Revendo velhos conceitos
NUM HOSPITAL TROUXA
Hermione está a duas horas na sala de cirurgia. Draco caminha de um lado para outro no corredor. Harry está com ele e Gina assiste a cirurgia
Draco – Como pode demorar tanto?
Harry – A cirurgia é complicada.
Draco fica calado.
As horas passam. Finalmente Gina aparece. Por sorte eles encontraram um hospital cujo médico tem uma irmã bruxa
Draco olha pra eles. Tem medo de perguntar...
Gina – A cirurgia foi muito difícil... Incrível como os trouxas conseguem fazer essas coisas sem magia...
Draco (Interrompendo) – E como eles estão?
Gina sorri – Felizmente sobreviveram... Mas a Mione ainda está desacordada.
Draco – Eu posso vê-a? E meu filho?
Gina – Dentro de algumas horas você pode vê-la. Quanto a seu filho... Bem... Você vai ter que se contentar com uma menina.
Draco – Uma... Menina!
Harry e Gina sorriem
Draco vai ao berçário onde uma menina muito pequena recebe os cuidados. Por haver nascido antes do tempo ela vai ficar ainda em observação.
Uma enfermeira avisa que Hermione está acordando...
NO QUARTO
Hermione acorda lentamente. Aos poucos vai se lembrando do que aconteceu. Onde estou? O Zank? O bebê?
Ela olha para os lados e tenta se levantar. Draco a segura delicadamente.
Draco – Que susto você me deu...
Hermione – Seu pai... Achei que fosse morrer...
Draco – Agora está tudo bem. O Zank está fora de perigo e nós temos uma menina linda
Hermione olha para os lados – Isto é um hospital trouxa?
Draco balança a cabeça confirmando – Você precisou de uma cirurgia...
Hermione fica em silêncio. Draco continua meio envergonhado – E eu que não suportava trouxas... Se não fosse por eles você não estaria aqui. Eu nunca tive tanto medo na minha vida.
Hermione sorri. Olha pra ele e fica séria por um momento – Eu... Queria pedir desculpas.
Draco olha pra ela sem entender. Ela continua – Eu fiquei chateada com você. Não... Eu fiquei furiosa quando você me afastou do ministério.
Draco – Eu entendo... Você gosta do seu trabalho. Eu não queria brigar com você. Só queria protegê-la... Fica em silêncio por um momento. Quando voltamos da Espanha eu descobri que o ataque a boate trouxa era apenas uma armadilha. Eles queriam que os aurores fossem pra lá impedir. Os comensais tinham um plano para destruí-los (olha pra ela) seu nome era um dos primeiros da lista.
Hermione está calada ouvindo
Draco – Quando descobri quase fiquei louco. Eu não podia deixar... Os outros que me desculpem. Mas só pensei em você. Aliás... Desde aquela noite na biblioteca que você não saiu do meu pensamento. Durante todos estes anos, por mais que eu tentasse...
Hermione – Eu tentei... Mas também não esqueci. (sorri) – No dia do ataque eu não fui trabalhar... Não consegui sair da cama... Estava muito enjoada, não houve poção que resolvesse. Decidi não ir, pois não iria conseguir ajudar. Nosso filho me salvou
Draco – Quando eu soube que você teve um filho meu. Foi a melhor notícia da minha vida. Como se eu tivesse uma nova chance...
Antes que Hermione possa falar alguma coisa uma enfermeira chega trazendo o bebê. Hermione tem lágrimas nos olhos.
Hermione – Ela está bem?
Draco – Essa mocinha é forte... Igualzinha a mãe dela. Só espero que não tenha o seu gênio
Hermione sorri enquanto pega a filha – E se tiver o seu eu e que vou ter problemas... Olha para o rostinho perfeito da filha.
Cinco dias depois eles estão em casa. Harry e Gina vão visitá-los
Harry (olhando a garotinha que tem os cabelos castanhos de Hermione e os olhos azuis de Draco) – Ela é linda... (olha pra Draco com um sorriso) – Vai deixar o pai louco daqui a alguns anos...
Draco olha pra Harry atônito. Não havia pensado nesta possibilidade... – Os rapazes que se atrevam... E você não se esqueça que tem duas!
Gina – Como ela vai se chamar?
Hermione – Ângela. Foi o Zank que escolheu
Zank chega e senta-se no colo do pai.
Harry pergunta – E ai, está contente com sua irmãzinha?
Hermione adianta-se – Ele está... Não é bebê?
Zank – Mãe! Já falei que não sou um bebê!
Todos sorriem
Draco olha pra sua família. Olha para a filha recém nascida que dorme nos braços da mãe... Olha para o garotinho tão parecido com ele... Olha para a esposa... Se ela fosse sangue puro, talvez não fosse tão especial. Ele pensa em tudo que passou... Nos anos difíceis de infância e adolescência... Eu perdi tanto tempo... Mas nunca é tarde demais!
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