério é?- disse sem emoção.-Como vai Morgan?
-Você deve sentir Harry...- ele evitou olha-lo.- O ferimento não fecha...
Harry cerrou os punhos sob a mesa, Hermione segurou-os de leve.
-Não é sua culpa Harry... não dava pra saber que ela ia aparatar justamente entre vocês... vai demorar, mas ela vai se restabelecer...-começou Thonks.
Harry não suportou, teve que levantar e sair da cozinha, uma onda horrível de náusea o invadiu e um ódio frio também.
“-Vamos Bela... eu estou bem... nos veremos novamente Potter... você começou bem... matou sua amiga...”
-Ele está bem! A ferida dele se fechou! Não devia fechar!-socou a parede do banheiro onde se enfiara.
Por que sim, e Harry se odiara por aquilo por muito tempo, ele fizera um feitiço que de toda forma era e devia ser tão fatal quanto um Avada se recebido de perto, sim, ele tinha pretendido matar, e quase matara alguém que amava... em vão... se deixou escorregar enquanto ouvia a Sra Weasley berrando que estavam atrasados. Morgan não acordava... e talvez não acordasse mais...
Saiu do banheiro e deu de cara com Hermione, não falaram nada, ela o abraçou.
-Morgan vai acordar Harry, ela é teimosa.- disse ela lhe acariciando os cabelos.
“Sirius também era...” pensou amargo.
Molly quase teve um colapso nervoso antes de entrarem no carro de Morgan, “Nunca reparei que esse carro era um micro-ônibus”... claro sendo dela tinha mil-e-duas utilidades, assim como os carros do ministério, Remo era bom motorista mesmo... em dois minutos estavam na estação, em um estavam atravessando a barreira, Harry viu o Expresso, seu coração amainou... sim aquilo era doce... era bom... maravilhoso... prelúdio do lar... "o que eu vou fazer quando isso tudo terminar... eu não sei."
-Harry, eu e o Rony... sabe monitores...-disse Hermione.
-Eu vou com os outros.- sorriu.-vou ficar esperando.
Ela sorriu e entrou no trem indo para a parte da frente, entrou com os outros, Marco encontrou os colegas e saiu dando um aceno e um até mais tarde, era melhor assim, que ele ficasse com os colegas da idade dele, pensou Harry, com os amigos.
A viagem com Neville, Luna e Gina foi divertida no começo... Neville levou a maior surra no Snap explosivo de Luna, e Gina insistiu em jogar xadrez com Harry, foi uma partida dura... empatados a cada lance... “é a irmã do Rony... eles devem praticar muito...”, é óbvio que algo tinha que acontecer, para surpresa de Harry quem apareceu na porta foi Pansy Parkinson, Harry suspirou.”O que aquele idiota tá fazendo que não apareceu? É pra manter as aparências...”
-Acho que estou perdendo o meu charme... Malfoy está mandando os cães no lugar.- olhou a garota.- Sim?
-Sabe Potter... realmente o Draco tem coisa melhor que ver essa sua cara desfigurada no primeiro dia... e eu tenho um assunto inacabado com você.
-Sabe Pansy, limpe seus ouvidos... EU NÃO TENHO ASSUNTOS COM VOCÊ!!!
Ela riu:
-Não quer pensar nisso não é? Dói? Um pouco? Lembrar da Aninha?-falou maldosamente.
-Você precisaria ser gente pra entender meus sentimentos e todo mundo sabe, não é Pansy? Vacas não são gente...
-Sabe Potter, você pode ter a língua de um Sonserino, mas não tem a classe...
-Dispenso esse tipo de classe.”pressinto algo ruim... muito ruim...”
-Ah.- ela suspirou erguendo as mãos e então olhou em volta.- Potter está recusando um duelo.- ela falou alto.- E se diz presidente do clube de duelos!
-Exatamente, e como presidente do clube, não vou humilhar alguém que não tem meu nível.- meneou a varinha.
A porta se fechou com força na cara da garota, que voltou a abrir com força.
-É um desafio! O estatuto do clube- ela puxou um papel.- Diz claramente que o presidente não pode se negar a um duelo! Ou terá que passar o cargo!
-Isso é para os duelos de fim de ano Pansy!- ele disse se lembrando exatamente do parágrafo.
-Não estou falando dos duelos de fim de ano, Mestiço!-ela estreitou os olhos.-Venha... vamos falar da Ana... daquela chifrudinha...
Harry se ergueu, pareceu farejar no ar e viu a garota dar um passo para trás.
-Tentando agrada-lo? Conseguiu um belo adorno no bracinho Pansy? Qual foi o preço?- disse andando na direção dela, se sentindo frio, vendo ela vacilar.
-Do...do... que está falando Potter?- ela deu mais um passo para trás.
-Que eu sei muito bem como Voldmort marca seu gado...- sibilou baixo com o rosto perto da garota.- Que foi? Esse é o nome dele...
Ela estava imprensada contra a parede do trem, ele escutou cochichos vindos das outras portas, ela tremeu.
-Você...- ela disse rangendo os dentes.
-Eu?- disse friamente a encarando.
-VOCÊ É UM COVARDE!- ela puxou a varinha.
-Você é uma prostituta... -disse segurando o braço esquerdo da garota.- Vendida... valeu a pena?- apertou o braço dela, podia sentir a marca na pele dela.- Você vale tão pouco assim menina?
Ela apertou a varinha no peito dele, ele apertou com força o braço sabia que a marca estava sob sua mão, então aconteceu...
Pansy deu um gemido e segurou o braço com lágrimas nos olhos, esfregava a pele como se doesse, Harry deu um passo atrás e a olhou. Isso foi o que os outros viram, mas entre os dois aconteceu muito mais... Pansy sentiu a marca queimar e Harry também sentiu contra sua mão... e na sua testa... ao mesmo tempo que partilharam a visão, a memória...
"Pansy estava toda coberta de negro e com capuz... no meio do salão havia um homem, trouxa, muito ferido, implorando baixinho para morrer, ela mesma o acertara, ela o fizera sofrer por horas, o torturara, de algum lugar acima da sala escutou a ordem:
-Pode acabar com ele criança... mate-o.
Era Voldmort.
-Sim meu amo.- ela disse com um tom satisfeito na voz- AVADA KEDAVRA!"
Pansy matara um ser humano... esse era o preço... era uma Comensal... Comensal da Morte... era o que significava...
-Nada pode trazer os mortos de volta, sua tola.- disse baixo.- O que você fez foi imperdoável...
Ela o olhou com olhos arregalados, então arreganhou os dentes, ergueu a varinha, mas Harry foi rápido segurou o braço dela e usou seu peso para enfiá-la a força na cabine onde os três a olharam e o olharam, Harry a fez cair no chão e com uma perna nas pernas da garota a imobilizou.
-Gina, vai procurar um monitor que não seja o Malfoy!
-Certo!
-De preferência a Mione...Neville fique na porta sim?
-Claro!
Harry sorriu para Luna que os olhava e sorria para Pansy.
-Seu nojento!- berrou Pansy se debatendo.
Harry apenas sabia que queria saber mais... sabia o que fazer... apenas sabia... o outro pé apoiou-se no pescoço da garota a imobilizando totalmente e ele puxou com violência a manga da garota braço abaixo, com um enorme desprezo pela criatura que tentava se livrar das mãos fortes, ele viu, clara, mas vermelha a marca recente, sim ela se apagaria, se tornando muito fraca até queimar quando Voldmort tocasse a de algum outro... como fizera com Rabicho daquela vez... com nojo colocou a mão por cima da marca, sentiu sua cicatriz formigar...
"Ela se ajoelhou na frente de Voldmort, ela tremia e tinha medo de encará-lo, medo daquela cara viperina, então só mirava as mãos pálidas dele.
-Você será uma fiel serva, vejo isso.- sibilou Voldmort.
Ele acenou para alguém, outro comensal se aproximou, Voldmort segurou o cálice que o outro lhe entregou.
-Estenda as mãos.
Ela estendeu prontamente, e Voldmort deixou cair um pouco do conteúdo do cálice, ela sentiu uma onda de repulsa, mas manteve as mãos em concha, enquanto o sangue era despejado nelas.
-Seu batismo de sangue... o sangue de sua vítima... beba-o.
Pansy sentiu um espasmo de nojo mas tocou os lábios no sangue e percebeu que não era só sangue, havia algo mais, um cheiro parecido com o de bebida, bebeu um pouco com a boca dura de nojo e medo, sentiu o corpo inteiro travar.
-Estenda-me seu braço esquerdo.
Ela o fez como se nem fosse necessário ter sido mandado, era como se não tivesse vontade própria, sentiu ele derramar o resto do sangue e então comprimir a pele com a varinha.
-Morsmordre.- sibilou Voldmort em língua de cobra.
Ela deu um gemido abafado, efeito da poção misturada ao sangue, porque na verdade queria berrar ao sentir-se marcada como se por um ferro em brasa, que se estendia formando o desenho em negro."
Harry teve que soltá-la pôs ambos reviveram a dor e ambos deram um berro, ele caiu sentado e ela se encolheu apertando o braço, a marca agora voltara a ser negra, ela olhava a marca e esfregava... ele apertou com força a cicatriz, onde ele sentira queimar... se olharam.
-Eu sei o que você é.- disse frio.- sei o que fez... melhor não mexer comigo Pansy ou eu vou te entregar... entende isso... ele não vai ficar nada satisfeito quando souber... você falhou, falhou na primeira missão, falhou em me fazer puxar a varinha, falhou... eu não vou lhe fazer nada...- levantou.- Eles vão punir você... eu sei que vão.
Ela o olhava, tremia inteira, Harry segurou o outro braço dela e com força a jogou para fora da cabine, bem na hora que Hermione e Rony se aproximavam.
-O que está havendo aqui?!- perguntou Hermione.
Neville ia começar a falar, mas Harry falou mais alto.
-Nada. Pansy decidiu me provocar, mas conversamos, não é Pansy? Ela entendeu que os duelos só podem ser feitos em Hogwarts, Não é Pansy? Ela vai voltar a cabine dela, não é Pansy?
-É sim, ela vem comigo.- disse Malfoy atrás de outros monitores.- Se você parar de perturbá-la, Potter.
-Eu? Eu perturbei você, Pansy?
A voz de Harry estava muito grave e fria, a garota o olhava com óbvia expressão de medo, mas estando de costas para os monitores eles não viram, ela andou dois passos para trás e então correu e se agarrou a Malfoy.
-Acho que não há mais nada a fazermos.- disse Hermione que olhava para Harry insistentemente.- Todos para suas cabines!
Houve um soar de portas sendo fechadas, eles entraram na cabine e Neville o encarou:
-O que foi aquilo? porque vocês dois gritaram?
Mas Harry estava enjoado, não sabia se era efeito da visão ou apenas efeito do nojo que sentia pelo o que ela tinha feito...não vira nada revelador, nenhuma pista que valesse a pena aquela visão nojenta... além de como era feita a marca... claro, a poção e a forma de conjurar a marca de forma que ficasse gravada na pele... sentiu um repuxo de nojo e raiva... porque fizera aquilo? Não precisava ter feito... o que tinha lhe dado pra fazer aquilo? Apenas escutou que Luna estava contando o que acontecera e a cara de espanto de Hermione.
-Porque fez isso Harry?- ela o olhou elevando a voz um pouco.
Ele a olhou.
-Você entendeu o que Luna contou?
-Entendi que você assustou a Pansy e fez algo com ela...
-Pansy é uma comensal... ficou mais claro pra você?
Hermione arregalou os olhos e Rony falou um palavrão.
-O braço, no braço... a marca... você tocou na marca!- disse Gina.
-Isso Gina, grita bem alto!- disse mal humorado, sua cabeça latejou.
-Você viu.- disse Luna.
-O que você viu?- perguntou Neville
-Vocês não vão querer saber...- sentiu um espasmo ao lembrar.- Vocês realmente não vão querer saber...- levantou o rosto olhando para o teto, nauseado.
-Sem segredos Harry... por favor.- disse Hermione de pé segurando o rosto dele.- Harry... por favor...
Harry contou, Gina fez uma cara de nojo, Hermione suspirou , mas de resto não pareceram tão chocados.
-Horrível- disse Rony.
-Horrível é sentir isso como se fosse ela...- reprimiu um outro espasmo de nojo.- Sentir na pele dela...
-É, só ser Pansy é suficientemente nojento.- falou Gina.
-Temos que contar...-começou Hermione.
-Sim, vou dar um jeito de falar para Dumbledore.- falou pensativo.
-Não!- ela disse furiosa.- Contar pra todo mundo!
-Contar nada! -disse Rony.- Não somos da OF? Vamos dar um pé na bunda dela!
-OF?- perguntou Neville.
-Da Or...
-Calem a boca!- disse sério.- Sabe, isso não é como participar da AD e catar Sonserinos nos corredores pra azarar...
Hermione lhe deu uma olhada incrédula.
-Não se preocupem eu dei uma assustada nela, ela provavelmente vai ser punida por se revelar...e temos que fazer as coisas devagar sabe?
-É tem razão...-disse Hermione contrariada.- Tem razão, vamos pensar antes de agir... me dá a Edwiges, eu mesmo escrevo, acho que você não vai querer escrever isso...
-Não mesmo...
Hermione pegou um papel e se pôs a escrever, mas Harry teve que recontar tudo com detalhes, mas ainda se sentiu enojado... Edwiges foi solta pela janela.
-Quantos deles são como ela agora?- perguntou Neville.
-Nem quero imaginar...- falou Rony.
-Engraçado... como você percebeu?- perguntou Gina
-Sei lá... pressenti.- disse encolhendo os ombros.
-E se você os pressentir na AD, Harry?- perguntou Hermione.
-Vai ser um exercício de auto-controle...- suspirou.
Quando a mulher do carrinho de doces chegou, Harry fez sua habitual compra, e ela lhe sorriu, já sabia de antemão o que ele ia comprar, Rony e Neville fizeram questão de ajudar a pagar, e só naquele momento ele se tocou que a Sra Weasley fizera uma retirada de seu cofre, estava com a bolsa cheia, "tenho que agradecer a ela por pensar nisso", mas não se sentiu disposto a comer, nem a jogar xadrez, nem Snap...
-Pare de pensar nisso...- Hermione o puxou pra perto.
-Estou irritado só isso.
-Hum,hum...querem mais privacidade?- falou Rony.
Um pacote de sapo de chocolate foi parar no meio da cara de Rony.
-Veja pelo lado bom... ele está jogando doces... não saleiros.- disse Neville.
Uma embalagem de bolo de caldeirão atingiu Neville na testa.
-Quer parar com criancice.- disse Mione.
-Não... isso me relaxa.
Quando o trem foi parando jogaram as vestes sobre a roupa, menos Rony e Hermione que já estavam vestidos, e saltaram do trem, Harry imediatamente sentiu falta de Hagrid, trocou um olhar com Rony e Mione, que obviamente também sentiram e se dirigiram as carruagens...
-Cara!-exclamou Rony- Tem razão! Esses bichos são muito estranhos!!!
Harry estacou, olhou para Rony, mas Hermione suspirou.
-Tem razão, se eu não soubesse o que são também me assustaria...
-Vocês podem ver... Sacanagem! Eu não posso!-disse Gina.
-Isso não é uma vantagem.- disse Luna entrando na carruagem.
-Mas como vocês?
-Ana...-disse Hermione.-A falsa...
-É acho que é... quer dizer... bem...-Rony desistiu e entrou na carruagem.
-Entendi, entendi.-disse apertando a mão de Hermione.
Sim, porque mesmo sendo uma Jinki, uma falsa Ana, a morte daquela cópia tinha sido bem real... e crua... e Rony e Hermione tinham visto, presenciado e sentido aquela morte, então, agora podiam vê-los... podiam ver os Trestálios.
“Que pena, era para acertar as duas!!! –Lembrava da voz de Belatriz...”
Harry apertou Mione forte nos braços, sim tinha feito sua escolha por ela bem antes do que pensara.
A entrada do castelo lhe pareceu bem menor que antes, viram uma certa comoção na entrada e vários alunos se desviavam na porta.
-Quer apostar quanto que o Pirraça tá começando cedo?-disse Rony.
-Há.-disse Neville ao passar pela porta.- Bexigas d'agua de novo.
Pirraça mirou neles quando entraram, Harry mal meneou a varinha.
- Uediuósi.
As bexigas mudaram o rumo em pleno ar e acertaram Pirraça, que fez um som irritado e disparou escadaria acima, alguns alunos bateram palmas.
-Isso que é entrada!- Rony riu.
-Não é que alguém acabou usando esse feitiço...- murmurou Hermione.-Sempre achei ele meio inútil...
-Nunca imaginei que você fosse falar isso.
Ela riu.
-Potter! Granger!
Era a professora Minerva, ela fez um aceno e eles entraram na câmara ao lado, os calouros ainda não haviam chego, Dumbledore estava ali.
-Recebemos sua carta Hermione.- disse ele.
-E?- Harry apressou, sabia que não tinham tempo disponível.
-Malfoy já nos tinha alertado... recebemos uma coruja dele.
Hermione soltou uma exclamação rouca.
-São sete os comensais na escola.-disse Minerva séria.
-Seis então...-falou Harry.- excluindo malfoy...
-Oito se contarmos com ele.- Corrigiu Minerva.
-Receberam um nome, círculo dos oito, Voldmort os incumbiu pessoalmente.
Agora Hermione soltara uma exclamação real.
-O que faremos?
-Por enquanto nada.- disse Dumbledore sério.- Gostaria que evitasse incidentes como esse Harry.
-Sinto muito, agi por impulso.
-Como nada?!-exclamou Hermione.
-Na verdade, são boas fontes de informação Senhorita Granger.- disse Prfa McGonagall.
-Não se desculpe, apenas evite medidas drásticas.-Dumbledore falou para Harry ignorando Hermione.
-Certo.
-Quero que fique com isso.- Dumbledore lhe deu um vidrinho, tinha um líquido quase tão transparente quanto Veritasserum mas levemente esverdeado.
-O que é?- Hermione se adiantou.
-Extrato concentrado de Athelas.- disse Minerva eficientemente.- Um purificador poderoso.
-Use na cicatriz se ela incomodar.- disse Dumbledore.- Carregue com você.
Harry acenou com a cabeça e guardou nas vestes.
-Bem.- disse Dumbledore sorrindo.- Vamos aproveitar o banquete, pelo menos a comida sempre é boa! E os calouros estão chegando!
Harry sorriu também, Minerva e Hermione pareciam não ter achado motivos para sorrir.
Rony e Luna esperavam na porta, disseram que Neville e Gina tinham entrado para guardar bons lugares. Entraram e havia a maior algazarra dentro do salão.
-Não olhem para a mesa da Sonserina.- disse Hermione.
-Eu lá quero perder tempo olhando aqueles bichos feios?- gemeu Rony.- Tenho coisa melhor para olhar, né amor?
Luna riu e deu um beijo em Rony antes de se separarem, mas Harry percebeu olhares estranhos por todo o caminho, talvez por causa do incidente no trem , mas sentiu que Hermione estava tensa, apertou a mão dela, então a abraçou, ela pareceu incomodada.
-Que foi?
-Nada.
Mas ela não estava sendo sincera, ele percebeu. Sentaram onde Gina e Neville tinham conseguido lugares, perto de onde sentariam os calouros.
-Ai.-gemeu Rony.- Vamos ter que esperar toda aquela enrolação até o jantar...
-Credo Rony se comporta como monitor um pouco, observa.- disse Hermione.
-Observar o quê? Quem é nosso a gente vai conhecer, os outros...
-Vamos ver os futuros Sonserinos.- Harry falou sombriamente.
-Ah Harry.- ela lhe deu um tapinha na mão.
Em seguida Harry viu algumas coisas curiosas, como a cara feia de Hermione na hora que Lilá e Parvati cochicharam algo e a cara de desafio que Parvati engrenou.
-Que foi?-perguntou na orelha de Hermione.
-Nada.
-Isso é mentira e é a segunda vez que...
-Quer saber mesmo?
-Quero!
Hermione lhe deu um beijo, Harry sorriu até ver que meia mesa começou a cochichar, murmurou.
-Que que tá havendo?
Hermione suspirou e apertou a mão dele.
-Mais tarde eu explico.
Ficou com um mal pressentimento, mas a professora Minerva entrava com a fila de alunos que parecia a maior que Harry já tinha visto em Hogwarts.
-Estranho...- murmurou ela.
-Também notou?
-Tem mais gente não tem?- perguntou Rony.
Os dois apenas balançaram a cabeça, mas o chapéu que já se punha em movimento, o rago parecia maior e ele ainda mais encardido que nunca, começou sua tradicional canção, e Rony começou a murmurar "que seja curta... que seja curta..."
“Não me avaliem pela aparência os novos...
relembrem de minha existência os velhos...
Aqui estou para selecioná-los...
Para cada casa eu devo quarteá-los
Quatro casa honradas em Hogwarts são
Afiada Sonserina de ferina união...
Protetora Lufa-lufa de grande coração...
Sábia Corvinal de infinita vocação...
Corajosa Grifinólia de alta determinação...
A Serpente, o Texugo, a Gralha e o Leão...
Nossos símbolos, nosso protetores no brasão...
Confiem nesse velho chapéu...
De Hogwarts eu sou o chapéu seletor
Eu sei a que casa já pertencem...
Apenas demostrarei meu valor...
Vamos não se acanhem...
Me experimentem e eu direi quem são...
Vamos iniciar a seleção...”
E o salão irrompeu em palmas.
-Maravilha.-gemeu Rony.- Seleção...
Mas Harry começou a rodar o vidrinho de Athelas entre as mãos, pensando nos oito comensais... a maioria era fácil de deduzir... Malfoy, Pansy, Crabbe, Goyle, talvez, Emília... mas eram cinco, faltavam três... três outros comensais... engraçado como só tocar o vidro lhe dava uma certa paz... porquê Dumbledore não tinha entregue os nomes, ou Malfoy não os tinha entregue? Porquê diabos não perguntara? Hermione lhe deu um cotucão.
-Quê?
-Acabou a seleção.
-Já?
Ele ergueu os olhos a mesa se aquietava, antes de Dumbledore falar escutou Colin ao lado dos calouros apontar:
-Tá vendo aqueles ali? Aquela moça bonita com o distintivo? Hermione Granger, nossa monitora chefe!
Hermione corou. Alguns calouros espicharam os pescoços para vê-la.
-O ruivo alto, ele é monitor e soube que é o capitão do time desse ano! Ronald Weasley, irmão dos caras das Gemialidades.
Rony deu um aceno. Agora a maioria dos calouros tentava vê-lo.
-E o moreno, baixinho? É o presidente da AD! Ele é Harry Potter!
-Ele me chamou de baixinho?- sibilou para Hermione.
Rony riu. Os calouros olharam e cochicharam.
-Baixinho!- gemeu olhando pra cima.- Baixinho?!
-Pára Harry!- riu Hermione.
-Me lembrem de dar uma surra no Colin!
-Anda logo- gemeu Rony.- Vamos comer...
O silêncio imperou Dumbledore se levantou:
-Antes de qualquer falação... aproveitando que estamos com pressa.- E dumbledore olhou para Rony, que ficou magenta de tão vermelho.- Chega de enrolação, vamos apreciar o fabuloso banquete que nos aguarda. proveitemos o banquete!
-Até que enfim!!!- bradou Rony suficientemente alto para os calouros o olharem, ele se levantou e sorriu.- Tão esperando o quê molecada, toca o garfo!- ele apontou para a comida.
Foi só aí que alguns deles se tocaram que a mesa estava posta, Rony aproveitou seus longos braços e catou uma travessa de batatas meio longe e se sentou.
-Batatas pessoal!
-Manda!-disse Neville.
"Nada como a comida de Hogwarts." pensou Harry.
O jantar estava no meio quando Rony chamou sua atenção e apontou para mesa, ele desviou os olhos e gemeu:
-A corva não!
Hermione ergueu o olhar.
-Será que ela é a nova professora?
-Ótimo!- Harry falou irritado batendo o garfo no prato, perdendo a fome.- Tudo que preciso! Me livrei da Trelawney para passar as aulas de defesa esperando uma profecia idiota!
Tudo porque Maya acabara de entrar e se sentar na mesa dos professores.
-Sei não.- disse Rony.- Snape tá com uma cara estranha de felicidade...
-Ah tudo a ver.- disse contrariado.- Os dois devem ter se tornado amiguinhos, são dois intragáveis!
-Credo Harry!- censurou Hermione.
Mas aquilo estragara seu jantar, ele parou de comer e apenas bebericou o suco, Hermione o olhando torto, mas não falou nada, pois Dumbledore se levantara novamente.
-Um novo ano se inicia, um ano de expectativa, de descobertas, antes de eu dar os fatídicos e inevitáveis avisos de costume devo lembrar-lhes de porque estão em Hogwarts, vocês não estão aqui porque são bruxos... não... estão aqui porque são jovens... não estão aqui por causa de suas famílias, e sim porque são capazes... não estão aqui porque são os melhores e sim porque podem ser os melhores...- Dumbledore sorriu para os calouros das quatro mesas.- Agora os avisos: O nosso zelador Argos Filch me pediu para que volte a avisar que é proibido... fazer magias pelos corredores, bem como se utilizar dos cento e setenta e dois objetos descritos na lista afixada em sua porta...Agora, mudanças ocorreram e gostaríamos de agradecer a professora Grubbly-Plank voltar a lecionar Trato de Criaturas Mágicas, a jovem professora Maya Raven vai ocupar o cargo de professora de poções...
-Ah, não...-gemeu Harry.
-Cara isso não quer dizer... –falou Rony.- Ah...não...
-...já que o professor Severo Snape vai ocupar o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Dumbledore puxou as palmas que Harry não acompanhou...
-Me dêem licença que vou transfigurar um lenço em corda e vou me enforcar no lustre do salão...- disse entre os dentes.
-Ah... Harry...-disse Hermione dando uns tapinhas no braço dele.- A gente conversa depois... ALUNOS DO PRIMEIRO ANO ME ACOMPANHEM...
Ele suspirou e seguiu logo atrás dos pivetes, alguns o olhando curiosos... não estava com o melhor humor para ver gente apontando sua cara... retardou os passos e acompanhou Gina e Neville.
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