Explicações e Decepção

Explicações e Decepção



Explicações e Decepção


N/A: Oi genti!!!! Só pra avisar, eu coloquei uma música aí na fic... mas não tem nada a ver com a história e talz... Bem, se você estiver com boa vontade dá te pra encaixar ela um pouco no início da história!hauhua Mas eu só coloquei mesmo pq eu sou apaixonada por essa música, e eu a ouvi durante td o tempo q eu escrevi o capítulo. Por isso eu achei q deveria colocá-la aki! A música é “Equalize” da Pitty. Bem, boa leitura pra vcs. Comenteeeemm... =]]


“Às vezes se eu me distraio

Se eu não me vigio um instante

Me transporto pra perto de você,

Já vi que não posso ficar tão solta

Me vem logo aquele cheiro

Que passa de você pra mim

Num fluxo perfeito

Enquanto você conversa e me beija

Ao mesmo tempo eu vejo

As suas cores no seu olho tão de perto

Me balanço devagar, como quando você me embala/

O ritmo rola fácil, parece que foi ensaiado

E eu acho que eu gosto mesmo de você

Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você

Numa freqüência que só a gente sabe

Eu te transformei nessa canção

Pra poder te gravar em mim




Aconchegada no colo de Draco, Hermione pensava no quão estranha e maravilhosa era aquela situação. Ele contava a ela alguma história sobre sua infância, mas ela não prestava atenção. Ela não conseguia se concentrar em nada que não fosse o seu cheiro que impregnava todo o local, no timbre de sua voz enquanto conversava com ela calmamente, nos seus olhos que tinham uma cor característica e a encaravam de uma maneira tão profunda que ela sentia como se ele pudesse ver toda a sua alma. E ele a surpreendia tanto que ela não duvidava que ele realmente pudesse ver sua alma.


Ela percebia agora que realmente gostava dele, bem do jeito que ele era. É verdade que ele tinha seus defeitos. Muitos defeitos. Mas ela gostava dele do mesmo jeito. Não havia como mudar isso. Ela se sentia tão segura perto dele, que muitas vezes ela duvidava que ele era realmente Draco Malfoy. Estava tão absorta em seus pensamentos que não percebeu que de repente Draco havia parado de falar.

Adoro essa sua cara de sono

E o timbre da sua voz

Que fica me dizendo coisas tão malucas

E quase me mata de rir

Quando tenta me convencer

Que eu só fiquei aqui

Porque nós dois somos iguais

Até parece que você já tinha

O meu manual de instruções

Porque você decifra o meu sonhos

Porque você sabe o que eu gosto

E porque quando você me abraça o mundo gira devagar

E o tempo é só meu e ninguém registra a cena

De repente vira um filme todo em câmera lenta

E eu acho que eu gosto mesmo de você

Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você

Numa freqüência que só a gente sabe

Eu te transformei nessa canção

Pra poder te gravar em mim.”



_ Então eu capturei o assassino e todos viveram felizes para sempre.


_ Quê? – ela perguntou confusa. Que coisa maluca era aquela que ele estava falando?


_ Hermione, você não escutou nada do que eu falei, não é? – ele perguntou com uma falsa expressão brava.


_ Ah Draco! Desculpa! – ela se desculpou envergonhada – Mas é que eu estava pensando...


_ Por Merlim! – ele a interrompeu – Será que a senhorita não sabe fazer outra coisa a não ser pensar? – ele perguntou sorrindo.


_ Draco!!


_ Ta legal! – ele sorriu novamente – No que você tava pensando? – ele perguntou enquanto pousava um beijo sobre sua face.


_Bem... – ela fez uma cara de mistério, então levantou o rosto, lhe deu um breve beijo e disse sorrindo – Eu estava pensando que talvez a gente pudesse dançar! – ela o puxou pela mão, sorrindo como uma criança prestes a fazer uma travessura.


_ Hahahaha!! Não mesmo! Eu não sei dançar.


Ela nem ouvia o que ele dizia e o puxava para o centro da sala.


_Hermione, escuta! Eu não sei dançar. Além disso, nós não temos música.


_Tudo bem! Eu canto! – ela deu um sorriso ainda maior e se encostou a ele pronta para começar a dançar.

_ Não Hermione. Sério! Eu sou um péssimo dançarino! – ele tentava escapar, mas no fundo estava adorando aquilo tudo. Há tempos não se divertia tanto.


_ Tudo bem, eu te ensino!


_Hahahaha! Você não desiste mesmo não é? – ele disse enquanto lhe dava um beijo – Tudo bem! Se você faz questão, eu danço. Mas depois não vai reclamar se eu pisar no seu pé.


_Você não vai pisar no meu pé. – ela lhe piscou o olho sorrindo.


_Quero só ver.


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Faltava pouco. Quase nada. Se ele quisesse podia chegar na casa de Draco naquela hora, mas ele preferia esperar anoitecer. Era perigoso agir à luz do dia. Enquanto isso ele descansava, comia alguma coisa e tomava a poção que iria lhe ajudar. Ele se sentia cansado como nunca, e duvidava que pudesse ganhar aquela batalha contra Malfoy, mas algo o impulsionava a continuar. O amor que sentia por Hermione o ajudaria, ele sabia disso. O que Harry não sabia é o que o outro lado também tinha o amor para lhe ajudar. A batalha era de igual para igual.

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Já era noite. Draco e Hermione haviam acabado de jantar e estavam agora sentados no sofá. O pressentimento que Hermione vinha sentindo há algum tempo agora vinha com força total. Era como uma vozinha em sua cabeça dizendo o tempo todo que ela deveria tomar cuidado.


_Nossa! Fazia tanto tempo que eu não dançava! – Draco comentava se lembrando do que havia acontecido a tarde.


Hermione deu um pequeno sorriso, antes de dizer:


_Eu também! Mas sabe que pra quem disse que não sabia dançar até que o senhor dança muito bem, não é? Não pisou nenhuma vez em meu pé. Diferente de mim.


_Pois é. – ele sorriu – Eu encontrei uma dançarina pior do que eu. Sinceramente, Hermione, você é horrível dançando. – ele provocou enquanto lhe dava um beijo na testa.


_Ei, também não exagera! Eu danço mal, mas nem tanto – ela fez um beicinho emburrado que fez Draco cair na risada – Não ri, Draco! É verdade. Eu só pisei no seu pé umas três vezes.


_Hahahahaha! Três vezes mais umas dez né?


Ela soltou um som indignado e lhe deu um pequeno tapa:


_ Que exagerado! Sem graça!


Os dois riam, quando de repente Hermione ficou com um ar sério assustando Draco.

_Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou cauteloso.


_Você não ouviu isso? – ela perguntou enquanto permanecia atenta a qualquer ruído.


_Não. O que você escutou exatamente? – ela já se levantava quando Hermione o puxou novamente para o sofá.


_Não. Eu pensei ter ouvido um barulho, mas deve ser imaginação minha. Não liga não!


_Não, Hermione! – ele se levantou novamente – Se você ouviu alguma coisa é melhor ir verificar não acha? Pra te deixar mais tranqüila.


Ela sorriu e assentiu com a cabeça enquanto Draco ia indo para a porta à procura do que haveria ocasionado o barulho. Ele olhou, mas não encontrou nada.


_É, Mione! Eu acho que você realmente não escutou nada não. Deve ter sido só impressão. – ele disse enquanto dava uma última olhada. Ele já estava voltando para a sala quando algo o atingiu e ele caiu no piso fazendo um barulho que assustou Hermione profundamente.

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Harry havia conseguido passar pelo portão. Ele nem imaginava como. Mas o seu desespero era tão grande que ele ia desfazendo os feitiços de uma vez, nem se preocupando com o que pudesse acontecer. Ele havia sido atingido em algumas partes do corpo. Mas nada muito preocupante. Apenas uns arranhões nos braços e nas pernas.


Quando ele encontrou a porta da mansão aberta ele pensou que houvesse alguma armadilha. Não podia ser tão fácil. Então ele se encostou a porta novamente e entrou na casa com a varinha em punho. Foi quando ele ouviu alguns passos. Instantaneamente ele se escondeu atrás de uma estátua que havia perto da entrada e surpreso viu Malfoy aparecer sem nenhuma varinha ou algo que pudesse protegê-lo. Ele pensou em lançar um Avada Kedrava aproveitando a oportunidade. Mas aquilo era covardia. Queria lutar cara a cara, olho no olho. Então ele murmurou um feitiço que paralisaria Malfoy. Enquanto saía de trás da estátua ele viu o loiro cair e ficar no chão completamente imóvel.


Quando ele se abaixou para ver se o bruxo estava com a varinha, ele pôde ouvir alguns passos e pensou em se esconder novamente. Mas antes que fizesse isso, ele viu Hermione surgindo na porta com uma feição curiosa.


_Draco, aconteceu... – Hermione havia ouvido um barulho e foi ver o que teria acontecido. Mas ela avistou Harry e foi incapaz de completar sua pergunta.


Harry nunca havia se sentido tão aliviado. Ele imaginava que encontraria Hermione em um lugar escuro, completamente suja, fraca e à beira da morte. Foi uma surpresa quando a viu ali, mais saudável do que nunca e nem um pouco assustada. Ele ficou um pouso desconfiado, mas não queria pensar nisso agora. O importante é que ela estava ali. Sã e salva.


_Mione... – ele ainda murmurou antes de correr ao seu encontro e abraçá-la apertado, como se ela pudesse fugir a qualquer momento.


Quando ela sentiu o abraço de Harry, por um momento ela se esqueceu de tudo, até mesmo de Draco. Como ela sentira falta daquele abraço. Ela se sentiu feliz e aliviada em saber que ele estava bem. Mas de repente ela se lembrou de Draco. Se Harry estava ali, em sua frente, vivo, isso queria dizer que ele havia feito alguma coisa com Draco, e seu coração bateu mais forte ao pensar nisso. Ela se soltou do abraço devagar, receosa de saber o que acontecera com o loiro.


Quando Harry a sentiu saindo do abraço ele lamentou internamente, mas também se afastou.


_Mione, você não imagina o quanto eu tive medo de que pudesse ter acontecido algo contigo. – ele acariciava seu rosto como se duvidasse que ela realmente estava ali, em sua frente.


_Harry... – ela tirou a mão dele do seu rosto e entrelaçou os dedos dele nos seus. – eu estou muito feliz que você esteja aqui, mas... como que você entrou aqui, você...


_Não se preocupe, Mi. Eu paralisei o Malfoy. – ele foi um pouco pro lado e apontou para o bruxo caído no chão.


Hermione ficou aliviada em saber que Harry só havia o paralisado. Então ela se deu conta de que deveria contar ao moreno tudo que havia acontecido. Tudo que havia acontecido entre ela e Draco Malfoy.


_Harry. Eu preciso te contar algo...


_Olha Hermione... – ele a interrompeu, um pouco impaciente – depois você me fala, pode ser? É que agora seria realmente melhor se a gente desse um jeito no Malfoy. A gente não pode...


_ Harry Potter! É importante! Eu preciso falar agora.


Ao perceber a urgência no olhar dela ele deu um suspiro resignado e foi andando na direção do loiro caído no chão enquanto falava.


_ Tudo bem, Hermione. Eu só vou fazer um feitiço para amarrá-lo. Nós não queremos que de repente ele acorde e saia andando por aí, não é?


Ele então conjurou as cordas e olhou para mulher à sua frente, encorajando-a a falar.


E foi aí que ela teve medo. Ela nem sabia como começar. Mas ela tinha que contar.


_Bem... eu, eu... Ai caramba! Eu nem sei por onde começar.


_Que tal começar do início? – ele tentava não se preocupar, mas a cada segundo ficava mais nervoso. Por que ela não falava logo?


_Tá legal. Na realidade, é uma história muito comprida. Mas, mas... – ela olhou para o chão, sabendo que se olhasse para os ansiosos olhos verdes à sua frente não teria coragem de terminar – o que você precisa saber é que... EuestouapaixonadapeloMalfoy.


_ Quê? – ele deu um sorrisinho – Hermione, talvez se você falar um pouco mais devagar e mais alto eu consiga entender. – ele chegou perto dela e pegou a sua mão acariciando-a – Se acalma, Mi. Respira fundo, e me conta o que realmente aconteceu.


Ela o olhou assustada. Era agora. Ele estava ali na sua frente, nervoso. Era melhor acabar com tudo de uma vez. E ela falou, dessa vez mais devagar e mais alto, esperando que ele entendesse.


_ Eu estou apaixonada pelo Malfoy.



No mesmo instante, ele olhou para o rosto dela com um olhar de completo espanto. Como assim ela estava apaixonada pelo Malfoy? Aquilo só podia ser uma brincadeira. Ele sabia que ela não o amava, e que talvez ela pudesse gostar de outro... Mas Draco Malfoy? O loiro nojento e repugnante com quem o trio havia brigado durante todos os anos de Hogwarts? O garoto que chamava Hermione de Sangue-Ruim? O homem que amedrontava a população bruxa? O HOMEM QUE ESTAVA NO LUGAR DE LORDE VOLDEMORT?


A mente de Harry girava. Ele não estava conseguindo raciocinar direito. Ele então se afastou de Hermione e encostou-se à parede com medo de que fosse cair naquele momento. Foi só então que ele finalmente teve coragem de dizer algo.


_ Você não está falando sério Hermione... – era pra ser uma espécie de uma pergunta, mas pela falta de entonação se pareceu mais com um pedido.


Hermione o encarou e foi em sua direção. Ela pegou as mãos de Harry e entrelaçou entre as suas antes de começar a falar.


_ Sim, Harry. Eu estou falando sério.


Agora ele tinha certeza. Era verdade. Ele queria ter raiva, mas a única coisa que sentia era tristeza. Uma tristeza tão grande que ele teve que olhar para o teto para impedir que alguma lágrima caísse enquanto Hermione continuava a falar.


_ O que acontece é que quando eu cheguei aqui, Draco não me colocou em nenhum calabouço ou algo parecido. Ele simplesmente me deixou aqui, como se eu fosse uma antiga amiga que estivesse visitando-o. É verdade que nos primeiros dias nós fomos hostis um com o outro, mas depois de um tempo, nós aprendemos a conviver, entende? – ele não entendia. Como ela podia simplesmente se apaixonar por Draco? Aquilo era surreal. – E depois eu comecei a gostar dele. Eu não sei como isso aconteceu. Na realidade, eu não queria que isso tivesse acontecido. – ela não estava mentindo. Ela sabia que seria tudo bem mais fácil se não gostasse dele. Mas ela não tinha controle sobre os seus sentimentos.


Nesse momento ele abaixou o rosto para olhá-la nos olhos, o que permitiu que uma lágrima caísse, apenas uma, mas o bastante para deixar Hermione pior do que já estava. Mas Harry ainda tinha uma última pergunta. Ele estava evitando fazê-la, mas agora não dava mais. Ele precisava saber.


_ E... – ele começou inseguro – ele também está apaixonado por você?


Ela abaixou o rosto, olhando para os próprios pés. A temida pergunta havia sido feita. Sentindo como se sua voz houvesse fugido da garganta ela apenas assentiu com a cabeça.


Harry sentiu a raiva chegando com força total. Então ele havia se arriscado todo esse tempo pra salvar a mulher e ela dizia que estava apaixonada por Malfoy, e ele também estava apaixonado por ela? Aquilo era inaceitável. Enquanto ele morria de medo só de imaginar que algo ruim havia acontecido com ela, ela estava se divertindo. Será que os dois passavam as tardes no sofá, fazendo coisas que ele nem queria imaginar quais eram? Será que ela havia tido coragem de beijar Draco Malfoy? SERÁ QUE ELES HAVIAM FEITO AMOR?


Ele não conseguia pensar. Sua raiva era tão grande que ele teve que sair de perto de Hermione com medo de que pudesse machucá-la. Ele queria falar alguma coisa. Queria despejar toda a sua raiva em cima dela. Mas se sentia incapaz de articular qualquer palavra.


_Harry... – Hermione o chamou – eu sei que isso tudo é muito difícil pra você. Pra mim também é. Mas... – ela suspirou – eu queria que como amigo você me entendesse. – ela falou baixo sabendo que aquele pedido era em vão. Ele nunca entenderia. Mas ela não podia culpá-lo. Quem entenderia?


Ele olhou para ela incrédulo. Como entender? Será que ela tinha noção do pedido que ela estava fazendo. Sentindo a raiva transbordar ele não pôde mais conter suas palavras.


_Entender? Entender o quê Hermione? Entender que você e o Malfoy estão apaixonados? É o Malfoy, O MALFOY! ISSO É IMPOSSÍVEL DE ENTENDER. É IMPOSSÍVEL ENTENDER QUE VOCÊ ESTEJA APAIXONADA PELO CARA CUJA VONTADE ERA TE VER MORTA – ele agora gritava, sem se preocupar com os pedidos de Hermione para que ele ficasse calmo – NÃO TEM COMO, TÁ LEGAL? – ele se acalmou um pouco e começou a falar mais baixo, porém, sem deixar de olhá-la com os olhos cheios de raiva, tristeza, decepção – Me peça pra entender qualquer coisa Hermione. Menos isso.


Ela se sentiu acabada. O olhar que ele lhe lançou fez ela se sentir a pior das criaturas. Mas como explicar a ele que na realidade Malfoy não era tão mau assim? Ele só era um pouco perturbado. Não, ele não entenderia. Ele não acreditaria. Até mesmo ela se sentia incapaz de acreditar nisso algumas vezes.

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Hermione estava com medo.Harry havia colocado Draco em um quarto dizendo que tinha que pensar sobre o que ia fazer com ele. Ela se sentia incapaz de pedir ao amigo que deixasse ele fugir, mas ela também não podia deixar ele morrer.


Harry, agora, andava pra lá pra cá deixando Hermione tonta. Ela queria falar com ele, mas tinha medo que ele ficasse com mais raiva ainda dela.


_Harry. – ela o chamou cautelosamente. – Você já decidiu o quê...


_Não Hermione, não. – ele a interrompeu nervoso. – Eu não sei o que fazer. Eu não sei. Eu estou confuso, tá legal? – ele sentou no sofá vencido. – Eu cheguei aqui disposto a acabar com o Malfoy. Mas agora....


_ Agora o quê? – ela perguntou vendo que ele demorava a acabar a frase.


_O que você acha Hermione? – ele a encarou fazendo com que ela desviasse o olhar – Eu posso ser o homem mais insensível do mundo, mas eu não posso simplesmente matar o cara por quem minha melhor amiga é apaixonada. – ele suspirou e se afundou ainda mais no sofá - Mesmo esse cara sendo o Malfoy.

_Mas você não é insensível, Harry. – ela se sentou ao lado dele. – Pelo contrário.


_Pois é. E isso é um problema.


_Não é um problema, Harry. É uma qualidade. Uma ótima qualidade. – ela olhou para ele sorrindo, e ele surpreendentemente retribuiu.


_Vai falar com ele, Mi. – ele falou de repente, desviando o olhar do dela.


_Você está falando sério? – ela perguntou incrédula.


_Estou Hermione. Mas vai logo antes que eu me arrependa. Anda.


_Harry. – ela sorriu, imaginando se existia alguém assim como ele. Ela nunca havia conhecido alguém que se preocupasse tanto com o bem-estar dos outros como ele. – Você é incrível.


_É, eu sei. – ele sorriu, para tornar a ficar sério. – Mas se você decidir fugir com ele, você vem se despedir de mim, não vem?


_Harry. Eu... – ela não sabia o que dizer. Então, ela fez a única coisa que sentiu que devia fazer. Ela o abraçou.


Harry, ao sentir os braços de Hermione o envolvendo retribui o abraço com vontade, quase sufocando a garota. Mas ela não se importou, ela precisava tanto dele. Mas infelizmente, ele a soltou. Ela então olhou novamente dentro dos olhos do rapaz antes de entrar no quarto.



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