único
“Você é um safado! Eu não quero mais ter de passar pela mesma coisa sempre, será que você não entende que eu não gosto quando você faz isso?” disse Gina muito irritada jogando um das almofadas do sofá no chão e colocando as mãos na cabeça.
“Mas o que foi que eu fiz agora? Será possível que sempre que saímos você tem um ataque? Você está muito implicante ultimamente, já é a quinta vez que você faz escândalo nessa semana!” disse Draco impassível, olhando a mulher que andava de um lado para o outro da sala de estar.
“Eu quem faço escândalo? Por que será eim? Será talvez porque meu marido, aquele que jurou apenas me amar, me respeitar, estava olhando pela quinta vez essa semana para a bunda da garçonete, da recepcionista, da empregada, daquela que passa pela rua ou seja lá quem for?” disse a mulher jogando mais uma almofada no chão e olhando nos olhos do marido que a olhava estático.
“Gina você não está bem!” disse o loiro levando a mão ao cabelo e o colocando para trás.
“Eu não estou bem? É talvez eu não esteja, talvez eu esteja louca não é?” disse ela sem tirar os olhos do marido.
“Você está paranóica, eu não posso olhar para nenhuma mulher que você já imagina que eu esteja desejando ir para cama com ela!” disse o homem pegando as almofadas do chão e colocando-as de volta no sofá.
“E não deseja? Você acha que eu sou cega? Pois saiba que eu não sou. Sabe eu não estou afim de passar o resto de minha vida desse jeito!” disse a mulher indo até o quarto.
“Nem eu! O que você quer fazer? Melhor! O que você quer que eu faça?” Perguntou o homem seguindo a mulher até o quarto.
“Você não precisa fazer nada! Quem vai fazer sou eu! Sabe, eu acho que nosso casamento foi uma besteira, nós não deveríamos ter nos casados, melhor, nem namorado, porque assim eu não sofreria por sua causa.” Disse a ruiva determinada abrindo o guarda-roupas, pegando uma mala vazia e jogando as roupas em cima da cama.
“O que você pensa que está fazendo?” disse Draco olhando o movimento da mulher.
“Não está vendo que eu estou indo embora?” perguntou sarcasticamente a mulher que num movimento brusco levou a mão à cabeça.
“Você está bem?” perguntou o marido preocupado. “Você não está em condições de sair à essas horas da noite!”
“Não importa o que você diga, eu vou pra casa da mamãe! Você não é mais o mesmo Draco com que me casei. Só quero lhe ver quando o meu Draco, aquele que eu amo voltar!” Disse a mulher que não conseguiu mais ficar de pés, e sentou na cama na procura de apoio.
“Se você quiser você vai depois, mas agora nesse estado você não sai!” disse o marido se aproximando.
“Eu não posso mais ficar no mesmo teto...” Antes de terminar a frase ela desmaiou.
Horas ou dias? Ela não sabia o que aconteceu, somente que estava brigando com seu marido quando sentiu tudo rodar e de repente tudo fica preto. Ela acorda em sua cama, deitada confortavelmente sobre seus lençóis. Ela ocupava toda a cama, então provavelmente seu marido não dormiu na cama. Ela levantou devagar, olhando o relógio de cabeceira percebeu que era manhã do dia seguinte. Olhando ao redor percebe a porta do quarto aberta, ao lado havia uma mala, a mesma mala que ela começou a preparar para sua saída. Levantou-se da cama e foi andando em direção ao banheiro.
Já era a terceira vez naquela semana que ela passava mal daquele jeito. ‘Não podia ser! Será?’ pensou ela olhando o seu reflexo no espelho. Ela saiu do quarto sorrateiramente e foi em direção ao escritório, a porta estava entreaberta e ela pode perceber que seu marido estava dormido lá. Ela entrou com muito cuidado para que ele não percebesse que estava ali, pois encara-lo seria a última coisa que queria nesse momento. Ela se dirigiu até a estante, abriu-a e pegou alguns vidrinhos rotulados que havia lá. Foi à cozinha pegou uma panela e voltou ao banheiro, tendo o cuidado de trancar a porta do quarto e do banheiro antes de começar a fazer o que pretendia.
“OK Virgínia, essa é a hora da verdade!” disse a ruiva olhando para os ingredientes que separara e para a panela que se encontravam diante dela.
Ela pega a sua varinha e conjura fogo abaixo da panela, pega os frasquinhos e joga um pouco de cada um de seus conteúdos na panela, mexe um pouco e quando o líquido adquire a transparência ela arranca um fio do seu cabelo e deixa cair na poção. Olhando fixamente para o liquido fervente à sua frente, ela espera impacientemente a poção definir uma nova cor.
“Oh não!” disse ela alto, jogando a panela no chão e derramando o seu líquido rosa no ralo da banheira. Ela estava tão preocupada com ela mesma, que nem percebeu que o barulho da panela caindo na banheira foi suficientemente alto para atravessar as portas trancadas e ir direto para os ouvidos do homem que até agora estava dormindo um sono muito conturbado no escritório.
“Gina! Gina você está bem?” gritou o loiro se levantando bruscamente e indo em direção ao barulho, mas quando chegou na porta do quarto essa estava trancada. “Gina abre essa porta! Você está bem? Eu vou derrubar a porta se você não responder!” gritou ele quando percebeu que ninguém responderia. Ele posicionou sua varinha para destrancar a porta quando notou um movimento dentro do quarto e a porta sendo destrancada.
“O que você quer aqui?” perguntou a ruiva se sentando na cama e olhando para o homem alto que estava na porta.
“O que foi aquele barulho?” perguntou o homem olhando ao redor para ver se identificava o causador do barulho.
“Não foi nada!” disse ela sem olhar para ele.
“Você está melhor?” perguntou o homem também sem olhar para ela.
“Estou! Foi você quem fez?” disse ela apontando para a mala no chão.
“Foi, não quero mais ser o causador da sua tristeza, então não vou lhe impedir se quiser ir!” disse ele friamente dando as costas para ela e indo em direção ao escritório novamente.
Ela ficou estática, olhando para o homem que se distanciava e sumia no fim do corredor. Ela ficou sem palavras, então ele queria que ela fosse embora, ele realmente não iria insistir, afinal ele era um Malfoy e Malfoys não voltam atrás. Com esse pensamento ela levantou-se fez um feitiço para que sua mala diminuísse, colocou-a no bolso do casaco e aparatou, com lágrimas no rosto.
Mal sabia ela que no escritório, o homem julgado insensível estava chorando em silêncio, sentado em sua cadeira apoiando a cabeça nas mãos e olhando para uma fotografia em que os dois estavam se beijando e se abraçando.
“Eu não tenho o direito de destruir sua vida princesa, se eu estou lhe fazendo mal não posso mais continuar a fazer isso. Você me mostrou um lado da vida que eu não conhecia, e só por isso eu nunca seria feliz se não te visse feliz, mesmo que essa felicidade seja longe de mim!” dizendo isso ele abaixou a foto e começou a escrever em um pergaminho.
Longe dali uma jovem ruiva aparata numa região campestre, o cheiro da grama cortada recentemente, a terra molhada pela chuva, as flores do canteiro, as galinhas soltas no quintal, tudo lhe era familiar. Ela olha para a porta da casa construída no meio desse ambiente, quando ela se abre e surge dela um senhor já de idade, seus poucos cabelos mostravam que ele era ruivo, com uma pasta na mão, provavelmente estava de saída para o trabalho. Ele olha para ela curiosamente e antes que ele possa falar algo, ela corre para ele e abraça-o chorando silenciosamente.
“O que aconteceu minha filha?” disse o senhor compreensivamente enquanto acalentava a jovem.
“Nós nos separamos papai, nos separamos!” disse ela soluçando.
“Acho que você precisa descansar antes de tudo, vamos entrar, aí então você pode nos contar o que aconteceu.” Disse o homem abraçando a jovem e a conduzindo para dentro da casa.
“O que aconteceu Arthur? Você não estava indo traba... O que aconteceu Gina minha filha? Você está bem?” perguntou uma senhora também ruiva que entrava na cozinha e ia em direção ao marido e à filha.
“Acho que primeiro ela precisa descansar Molly querida, leve-a para seu antigo quarto, acho que dormir um pouco irá fazer bem para ela.” Disse o homem dando um beijo na testa da filha e entregando-a à mulher.
“Vamos filha.” A senhora segurou o braço de Gina e conduzindo-a até as escadas onde subiram e entraram em um quarto pequeno, que possuía apenas uma cama de solteiro, um guarda roupas de apenas uma porta e um pequeno criado-mudo. “O que aconteceu? Diga a sua mãe!”
“Eu saí de casa!” disse Gina indo até a janela e olhando para as arvores ao longe.
“Por que você saiu de casa?”
“Não agüentava mais todas as brigas que estávamos tendo, eu não podia continuar à viver desse jeito!” disse ela deixando escapar mais uma lagrima.
“Você tem certeza dessa sua decisão?” perguntou a mulher indo até a jovem e abraçando-a.
“Eu não sei!” disse Gina chorando ainda mais, só em pensar que ia deixa-lo, ela o amava demais, seu coração doía só na possibilidade de não poder mais beija-lo, abraça-lo, amá-lo.
“Acho que você antes de tudo tem que descansar, durma um pouco que daqui a pouco eu trago um pouco de chocolate quente para você, aí então a gente conversa mais.” Disse a mulher dando um beijo na filha e saindo do quarto, deixando a jovem sozinha com seus pensamentos.
Não demorou muito e ela caiu no sono, quando acordou se deparou com sua melhor amiga sentada numa cadeira lendo uma revista de cabeça para baixo.
“O que você faz aqui?” perguntou assim que abriu os olhos e a viu.
“Oi pra você também Gina, eu vim apoiar minha melhor amiga no momento em que ela mais precisa de mim.” Disse a loira abaixando a revista e olhando melhor sua amiga.
“Nos separamos Luna. Nós nos separamos.” Disse a ruiva chorando e abraçando a amiga.
“Eu vim correndo assim que soube, sua mãe me chamou quase que imediatamente. O que aconteceu Gina? Para você tomar essa decisão tão radical.” Perguntou a loira, que enquanto ouvia tudo o que aconteceu com a amiga observava atentamente a todos os movimentos dela.
“E ele ainda fez a minha mala, não tentou me impedir, e muito menos tento fazer as pazes comigo como ele fez nas outras vezes.” Terminou a ruiva se desmanchando em lágrimas.
“Gina, o Draco não é de ficar olhando para outras mulheres, não depois que ele conheceu você.” Disse a loira olhando nos olhos da ruiva.
“Eu não estou ficando louca Luna, eu vi( será que eu realmente vi?). E ele foi tão frio comigo hoje de manhã. Ele não era o meu Draco.”
“Gina você tem certeza dessa decisão? Você ainda o ama e eu tenho certeza que ele também, vocês enfrentaram tudo e todos para ficarem juntos. Será que esse é o caminho certo?”
“Eu preciso de segurança Luna, eu preciso me sentir segura. Principalmente agora... Eu estou grávida Luna, grávida!” disse ela chorando mais uma vez.
“Isso é maravilhoso Gina!” disse a loira abraçando a amiga.
“Não nesse momento.”
“Talvez essa notícia tenha vindo na hora certa!”
“O que você quer dizer com isso?” indagou a ruiva enquanto enxugava as lágrimas.
“Você tem que contar isso para o Draco!”
“Não! Você está proibida de contar isso à alguém, você me ouviu?”
“Mas por que Gina? É maravilhoso, todos tem que saber, principalmente seu marido, ele tem o direito!”
“Não e não, por enquanto ninguém deve saber.”
“Você não vai poder esconder isso por muito tempo!”
“Eu sei, é por isso que eu preciso de tempo para pensar o que eu vou fazer da minha vida, da nossa.” Disse Gina acariciando a barriga.
“Você quem sabe! Mas eu acho que você tem que ir até ele e conversar, se entenderem, vocês se amam, e amor não acaba, nem deve ser destruído por ciúmes e discordâncias.” Disse a loira abraçando mais uma vez a ruiva. “Eu tenho que ir, já está tarde e agora que você está bem melhor eu posso ir tranqüila, o Harry está me esperando em casa com o David.”
“Como eu pude ser tão egoísta, eu aqui contando meus problemas e esqueci de perguntar, como vão os garotos?” disse Gina dando um leve tapa na cabeça por sua displicência.
“Eles estão ótimos, e você não é egoísta, é você quem precisa de atenção e não eu. Esqueceu que amigas servem para ajudar as outras quando elas mais precisam?”
“Obrigada.”
“De nada! Agora vamos descer, sua mãe está preocupada com você lá em baixo.”
“Certo!”
Elas desceram e chegando à cozinha não encontrou apenas a senhora Weasley e sim Hermione também. Elas estavam sentadas à mesa quando as amigas apareceram na cozinha.
“Eu vou indo gente!” disse Luna dando um beijo em Hermione e na senhora weasley.
“Um beijo nos garotos Luna.” Disse Gina se despedindo.
“E você se cuide!” disse Luna abraçando mais uma vez a amiga antes de desaparecer e deixar as outras senhoras sozinhas na cozinha.
“Como você está querida?” perguntou a mãe.
“Estou bem!” disse tentando dar um sorriso.
“Você não sabe mentir pra mim Virgínia.” Afirmou a mãe.
“Estou um caco mãe!” disse ela se sentando à mesa e recomeçando a chorar.
“Calma querida vai dar tudo certo!”
“Eu não sei mãe!”
“Quer nos contar o que aconteceu?” perguntou Hermione pegando na mão de Gina e olhando com carinho para a ruiva, que balançou a cabeça afirmativamente começando a contar a mesma história que contou a sua melhor amiga.
“Entendo querida! Mas você não acha que foi muito precipitado de sua parte sair de casa?”
“Talvez mãe, mas eu estava tão magoada com ele que não pensei duas vezes.”
“Então Gina, volte e converse com ele.” Disse Hermione que processava tudo que ela dizia.
“Não posso! Eu vi o antigo Malfoy na voz dele, ele tem que voltar a ser meu Draco, sentir minha falta e vir aqui tentar falar comigo.”
“Gina querida, orgulho não vai levar você a nada!”
“Vocês não entendem, não é orgulho, é insegurança. Ele não me passa mais a segurança que passava quando a gente enfrentou tudo para ficar junto.”
“Vocês têm que se entender, você o ama!”
“Não quero vê-lo até que ele volte a ser o que era. E não quero mais conversar sobre isso.”
“Está bem! Não falamos mais sobre isso. Sabe do que me lembrei? Do chocolate!” nesse exato momento, em que a senhora Weasley falou aquela palavra Gina sentiu tudo rodar e mais uma vez desmaiou.
“Ela está muito fraquinha precisa comer, aposto que está todo o dia sem se alimentar! Saiam da minha frente, quero ver minha filha!” ela ouve a voz de sua mãe.
“Mãe, você tem certeza que ela está bem?”Agora é a voz de seu irmão.
“Está Rony! Agora saia daqui, se sua irmã quiser que você saiba de algo ela conta para você quando acordar.”
“Isso tem alguma coisa à ver com o Malfoy, não é?”
“Eles estão passando por uma crise, todo casal passa por isso! Agora nos deixe em paz, vá ficar com sua mulher, ela está lá embaixo com os gêmeos.”
“Mas mãe, eu quero falar com ela!”
“Mas nada, já foi Ronald?” a porta abre e fecha. “Ela já acordou Arthur?”
“Não Molly, ela está acordando agora veja!”
Gina abre os olhos e a primeira coisa que vê é seu pai sentado ao seu lado e sua mãe colocando uma bandeja com comida no criado-mudo.
“O que aconteceu?” perguntou meio desorientada.
“Você desmaiou, mas agora está tudo bem!” falou sua mãe colocando a mão
em sua testa.
“Querida você está bem?” perguntou o pai.
“Estou pai! Que horas são? Quanto tempo eu passei desacordada?”
“São oito da noite e você passou três horas desacordada. Você está mesmo melhor? Você me preocupou!”
“Agora você tem que comer! Arthur você pode nos deixar à sós?”
“Claro, se cuida filha.” Disse o pai dando um beijo na testa da filha e saindo do quarto.
“Primeiro, você tem que comer, para ficar bem forte.” Disse a senhora dando a bandeja a filha, e se sentando ao lado dela. “Segundo, Gina filha você tem que se cuidar! Eu percebi no primeiro instante que você chegou, que eu olhei para você! A sua excessiva sensibilidade, o seu desmaio, você está grávida, não é filha?” disse a mulher com um olhar cheio de lágrimas
“Sim mãe, estou!” disse Gina deixando escapar uma lágrima.
“Minha caçula vai ter um filho, eu vou ser avó mais uma vez! Merlin sabe o quanto estou feliz com isso.” Disse ela se levantando e indo se sentar na ponta da cama.
“Mãe, eu não sei o que fazer! Me ajuda!”
“Você sempre vai ter sua mãe e o seu pai aqui quando você precisar. Mas acho que não posso ajudar muito, só posso lhe oferecer colo.”
“E é disso que eu preciso mãe, colo.” Dizendo isso ela afasta a bandeja e deita no colo de sua mãe.
“Sabe Gina, tem uma história que você não sabe! Quando eu estava grávida de Gui, a minha primeira gravidez, eu e seu pai brigamos feio, eu o expulsei de casa à vassouradas.” Disse ela rindo e fazendo sua filha rir junto. “ Nós brigamos porque ele quebrou um vaso que foi de herança da minha avó.”
“Mas o vaso da vovó não está inteiro na estante?”
“Sim, porque nós consertamos, depois de nos reconciliarmos! Mas o fato é que nós mulheres Weasleys ficamos muito sensíveis quando estamos nesse estado, eu briguei com seu pai em todas as minhas gestações. Toda a vez que eu começava a brigar com ele por alguma causa inútil ele já sabia que eu estava grávida e tinha muita paciência comigo.” Disse a senhora alisando os cabelos sedosos da filha.
“Mas mãe eu...”
“Amor eu não estou dizendo que você não tenha visto ele dando em cima de outras mulheres, estou apenas dizendo que quando estamos grávidas exageramos sem perceber.”
“Eu queria atenção mãe!”
“Eu sei! Então acho que você já sabe o que fazer!”
“Vou falar com ele amanhã de manhã.”
“É assim que se fala minha pequena, agora durma, descanse porque se tudo der certo, amanhã você não vai ter descanso.” Disse a senhora maliciosamente fazendo sua filha sorrir e fechar os olhos e dormir.
Ela teve um sono muito conturbado e acordou no meio da madrugada, se levantou e foi até a cozinha para tomar um copo de leite quente. Quando estava tomando seu copo de leite percebeu que havia uma coruja na janela, ela abre e pega a carta que o animal trás. Vê na carta a insígnia da família Malfoy no pergaminho, sua mão treme, mas ela abre e começa a ler.
“ Passei horas tentando escrever algo que prestasse, isso foi a única coisa que saiu nessas circunstâncias. Eu escrevo para dizer apenas uma coisa, não irei mais atrapalhar a sua vida, não quero ver você triste pois sempre que isso acontece sinto meu mundo cair, é como se eu não existisse quando você chora.
Então você deve estar se perguntando o por que de eu estar escrevendo isso para você e não indo até aí lhe buscar pessoalmente. A resposta você já deu, eu sou um Malfoy e como tal eu não podia fazer o que desejava. Eu nunca mudei Gina, eu não posso, está nas minhas veias. E com isso eu percebi, tarde, mas espero que à tempo, que estava destruindo sua vida, lhe fazendo infeliz. Eu não posso mais fazer isso! Por isso estou indo embora, para bem longe de você, para que você esqueça toda a infelicidade que eu possa ter lhe causado, para que você possa reconstruir sua vida e ser verdadeiramente feliz, nem que essa felicidade seja longe de mim. Só desejo sua felicidade, pois só poderei ser feliz se você o for.
Adeus Virgínia.
D.M. ;“
Ela deixou a carta cair no chão, algo em seu coração quebrou, ela não podia deixar isso acontecer, ela ainda o amava e além do mais ele era o pai do filho dela. Então ela correu para seu quarto, pegou seu casaco, desceu as escadas, saiu de casa e aparatou para seu apartamento. Gritou, mas ninguém respondeu, a casa estava vazia, ela correu para o quarto e percebeu que a roupas dele haviam sumido. Ele realmente foi embora. Ela foi para o escritório, buscou algum papel que indicasse para onde ele foi, mas não encontrou nada.
Ela aparatou para o ministério, onde ele trabalhava, foi até seu escritório, mas não tinha ninguém. Então ela viu, ela viu a foto deles dois em Hogwarts, no ultimo ano dele, o ano em que eles começaram a namorar. ‘Será que...? Não custa nada tentar’. Ela aparatou novamente, mas dessa vez foi em hogsmead, ela andou até o castelo, estava muito frio e ela estava de pijamas e um casaco não muito apropriado para aquele frio.
Ela chegou no castelo, e se dirigiu até o lago negro, olhou ao longe e viu que alguém estava sentado na beira do lago. Será que era ele? Ela se aproximou e percebeu que para sua felicidade era. Porém quando chegou mais próximo sentiu novamente aquela sensação de tontura e antes que pudesse chegar próximo o suficiente para tocá-lo desmaia novamente.
Ela acorda num local familiar, a enfermaria de Hogwarts, quando tenta se levantar alguém a impede.
“Nem pense nisso! Você é louca? Como você sai aquela hora só de pijamas fraca do jeito que está? Você quer me matar do coração?” perguntou Draco que estava sentado ao lado dela esperando ela acordar.
“Eu te encontrei!”
“É me encontrou! Me prometa que não vai mais fazer essa loucura!” disse ele olhando diretamente nos olhos dela.
“O que? Te procurar?” disse ela rindo.
“É sério Virgínia.”
“Quem tem que pedir para não morrer do coração sou eu, como você me escreve dizendo que estava indo embora?”
“Eu estava indo embora, só vim aqui me despedir.”
“Você realmente esperava que eu ficasse parada depois de ler aquela carta.”
“Não! Mas não pensei que iria ser rápida o suficiente de me pegar ainda aqui.”
“Eu não podia deixar você ir.”disse ela olhando para os olhos cinza dele.
“Por que?” perguntou ele maliciosamente.
“Primeiro, você não tem o direito de decidir por mim; segundo, eu também sou uma Malfoy ou esqueceu?; terceiro, eu só posso ser feliz se tiver você comigo; quarto, fui eu quem errei, fui ciumenta e imatura demais, me perdoa?”
“Eu não tenho o que te perdoar, quem tem que me perdoar é você, quem foi frio com você fui eu, eu fiz você se estressar naquele dia e passar mal, e foi por minha causa que você enfrentou aquele frio desmaiou lá fora, eu não iria me perdoar se algo acontecesse a você, quando te vi caída lá fora eu não sei o que... então quem tem que me perdoar é você.”
“Eu tenho que lhe agradecer então! Afinal de contas é sua culpa eu estar passando mal.” Disse ela ajoelhando-se na cama e abraçando o marido.
“Por que agradecer?” perguntou ele sem entender o que acontecia.
“Eu estou esperando um filho, Draco, nosso filho! É por isso que eu tenho desmaiado tanto, eu estou grávida.” Disse ela olhando nos olhos dele esperando alguma reação.
Ele não mexeu um só músculo, ela o olhava esperançosa quando de repente uma lágrima solitária deixou os olhos dele e escorreu pelo seu rosto. Ela não esperou mais, o beijou de uma maneira única, era felicidade, saudade, medo e paixão misturados num só beijo. Ele segurou sua cintura e puxou para mais próximo dele, afim de aprofundar o contato. Seus lábios se encontravam, suas línguas duelavam por um maior contato, ela segurava nos cabelos loiros dele e ele passeava sua mãos pela cintura e pelas costas dela. Ele começa a beijar o pescoço dela, enquanto ela tentava lhe tirar a camisa, suas mãos estavam tremulas então ele vendo o desespero dela arranca a camisa e começa a desabotoar a camisa do pijama dela e a beijar cada parte que ele descobria. Ela beijava e mordiscava o lóbulo da orelha dele, deixando-o louco. Ele vai se inclinado por cima dela, fazendo ela deitar e se colocando em cima dela sem interromper o beijo. ( Eu não posso continuar essa parte porque eu não tenho capacidade para fazer tal coisa, então deixo com a imaginação de vocês, está bem?) passaram um bom tempo juntos na cama da enfermaria até que o dia raiou.
“Tenho que voltar à toca, eles vão ficar preocupados se não me encontrarem lá.” Disse ela se levantando para olhar nos olhos dele.
“Agora?” disse ele olhando para sua esposa carinhoso.
“Eu fiquei com medo de nunca mais ficarmos assim juntos.” Disse ela olhando diretamente nos olhos dele.
“Eu também.” Disse ele deitando ela novamente em seu peito.
“Minha felicidade é estar com você! Não importa o que eu diga, você nunca mais pense em me abandonar!”
“Agora nem que você me expulse eu vou embora! Eu não consigo acreditar ainda que vou ser pai!”
“Acho que já podemos ir treinando, não é papai?”
“É mamãe!” disse ele beijando-a novamente.
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