RANHOSO, DRACO E UM TRIPLO ASS




RANHOSO, DRACO E UM TRIPLO ASSASSINATO

As árvores ficavam cada vez mais juntas e mesmo que fosse manhã, Draco não conseguia enxergar muita coisa à sua frente. O garoto se sentia muito cansado, não via e nem falava com ninguém há mais de um mês, estava perdido naquela floresta de Hogwarts, mas mesmo assim não ansiava sair de lá. Sabia que a floresta o estava mantendo vivo, Voldemort já devia ter mandado alguém procurá-lo, pois Draco sabia que ninguém fugia do Lord das Trevas sem que pagasse um preço.

No entanto, Draco pretendia continuar fugindo, não queria mais participar de mortes, na verdade ele queria acabar com Voldemort por tê-lo infiltrado no crime que cometera. Não matara ninguém, mas Dumbledore tinha sido assassinado por sua culpa. O garoto entendia agora a aversão que os outros sentiam por Voldemort e sentia vergonha de ter um dia sonhado em servi-lo, mas era tarde para se lamentar.

O garoto ficou andando pela árvores estreitas até que uma clareira em meio a floresta apareceu. Uma claridade momentânea cegou os olhos do garoto e quando ele conseguiu os abrir avistou um pequeno lago, que mais parecia uma pequena piscina. Draco se aproximou e viu que a água era a mais cristalina que já havia visto.

- Você encontrou nossa fonte, humano!- disse uma voz grave vinda de trás dele.

Draco olhou assustado para trás e viu três centauros saindo da floresta.

- Eu só queria um pouco de água!- disse Draco.

- Essa água não é para você beber...seus lábios são muito sujos para uma água tão pura!- disse o Centauro que havia lhe falado antes.

- Olha como você fala aberração!- disse Draco ficando nervoso ao mesmo tempo que puxou a varinha, apontando-a para os três centauros.

- Vocês, bruxos, são todos iguais... acham que podem nos amedrontar apontando esse pedaço de pau! Temos poderes que vocês nem sonham em ter!- disse o centauro que estava à esquerda do que havia falado primeiro.

- Mais uma palavra eu ataco!- disse Draco com raiva da ousadia daqueles cavalos.

- Você esta fugindo...Nós sabemos o que você fez! Eram coisas grandes demais você, não é garoto?- disse o mesmo centauro.

- Vocês não sabem de nada...saiam daqui!- disse Draco com a mão da varinha tremendo.

- Alvo Dumbledore era nosso amigo...não vamos sair e nem você, já que os bruxos não o encontram...nós lhe faremos pagar o crime que cometeu!- disse o centauro que falara pela primeira vez.

- EU NÃO MATEI DUMBLEDORE...EU NÃO QUERIA MATÁ-LO, JÁ TINHA DESISTIDO!- berrou Draco perdendo totalmente o controle.

- Você foi o grande culpado...não importa quem o matou, foi você o responsável!- disse o centauro.

- EU JÁ FALEI EU NÃO QUERIA!- berrou Draco com toda a sua força.

- Mas o que foi feito não tem mais volta...e uma coisa para você levar para uma outra vida: não é o que desejamos que os outro irão se lembrar e sim o que fizemos!- disse o centauro que até então estava calado.

Os três centauros começaram galopar em direção ao garoto, segurando os arcos e flechas apontados para o coração de Draco. Mas antes que qualquer um deles atingissem o garoto um raio verde atingiu o peito de um dos centauros deixando os outros dois estarrecidos ao verem o companheiro cair, já sem vida, duro com um barulho surdo.

Draco olhou para trás e viu Snape surgir da mata com a varinha em punho, se preparando para atacar os outros centauros.

- Saia daí Draco!- o garoto saiu correndo e foi para trás de Snape quando este lhe berrou.

- O assassino de Dumbledore! Severo, você irá pagar pelo que fez ao diretor e, agora, ao nosso amigo.- disse o centauro.

- Um passo para frente e eu acabo com vocês dois!- disse Snape friamente.- E não falem do que vocês não sabem!- acrescentou o comensal.

Os centauros atiraram flechas que foram desviadas por Snape, que em seguida disparou mais um raio verde, que no meio do caminho se dividiu em dois, e atingiu os dois centauros restantes, fazendo-os caírem mortos no chão.

- O que você está fazendo aqui?- perguntou Draco temendo o seu futuro.

- Não importa...você não pode ficar aqui!- disse Snape severamente.- Tem que vir comigo!

Draco se afastou de Snape e apontou a varinha para ele.

- Então é assim que você trata quem salvou a sua vida!- disse Snape.

- Não minta Snape...você matou aqueles centauros por puro gosto..você é covarde!- disse Draco tentando ganhar tempo atrasando o dever de Snape. Estava claro para Draco que o ex- professor estava ali para matá-lo.

- NÃO ME CHAME DE COVARDE!- gritou Snape com raiva.

- O que você quer Snape? Veio me matar por ordem de Voldemort?- perguntou Draco nervoso.

- NÃO! Eu já falei venha comigo!- disse Snape impaciente.

- Como vou acreditar em você?- disse Draco duvidoso das intenções de Severo.


* * *

- Snape está demorando a voltar- disse uma voz fria no meio de um aposento mal iluminado.

- Tom, você sabe que ele não está ao seu lado...Severo é leal a mim!- disse uma voz calma e serena vinda de um quadro, que retratava um velho de barbas brancas e de olhos azuis com oclinhos de meia- lua sob seu nariz encurvado.

- Até depois de morto continua falando tolices...e também foi ele que te matou, como você pode ser tão obtuso assim?- perguntou Voldemort olhando para Dumbledore.

- Tolices?- disse Dumbledore sorrindo.

- Estou mais preocupado em como vamos atacar aquela casa imunda do que com Severo agora!- disse Voldemort ignorando o velho bruxo e falando mais para si mesmo.

- Tom...não aprende? Deixe os outros viverem a vida...deixe-os em paz!- disse Dumbledore parecendo pela primeira vez irritado.

- Isso te assusta não é, Alvo? Mais tarde terá companhia pelas molduras...quem sabe de seu ilustre aluno...Harry Potter?- disse Voldemort percebendo que Dumbledore estava se sentindo inútil naquela moldura.

- Você não pode matar Harry Potter!- disse Dumbledore.

- Vamos lá, Alvo...você acha que eu pouparia Harry por um pedido seu?- perguntou Voldemort fazendo um esgar com a boca, no que ele imaginou ser um sorriso.

- Eu não estou lhe pedindo nada Tom...quero dizer que você não sabe como matar Harry Potter!- disse Dumbledore.

- Eu não sei...o que você quer dizer com isso, seu velho?- perguntou Voldemort.

- Você devia ter percebido...mas agora vejo que novamente você subestima o “menino que sobreviveu”... é Tom...o seu fim está próximo!- disse Dumbledore retomando sua calma característica.


* * *

- Vamos lá Draco...se eu quisesse te matar já o teria feito..venha comigo e não pergunte mais nada!- disse Severo.

Draco refletiu por um tempo e percebeu que não havia coisas melhores o aguardando na floresta.

- Tudo bem, Snape! Vamos logo, então!- disse Draco não muito certo se fizera a escolha certa.

Severo segurou o braço de Draco e um segundo após os dois haviam sumido, deixando os corpos dos três centauros mortos no chão.











Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.