Cartas para Papai Noel



Capítulo 2 - Cartas para Papai Noel


Faltando apenas cinco dias para o natal, muitos alunos se surpreenderam ao depararem com os vários quadros de avisos que haviam espalhados por todos os salões comunais.

- Meninas, venham aqui ver isso!

Emmeline, que tinha sido a primeira das amigas a descer do dormitório, estava agora diante do quadro de avisos do salão comunal da Grifinória, lendo o conteúdo de um papel vermelho que estava anexado lá. Lily, Marlene e Alice se aproximaram dela.

- O que foi Line? - perguntou Marlene.

- Vocês já deram uma olhada nisso daqui? - perguntou Emmeline apontando para o papel vermelho.

Lily olhou para o papel vermelho.

- "Cartas para Papai Noel"? - ela leu. - O que é isso?

- Continue lendo - insistiu Emmeline.

- "Você gostaria de ganhar algum presente especial de Natal? Tem algum desejo muito intenso para a época de final de ano? Envie a sua para Papai Noel. Não importa qual seja o tamanho de seu desejo, o importante é que se acredite nele intensamente..." - Lily parou de ler. - Quem será que colocou isso aqui?

- Então, foi o Papai Noel - disse Marlene em Tom de brincadeira.

- Sério Lene, você sabe que de fato o Papai Noel não existe.

- Não foi o que você disse ontem - Marlene relembrou.

- Mas eu só disse aquilo para não ter que concordar com o Potter - Lily esclareceu e Marlene revirou os olhos. - Não me diga que você acredita em Papai Noel, Lene?

- Nada é impossível - Marlene respondeu com convicção. - Você pode se surpreender, Evans - ela acrescentou passando a mão no cabelo tentando imitar James.

Lily fechou a cara, pronta para dizer alguma coisa, mas Alice foi mais rápida.

- Gente, e que tal nós descermos para tomar café, hein?

- É melhor mesmo - Emmeline concordou. - De brigas, já bastam as que você tem com o Potter e o Black.

Lily e Marlene não disseram mais nada e seguiram as duas.


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Naquela manhã, o assuntou que tomou o Salão Principal eram os vários avisos de "Papai Noel" espalhados por toda a escola - menos no Salão Comunal da Sonserina. Muitos dos alunos, principalmente os mais novos, estavam muito excitados e acreditavam fielmente que era realmente Papai Noel que havia deixado os avisos, outros, menos crentes, apenas achavam que era apenas obra de alguém que queria brincar com aquelas pessoas que fossem mais inocentes.

Assim que os marotos chegaram ao Salão Principal, Sirius e James não se aproximaram muito das garotas, aliás, ambos pareciam tão dispersos que Lily tinha quase certeza de que eles iriam aprontar alguma. Marlene não comentou nada, porque fora o olhar rápido que ela lançara para Sirius, Marlene também parecia estar bem dispersa de tudo aquilo.

- Gente, hoje os alunos vão ter autorização para irem a Hogsmeade e fazerem as suas compras de Natal - Emmeline comentou com as amigas. - Nós poderíamos ir fazer as nossas compras, o que acham?

- Eu acho uma boa idéia, ainda nem comprei o presente que eu vou dar para o Frank - Alice falou, fazendo Lily e Emmeline rirem. - Que foi? Ele é só um amigo especial, tá?

- Nós não falamos nada - Lily defendeu ainda rindo da amiga. - Mas nós vamos sim, né Lene?

Mas Marlene não respondeu.

- Marlene, você tá me ouvindo? - Lily tornou a falar com ela. - Marlene?!

- Hã, o que foi? - Marlene se sobressaltou.

- Você vai conosco a Hogsmeade fazer as compras de Natal?

- Ah, não meninas, eu não vou, tenho umas coisas pra fazer.

- Mas você não vai fazer as compras de Natal? - Emmeline perguntou, olhando espantada para Marlene.

- Eu já comprei os meus presentes da última vez que estive lá - Marlene respondeu, mas as amigas não sabiam que ela estava mentindo.


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Depois do café-da-manhã, muitos alunos subiram para seus dormitórios para buscar dinheiro e se arrumarem para visitarem a vila de Hogsmeade. Lily, Emmeline e Alice, depois de se arrumarem, desceram para o Salão Principal outra vez e deixaram Marlene sozinha no quarto.

No dormitório masculino do 7º ano, Remus e Peter já estavam prontos.

- Vocês vão demorar muito ainda? - Remus perguntou para Sirius e James.

- Eu não vou - James e Sirius disseram ao mesmo tempo e depois se entreolharam.

- Por que vocês dois não vão? - Remus indagou intrigado.

- Bem, eu tenho que... mandar uma carta urgentemente para minha mãe, me lembrei de uma coisa muito... urgente - James respondeu, se enrolando um pouco na resposta. - Mas isso não quer dizer que eu não vou, só que eu vou daqui a pouco.

- E você não vai por que, Sirius? - Peter também estava curioso.

- Eu primeiro tenho uma coisa pra fazer - Sirius sorriu malicioso, fazendo Remus revirar os olhos. - Depois eu vejo isso aí dos presentes.

Remus e Peter saíram do dormitório. Sirius e James ficaram algum tempo em silêncio, cada um sentado em sua cama, até Sirius se virar para James e perguntar:

- Você não ia mandar uma carta para a sua mãe, Prongs?

James, que estivera este pouco tempo pensando, olhou para Sirius ainda meio confuso.

- Carta? Ah, é verdade, a carta para a minha mãe! - ele exclamou e se levantou de sua cama. - Eu já vou mandá-la.

James abriu o seu malão, tirou lá de dentro um pergaminho, uma pena, tinta, o Mapa do Maroto e a Capa da Invisibilidade.

- Você vai levar o Mapa do Maroto e a Capa da Invisibilidade para mandar uma carta? - Sirius achou estranho. - Para quê?!

- A Capa e o Mapa? Ah, sei lá, vai que eu acabe precisando deles - James deu um sorriso maroto e saiu do dormitório.


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Durante o passeio a Hogsmeade, Lily, Emmeline e Alice ouviram muitas alunos comentando o assunto "as cartas para Papai Noel". Muitos, geralmente os mais novos, comentavam sobre o que iriam pedir em suas cartas.

- Eu não acredito que tenha alguém que esteja mesmo iludindo essas crianças - Lily comentou revoltada, enquanto elas voltavam para escola carregando as sacolas com os seus presentes.

- Ah Lily, quem te garante que isso não seja verdade? - Alice indagou, fazendo Lily olhar indignada para ela.

- Alice, por favor, Papai Noel não existe! E além do mais, Papai Noel é crença trouxa!

Emmeline e Alice apenas reviraram os olhos e seguiram para a entravam junto com outros alunos para a escola e outros seguiam para o corujal para enviarem suas cartas.


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Dois dias antes da véspera de Natal, aconteceu algo que Lily não esperava. Alguns alunos que estavam mandando cartas para o Papai Noel, chegaram muito contentes ao Salão naquela manhã.

- Vocês não acreditar no que aconteceu! - um aluno do 1º ano exclamou para os outros amigos.

- O que aconteceu? - outro amigo perguntou.

- Papai Noel respondeu a minha carta!

Lily, que estava tomando o café com as suas amigas ali perto, se engasgou com o suco ao ouvir aquilo e olhou para aqueles garotos e suas amigas também.

- Sério? - perguntou uma garotinha ruiva para o amigo. - Eu também recebi resposta, e o Papai Noel disse que o meu pedido de Natal vai se realizar se eu acreditar bastante nele.

Alice e Emmeline ficaram surpresas, Lily estava incrédula e Marlene parecia não ligar muito para aquilo.
Já em outro lugar da mesa, Remus também havia ficado surpreso com a revelação dos meninos, mas o que o deixava ainda mais surpreso era a naturalidade com que James e Sirius reagiram diante daquela novidade.

- Vocês não vão dizer nada em relação ao que aqueles meninos estão falando? –Remus perguntou para os dois.

- Não nos interessamos por assuntos de crianças – Sirius respondeu com desdém.

- Não? Mas da última vez vocês até discutiram com as meninas por causa de um “assunto de crianças”! – Remus estava muito desconfiado.

- Por isso mesmo – James de pronunciou. – Nós queremos evitar brigas.

Remus não engoliu muito essa desculpa. Sirius e James estavam muito estranhos nos últimos dias. James se levantou e dirigiu-se para fora do salão sem dizer nada aos amigos, e quando passou perto de onde as garotas estavam sentadas, o maroto lançou um olhar demorado para Lily, que percebeu, mas preferiu fingir que não tinha visto. Pouco tempo depois Sirius também se levantou, indo embora e Marlene também saiu do salão praticamente junto com ele.

- Meninas, a Marlene anda escondendo alguma coisa de nós – Lily disse para Alice e Emmeline assim que Marlene deixara o salão. – Ela está muito ausente nos últimos dias, sempre distante ocupada com alguma coisa...

- Realmente, as coisas estão muito estranhas por aqui – Emmeline concordou com Lily. – Remus me disse que James e Sirius também estão muito distantes esses dias e que parece que escondem alguma coisa.

- E por falar em distante, vocês reparam que o professor Dumbledore não tem comparecido ao café-da-manhã há alguns dias? – Alice perguntou, fazendo com que Lily e Emmeline olhassem para a mesa dos professores a procura do lugar do diretor, que realmente estava vazio.

- Ai gente, isso ta muito estranho – Lily disse.

- Vocês não acham que o que eles andam escondendo da gente tem alguma coisa a ver com essas tais cartas para Papai Noel? – Emmeline perguntou.

- Talvez sim – Alice opinou se aproximando mais das meninas para que só elas escutassem. – Tipo, eles ficaram muito estranhos desde aquela conversa toda sobre o Papai Noel, lembram, eles ficaram muito nervosos naquela discussão.

- Ta Alice, mas eu também fiquei muito nervosa naquela conversa e nem por isso ando a enviar cartas para as crianças como se fosse o Papai Noel – Lily disse como se fosse óbvio que não pudesse ser um dos três a fazer isso.

- Então quem você acha que é? – Emmeline arqueou uma sobrancelha ao perguntar.

- Ué, ta cara que é o professor Dumbledore – Lily afirmou com muita convicção.

- O quê?! – Emmeline e Alice exclamaram ao mesmo tempo.

- Meninas, pensem comigo. O professor Dumbledore anda muito ausente ultimamente, né? E outra, lembram naquele dia que estávamos discutindo sobre o Papai Noel? Naquele dia o professor naquele dia afirmou ter muitas coisas para fazer...

- Claro Lily, ele é o diretor da escola! – Emmeline exclamou achando que Lily estava doida.

-... até esta data tão especial que é o Natal. - Lily completou fazendo Emmeline revirar os olhos. – Gente, eu tenho certeza que é o professor Dumbledore! E sabem, isso é uma coisa muito boa, porque ele sendo diretor da escola, mostra que ele está apenas querendo o bem estar dos seus alunos!

Emmeline e Alice apenas se entreolharam se dizer nada. Lily até poderia estar certa, mas será que era o professor mesmo.


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Lily estava passeando pelo jardim, quando viu um garotinho primeiranista se aproximar dela.

- Oi. – O garotinho cumprimentou. – Hum, será que você pode em ajudar a enviar esta carta aqui?

Lily olhou para a carta na mão do garoto.

- Claro que sim – ela disse e eles seguiram para a torre do corujal.

Chegando lá, Lily escolheu uma coruja castanha e amarrou a carta no pé do animal.

- Para qual endereço você quer mandar? – Lily perguntou para o garoto.

- Para o Papai Noel. – Ele respondeu.

- Para o Papai Noel? – Lily não estava acreditando no quanto as pessoas estavam levando a sério essa história do Papai Noel? – Você tem certeza? É que eu não sei o endereço do Papai Noel...

- Sim, eu tenho certeza! – o garoto exclamou animado. – Tudo o que os meus amigos pediram se realizou, e eles disseram que basta que enviamos a carta para Papai Noel que a carta chega.

- Bem, então ta bom – Lily disse sem na verdade acreditar muito. – Leve essa carta para o Papai Noel. – ela acrescentou para a coruja, que desempoleirou-se da mão da garota e saiu do corujal.

- Muito obrigada moça! – O garoto agradeceu Lily e saiu do corujal.

Lily foi atrás do garoto, mas uma coisa chamou sua atenção; a coruja que ela acabara de mandar, seguiu diretamente para o 7º andar do castelo e entrou por uma janela.

- O 7º andar – Lily exclamou em voz baixa para si mesma. – Bem onde fica o gabinete do professor Dumbledore. Eu sabia que ele estava por trás disso.

Lily saiu apressadamente do corujal e foi a procura de Alice. Foi encontrá-la no dormitório.

- Alice, eu preciso que você me faça um favor – Lily entrou no quarto muito afobada assustando Alice.

- Calma Lily, o que houve? – Alice perguntou preocupada.

- Mande uma carta para Papai Noel – Lily disse simplesmente.

- Lily, você ficou doida? – Alice agora estava realmente preocupada com Lily. – Nós nem sabemos se esse Papai Noel existe e...

- Alice, se tudo der certo, eu descuro hoje mesmo quem é esse Papai Noel misterioso.

- O que, você ficou sabendo de alguma coisa? É o James? O Sirius? A Lene? – Alice bombardeou Lily de perguntas.

- Calma Alice, faça primeiro o que eu pedi e depois iremos saber – Lily falou, mas a suspeita maior dela era o professor Dumbledore. Não achava que James e Sirius fossem capaz de praticar algo que seja pensando em outras pessoas que não fossem os próprios e que Marlene, bem, pensava qie simplesmente não poderia ser Marlene porque era mesmo o diretor que estava realizando os pedidos das crianças.

- Ta bom Lily, mas o que eu peço?

- Sei lá, inventa alguma coisa qualquer – Lily entregou um pergaminho e uma pena para Alice. – Pede uma boneca que fala.

Alice revirou os olhos e começou a escrever a carta. Cinco minutos depois ela já tinha escrito.

- Bem, agora vai lá no corujal enviar – Lily mandou e começou a empurrar Alice para fora quarto.

- Mas Lily, você tem uma coruja, eu tenho uma coruja, não é preciso ir até ao corujal.

- É sim, Alice, depois eu te explico porque, mas vamos logo!

Assim, as duas saíram do quarto juntas, mas quando saíram do Salão Comunal, Alice seguiu para o corujal e Lily ficou no corredor do 7º andar mesmo, bem perto das janelas.
Dez minutos depois, o que Lily previa aconteceu: a coruja em que Alice enviara a carta estava adentrando por uma das janelas do corredor e Lily começou a segui-la.

“Isso coruja, me leve até a fábrica de brinquedos do ‘Papai Noel’...”.

Mas a coruja não se dirigiu para o gabinete do professor Dumbledore. Alías, elas estava se afastando daquela direção e se aproximando do quadro de Barnabás, o louco, e de repente uma porta se materializou na parede que ficava diante do quadro.

- A sala precisa? – Lily conhecia aquela sala, mas pensava que fosse uma das únicas e que isso se devia ao fato de ela ser monitora há muito tempo.

Aproveitou quando a porta se abriu para que a coruja entrasse e entrou também. Finalmente ia descobrir quem era Papai Noel.

- Você? – Lily exclamou ao ver quem estava dentro da sala.


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N/A: Bem pessoas, eu voltei. Eu sei, essa fic ficou mais de ano abandonada, mas é que como eu não recebi muitos comentários, logo eu pensei que a fic deveria estar ruim. Mas algo dentro de mim me disse para não desistir, já que é uma das minhas idéias que eu mais gosto.
Bom, eu amei o primeiro capítulo, mas não gostei muito desse. rsrsrs Vai se explicar porque, né?
Agora só falta um capítulo e a fic está pronta. Quem será o Papai Noel, hein? Vamos fazer um bolão? Hahahahaha!

E por hoje é isso pessoas... ah, não, espera, eu queria pedir para vocês comentassem, nem que fosse um simples xD (sério, pode ser só um xD), porque assim eu fico sabendo se vocês estão gostando ou não. Eu sei que dá preguiça comentar, mas façam uma alma feliz, pleaseeeeeee!!! ;D

Vou tentar não demorar muito com o capítulo 3. Quem sabe até a Páscoa ele já não está pronto?! Aí eu posso mudar o nome da fic para “Quem não acredita em Coelhinho da Páscoa?”! Huihsushauhsduhauahaha

Beijinhos!!!!

July Evans

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