Capitulo 2



Hermione recuperou a consciência na limusine. Harry estava inclinado sobre ela como quando ela havia desmaiado. Em um movimento brusco, Hermione se afastou para o lado oposto do assento.

- Se afaste de mim! – gritou em panico.

- Você as vezes parece uma mulher tão delicada, e de repente se torna uma histérica - Harry a olhava com uma satisfação pervesa; então corrigiu-se. - Onde está a certidão?? - Perguntou olhando a friamente.

Hermione fechou o punho com tanta força, que acabou por cravar as unhas em sua própria mão. Necessitava dessa sensção para ter certeza que estava acordada, que aquilo tudo não se tratava de um pesadelo.

- Já te disse que não sei do que fala.

- Bom, se antes não sabia, agora já sabe, e quero que me diga onde está.

- Não posso acreditar que meu pai lhe chantageou...

- Um assunto sujo, não? – Harry a tratava sem a mínima compaixão. - Mas ele era um profissional, de alto nível. Só lhe interessavam os ricos e famosos. Ele gostava das presas fáceis, assim lhes arrancava até a dignidade. Era muito bom em seu trabalho. Nunca deixava a suas vítimas totalmente seca, nem os levava a extremo de que quisessem matá-lo. Os fazia pagar durante muito tempo e logo os deixava em paz, mas sempre ficava com a prova de seus delitos e trapos sujos para proteger-se. Fez uma fortuna...

- Não acredito!

- Crê que ele guardava essas fotos pornográficas só por diversão? Se ele guardou a prova suja contra minha família.. - A voz de Harry se tornou ainda mais dura. - John tinha a certidão original, e como tentei recuperá-la procurando por toda parte, é evidente que ele deu pra você guardá-la

- Ele não me deu nada! – gritou histericamente.

- Não me vai enganar. Tente e te esganarei!!

- Está louco! – soluçou.

- Até agora fui muito paciente. Estive sendo chantageado durante cinco anos, a única forma de me manter a salvo era continuar casado contigo. Pensei que você não suportaria a rejeição e iria embora para a casa de seu pai, mas não o fez. E ai uma coisa que me ficou muito clara. Está apaixonada por mim..

- O que? – Hermione o interrompeu.

- Acha que não sei? Está obcecada por mim - Harry a olhou com desprezo. - Qualquer mulher normal já teria se desiludido e deixado de esperar que seu amor fosse correspondido.. Mas você não! Ficou e foi fiel até o final, para não me dar a possibilidade de me queixar d maldito contrato que fiz!

- Fiel? – não podia acreditar em tudo o que ouvia. Era incrível, mas Harry acreditava no que dizia. Estava convencido de que ela ficou a seu lado por uma questão de amor. O nome de Paul estava na ponta de sua língua, mas ponderou e calou-se.

- Não estou apaixonada por ti – disse dignamente.

- Escuta, está falando com o homem que foi seu presente de aniversário quando completou dezessete!

- Como?

- Me escolheu em alguma revista de sociedade ou me viu pessoalmente antes? Me olhou e saiu correndo para dizer para seu pai? "Papai: é este que eu gosto".
Harry falava sério, realmente falava sério.

- Você tem deve estar mal da cabeça!

- Vamos discutir. Faz cinco anos que venho esperando para ter essa conversa. Tudo o que eu sei, é que seu querido John fez o trabalho sujo por ti. Me caçaram como um animal.

- Você é um animal! Um autêntico insulto à espécie humana! – estalou Hermione.

- Deus! Minha jovem esposa sabe elevar a voz - disse cinicamente - Parece que não gosta da verdade. Fere seu orgulho, mas sei que fui escolhido intencionalmente. Eu nem sequer sabia quem era seu pai quando fui a primeira vez em sua casa. Uma terceira pessoa me fez uma proposta de negócios e fui chamado ali. E justamente seu pai não estava quando cheguei, mas, OH, suspresa! Estava você. Usavaalgo branco e romântico, arrumava um vaso de flores na mesa, quer dizer estava armada até os dentes com seus encantos virginais. Me recordo perfeitamente.

- Não foi assim!

- Qualquer homem com sangue nas veias se renderia a seus encantos e te olharia duas vezes. - respondeu ressentido. - E você lá, com sorrisos tímidos e com as bochechas vermelhas, me comendo com os olhos, como se estivesse há uma semana de jejum!

- Já Basta! – a voz de Hermione quase se rompeu.

- Então me convidaram pra jantar, você tocou piano e cantou como um anjo. Todas as suas virtudes postas em jogo para mim. E não sei como foi, mas eu finalmente tinha deixado o negocio em segundo plano. Havia duas perguntas que eu queria fazer, mas não era educado de minha parte, fazê-las naquela noite.

- Sim? – Hermione tentava apagar as lembranças penosas desse dia.

- Você tinha idade suficiente para o consentimento do seu pai, para casar-se? Ou ele tentava te proteger do mundo e dos predadores como eu? O casamento definitivamente não estava em meus planos e nunca tinha estado. - Hermione sentiu nauseia, Harry continuou falando.

- E de quem foi a idéia de que você ficasse jantando? Tua? Disse ao seu pai que me queria e isso foi tudo? - questinou Harry.

- O que averiguou? – perguntou ela ansiosa.

- Você sabe... John sabia perfeitamente que não viveria muitos anos. E não se ele foi pra cova com o segredo – disse Harry.

- Ele não me revelou nada.

- Se você não está com a certidão, então deve saber com quem está.

O chofer abriu a porta do carro pra ela. Olhou a rua do bairro residensial quase em pânico. Talvez podesse correr, pois sabia onde estava. Era o apartamento de Harry em Paris, onde ela tinha passado uma noite de núpcias inesquecível. Sozinha!

- Tente – disse Harry com tranqüilidade. - Corra e verá o que acontece. Não chegaria nem à esquina.

Aterrada, Hermione entrou no edifício em frente a eles, e se meteu no elevador.
- Lembranças?? – disse Harry, como se pudesse ver o que ela estava pensando.

Hermione sabia que ainda não tinha saído do estado de choque. Não dizia nada, sabia que não estava em condições de desafiá-lo. Harry estava preparado. Tinha estado esperando o momento da vingança. Do mesmo modo que teria esperado a morte de seu pai para liberar-se dela.

- Há muitas que eu posso fazer por ordem de outra pessoa, mas compartilhar a cama contigo não é uma delas. Seu pai podia me obrigar a me casar contigo, mas não podia me seguir ao quarto e me forçar a ...

- Cala a boca! – gritou-lhe ela histérica.

- Por que não contou a verdade sobre nosso casamento para o seu pai?

Hermione tampou os ouvidos tentando não ouvir mais.

- Por favor, chega... – murmurou, não se importando de rogá-lo.

Mas ele a pegou pelos ombros com firmeza e disse:
- Por que aceitou a triste realidade de sua cama vazia durante todos estes anos e não disse nada? Por que?

Num ato de coragem, Hermione saiu correndo e atravessou o hall do imenso apartamento, alcançou um quarto no outro extremo do corredor. Entrou nele e passou a chave. Estava nauseada e teve que ficar quieta um momento, até que por fim pode tirar a roupa e tomar um banho.

"Meu pai, o extorquia", repetia suas palavras sentia-se suja. Aquela era a primeira vez em que toda sua vida, sentia-se verdadeiramente suja e não sabia o que poderia fazer para se sentir limpa outra vez.

Tinha uma lembrança bastante vaga em relação a sua mãe, pois ela morreu quando Hermione tinha apenas quatro anos. Era filha de um aristocrata, havia se afastdo de sua familia quando casou com John. Mas ele nunca disse o motivo a sua filha, nunca explicou esse afastamento para Hermione

A infância da morena foi uma sucessão de internatos. John viajava muito e quando ela lhe pedia para levar-la junto, ele se recusava. Passou muito tempo até que Hermione percebeu que ela era um excesso de bagagem para seu pai, um homem frio e distance, mas mesmo assim a única pessoa que ela tinha no mundo.

Ele sempre foi orgulhoso da beleza de Hermione, de sua educação e de seu dom para música. Agora ela se dava conta que essas qualidades, eram vantagens para o valor social de seu pai. John tinha sido ambicioso em relação a sua filha. Queria que ela se casasse com um homem rico e poderoso. Ele mesmo tinha vivido na alta sociedade e queria que sua filha fosse membro dessa classe social, mas Hermione tinha na verdade, necessidade de um lar com amor, e essa carência afetiva a levou a fazer todo o possível para ganhar a aprovação e amor de seu pai

Como iria imaginar que John não era um homem de negócios legais? Como poderia imaginar que sua vida privilegiada havia sido financiada com algo tão ruim, como o conteúdo da caixa forte? E pior, como poderia ter suspeitar que ele havia extorquido Harry para que se casasse com ela? Finalmente entendia a farsa de seu casamento, porém muito tarde.

Os cinco anos já tinham passado, agora não poderia recuperá-los, nem ela, nem Harry.
Não tinha saudades de quando ele a desprezava, quando estava seguro que ela conhecia o segredo que havia dito "para proteger minha família", que na verdade ela não tinha nem conhecia.

O melhor de tudo é que ela não tinha a minima vontade de conhecer o "segredo". Harry poderia guardá-lo pra toda a vida. Em todo caso, a família de Harry eram somente estranhos para ela. Não conhecia a sua mãe, nem a suas duas irmãs. Muitas vezes se perguntou o que ele dizia a respeito de seu casamento. Teria se incomodado de lhes explicar algo? Como John, Harry não era um homem de dar explicações.

Como ele poderia pensar que ela o amava? Era humilhante. Não se tratava somente de um marido que foi obrigado de se casar, mas também de um homem que acreditava que sua mulher, depois de cinco anos de desprezos e infidelidades, ainda o amava.

A água da ducha continuava caindo, e de repente Hermione começou a sentir pena de Harry. Ele acreditava que ela poderia usar a chantegem além da morte de seu pai. A notícia de que ela estava apaixonada por oitro homem certamente seria um alívio para Harry.

Hermione tinha perdido cinco anos de sua vida, mas nem um dia a mais. Seu pai tinha exercido plena autoridade sobre ela, logo depois Harry foi seu substituto e ela o aceito sem mais nem menos.

Tinha sentido medo durante tanto tempo. Medo pelo mundo que havia la fora. Medo pelo desprezo de seu pai. Medo de que a verdade sobre seu casamento, terminasse com a saúde fraca de seu pai, quando se interasse de tudo. Mas agora ela não tinha mais nenhum desses medos.

Se Harry tinha sido uma vítima, ela também havia sido uma, entretanto não armava tanto escândalo como ele. A vaidade de Harry a indignava.

Um golpe forte soou na porta.
- Abre! – exigiu Harry.

Hermione fingiu não ouvi-lo, já havia acontecido muita coisa em um dia só. Ele não tinha nenhuma virtude que podesse comover ela, mas ha cinco anos atras a morena havia sentido uma grande atração por ele. Tinha o escolhido com o coração e não com a cabeça.

- Hermione! - Harry voltou a bater na porta sem paciência.

Era um homem que entendia muito de mulheres. Ia atras de todas, tanto fazia se fossem loiras ou morenas, mas sempre belas, com penas compridas, seios imponentes e cabelo longo. Já Hermione não tinha nenhum desses atributos, e isso as vezes a torturava, porque para ela, sua imagem não era nada perto de uma delas.

Mas ela tinha outras virtudes e devia agradecer ao Paul por faze-la abri os olhos e descobri-los. Ele a ensinou a se aceitar e dar o valor a si mesma. Já Harry só soube despreza-la.

Quando estava fechando a ducha e tentando alcançar a toalha com a mão, um golpo energico atirou a porta abaixo. Esta ficou pendendo pela dobradiça e Harry parado, aonde ha alguns minutos atras estava uma porta.

- Por que se trancou aqui? - perguntou furioso.

- Ficou louco? - Hermione ficou entimidada com a presença dele, mas também estava furiosa.

- Me tornaram o responsavel pelo seu bem-estar!

Ele se referia a seu bem-estar ou sua própria segurança? Era por isso que ele tinha atirado a porta como um homem das cavernas? Tinha medo de que ela se atirasse pela janela ou de que ele iria fazer isso? Evidentemente o ultimo a pôs em panico.

Hermione olhou incredula para ele e começou a recolher sua roupa.

- Sua pele tem uma cor incrivel. - disse ele.

Harry a olhava descaradamente, e isso a deixava turva.

- Tira a toalha. - lhe exigiu

Hermione não podia acreditar no que ouvia. Mas Harry esperava que sua ordem fosse cumprida. Desmonstrava-o em seu gesto espectador.

Leah sentiu que lhe secavam os lábios, que seus pulmões ficavam sem ar, que um calor asfixiante se apoderava de seu corpo inteiro.
- É tão pequena, mas tem as proporções certas... – murmurou ele no denso silêncio.

Hermione não podia acreditar no que ouvia da boca do Harry. Este era um Harry que ela jamais tinha conhecido, mas que de algum modo sempre tinha suspeitado que podia existir. Era um homem que despedia uma vigorosa sexualidade. Havia algo perigosamente fascinante na corrente sexual que emanava dele, algo atávico e elementar. Dava a sensação de ser predador como ele mesmo se nomeou alguma vez com candura. E o era, agora ela o podia comprovar.

- Me Desculpa? Vou me vestir, se não se importa – murmurou ela inexpressiva.

- Não está falando serio? – disse ele como se ela fosse a que se estava comportando de modo estranho.

Hermione estava indignada. Harry podia deixar de lado o ódio e o ressentimento que havia entre eles e pensar em sexo. Por que? Por que estava meio nua somente?. Parecia que a libido de Harry despertasse com pouca coisa.

- Quero me vestir – insistiu.

- É tímida. Mas me esperou durante muito tempo – disse ele com satisfação.

Hermione riu. Não pôde evitá-lo. Era uma risada histérica que rompia o silêncio como um cristal que se rompe.

- Basta...

A roupa caiu de suas mão quando tampou o rosto com as mãos. Era um geto histérico, que a dominou sem aviso. Estava furiosa por sua própria reação, mas sua furia aumentou ainda mais quando os braços de Harry se fecharam ao seu redor. Hermione se congelou.

Ele a tinha empurrado contra um corpo morno e vigoroso, a ameaçando com um contato físico tão perturbador. Não podia acreditar que ele a estava tocando, parecia algo irreal. Durante cinco anos ele se afastava dela como se tivesse alguma doença grave contagiosa, e agora queria toca-la como se estivesse em seu direito. Mas ele não tinha nenhum direito e ela não desejava as mãos dele sobre seu corpo.

- Talvez não saiba onde está essa certidão, talvez John tenha a destruído. Mas você possivelmente tem alguém em suas mãos esperando para ativa-lo como uma bomba.

As palavras que ele usou a fizeram tremer.

Harry lentamente ia dando a volta. Hermione não se deu conta de quão forte podia ser um homem comparado com uma mulher, até que Harry a levantou do chão como se fosse uma boneca e a apertou contra ele.

Descalça, nem alcançava os ombros dele e antes que Harry se inclinasse sobre ela, as bochechas de Hermione roçaram no torax que aparecia pela camisa de seda, quando se abriu de repente a sua jaqueta. Hermione respirou toda aquela essência masculina.

- Olha pra mim – lhe disse cortante.

- Por favor, me deixe ir embora – ela atinou a dizer.

Harry segurou seu queixo e ficou olhando-a, como se não tivesse ouvido.
Hermione sabia dos fatos acontecidos essa tarde e o ataque de fúria de Harry, tinham sido desaparecido de sua mente, e agora outra necessidade tomara sua razão.

Hermione sentiu uma onda de sensações que jamais havia sentido antes. Seu corpo estava tenso, e parecia captar todos os estímulos que havia no ar.

- Harry... – ouviu-se dizer, enquanto sentia que seus pés se apoiavam no tapete.

- Faz tanto tempo que não te ouço pronunciar meu nome – disse ele em um tom profundo.

- Não... – disse ela.

O polegar do Harry percorreu o lábio inferior de Hermione, fazendo-a tremer. Ela tentou se mover, mas a outra mão dele a sustentava com firmeza apoiada em suas costas.

Harry a olhou intensamente e com o polegar separou seus lábios e se internou na boca dela, enquanto a palma lhe acariciava a bochecha. Era o gesto mais ousado que jamais tinha experimentado, e o pior era que lhe estava desencadeando uma série de reações físicas que reconhecia como uma traição de seu corpo a si mesma.

Era evidente que ele se divertia com suas reações, mas seu olhar expressava além de uma grande satisfação. Hermione notava essa tal expressão de seus olhos.

Harry era um professor nas tecnicas e na arte de seduzir, uma arte que redundava em seu próprio benefício, aumentando seu próprio prazer. E estava acostamado a procurar esse prazer sempre que aflorava seu desejo.

- Quero... – Hermione não podia dizer mais de uma palavra.

- Mais? – Harry a soltou de repente, e lhe sorriu. - A próxima vez que te peça que tire a toalha, faça-o, pequena – lhe aconselhou brandamente.

Hermione sentiu que essa insinuação podia ser mais dolorosa que um murro. Quando a porta se fechou atrás dele, a morena desmoronou. Tinha-o desafiado, tinha-o irritado. Estava confusa. Todos esses anos, nada, e agora...

Por que agora? Recordava o que lhe havia dito momentos antes: que seu pai não tinha podido obrigá-lo a compartilhar a cama com ela. E, entretanto, quando afloravam seus instintos, parecia que qualquer mulher poderia servir.

O que estava claro era que Harry tinha que demonstrar que era um macho. Se Hermione lhe pedisse divórcio, com certeza ele teria levado ainda mais longe suas tentativas de intimidar ela. Não era o melhor momento de falar do Paul.

Hermione recolheu seus objetos novamente.

A questão era que seu marido se deu conta de que ela existia, embora só fora da forma que para ele contava uma mulher: sexualmente.

Mas estava indignada. Não entendia como se atreveu a tocá-la. Não tinha direito. E além disso, certamente, ele era infiel a alguma mulher. E por descontado se aproveitou de seu desejo, em caso de que tivesse existido. Ele era assim. Estava acostumado a tomar, não a dar.

Harry tinha trabalhado duramente para levantar as empresas familiares que tinha herdado, a herança dos Potters. Ninguém lhe tinha dado nada, nem lhe tinha feito favores. E ele não fazia tampouco. Mas seguia a seus inimigos até a morte, e quando tinha a sua presa, retornava vitorioso. Lutava constantemente por sua supremacia.

Esse tinha sido o aspecto do caráter de Harry que John tinha valorado mais. E finalmente lhe tinha servido ao Harry em bandeja de prata, tratando de convencer a de que embora ele não tivesse falado de amor, seria um perfeito marido.

De que marido falava seu pai? Ela jamais tinha tido um marido. Mas cinco anos atrás ela não tinha podido adivinhar o futuro.

O curioso era que suas lembranças dos primeiros encontros não coincidiam absolutamente com o dele. Tinha terminado a escola secundária, e tinha aperfeiçoado a técnica em jardinagem, que tolice! Deveriam lhe haver ensinado melhor, um curso sobre homens...

Harry tinha aparecido na entrada da sala de música, sem que ninguém o houvesse convidado ou chamado. Tinham-no feito esperar por John na sala de espera e ele devia havê-la visto pela janela, porque para chegar à sala de música tinha que sair da sala de espera, atravessar o hall, passar pela outra habitação e entrar na sala de música através de um hall. Assim, Como podia ter o descaramento de lhe dizer que ela tinha preparado o encontro?

Tinha-o visto de repente na entrada e, se, apaixonou-se por ele a primeira vista. Sua presença a tinha impressionado. Era como um deus grego que lhe tinha aparecido em todo seu esplendor.

É uma baforada de ar da primavera nesta triste paisagem de inverno – lhe havia dito Harry. E provavelmente o tinha copiado de alguém, mas ele tinha pronunciado essas palavras.

A ela não lhe tinha ocorrido que ele estivesse interessado nela, a não ser nas novelas. Porque tinha surtido uma conversação entre eles. Não tinha demonstrado sua falta de juro e ignorância para o mundo vegetal, e ela se deixou enganar.

Inclusive lhe havia dito que seus olhos faziam jogo com as violetas, e esse completo lhe tinha saído tão torpe como o primeiro, o que deu a impressão a Hermione de ser um homem tímido, apesar de dissimulá-lo com certa sofisticação.

- Tímido? Harry?

Não lhe havia dito nada sobre sua entrevista com seu pai. Parecia havê-lo esquecido mas bem, até que a empregada tinha ido dizer lhe que seu pai lhe chamava e então ficou desconcertada ao encontrá-la com o Harry.

Direi-lhe que o está esperando – havia dito Hermione a Harry, e tinha subido rapidamente até a biblioteca de seu pai.

- Quem é ele? – tinha-lhe perguntado a seu pai com alegria e fantasia.

- Harry Potter. – seu pai a tinha cuidadoso esgotando os olhos.

- Está aqui um bom tempo esperando. Não acha que deviamos convidar ele pra jantar?

- Parece feliz...

- Está casado?

E o tinham convidado para jantar. Tinha sido culpa dela, inteiramente culpa dela. Seu pai tinha pedido desculpas a Harry e logo os tinha deixado sozinhos, e nesse momento Harry lhe tinha feito um montão de perguntas pessoais a Hermione. Não tinha incomodado em averiguar se tinha a idade apropriada. Sabia perfeitamente a idade que ela tinha.

No dia seguinte a tinha levado a dar uma volta em carro, mas seu pai duvidou em lhe dar seu consentimento. Este fato a tinha posto em evidencia diante de Harry, quem não teria tido a menor duvida a respeito da super proteção de seu pai.

- Tenho a suspeita de que seu pai te vai olhar de cima abaixo pra ver se tinha rastros digitais em algum lugar quando voltar, assim não te beijarei. Não sei o que estou fazendo aqui contigo. É muito jovem para mim.

E ela tinha sofrido muito na semana seguinte a seu encontro com ele, porque ele não ligava, nem dava sinais de vida. Para John a história o fazia pouca graça, e lhe tinha aconselhado que era melhor que não entregasse seu coração.

Potter pode ter à mulher que queira. Mas não quero que te ronde, a menos que tenha na cabeça a idéia de casar-se contigo.

E o que ele disse? – perguntou-lhe alarmada.

- Pode ser que você não se valorize, mas eu sim. Enviei aos melhores colégios para me assegurar que tivesse um lugar digno com quem estivesse. Quero que tenha um bom casamento. Um escarcéu am-roso com o Potter é algo que não está em sua agenda. E pode estar segura de que não oferecerá nenhuma outra coisa, a não ser que lhe resulte rentável.

Harry tinha aparecido na segunda semana inesperadamente, com uma atitude agressiva com ela. Voltou a jantar la. John se encontrava de um bom humor incrível. John estava muito tranqüilo, e os observava todo o tempo, adicionando pouco à conversação.

Dois dias mais tarde, seu pai a tinha feito ir a sua biblioteca e lhe tinha informado que ele era o dono de inumeráveis ações em uma companhia naval chamada Petrakis International, ações nas que Harry tinha um desejo extremo.

- Assim que as ofereci a ele grátis como presente de casamento – concluiu John.

Hermione ficou consternada. Sim, ela estava louca por Harry, mas que seu pai lhe tivesse devotado um capital por casar-se com ele, lhe parecia humilhante.

- Harry é grego. Compreende este tipo de trato – lhe tinha assegurado. - E espero que você também compreenda que um homem tão duro como Harry jamais tivesse pensado no matrimônio a não ser que fosse uma vantagem econômica para ele. Essas ações serão seu dote. A escolha é tua. Quer ele ou não?

Hermione tinha saído correndo da habitação, chorando de raiva e desespero.

No dia seguinte, Harry lhe tinha informado a respeito de sua deficiência cardíaca. Havia-lhe dito que não sabia quanto ia viver, e que estava sinceramente preocupada com seu futuro. Era outro golpe para Hermione. John tinha posto Harry aos céus.

Segundo John, Harry era como um diamante bruto pelo meio social no que se criou, mas a ia tratar com respeito e honra como a sua esposa. Esse tipo de acerto era algo comum na Grécia. Se se casasse com Harry estaria a salvo, segura pelo resto de sua vida.

- Mas ele não me ama! – tinha protestado.

John a olhou friamente e lhe disse:
- Deseja-te...

- Não tanto como a essas ações – protestou em voz baixa.

- Depende de ti que este casamento resulte. Estou te dando a oportunidade de te casar com o homem que amas.

Hermione voltou para presente, e se retorceu as mãos. Seu pai lhe tinha servido Harry em bandeja de prata. O tinha dado encadeado e algemado a conta de uma chantagem. Como não o tinha suspeitado!

Ouviu-se um golpe na porta. Era uma criada anunciando o jantar. Hermione não podia acreditar que fosse já a hora do jantar. Paul a chamava todas as noites às oito. Sabia que ela jamais saía de noite. Não o tinha avisado que tinha viajado. Levantou o telefone da habitação e marcou o número de seu apartamento.

- Onde diabos está? – respondeu Paul imediatamente. - Dobby me disse que “o senhor e a senhora Potter não estavam”. - O que quer dizer isso?

- Viajamos para Paris...

- Vocês dois?

- Olhe, havia um problema com a herança de meu pai e tive que vir. Amanhã estarei em casa, querido. Amo-te.

- Que tipo de problema?

- Nada importante – ocultou Hermione. Não queria contar os detalhes sórdidos do assunto ao Paul, ao menos por telefone.

- Vai mostrar-te as maravilhas de Paris, então? – burlou-se Paul.

- Sair com o Harry? Está brincando – forçou uma risada, aliviada de que Paul não estivesse zangado. - Jogo muito de menos. Pensei em ti todo o tempo.

- Não vejo a hora de que chegue amanhã.

- Será ótimo... – disse. “Mas não posso usar novamente o Collin”, pensou, recordando de Goyle, e perguntando-se como podia tirare de cima o guarda-costas.

Mas Hermione se sentia um pouco culpada de seus encontros com o Paul, já que quando ela se casou na igreja, fez promessas nas que então acreditava...

- Por que é tão covarde e não lhe expõe o divórcio, já que lhe importa tão pouco? – dizia-lhe inumeráveis vezes.

Hermione suspirou fundo, baixou o telefone em um gesto que queria relaxar sua tensão.

Um calafrio percorreu todo seu corpo depois de deixar cair o telefone. Harry estava de pé, silencioso e quieto, como uma estátua. Hermione ficou paralisada ante semelhante visão.

Quis dizer “Harry...”, mas não pôde articular uma palavra.

- O jantar... – murmurou Harry. - Mas termina primeiro a chamada.

Levantando o telefone como um autômato disse:
- Adeus – e pendurou.


N/A.: Tah ai o capitulo... demorei pra att, porque minha idéia inicial era att todos os sabados, + eu to saindu das aulas as 17h e demoro mto pra chega em casa e tal... Então soh aos domingos!
Espero que tenham gostado do cap e eu estou tentando ao maximo melhora a minha escrita xD
Comentem, me digam o que acharam!!! BJuss


PROXIMO CAPITULO:

A boca dele foi à busca da dela, e lhe separou os lábios. Ela ficou sem fôlego. Estreitou-a ainda mais, lhe fazendo sentir todos os músculos de seu corpo viril. Ela se arqueou involuntariamente, aumentando esse contato. A língua de Harry explorou o interior da boca de Hermione. Um fogo selvagem se elevou em todo seu corpo feminino. Hermione se estremeceu, apertou-se contra ele, e rodeou o pescoço de Harry com seus braços. Fechou os olhos, e sentiu um calor intenso percorrendo-a.

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