Playing the game



MÚSICA: “RUN” – SNOW PATROL



“We live our lives on the squad unit. Seven days a week, fourteen ours a day. We’re together more than we are apart. After a wile… The ways of internships became the ways of your life. Number one, always keep score. Number two, do whatever you can to outsmart the other guy. Number three, don’t make friends with the enemy, on that I’m obviously screwed. Oh and yeah… Number four, Everything, everything, it’s a competition. Who ever said that winning wasn’t everything… Never held a wand before. There’s another way to survive this competition… A way that no one seems to tell you about. One you have to learn for yourself. Rule number five: It’s not about the race at all, there are no winners or losers... Victories are counted by the number of people that get away… And maybe, if you’re smart, the life you save could be your own…”


- Rony tem um quarto maior que o meu! – exclamou Giny invadindo o quarto e escancarando as cortinas. Hermione acordou num sobressalto.

- Meu quarto é tipo dois centímetros maiôs que o seu! - exclamou uma voz vinda do corredor. – Por que tudo tem que ser uma competição pra vocês?!

– Não é justo! A idéia foi minha! - Hermione gemeu sua cabeça ainda se encontrava levemente anestesiada de sono. Resmungando ela se levantou e caminhou em direção ao corredor.

- Eu vi o quarto primeiro! – rebateu Rony, que Hermione notou matinha-se grudado ao vão de uma das portas do corredor. Hermione desviou do obstáculo e desceu as escadas com Giny em seu encalço:

- Hermione faça alguma coisa! – exigiu ela.- A casa é dela, ela é quem deve decidir! Além do mais, eu tenho mais roupas, eu deveria ficar com o quarto maior! - Hermione não respondeu caminhando velozmente até a cozinha. Precisava de café, urgente.

Dando a volta numa longa bancada que separava a sala da cozinha, Hermione pegou uma grade xícara e começou a se servir de café.

- Você tem fita adesiva? – perguntou Luna surgida do nada.

- Ah! – gritou Hermione ao sentir o cutucar da mulher nas suas costas. Hermione pôs a mão direita no peito respirando fundo. Giny ria.

- Sinto muito, eu não quis te assustar. – recomeçou Luna com um ar completamente desanuviado. – Na verdade eu ia lá em cima, mas eu não quis te acordar, mas Giny o fez então, eu estava pensando se você não poderia...

Hermione não estava ouvindo. Com sua xícara nas mãos ela seguiu escadas acima esbarrando com Rony no corredor. Desviando novamente ela caminhou até o banheiro e fechou a porta atrás de si.

- Hermione? Você precisa de um pouco de privacidade...? – perguntou Rony através da porta.



- Oh, você trás suborno de casa agora é?– provocou Draco. Hermione continuou caminhando.

- Não é suborno... E veio do Joe’s. – respondeu Hermione.

- Vocês acham que agente vai conseguir sair em campo hoje? – questionou Rony esperançoso.

- Eu espero que sim... – murmurou Harry.

- Hermione vai provavelmente... – comentou Draco com os olhos numa enorme xícara nas mãos dela.

- Isso é suborno. – concluiu Rony apoiando Draco. – E eu não acho que seja uma boa idéia...

Hermione caminhou em direção à Bailey que interrompe a conversa com o atendente no balcão voltando-se para o grupo:

- Por aqui. – eles a seguem.

- Bailey... Senhora, eu estava esperando poder auxiliar um dos aurores em campo hoje... – tentou Hermione. – Talvez uma tarefa simples? Eu sinto que estou preparada... Mocha latte? – terminou ela oferecendo a xícara em sua mão direita.

- Eu também. – acrescentou Harry sem pensar duas vezes.

- E eu. – falou Giny, e logo murmúrios e pedidos começaram a surgir no grupo. Bailey levantou uma das mãos, o grupo se calou:

- Parem de falar! – ordenou. – Todo estagiário quer sair em campo pela primeira vez. E esse não é o seu trabalho! Sabe qual o seu trabalho? Fazer a sua instrutora feliz. Eu pareço feliz? Não. Sabem por quê? Porque meus internos estão choramingando! Sabe o que me faria feliz? Ter os arquivos organizados, as chamadas atendidas e os depoimentos despachados! – ela olhou para o mocha latte e retirou-o das mãos de Hermione. – Ninguém segura uma varinha até que eu esteja saltitante de alegria. Entendido? Movam-se!



Harry apertou o botão do elevador à sua frente. Tinha um depoimento para despachar antes das onze, e estava atrasado. Sem contar com o fato de que sua cabeça não estava necessariamente concentrada na tarefa para a qual Webber o havia designado antes de partir para a missão. Acrescentou mentalmente enquanto entrava no elevador.

- Espere! – exclamou Hermione. Harry segurou a porta e ela entrou parando de costas a sua frente. Um momento de silêncio se seguiu até que Harry comentou:

- Você não tem nenhum autocontrole. Isso é triste, sinceramente... – Hermione sorriu antes que pudesse se conter. Obviamente ele se referia ao último incidente que ocorrera no elevador.

- Eu vou de escada da próxima vez... – murmurou ela. Foi a vez de Harry sorrir.

- Londres tem balsas... – Hermione sorriu.

- Tem. – respondeu ela.

- Eu não sabia disso. – continuou ele também sorrindo. – Eu moro no centro há uma semana e não sabia disso...

- Londres é cortada por um rio. Tamisa. – explicou ela com um sorriso no rosto. – É bem grande... Difícil perder de vista. – zombou ela. Harry sorriu.

- Agora eu tenho que gostar daqui. Eu não gosto da cidade, prefiro o campo.

- Eu sei...

- Eu tenho uma coisa por balsas...

- Eu não vou sair com você. – cortou Hermione virando-se para ele.

- Eu pedi pra você sair comigo? – ela não respondeu. –Você quer sair comigo?

- Eu não vou sair com você. E não vou definitivamente dormir com você. Você é meu amigo.

- E colega de trabalho. – brincou ele.

- Isso. – encerrou Hermione.

- E daí?

- Você está me assediando sexualmente. – Harry gargalhou:

- Eu estou usando o elevador.

- E eu estou saindo dele. – completou saindo assim que as portas se abriram.

Harry observou enquanto a amiga caminhava pelos corredores do quarto andar.

- Potter! – exclamou uma voz masculina. Harry se virou e caminhou em direção ao homem grisalho do outro lado do corredor.

- Eu trouxe os arquivos! – disse prontamente.

- Ótimo! – respondeu Webber. – Você teve a chance de dar uma olhada?

- 1956 Fuga de Roger Duquette de Azkaban... Suspeita de auxílio de Dementadores, apesar de não ter sido comprovada...

- Isso. – confirmou parecendo satisfeito. – Eu mesmo o prendi 48 horas depois... Não foi fácil...

- Posso perguntar o porquê do arquivo, senhor? – questionou Harry ao observar os flocos de neve na capa do auror. Nevava do lado de fora. Ele notou o olhar de Harry em suas roupas.

- Você deve aprender a observar os casos antigos, sempre ajuda a resolver os novos... – respondeu seguindo para uma das lareiras do lobby e sumindo novamente.

Harry observou enquanto o homem seguia com um ar frustrado. Apesar da certeza que partia de Bailey naquela manhã, esperava que pudesse ser levado para campo antes do almoço... Voltando-se para o elevador novamente saiu em busca de outro caso. Mas sua atenção foi desviada para seu cós, que se aqueceu rapidamente. Harry observou enquanto a pedra presa a ele tornava-se azul. Desistindo do elevador, Harry correu em direção às escadas em busca de Bailey. Aquele era um novo caso, e seria dele...

- O que houve? – exclamou Giny ao juntar-se a ele a meio caminho da sala de Bailey.

- Esquece Weasley esse caso é meu! – retrucou Malfoy unindo-se aos dois.

- Eu acho que cheguei primeiro então... – reclamou Harry.

- Não chegou nada! – intrometeu-se Rony.

- Você devia estar despachando os depoimentos Rony! – protestou Giny.

- Que seja... – ignorou.

- Oi! – exclamou Luna saindo da sala de Bailey.

- Não... – resmungou Harry em desagrado.

- O que houve? – perguntou Hermione que vinha pelo corredor, afobada.

- Oh! Eu chamei vocês! – disse ela simplesmente.

- Você nos chamou?! – perguntou Giny, num misto de irritação e surpresa.

- E o caso? – questionou Rony.

- Não tem caso! – explicou ela.

- Porque você chamou agente? E... Como? – perguntou Hermione visivelmente irritada.

- Eu achei um ótimo lugar pra gente almoçar, venham! – exclamou ela apontando para as escadas e parando logo em seguida. – Ah não esperem! – e voltando para dentro do escritório saiu logo em seguida com um grande jarro nas mãos. – Vamos... Vamos! – insistiu ao perceber a inércia dos amigos.



Os seis seguiram escadas acima. Hermione observou enquanto Luna guiava o grupo até o elevador principal.

Nós estamos deixando o prédio? Nós não podemos deixar o prédio, nós estamos trabalhando... – comentou Hermione com um ar preocupado.

- Nós não estamos. - explicou a mulher firmando o jarro nos braços. – O Ministério fica no subsolo de um prédio abandonado lembra?

- É? – perguntou Draco num tom enfezado.

- Agente vai pro telhado, uma vista perfeita.

- Eu aposto que sim... – resmungou Rony. E ela estava certa. O local estava de fato abandonado, mas a vista era maravilhosa. Hermione não se agradava muito da altura, mas tinha que dar o braço a torcer por aquilo... Afinal, eles realmente estavam precisando de descanso, da última semana...

- Então... Me diz o que é isso de novo... – perguntou Rony observando o jarro nas mãos de Luna.

– Ah, você não quer saber... – desconversou Luna.

- Eu quero saber... – falou Harry retirando o jarro das mãos dela e levantando-o.

- O que é? – questionou Hermione desviando a atenção de sua comida e observando o objeto. O jarro de vidro estava cheio de um líquido amarelado e dentro dele, um pedaço estranho e disforme do que parecia ser...

- Isso é um...? – começou Giny pasmada.

- Um pênis. – respondeu Luna calmamente e dando uma dentada no sanduíche que havia trazido. Harry largou o frasco com um gemido nas mãos de Hermione que segurou com uma careta e pôs no chão.

- Porque você está carregando um pênis num jarro?! – questionou Rony.

- Briga doméstica. – resmungou ela. Malfoy gemeu.

- Vocês sabiam que existe um local onde eles põem objetos encontrados nas cenas dos crimes? Todos arquivados... – continuou ela como se ao invés de um pênis guardasse um peixinho dourado. – De qualquer forma. O cara dos arquivos ficou de pegar na minha mão então eu estou guardando.

- Afasta esse negocio... – pediu Giny sentando-se mais distante do grupo.

- Não se preocupe Weasley, você não vai engravidar... – brincou Draco. Giny fez uma careta e se não muito Hermione se enganara corou levemente.

- Isso é um absurdo! – exclamou Harry. – Nós fomos treinados para sermos aurores não carregar pênis dentro de um jarro!

- Carregar arquivos...

- Fazer relatórios... Eu escrevi tanto hoje que minha mão está dormente...

- Eu me sinto um trapo... – murmurou Giny com azedume.

- Quem aqui não faz idéia alguma do que está fazendo? – perguntou Rony. Todos ergueram as mãos.

- Nós não deveríamos estar aprendendo alguma coisa? Qualquer coisa? – reclamou Luna. – Porque, eu tenho a sensação de que não estou aprendendo nada!

- A não ser como não dormir...

- É como se houvesse uma parede entre agente e eles...

- Eu preciso de uma bebida... Ou uma massagem, ou de um homem... – murmurou Giny. – Talvez uma massagem de um homem bêbado...

- Eu posso ajudar... – murmurou uma voz em seu ouvido que ela reconheceu como sendo de Draco. Ela se afastou murmurando.

- Eu quero sair em campo... – disse mudando de assunto.

- Eles estão lá... Fazendo o trabalho deles e agente aqui, fazendo...

- Nada. – completou Harry.

- Eu odeio ser estagiário... – resmungou Rony.

- Hum hum! - um pigarro de clara irritação soou no local. O grupo se voltou para a porta de acesso ao terraço, Bailey estava em pé no local com um olhar não muito agradável. Era óbvio o interesse no porque dos seis não estarem trabalhando naquele exato momento... Antes que pudesse dizer alguma coisa, o grupo se apressou em levantar e sair escadas abaixo. Observado o pacote de salgados que Giny havia deixado para trás, Bailey caminhou até a sacada e sentou-se servindo se de um pouco.

Hermione havia acabado de descer as escadas e caminhava até o elevador quando sentiu um braço puxa-la para a porta de saída:

- Espere. – pediu Harry.

- Harry o qu...? – começou Hermione receosa, Bailey estaria descendo a qualquer momento.

- Então... – começou ele antes que ela pudesse se desvencilhar. – Nós dormimos juntos.

- Uma vez.

- E nos beijamos...

- Uma vez!

- Não me entenda mal, eu sou totalmente a favor de beijos, entre outras coisas, é só que...

- Harry! Eu tenho qu... – insistiu ela voltando os olhos para a escada ciente de que eles poderiam ser pegos a qualquer momento.

- Espere... – pediu ele. E respirando fundo, como se criasse coragem para dizer algo. – É... Intensa... Essa coisa, por balsas quero dizer... – Hermione não se conteve e sorriu relutantemente. Ela ouviu passos.

- Harry pare... – pediu apesar de ter um sorriso no rosto.

- Nós nos falamos depois? – perguntou ele.

- Eu tenho que ir!

- Isso é um sim?

- Não... – respondeu se afastando.

- É um não? – insistiu com um sorriso. Houve um momento de silêncio até que Hermione respondesse:

- Não...

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