Weasley's




Cap. 11 Weasley’s

...

Harry que estava de folga, já não se lembrava a quanto tempo estava andando de um lado para o outro na sala da sua casa.
Esperava ansioso Gina chegar, já duvidava se tinha marcado com ela ali, ou em outro lugar, na duvida decidiu ligar para a ruiva. Andou até uma mesinha que ficava em um canto da sala e pegou o celular, quando terminava de discar o numero de Gina, ouviu batidas na porta e correu para atender, largando o telefone no mesmo lugar.

- Gi. – falou Harry ao abrir a porta e deixar a ruiva entrar... – Como você está? E o bebê?

- Oi Harry. Nós estamos bem! – Gina respondeu passando a mão pela barriga. Desde que contará a Harry que estava grávida, eram sempre as mesmas perguntas, a mesma atenção, cuidado, carinho.

Harry a abraçou e depois depositou um beijo em sua barriga... – Podemos ir? Todos já devem estar nos esperando.

- Podemos. – com um olhar cúmplice eles aparataram.

Segundos depois, desaparataram quase que no mesmo instante perto dos portões da Toca. O sol brilhava mais forte, alto no céu e a única sombra que eles avistavam era a de uma árvore que ficava nos jardins da Toca.

- Pronta? – perguntou Harry olhando pra ela.

- Pronta. – Gina respondeu confiante.

Eles começaram a andar em direção aos portões da Toca, quando ouviram o som de alguém desaparatando logo atrás deles.Ao virarem, viram um Rony aparentemente furioso andando a passos largos na direção deles.

- É melhor que seja importante Gina. – dizia ele sem parar para cumprimentar os dois... – Meu dia hoje ta péssimo.

Harry e Gina ficaram parados observando Rony abrir o portão e sumir pela porta da casa, sem mais nenhuma palavra.

- O que houve com ele? – Gina quis saber.

- Uma entrevista da Lilá, no Profeta Diário. – começou Harry pouco entusiasmado... – Afirmando que eles vão se casar.

- Entendo. – Gina encolheu os ombros... – Isso não vai nos ajudar...

Olhando novamente para Harry, ela caminhou em direção a porta dos fundos da Toca, com o moreno ao lado, suspirou fundo antes de girar a maçaneta e entrar na cozinha, onde pode ver boa parte da família sentada ao redor da mesa.

A Sra. Weasley estava em pé, com um braço na cintura e o outro apontando perigosamente para Rony.

- Como é que você vai se casar Ronald. – dizia ela, a expressão em seu rosto normalmente bondoso, parecia perigosa... – e sua família fica sabendo através dos jornais? Ainda se lembra que tem uma família Ronald Weasley?

Fred, Jorge, Percy e o Sr. Weasley olhavam de um para o outro, sem ação.

- Mamãe, eu não vou me casar. – disse Rony encolhido na cadeira, com os braços cruzados.

- Não é o que o Profeta Diário anda dizendo.

A Sra. Weasley estava tão empenhada em obter satisfações de Rony, que não percebeu a chegada de Harry e Gina que continuavam parados em frente a porta, também sem ação.

- Mamãe. - começou Rony demonstrando estar sem paciência... – Essa matéria foi um engano, um enorme engano. Eu não vou me casar com a Lilá, e todos já sabem disso.

- Como assim? – quis saber a matriarca da família

- Eu conversei com a Lilá. – começou ele se levantando e olhando para toda a família... – No Beco Diagonal, não foi nada agradável. – continuou decidido parecendo um pouco enojado... – Ela pensou que poderia me obrigar a casar com essa entrevista, nós brigamos, todos que estavam lá viram, incluindo a Skeeter . – terminou ele se jogando novamente na cadeira.

- E isso quer dizer? – quis saber a Sra. Weasley

- Quer dizer mamãe. – começou Fred... – Que nosso Roniquinho terminou com a Lavander e isso com certeza será a noticia no Profeta Diário amanhã. Não é mesmo Rony?

- É...

- Pronto mamãe, assunto encerrado. – recomeçou Fred... – Agora que o Roniquinho nos disse que não vai se casar, podemos saber por que nossa querida irmãzinha nos chamou aqui. – terminou ele virando-se para Gina.

Parecendo se lembrar por que estavam ali, todos se voltaram para Gina, e Harry conseqüentemente, que continuavam parados perto da porta um ao lado do outro. Gina nervosa estava com as bochechas rosadas, e Harry com as mãos enterradas dentro do bolso.

Um silêncio repentino se seguiu, enquanto as atenções se desviavam de Rony para Gina, logo depois o silencio foi quebrado pela Sra. Weasley que pulou em cima da ruiva com um de seus abraços afetuosos e esmagadores.

- Graças a Deus você chegou! – falava a Sra. Weasley em meio ao abraço.

- Mamãe, eu to bem. – Gina suspirava, já esperava aquela reação da mãe... – E agora vou ficar por um tempo. Eu estava com saudades mamãe. – Gina se apertava ao abraço tão carinhoso que recebia de Molly.

- Harry meu filho. – o abraço em Harry, foi tão esmagador quanto o de Gina... – Faz tempo que você não aparece, é preciso uma reunião de família pra conseguir juntar quase todos os meus filhos. – terminou Molly em tom de desaprovação ao sumiço de Harry da Toca.

- Muito trabalho Sra. Weasley. – ele deu a primeira desculpa que conseguiu pensar... – Mas eu prometo que não vou mais me afastar! – acabou abrindo um sorriso que ele sabia sempre derretia o coração dela.

Molly os empurrou para dentro da cozinha, e recomeçou a preparar o almoço.
Gina era abraçada por Fred, Jorge e Percy e Harry foi conversar com o Sr.Weasley, enquanto Rony continuava jogado na cadeira com cara de poucos amigos.

Em pouco tempo Molly terminou o almoço, e as conversas iam morrendo enquanto ela levitava a comida, pratos, talheres e suco pra mesa. Por algum tempo o silêncio tomou conta da mesa, enquanto todos comiam.

Harry ficava mais tenso a cada minuto e observava Gina que devorava tudo que a Sra. Weasley colocava em seu prato. Rony continuava emburrado e com as orelhas vermelhas, enquanto Fred e Jorge se divertiam enfeitiçando a comida de Percy.

Depois de se certificar que todos os pratos estavam vazios, a Sra. Weasley trocou a comida pela sobremesa, uma enorme torta de maçã e sorvete de baunilha com chocolate, a sobremesa animou Rony que parecia disputar com Gina quem comeria mais.

Depois de estarem todos devidamente alimentados, Gina ajudava a Sra. Weasley com a louça enquanto os homens encaminhavam-se para a sala em uma animada discussão sobre quadribol.

Depois de alguns minutos em que conversava com os Weasley’s Harry viu Gina se aproximar ao lado da Sra. Weasley.

Gina hesitou por um segundo e trocou um olhar com Harry antes de pedir a atenção da família. Mais decidida e confiante do que esperava estar, ela começou a falar.

- Eu tenho que contar uma coisa a vocês. – ela lançava um olhar decidido a todos... – Eu deveria ter contado antes, mas não queria que fosse de qualquer forma então...

- Vai logo ao assunto Gina. – falou Rony mal-humorado da sua poltrona.

- Quieto Ronald. – advertiu a Sra. Weasley... – Deixa sua irmã continuar.

- Antes eu quero que vocês saibam que eu nunca estive tão feliz. – Gina encarou os pais, depois os irmãos... – E que sei exatamente o que estou fazendo.

- Nós confiamos em você querida. – a voz da Sra. Weasley saiu suave... – Agora conte o que esta acontecendo.

Gina sorriu para a mãe, e depois de passar os olhos pela família novamente, ela então falou... – Eu estou esperando um filho. – ela levantou a blusa para deixar a barriga à mostra... – Eu to grávida.

O Sr. e a Sra. Weasley olharam-se surpresos, Fred e Jorge não tiravam os olhos de Gina, Harry também a encarava com um pequeno sorriso no rosto, enquanto Rony parecia não processar o que ouvia.

- Você ta grávida. – perguntou Rony olhando pra barriga da irmã incrédulo – Co... como?

- Como? Você não sabe como? – começou Fred com um sorriso maroto no rosto já recuperado da surpresa...

- Nós explicamos Rony. – continuou Jorge... – Vamos produzir umas imagens com nossas varinhas ou...

- Se você preferir nós desenhamos. – concluiu Fred já tirando a varinha do bolso da calça.

- Parem vocês dois. – a Sra. Weasley usou seu tom mais autoritário... – Deixem as brincadeiras pra depois.

Rony soltou um “idiota” para os irmãos e voltou a olhar para Gina... – Por que você só esta nos contando agora? Sua barriga já ta aparecendo.

- Por que houve alguns contratempos. – respondeu Gina olhando para o chão... – Eu não queria que fosse de qualquer forma, queria que vocês estivessem todos juntos... eu tive que viajar e achei melhor contar quando voltasse. – Gina olhou para Harry e achou no sorriso que ele lhe lançava a confiança que precisava... - É o que estou fazendo Rony, é a primeira coisa que pensei em fazer.

- Por isso essa reunião de emergência no meio da semana? – perguntou Rony

- É... eu não queria esperar mais.

- Ok. – Rony levantou com um pulo e começou a andar de um lado para o outro parando em frente à janela... – E o Théo cadê ele?

- O Théo... o que tem ele? – perguntou Gina

Todos, sem exceção, começaram a olhar de Rony para Gina.

- Por que ele não ta aqui, com você?

- O que ele faria aqui Rony? - quis saber Gina

- O que? – Rony cruzou os braços e olhou para a família tentando buscar apoio... – Ele tinha que ta aqui apoiando você... falando com a sua família, afinal ele é o pai do seu filho...

- Idiota. – exclamou Fred

- Papai você tem certeza que ele é um Weasley... que é nosso irmão? – Fred perguntou chocado ao pai... – Ele não foi achado numa lata de lixo ou coisa parecida?

- Você é mesmo um tapado Rony. – continuou Fred... – Não ta na cara quem é o pai do filho da Gina?

- É claro que está. – Rony respondeu o mal-humor voltando com a brincadeira dos irmãos... – O Théo, ex-namorado dela... é óbvio!

- É obvio que você é um perfeito idiota Rony. – Percy se pronunciou pela primeira vez.

- Calem a boca vocês. – Rony gritou para os irmãos, as bochechas perigosamente vermelhas... – Gina o Théo é o pai do seu filho, não é?

- Não. – responderam os gêmeos juntos.

- Eu não perguntei a vocês... – Rony jogou uma almofada em cima dos irmãos que se esquivaram a tempo... – Gina?

Gina olhou dos gêmeos para Rony e depois para os pais, respirou fundo antes de responder o irmão, mais antes que conseguisse falar alguma coisa Harry respondeu por ela.

- Eu. – ele levantou e foi para o lado da ruiva, endireitando os óculos, com as mãos no bolso... – Eu sou o pai do filho da Gina... é o meu filho Rony.

Rony não acreditava no que ouvia. A Sra.Weasley chorava silenciosa nos braços do marido, enquanto Fred e Jorge trocavam olhares cúmplices de “ eu sabia “.

Rony enfiou a mão no bolso e sentou-se no parapeito da janela, olhava de Harry para Gina, tentando decidir o que falar, se queria falar.

O ruivo ficou ali, de frente para Harry e Gina que o olhavam esperando que ele dissesse alguma coisa. Mas ele sentia-se atordoado. Entorpecido. Sem dúvida estava sonhando. Não ouvira direito.

- Eu não acredito! - exclamou Rony, em tom de espanto, enquanto todos olhavam pra ele... – Não acredito!

- Mas é verdade Rony. – disse Harry decidido... – É meu filho.

Harry desviou os olhos de Rony e olhou para o Sr. e a Sra. Weasley...

– Eu sinto muito, não queria decepcionar vocês. – disse Harry ficando vermelho de vergonha... – Sei que Gina é a filha caçula... mulher, e sei que vocês me consideram um filho. – continuou agora olhando os irmãos Weasley’s... – Não queria decepcionar nenhum de vocês. Mas não vou mentir, um filho é tudo o que eu sempre quis, e um filho com a Gina é mais do que eu posso esperar e eu espero que vocês nos compreendam.

Todos pareciam absorver as palavras de Harry, pois o silencio se tornou absoluto novamente na sala.

- Então vocês estão namorando? – perguntou Percy que continuava parado perto da lareira.

- Não. – responderam os dois juntos

Nesse instante as orelhas de Rony ficaram em um tom de vermelho vivo. Fred e Jorge pareciam nervosos, enquanto o Sr. Weasley, que continuava consolando a esposa, parecia começar a entender a situação.

Era como se o calor, tão forte do lado de fora, não existisse. Uma corrente de ar frio invadiu a sala como uma bolha de sabão. Todas as razões para não se casar com Gina agora pareciam pequenas enquanto Harry olhava para os Weasley’s e via Rony ficar cada vez mais furioso.

Ele olhou para Gina, e com um pouco de dificuldade se obrigou a relembrar o acordo que eles tinham. Se Gina não queria se casar eles não casariam. Enfrentaria os Weasley’s e Rony se fosse necessário.

- Por que não vão casar? – perguntou o Sr. Weasley... – Como vocês chegaram a essa conclusão?

- Papai. Nós concordamos que não seria certo nos casarmos por que vamos ter um filho... – respondeu Gina imediatamente... – Eu não quero me casar...

- Nós não queremos. – completou Harry.

- E o que vocês vão fazer em relação ao filho que você ta esperando minha querida? – perguntou a Sra. Weasley com a voz embargada pelo choro.

- Eu continuarei morando aqui mamãe. – respondeu Gina calmamente... – Nosso filho terá um quarto na casa do Harry que poderá levá-lo sempre que quiser. Morando aqui a Senhora e o papai não ficaram sozinhos... Harry esta sempre aqui. Nosso filho terá a família sempre presente... não precisamos casar!

- Vocês pensaram em tudo. – exclamou o Sr. Weasley olhando sério para os dois.


- Papai, nós estamos fazendo o que achamos certo. – Gina respondeu com um olhar triste olhando para o chão... – Eu só queria que vocês compreendessem... vocês são importantes pra mim. Não queria magoá-los. E o apoio de vocês é essencial pra que eu me sinta realmente feliz.

O Sr. Weasley continuou olhando serio para Gina, ainda abraçado à esposa que tinha parado de chorar e esperava uma resposta do marido. Fred, Jorge, Percy e Rony também pareciam esperar que o pai falasse alguma coisa.

Em segundos ele se desvencilhou da esposa e andou até Gina que se encontrava do outro lado da sala com Harry de frente para a família. Ele parou e a olhou por alguns segundos antes de abraçá-la.

- Eu confio em você minha filha. – dizia ele enquanto a apertava ainda mais no abraço... – Confio nas suas decisões, se acha que isso é o certo nós iremos apoiá-la.

O ar quente entrou novamente na sala pela janela, e esquentou o coração de Gina que há minutos atrás estava apertado por não saber o que família pensaria. Finalmente tirou um peso do coração. Sentiu-se protegida novamente. Completamente feliz.

Harry finalmente sentiu o coração relaxar depois de horas batendo freneticamente descompassado. Também precisava da aprovação daquela família, que sempre o apoiará. Sentiu-se aliviado com o abraço inesperado do Sr.Weasley. Um abraço de pai. O tremor que o consumia há alguns minutos desapareceu dando lugar a uma sensação de bem-estar. Realmente os Weasley’s eram a melhor família que poderia ter.

Depois do abraço do Sr.Weasley ele se afastou um pouco e foi para um canto da sala.

Viu Fred e Jorge abraçarem Gina e beijarem sua barriga. Fred a tirou do chão e rodopiou com ela no mesmo lugar enquanto Jorge falava alto...

- Mais um Weasley para ensinarmos tudo o que sabemos. – terminou com um sorriso maroto e uma piscadela para Gina.

Depois veio Percy, que ainda possuía um ar pomposo, depositou um beijo na testa de Gina e depois lhe deu um abraço apertado. De longe Harry conseguiu distinguir o que Percy sussurrava no ouvido de Gina. “Parabéns, toda felicidade é pouco pra você Gina”.

A Sra. Weasley que ainda chorava avançou correndo, empurrou Percy para o lado e puxou Gina para mais um abraço de sufocar, enquanto ela retribuía dando palmadinhas em suas costas, tentando acalma-la.

- Minha garotinha. – dizia ela entre um soluço e outro... – Minha menininha vai ter um filho!

Gina ainda abraçada à mãe, agora olhava Rony que andava em direção a porta tentando sair sem ser percebido.

- Rony. – ela se desvencilhou da mãe e olhou para o irmão, que girou no mesmo lugar e olhou para ela, as orelhas ainda muito vermelhas se perdiam no meio dos cabelos ruivos.

Rony tinha uma expressão ressentida e desapontada no rosto. Enfiou as mãos no bolso e balançou-se sobre os pés para frente e para trás por um instante antes de responder...

- Eu não esperava isso de vocês. – a voz saia calma... – Não pelo filho. – ele esclareceu... – Parabéns por ele Gina. Mas eu esperava que o meu melhor amigo e minha irmã confiassem em mim e contassem que iam ter um filho...

- Rony. – começou Fred, mas Rony ergueu a mão pedindo que ele se calasse.

- Esperava que vocês me contassem, quando descobriram, e não agora... a barriga da Gina já é visível... Todo esse tempo no mesmo lugar todos os dias, e você não falou nada Harry. Nada. Amigos contam essas coisas, ou não?Pensei que fossemos um quarteto! Ah, não – continuou com uma risada triste... – Esqueci que deixamos de ser a algum tempo.

Sem mais nenhuma palavra Rony saiu pisando firme, passou pela cozinha e saiu para o quintal, de onde desaparatou sem deixar Harry falar nada.

Harry observou Rony desaparecer de vista com a conhecida sensação de mal-estar no estômago. Já esperava uma reação assim de Rony. Mais não podia chegar e simplesmente falar: “ Rony vou ter um filho com a Gina “ no meio do expediente e com a garota em outro país.

- Vou atrás dele. – falou virando para o resto da família que ainda olhava para o mesmo lugar por onde Rony tinha saído.

- Conheço meus filhos Harry. – falou a Sra.Weasley... – Ele vai entender. Só precisa de um tempo.

- Eu sei...

O telefone de Gina começou a tocar dentro da bolsa jogada no sofá, a ruiva correu pra atender, enquanto a Sra. Weasley tentava convencer Harry a não ir atrás de Rony.

Afastando-se de todos em um canto da sala Gina atendeu o telefone... _ Alô!

- Gina, é a Milly. Ela não esta bem. – Hemione falava aflita do outro lado da linha... – Eu não pude ir trabalhar, preciso de você aqui. Agora.

- Calma Mione. – falou depois de verificar que ninguém prestava a atenção nela... – Eu já to indo... faça o que combinamos, eu to chegando.

Gina desligou o aparelho e o devolveu a bolsa... – Mãe, tenho que ir... um atendimento de emergência... não me espere pro jantar.

Rápido ela deu um abraço na mãe, pegou a bolsa e a maleta... – Você vem Harry? – Com um aceno de Harry eles saíram pela porta da cozinha para o quintal de onde aparatariam.

- Ache o Rony. – suplicou ela... – Por favor, o faça entender.

- Eu sei onde encontrar aquele cabeça dura. – respondeu Harry recebendo um sorriso de Gina antes dela desaparatar. Ele fez o mesmo depois de alguns segundos com um giro rápido.


...


Harry desaparatou na pequena rua de pedra que dava inicio ao vilarejo de Hogsmead.
O sol começava a desaparecer no horizonte, dando lugar a um céu cinzento que anunciava uma chuva que não tardaria a chegar, mas o clima quente ainda predominava.

Harry começou a caminhar pela rua em direção ao Três Vassouras onde tinha certeza encontraria Rony.

Uns minutos depois Harry abriu a porta do bar, que não estava muito cheio, e dando uma olhada geral conseguiu ver Rony sentado em uma mesa escondida no fundo do bar, com um olhar perdido no copo de cerveja amanteigada, alheio ao que acontecia a sua volta.

Harry caminhou decidido até a mesa de Rony, puxou uma cadeira e sentou-se, vendo Rony levantar a cabeça lentamente para encará-lo.

- Você? – perguntou Rony, voltando a olhar pro copo... – Ta fazendo o que aqui?

- Bem... eu. – ele pigarreou. – Vim falar com você.

- Eu não quero conversar. Você pode ir embora agora.

- Rony, deixa de bancar o amigo traído. – Harry falou mais alto do que queria... – Eu não podia contar.

- Não podia. – levantou o rosto para olhar Harry... – Se quisesse você teria contado, não lhe faltou oportunidades.

- Rony, entenda. – Harry passou as mãos nos cabelos, cansado... – Eu queria contar a você, desde o primeiro minuto, você é meu melhor amigo... você e a Mione foram as primeiras pessoas a quem pensei em contar. – Harry continuou rápido antes que Rony falasse sobre Hemione... – Mas eu não podia, não de qualquer maneira... desemburra logo essa cara e fique feliz junto comigo, eu não quero brigar com o padrinho do meu filho. – terminou Harry dando ênfase a palavra padrinho.

Harry viu sua ultima frase surtir efeito em Rony, que pareceu menos emburrado.

- Não pense que vai me comprar com essa de padrinho. – a voz saiu menos irritada do que ele queria... – Eu ainda to com raiva. – terminou com um sorriso de canto de boca.

O clima amenizou entre os dois. Harry olhava para Rony com um sorriso sincero no rosto.

- Ta bom. – Rony levantou-se e abraçou o amigo... – Ta bom, você me convenceu... desculpa pela cena lá na Toca... eu não sabia o que pensar. Parabéns cara.

- Não liga Rony. – respondeu Harry... – Amigos entendem essas coisas.

- Ok, então vamos pedir Wisque de fogo, para comemorar. Eu vou ganhar um afilhado. – Rony sentou-se novamente na cadeira e pediu as bebidas ao garçom.

Eles ficaram ali o resto da noite comemorando, enquanto uma forte chuva de verão caia do lado de fora. Como verdadeiros amigos, sempre faziam as pazes.

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